Maria Letra nasceu em Coimbra, a 20 de Setembro de 1938. Escreve poesia desde os 13 anos, idade em que manifestou a sua preferência por esta forma literária. Possui os cursos Comercial e Liceal, completos, tendo aperfeiçoado os seus conhecimentos das línguas Inglesa e Francesa em escolas estrangeiras. Aos 22 anos foi para Londres, onde estudou no conceituado colégio “The West London College”. Foi secretária de direcção e tradutora técnica durante 35 anos, e empresária durante 17.
Deixou Portugal para viver em Itália em 1989, por exigências de trabalho, mas três anos depois fixou residência definitiva no Reino Unido.
Lvros publicaos: “Meus Caminhos de Cristal”, em 2011, e "Meu Pequeno Grande País, em 2017.
As leis devem ser cumpridas! São duras, mas não faz mal, se com justiça criadas e com justiça cumpridas por toda a gente, em geral.
Porém, há casos chocantes, tanto nas mal concebidas, como nas mal respeitadas. Vejamos só este caso: as taxas que nós pagamos dentro de assaz curto prazo.
Quando um pobre ser, coitado, tem um precalço na vida e vê-se, então, condenado a não poder liquidar todas as contas do mês... seu sossego... era uma vez!
Por qualquer valor em débito, nem que sejam poucos euros, penhoram-lhe a própria casa e o salário que tem, em tempo record. Pois bem...
Se, no entanto, um ministro ou outro VIP qualquer, que tenha um certo poder, cometer um acto-crime que lese gente em geral, será também condenado.
Contudo, o tempo que leva a resolver o seu caso dá-lhe tempo para girar os seus bens noutro nome... ou até divorciar-se. Esse, nunca morre à fome, podemos ter a certeza!
O tempo que vai levar o seu caso a resolver "dá pano para muita manga", enquanto o pobre, impotente, fica doente... e de tanga!
O que tiver — pouco ou nada — não precisa desse tempo e, com a casa penhorada, só poderá ir pensando onde meter a família. Porque até mesmo a mobília, que comprou sacrificado, sumiu para ir pagando aquilo que deve ao Estado.
Pode, bons anos depois, o VIP vir a ser preso, mas, raramente indefeso, terá sempre gentil oferta duma alternativa aberta por um qualquer “bom amigo”.
Pois é com pesar que digo: há leis no nosso país que não cortam males pela raiz.
Na estrada em que caminhamos, ora ausentes, ora conscientes da meta com a qual fechamos o livro da nossa Vida, o tempo dá-nos vertentes que podem precipitar essa força presumida a que uns chamarão morte, outros alívio de penas, outros também, pouca sorte. Heterónimos apenas! Não sei qual deles o pior. O rasto... é sempre de dor...
Sinto, de verdade, ser mulher-feliz, quando repenso em tudo o que fui capaz. Fiz aquilo que, mal ou bem, sempre quis, mal-grado, por vezes, carecer de paz.
Longos anos sofri de impensáveis medos, não sei bem de quê, nem sequer de quem. Criava cenários com muitos enredos, e clamava ajuda à minha querida Mãe.
Na escola primária, a velha professora invadia-me a vida gerando terror. Malvada palmatória! Era ameaçadora, martelava-me a mente com a palavra: dor.
Fui mulher-criança, tornei-me poetisa. Venerava Camões e as suas poesias, que eu declamava de forma precisa, sem ponto ou ajuda servindo de guias.
Sofri violências em mulher-adulta. Para defender-me e manter-me calma, faço por escondê-la, discreta e oculta; se escrever sobre ela, traio a minha alma.
Percorri quilómetros, voei noites, dias, fiz exposições, programei visitas… Ultrapassei tudo! “Um ver se te avias”, a evitar estradas e zonas restritas.
E eis-me chegada a Mulher de Respeito, com marcas antigas, mas mais indulgente. Continuo activa, porém, de outro jeito: vivo mais em mim, tornei-me prudente.
Paira no mundo, de lés a lés, uma onda de mil opiniões sobre a situação mundial. Está tão viciada que, ao invés de cancelar negativos chavões de teor forte e universal, fomenta a guerra. Conduz a intuir a existência de grandes Proveitos neste tão intrincado, complexo processo, levando-nos facilmente a concluir haver nele hipotéticos defeitos: com pouco de bom e muito de excesso. Os argumentos que são apresentados por cada grupo das populações, uns cultos, outros apenas “sabichões”, baralham os existentes – aos milhões – que retratam in modo vultos. Vagueiam, calmamente, pela Terra, de forma assaz inversa e controversa, sobre conteúdos de algum valor. Não querem, porventura, a guerra, querem, certamente, futebol! Valorizam, de maneira diversa, múltiplas formas de sentir Amor.
Poesia dedicada a uma grande amiga do tempo em que não havia nada, nem alguém, que impedisse o meu rio de deslizar em direcção ao mar.
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Sou como um rio em busca de um destino, ou será ânsia de encontrar acolhimento? Perante os obstáculos, me obstino e sigo em frente, sem constrangimento.
Amo a aventura! Gera em mim audácia. Não temo o imprevisível Universo. Face ao perigo, activo a perspicácia e jogo contra tudo o que é perverso.
Não sei se alcançarei o que procuro, Nem saberei, ao certo, o que é que quero, mas vivo um bom momento, assaz sincero.
Viajo entre montanhas, com ar puro, mas sei que a minha água irá secar. O que sempre durou… tende a acabar.
Data da criação deste conteúdo: 2025-10-04 Autores da imagem: Zé e Zeza
Através de cenas degradantes ocorridas, sobretudo, na Assembleia da República Portuguesa, constato que temos um razoável número de políticos cuja formação moral é, francamente, reprovável. Preocupantes são, também, todas as consequências e repercussões que as mesmas geram numa elevada camada da população portuguesa, quaisquer que sejam as vertentes culturais e políticas que cada grupo possa seguir. Trata-se de um paupérrimo cenário, que deprime todas as pessoas interessadas em ver o futuro governo português “mudar de estrada”.
Pessoalmente, dada a minha idade e o que vivi no passado, acredito que se impõe o máximo cuidado na declaração de voto, ao elegermos os diferentes candidatos a cargos de grande responsabilidade no governo. Tal candidato deverá ser isento politicamente e beneficiar de provas adquiridas de sólida idoneidade e reputação, muito embora saibamos que, muitas vezes, surgem decepções inesperadas. Se as bases não forem sólidas, podem ocorrer desvios, por manifestas tentações ou por declarada ganância adquirida com o tempo. Carecemos de gente que saiba defender princípios como humanidade, justiça, realismo e isenção. Gente capaz de convencer quem, como eu, se sente incrédula e insegura.
Quanto mais tempo levarmos a mudar para uma “nova estrada”, mais tempo os nossos filhos, netos ou bisnetos terão de sofrer as respectivas consequências da péssima formação que nos foi legada por certos políticos com lugares de responsabilidade assumidos no passado e no presente.
Não me fales de amor se ages pela ganância, nem de empatia se fomentas guerra. Vives a vida na crassa ignorância dos reais valores de que carece a Terra.
Gerou-se uma onda de real loucura que há muito grassa no mundo… e quanto a leis nem sempre são cumpridas, pois perdura a dos que vivem, ainda, como reis.
Passam por cima de tudo e de todos para forçar vitórias. Vis, implacáveis, acabam por matar, de vários modos.
Morrem inocentes aos milhões, em cruéis lutas insustentáveis. Seguimos numa fila aos trambolhões.
Desejo começar por enviar as minhas sentidas condolências à Família dos 16 mortos em consequência do descarrilamento do elevador da Calçada da Glória, em Lisboa, e desejar rápidas melhoras aos respectivos feridos.
Pela minha já longa experiência em acidentes que vão ocorrendo, sejam eles de que natureza forem, estive três dias a aguardar pela recolha de todos os dados de informaçâo para, depois sim, manifestar-me sobre os mesmos com a isenção que me é peculiar. Como tais dados irão ainda demorar alguns dias, decidi publicar uma reflexão sumária do que me parece merecer já uma certa crítica, a qual reservei quer relativamente aos três dias de luto nacional - que me agradou bastante terem sido decretados - quer às reacções que já pairam no ar.
Um acidente, só por si, merece imediata e cuidada análise da parte dos entendidos, quanto à averiguação dos factos que estiveram na sua origem, independentemente do número de mortes; muito pior se esse acontecimento envolver não apenas um, mas 16, como foi neste caso, um no dia 03/09/2025 e o outro no dia 04/09/2025. Estas ocorrências pesaram bastante numa parte da população portuguesa, até porque a sua gestão está nas mãos do Presidente da Câmara de Lisboa, Doutor Carlos Moedas.
Paralelamente ao exposto, como aliás é comum verificar-se numa certa camada da população, ouve-se já um lamentável “burburinho” em torno destes dois acidentes, porque se trata de pessoas que não têm a resiliência e o bom senso comum de saber esperar calados, preferindo revelar a sua impaciência ou mesmo má índole, ao pretenderem demarcar a sua posição de "grandes sabichões".
Entre planos agendados e a sua concretização, está o povo em expectação. Alguns, já habituados a promessas não cumpridas… nada dizem! Nem se movem, nem tão pouco se comovem. Procuram outras saídas. Aquele povo mais confiante, mais letrado, mais paciente, mantem-se resiliente. Nem precisa de calmante… Mas com medo de que o CHEGA gere “um país de VENTURA”, há gentinha que tortura o André, que não sossega. Promessas já foram feitas, mas sua concretização exige a alteração de leis a que estão sujeitas. Da minha parte, direi: como não tenho partido, escolho no bom sentido, optando pelo que sei convir a gente de bem. Que se faça, enfim, justiça! Seguirei insubmissa às leis do que não convém.
A educação de uma criança está intrinsecamente dependente do comportamento parental. Por isso, assume especial relevância a formação proporcionada aos jovens nas instituições de ensino, pois eles constituirão a base sobre a qual se moldarão os pais de amanhã. Até esse momento, impõe-se a eliminação das marcas deixadas por gerações anteriores, que poderão ter sido afectadas por falhas decorrentes de uma educação deficiente. Essas marcas tenderão a desaparecer progressivamente, graças à acção correctiva e complementar desempenhada pela escola durante a juventude.
Mentes doentes, bocas abertas, geram agentes que lançam alertas. Falta confiança, sobra interrogação. Jogos de criança despertam atenção. Sábios ditam leis que impedem condutas e punem, por crimes, promotores de lutas.
Enquanto no mundo imperando está o caos, o Universo cuidará com zelo dos maus e dos bons, com amor e sincero respeito, pois rege a vida de modo perfeito.
O sol continuará a brilhar no céu sempre que consiga dissipar o breu, dando à lua luz ao final do dia. E os desgostos voam... quase por magia.
Que se elevem vozes clamando paz a quem vive em pena, pelos erros que faz, porque a alma sofre quando ages mal.
Urge neutralizar cada arma nuclear para haver vida na Terra e vida no mar. Sigamos as leis do amor universal.
Surpreende-me bastante que o Doutor André Ventura pretenda – na minha humilde opinião, muito justamente – propor alterações à Constituição Portuguesa com o objectivo de pôr cobro ao caos social e económico em que Portugal mergulhou, sem que, até ao momento, tenha abordado, nomeadamente, a tão desejada e necessária protecção dos artistas, nas diversas áreas em que se empenham.
Estarei eu desatenta, ou estará ele a negligenciar o importantíssimo papel que os artistas desempenham ao alertarem, de múltiplas formas, para as causas e respectivas consequências da deficiente cultura que afecta uma grande camada da população?
Há ondas fortes nos mares do Oriente. Testam confrontos, tentando a sua sorte. Põem à prova o saber quem é mais forte, mas, entretanto… cai por terra muita gente!
O mundo está temendo os dois autores das guerras declaradas em pronta acção. Pergunto-me, revoltada, por que razão não lutam entre si, os temidos infractores?
Cessem as ondas nos mares, porque na Terra, há ventos rodopiando, em alvoroço. De paz não há sequer o mais leve esboço.
Carecemos de tratados contra a guerra. O mundo clama alto! Implora clemência. Salvemos a humanidade com urgência.
Como já tive ocasião de afirmar, nunca estive filiada em qualquer partido político, nem estou minimamente interessada em saber se quem governa o meu país é de esquerda, de direita ou de centro, pois o que verdadeiramente me importa é o cumprimento de atos concretos, dignificantes, e não a demagogia disfarçada de boas intenções.
Por estar atenta à concretização desses atos, manifesto-me hoje a favor do deputado da Assembleia da República Portuguesa, Dr. André Ventura, o qual, no exercício do seu mandato, tem-se insurgido veementemente contra aqueles que, no desempenho de funções governativas, agem - ou agiram - sem a verticalidade e isenção que se impõem como indispensáveis. Espero, por isso, constatar em breve que a sua actuação revelará fidelidade ao que promete, bem como a competência e a determinação necessárias para corrigir o que está verdadeiramente mal no nosso país.
Dir-se-ia que o Dr. André Ventura terá aprendido algo nos seus 17 anos de experiência política, o que o colocou, no meu entender, numa posição de defensor da ordem, em contraste com aqueles que seguem regras prejudiciais a uma estabilidade social desejável, e geraram a cegueira que conduziu ao caos a sociedade portuguesa.
A dimensão do nosso tempo de vida depende de muitos factores, alguns dos quais completamente fora da esfera da nossa responsabilidade. Consequentemente, cabe a cada um de nós gerir a própria conduta com prudência e resiliência, mas sempre confiando na suprema protecção do Universo.
Oh! Como eu gostava de viver mais anos, não sendo efémera a felicidade. Viver, para poder vencer os desenganos e ser, diariamente, eternidade.
Não fora o mal de estar em sofrimento, e saberia agir, sem raiva, a tanta dor — por depender de quem, sem um lamento, transforma cada esforço em puro amor.
Sou pena pesada a quem me cuida — eu sei. Vivo com esse alguém no meu frágil coração, sabendo que não preciso de pedir perdão.
Cada dia que passa… luto contra a lei imposta pelo Universo. Agradecida, aceito o que vier — venerando a vida.
O Senhor Presidente da República Portuguesa, Professor Dr. Marcelo Ribeiro de Sousa, estará hoje arrependido da atitude que assumiu ontem, publicamente, na Feira do Livro em Lisboa, ao enfrentar uma activista Pro-Palestina que o criticava pela forma como Portugal estará a lidar com esse grave conflito. Chocou-me ver a forma como quis impor a Sua necessidade de actualizar a informação que a referida activista teria sobre o assunto.
No início deste confronto, o Senhor Presidente aproximou-se da activista e, colocando-lhe a sua mão esquerda sobre o ombro, tentou acalmá-la, diria que “amigavelmente” - à “boa maneira” de quem, embora ofendido, procura apaziguar o momento. Contudo, provavelmente porque sentiu que tal gesto não surtia o efeito desejado, agarrou-a pela cervical, numa derradeira tentativa de a calar, mas a referida activista não desistiu, continuando a acusá-lo, ao mesmo tempo que lhe pedia que não lhe pusesse a mão no pescoço, e o mandava ir falar com os jornalistas.
E foi o que aconteceu. O Presidente da República dirigiu-se aos jornalistas informando-os da actual posição de Portugal quanto à admissão da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas, acrescentando ainda que o Governo português estará empenhado em juntar-se a outros Estados europeus para ponderar uma atitude conjunta com vista ao reconhecimento formal do Estado Palestiniano. Contudo, da má impressão que a sua atitude causou publicamente, não se livrou.
Qualquer pessoa que analise as posições assumidas por Donald Trump, enquanto presidente, interroga-se se este senhor estará com as suas faculdades mentais a funcionar segundo os padrões normais de quem pretende evitar um conflito mundial.
Embora possa depreender que não viva uma situação familiar globalmente pacífica — o que lhe permitiria dispor do desejável apoio nos momentos que exigem concentração e responsabilidade — atrevo-me a considerá-lo, politicamente, irresponsável e negligente, sobretudo após ter vindo a público a notícia do acordo de cooperação — não se sabe bem a que nível — com o questionável elemento Elon Musk.
Senhor Presidente, quando estende a sua mão para cumprimentar uma alta individualidade como Putin, ou qualquer outra figura de grande projecção política, de nada serve o puxão quase indelével que se observa exercer na sua direcção. São pequenos nadas de um todo que não passa de fugaz autoritarismo e presunção. Seja por que outra razão for, tal gesto exacerba negativamente a sua personalidade.
Deixo, neste humilde Manifesto contra Vossa Excelência, os meus sinceros votos de que consiga obter resultados positivos nas negociações que eventualmente venha a conduzir, no sentido de pôr termo à guerra — onde quer que ela esteja a ser imposta — através de acordos que, longe de ilusórios, evitem conduzir o mundo a um desfecho maioritariamente indesejado por pessoas de mente sã.
Se Portugal está num estado, comprovado e declarado, de incontrolada pobreza e muita falta de sageza, talvez isso seja a razão que dá peso e dimensão a tanta falta de senso e ausência de consenso... ao votar esquerda ou direita. Mas vai a malta, aproveita, dá isso como desculpa, não considerando culpa optar pela abstenção. Ausência de ponderação!
Este meu manifesto é escrito pensando nas pessoas que, por motivos de saúde, ou outros dependem dos programas que a televisão lhes oferece, diariamente.
Há uma questão que gostaria de colocar a certos canais de televisão nos quais, frequentemente, apresentam cantores obcessivamente repetidos em cada programa, com a agravante de incluirem umas bailarinas que mais não fazem do que apresentar uns passos de dança de teor quiçá decorativo, absolutamente sem originalidade, que seriam desnecessários. Se um espectador gosta do programa que esse canal transmite e já não suporta mais este cenário, terá de optar por mudar de canal ou simplesmente desligar o televisor por uns segundos.
Até quando este excesso de falta de percepção do que, a partir de meses a fio, passa a ser cansativo o mesmo cenário todos os dias?
Mas afinal, porque é que nos surpreendemos com o aumento da criminalidade em múltiplas vertentes da nossa sociedade, se os respectivos responsáveis do governo, a quem competiria tomar posições firmes, não actuam como se impõe?
São vários os campos que requerem medidas adequadas, nomeadamente o da proibição de exporem, em revistas, imagens de grande violência e instigação ao crime — como, por exemplo, a revista Telenovelas — ou o livre abuso, da parte de tantos jovens, de usarem certas redes sociais onde estão infiltradas pessoas corruptas em busca de presas fáceis.
Num país onde, durante tantos anos, se abusou da tão desejada liberdade, camuflada no slogan “democracia em liberdade”, lamento o tempo que se perdeu na construção de uma determinada disciplina de actuações de base — a começar pela educação e formação dos pais — durante o qual tanta coisa foi levada a excessos que hoje muito preocupam quem assiste à derrocada de uma sociedade onde reina o descalabro.
As minhas palavras poderão ser criticadas por acumularem excesso de dramatismo, mas sintonizem — por exemplo — a televisão em certos programas, onde se narra o crime que é praticado diariamente em Portugal e que excede todos os limites do suportável, e ficarão afectados psicologicamente, tal como eu. A menos que a sensibilidade do tele-espectador seja nula, ninguém pode ficar indiferente.
Permiti-me a liberdade de voltar a falar de um tema que, como mãe e como avó, me preocupa bastante. Mas atingi limites que não me permitem mais do que chamar a atenção para um tema demasiadamente revoltante, no seu todo.
Dos fracos não reza a história, mas dão lugar à victória dos outros, chamados fortes. Combate esse estado de alma serenamente… Com calma! Nem tudo o que brilha é ouro ou um tesouro. Confia no teu poder! Nem desistir... nem torcer!
Quando alguém recomeça uma nova etapa na sua vida, é porque terá fechado, ou interrompido por algum tempo, uma outra anterior, por qualquer razão. Na sua mente, terão ficado boas e más recordações, as quais, de alguma forma, lhe terão deixado marcas das várias vertentes em que esteve envolvido/a – umas boas, outras nem tanto. Porém, inevitavelmente, essas experiências deverão tê-lo/a alertado para a necessidade de filtrar cada um dos seus projectos futuros, bem como de travar uma certa dose de precipitação que possa ainda existir ao abrir “novos horizontes”.
Será de louvar, no entanto, ter adquirido resistência e coragem para RECOMEÇAR.
Começo a pôr em dúvida se vivo no mesmo país que o Senhor Primeiro-Ministro Luís Montenegro. Fico absolutamente boquiaberta ao ouvi-lo afirmar, de forma convencida e peremptória, que o país vive agora em estabilidade económica e financeira. Será que ouvi bem, ou o Senhor Primeiro-Ministro está a tentar atirar areia aos olhos de milhares de pessoas afundadas numa situação de verdadeiro desespero?! Como é que um indivíduo com responsabilidade governativa pode fazer uma afirmação destas com tanta desfaçatez e convicção? Efectivamente, somos um país de sonhadores… Francamente, já nem consigo ouvi-lo, Senhor Primeiro-Ministro!! Foi preciso atingir uma certa e respeitável idade para assistir a verdadeiros momentos de um lirismo chocante.
Onde quer que estejas, Mãe, este poema é para ti, como se estivesses aqui... não nesse remoto Além. Estou carregada de dor, mas também de tanto Amor. Sabes da minha saudade e do quanto gostaria de ter-te connosco, este dia da tua maternidade. Mas não venceu a melhor, e foi a Morte, agressora, que, uma vez mais, vencedora, levou vida, deixou dor. Porém... não nos separou. Eu sinto a tua presença, leve... serena... e muda. Não me fala, mas saúda. Maldita sejas, ó Morte, quando de nós te levou. Que triste condenação dada a um ser desejado. Para mim... isso é traição à vida de alguém amado. Não sei se rumaste a Norte, onde creio o Além morar. Só sei que estou à deriva, perdida num alto-mar... Onde quer que possas estar, não deixarei de te amar!!!
A Saúde é uma das maiores fontes de rendimento para os especialistas que dela se ocupam e o maior quebra-cabeças para quem, vivendo no limiar da pobreza, adoece e tem de depender das condições oferecidas pelo governo para se tratar. Encarar certas situações vividas no nosso país é, pura e simplesmente, revoltante!
Sinto que todos nós — cidadãos sem formação académica adequada sobre saúde — estamos sedentos de informação credível e imparcial sobre os vários regimes alimentares hoje defendidos por, aparentemente, verdadeiros mestres na matéria. É certo que cada um de nós tem toda a liberdade para julgar o que lê e ouve sobre este assunto; o que me parece, porém, é que a avalanche de informação está a tornar-se, de certo modo, perigosa, podendo provocar males irreparáveis na saúde das pessoas, que acabam por não saber qual dos mestres terá razão, seguindo, consequentemente, caminhos errados.
Paralelamente a esta minha observação muito pessoal, devo acrescentar que, enquanto os fanáticos da sua leitura vão ficando sem o valor dos livros que compram, os seus autores vão aumentando a receita, tanto pelo que vendem como pelo acréscimo de entrevistas e seguidores que conseguem. Quem ficará em situação mais vantajosa?
Mais ainda, face às teorias defendidas, nomeadamente, pelo Dr. Lair Ribeiro, pelo Dr. Manuel Pinto Coelho, pela Dra. Jessie Inchaus, etc., etc., etc., quem deveremos seguir, considerando que temos, no background de toda esta situação, um Serviço Nacional de Saúde a dar provas de inadequação e desprovido de condições essenciais à dignidade humana?
Editado por Maria Letra, em "The World Art Friends", em 04/03/2014 – 16:25
Quando tinha 13 anos, apaixonei-me, seriamente, por um amiguinho, filho de amigos dos meus Pais. Quando meu Pai descobriu, caíu "o Carmo e a Trindade" lá em casa. Passei a sofrer todo o tipo de medidas de precaução para que essa paixão não viesse a tornar-se, mais tarde, um "quebra-cabeças", porque meu Pai era gerente da firma do pai dele e, por princípio, isso seria algo que o molestaria profundamente. Além disso, atendendo à nossa idade, seria inconcebível. Pudera! Uma pirralha de 13 anos, enamorada de um jovem de 11!!!
Mas era tão lindo... Era o meu Gary Cooper da época... Em tempo de aulas eu fazia um trajecto de uns bons 5kms a pé, acompanhada por uma fiel amiguinha, só para poder vê-lo e trocarmos um ou dois bilhetinhos de amor, quando eu chegasse à Praça do Marquês, no Porto, onde ele estaria à minha espera. Que inocentes... Acreditem! Éramos mesmo inocentes...
Foi também nessa idade que começou o meu amor pela poesia. Nessa altura, sabia já, de cor, alguns cantos dos Lusíadas - tal era a minha paixão por esta forma fixa de escrever poesia. E escrevia... escrevia... quantas vezes até de madrugada. Que loucura! E foi numa dessas noites, entre os 13 e os 15 anos, que escrevi um soneto dedicado ao meu grande amor pelo referido jovem, o qual foi publicado no velho jornal "O Primeiro de Janeiro". Meu Pai, que andava de olhos bem abertos em cima de nós, nunca comentou o teor do poema. Hoje indago-me... porquê?! Claro está que eu não revelava o segredo do nosso amor um pelo outro e a traição de ter sido descoberta, "apaixonada"... Mas meu Pai venceu. Anos mais tarde o pai dele mandou o grande amor da minha vida estudar para a Alemanha e o meu autorizou que eu fosse estudar para Londres. Isso determinou o final duma esperança, mas não do Amor que nos unia.
MISTÉRIO
Grande é o mistério que envolve o meu segredo pois, mesmo eu, já não sei se o compreendo. Minha vida, transformada num degredo, é enorme confusão que não entendo.
Da minha dor culparei somente a vida, pois cobrindo-a com o véu da ilusão, escondi-me atrás de si na falsa lida em que andava, disfarçada, sem perdão...
E, ao cair esse véu que faz sofrer todo aquele que confiar em seu poder, fazendo dele um jardim para sonhar...
acabei por destruir minha ventura, não vendo mais o valor, nem a ternura, que possui um coração que quer amar!
Um dia, esse tal jovem insistiu comigo que o amor dele era maior do que o meu. Escrevi, então, esta quadra, num dos célebres bilhetinhos que trocávamos ainda, quadra essa que, mais tarde, se negou devolver-me:
Se tu te servires duma balança, pra com cuidado pesares nossa paixão, verás tombar com grande diferença, o prato que contém meu coração!
O dia saiu de cena. Acabou a encenação. Por hoje, fechou-se o palco onde ao vivo fiz, serena, o papel de aventureira. Sobre penas, que ainda calco, nos bastidores me deleito por ter sido verdadeira.
Fiz uso deste meu jeito de disfarçar, simular, de esconder-me, de sorrir.. sendo eu mesma, sem fingir. Não faço papel de actriz; não recrio fantasias. As mágoas perdurarão no tempo, com cicatriz.
Dói-me que o meu calendário, corra veloz num cortejo de meses, parecendo dias. Sinto pena que o cenário não me tenha dado ensejo de esconder o que me dói. Ferida que o tempo não cura… não desvanece… corrói.