Cai chuva miúda,
que atropela
a graúda
que fica nas nuvens,
esperando cair.
Vem suave,
mansinha,
com ar de santinha
mas vem pra ferir.
Me enlaço
num laço,
em jeito de abraço,
em jeito de amar.
Me giro,
me viro,
e fico suspensa,
com a chuva a cansar.
Traz sabor de fel,
disfarçado de mel,
e quando desperto,
não há céu aberto,
há nuvem cinzenta.
A chuva graúda,
que já não desgruda,
cai forte, não lenta.
Então, recomeço
de novo e tropeço.
Caio, mas não esqueço
a chuva miúda
que nem me saúda.
Deixa-me continuar a viver, ó Vida,
mas dá-me algum do teu drenado espaço
imune aos podres daquilo que é devasso.
Não tolero mais sentir-me comprometida
entre aquilo que realmente defendo
e tanta injustiça, que eu não entendo.
Continuarei fiel ao que é correcto.
Não amo o mundo tal como ele está,
cheio de ostentação, e de gente má.
Amo o homem bom, desprezo o abjecto.
Que os anos que hão-de vir sejam de mudança,
e cesse o desrespeito pela criança.
Reinam no país grandes investigações
sobre quem serão os verdadeiros,
e quem serão os aldrabões.
Isto é... os trapaceiros!
(Vá lá alguém descobrir...)
Gerados jeitos e alguns trejeitos,
em quem responde às inquirições
feitas por sábios matreiros,
com estudadas intenções...
(... por exemplo, reflectir...)
O inquirido, com notória falta de firmeza,
claro está, busca a calma
e, tocando os lábios com subtileza,
dá provas de perturbação na alma...
(por duvidar da sua encenação.)
Adultos de sólida e provada formação,
passem aos jovens o ensinamento
que os conduz à realização
dum futuro em tudo isento.
A decepção abunda em Portugal!
Mulher …
Você não é uma Mulher, apenas,
Você é graça, é arte, é beleza.
É o branco alvo de lindas açucenas,
é o melhor fruto que deu a Natureza.
Mulher …
Você nasceu com a grande missão
de dar vidas à vida, parindo na dor,
amando com garra, criando emoção,
e dando lições de força e de amor.
Mulher …
Você espalha luz em noites escuras,
em almas sofridas, carentes de beijos,
sem pena de si, passando-lhe agruras,
saciando corpos, matando desejos.
Mulher …
Você abre estradas e remove escombros,
distribui coragem, com ar de menina,
carregando a vida em cima dos ombros.
Mulher … Você é Divina!
Hoje vou aqui escrever
sobre uma preocupação,
que está na minha cabeça:
quero passar a comer
aquilo que me apeteça!
Vem um diz, dum alimento,
que é muito bom prà saúde,
mas passado um tempo, alguém,
diz-nos, com conhecimento,
que afinal, não nos faz bem!
Estou farta desta incerteza,
do que era e já não é,
do que é, que antes não era.
Desisto, na incerteza.
Tudo isto me exaspera.
Passarei a respeitar
a vontade que sentir
disto, ou daquilo, comer.
Afinal, se bem pensar,
todos temos que morrer.
Se bem que... melhor pensando...
se me dá uma camoeca,
e dou aos outros trabalho,
poderei ficar penando
e, por isso, me baralho.
Pode tornar-se um sarilho!
Passo a vida a confrontar-me
com coisas incompatíveis,
em tabelas que hoje empilho,
porque sei serem falíveis.
Se houver alguém que me diga,
com segurança credível,
o que faz bem à saúde,
sem me vir com a cantiga
que depende da atitude
perante cada alimento...
eu mando-a dar uma curva.
Comigo, não funciona.
Continuo sempre magra
por muita coisa que coma.
As palavras, quando as soltam,
ruam por todos os lados,
e correm de boca em boca
em muitos que, não calados,
e de cabeça assaz oca,
fazem lestos prognósticos
sobre isto, aquilo e aqueloutro,
...nem sempre com fundamento.
Sejam simples ou pernósticos,
maltrapilhas, ou letrados,
soltam palavras ao vento,
cheios de convicções...
só pra não estarem calados
e causarem reacções.
Chamemos-lhes tagarelas!
Há, porém, muitas palavras
que vivem encarceradas
em bocas que não se abrem.
São vítimas de cautelas
de pessoas previdentes.
Nas suas mentes não cabem,
nem as conversas da treta,
nem as de mentes doentes.
Outras há, mesmo de cultos,
a que não chamo palavras,
prefiro chamar insultos.
Vivem num estado perene
na boca de gente reles.
Insulto... provoca insulto.
É ver quem se insulta mais!
Contudo, quando as palavras
são encerradas em livros
comprados por multidões...
passam a ser imortais.
Mais do que gerar palavras,
geram muitas emoções.
Ficam sujeitas à crítica
de quem as lê. Surdas, mudas...
estão ali. Oferecem tempo
a todo e qualquer leitor,
para que o seu pensamento
possa julgar e expor
sobre o tema que as juntou.
Não há dita por não dita.
Nenhuma dessas palavras
foi jogada para o ar.
Dispostas, na forma escrita,
a que alguém deu preferência,
passam a ser, uma a uma...
A Palavra! Sua Excelência!
Marco um encontro comigo.
Ora me atraso… ou não vou.
Tenho sempre uma razão.
É que ouvir-me - se consigo
explicar-me quem sou -
gera grande confusão.
Se pretendo analisar-me
neste quadro social
em que, confusa, estagnei…
acabo por magoar-me.
Encontro-me nele tão mal
que já nem sei quem serei.
Pergunto-me, revoltada,
como posso suportar-me
vivendo neste cenário…
Mas a resposta, aldrabada,
com que tento desculpar-me…
nem merece comentário.
Resignada, não estou.
Conivente… também não.
Gravito em torno de mim.
Já que não sei bem quem sou,
prefiro dar-me à paixão
de aturar-me até ao fim.
É por isso que um encontro
entre mim e eu, se afunda.
Complica-me o sistema.
Receio que um desencontro
entre as duas, nos confunda,
face a todo este dilema.
Não quero saber em que País está a razão!
A guerra nunca foi justa, nem foi solução.
Não quero saber quem ateou as acendalhas,
porque acredito tenham sido vis canalhas.
Não quero saber a verdade do que nos contam.
Habituei-me às mil mentiras que se montam.
Será que essa gentalha pensa na criança
quando projecta a guerra na sua liderança?
Quero saber quem irá pagar aqui na terra
o ressuscitar dos mil despojos duma guerra.
E quereria saber ainda, bem no meu fundo,
quando se instalará a Paz aqui no mundo!
Urge que eu respeite a minha realidade
ou deverei começar, suavemente,
a dar mais atenção à indiscutível verdade
da não resistência aos grandes danos
que o tempo inflige em cada sana mente?
Sei que não sou imune ao avançar dos anos...
Deverei procurar serenar a minha agitação,
que me tem escrava do que falta acabar,
ou deverei moderar a minha tentação
deste meu fazer de conta, rumar a norte,
esquecendo que a sul, depressa ou devagar,
caminha, em minha direcção, a morte?
Por aqueles que sempre, fielmente, amei,
eu quero continuar a viver, a amar,
desprezando a tua chegada, que sempre ignorei!
A confiança que, de ninguém, mereces,
ofereço-a à Vida, que sabe criar e recriar!
Maldita sejas tu, que não desapareces!!!
As palavras que escrevo me retratam;
As palavras que digo me consomem;
As palavras em que penso, me comovem;
As palavras que não escrevo, me magoam;
As palavras que não digo, não me exaltam;
As palavras que não penso, não me faltam;
São todas dum passado a que pertenço;
São todas dum passado sem herói;
São todas dum passado que me dói:
São retalhos duma vida sem quimera;
São retalhos de alegrias e de prantos;
São retalhos dum passado igual a tantos;
Um jogo vergonhoso de interesses
impera... destruindo este País
onde a população... está infeliz.
Oh infortúnio! Poucas são as vezes
em que a justiça faz pronta questão
de antecipar devida punição!
Fala-se de culpas e condenações,
mas a espera... enfim! É muito longa!
Entretanto, se alonga... se prolonga...
Quando chegam, finalmente, conclusões...
os culpados ter-se-ão bem prevenido,
e terão um bom futuro! Garantido!
Maldita seja a grande perversidade
que impera neste mundo desumano
onde os bons... só existem por engano!
Impera a vilânia e a dupla crueldade.
Salvemos as crianças desta loucura!
Isto não é viver! Isto é tortura!
Oh! How much I wish I could run away
to search for everything I miss.
I need to find my own way
and finally reach my desired peace.
I need an answer, after many ”Whys"
which keep stuborn, inside my mind,
but whatever hard I do and try,
I find no answer of any kind.
Coiled in my own self, I blame me,
restless and awoke until it’s dawn.
I wish I could be happy and free
but… my God, where am I gone?
Café de Paris,
Ponto de encontro de tantos corpos.
Uns, cheios de vida, outros, quase mortos.
Nas cabeças, um mundo desconhecido de ambições.
No peito… mais dores do que corações.
A banda, repetitiva, sempre igual,
parecia tudo, menos musical.
O interior do salão era deprimente,
e o aspecto, sórdido.
Nos olhares sentia-se uma esperança
e um desejo mórbido.
Em cada par, um caso… por vezes sério,
mas na maioria, pra não recordar.
Contudo,
neste salão deprimente, de aspecto sórdido,
onde quase tudo era doentio, era mórbido...
encontrei-te a ti.
No teu doce peito senti um coração.
Na tua cabeça… uma humana ambição:
encontrares alguém que suavizasse
a vida que tens.
Dançámos. Sem falsas ilusões,
dia, após dia, um desejo crescia:
estarmos juntos os dois.
O meu corpo ansiava aprender
a lição do Amor. Ensinaste-ma tu.
Hoje, meu bem,
o meu coração sabe bem o que quer.
Aprendeu, contigo como é bom ser Mulher.
Não sei há quantos anos eu te amo,
nem sei quantos mais anos te amarei.
Só sei quantos serão os que reclamo,
por não poder mais ver-te. Esses... sei!
O que sinto por ti teve um começo,
mas nunca, nunca mais terá um fim.
Viajaste com bilhete sem regresso,
e ao partires, Amor, fiquei sem mim.
Anseio, loucamente, ver-te um dia,
para abraçar, feliz, a tua alma
serena… na sua paz... na sua calma.
Eras sempre tranquilo, quando te via.
Daí, na minha dor, ter superado
todo e qualquer problema, no passado.
Ser Mulher
não será nunca
um “ser” qualquer...
Nesta sua condição,
deveras muito importante,
ela não nasceu em vão,
foi-lhe dado um “ser” constante.
Gerar amor, emoções,
dar vidas aqui no mundo,
e perpetuar lições
de teor muito profundo.
Ser Mulher
não será nunca
um “ser” qualquer...
Excluindo aberrações
e carácteres mal formados
que encontrará aos montões,
em gente de muitos lados...
ela preza o que lhe serve,
em modos bem ponderados,
para de exemplo servir
aos grupos de mal formados.
Ser Mulher
não será nunca
um “ser” qualquer...
Filtra mágoas amarradas
em erros por redimir
para ter forças lavadas
num presente a corrigir.
Gerando e gerindo vidas,
adoça-se de ternura
e vai sanando feridas,
na alma de gente pura.
Ser Mulher
não será nunca
um “ser” qualquer...
Solteira, ou mesmo casada,
vive com grande prazer,
e assaz bem preparada,
a missão de conceber.
Exige ser respeitada
da forma como convém.
Ela ama e é amada
pelos seres de quem é Mãe.
Programa bem o futuro,
para não teres dissabores.
Na vida, nada é seguro!
São aos milhares os traidores.
Ama tudo o que criares
e quem sempre te apoiar.
Se, por acaso, falhares,
impõe-te recomeçar.
Busca valores que se ajustem
às tuas aspirações,
e que as falhas não te assustem
causando-te frustrações.
Segue a via mais correcta.
Não te enganes no caminho.
Corre em direcção à meta,
nem que tu corras sozinho.
Data da criação deste conteúdo:
2013-01-28
Imagem: Cottonbro Studio
Solto a minha cansada mente
e deixo que me lembre
daquele tempo em que brincava
... e ria feliz, e muito contente
por tudo… e por nada.
Chegava a ser insensata.
Eram tempos de prata.
Fazia rir toda a gente,
ora imitando, ora dançando,
ora falando com as paredes,
minhas amigas que, pacientes,
deixavam - surdas -
que lhes dissesse o que eu quisesse.
“Amiga, a fruta estava caríssima,
e o mercado… cheio de gente!”
Naquele trajecto que a minha mente,
lesta, consente,
ia recordando
e derramando gotas de sal,
porque a saudade… faz muito mal!
Busco defesas. Recordo, em fila,
aqueles momentos, ano, após ano.
Seis filhos tive. Tive os que quis…
Daí em diante… é pra esquecer!
Contudo, neste meu fado
que guardo, muda… houve episódios
de grande luz, que iluminavam
a minha mente. Virei a página.
E aquela dor que a minha alma
ainda sente, muito pesada,
não vale nada. Foi a herança
que me deu força e tanta esperança.
Os meus bons filhos foram sarilhos,
muitos cadilhos, mas são tesouros.
Deles nasceram meus treze netos,
e outra que brilha, como uma filha.
Ponto final! São todos netos!
Com eles partilho grandes projectos
para o futuro que será deles.
Sim, porque do meu... o que sei eu?!?
A areia da tua praia
guarda segredos
bem fundo
que nunca revelará
aos curiosos do mundo.
Tem sido fiel cobaia
de mil ditos e enredos.
Sem contramarcha,
tu teimas em enfiá-los
na tua abusada lida.
Na tua vida não há,
nem haverá,
o sossego que desejas,
enquanto nela faltar
“Inversão de Marcha”,
ou “Saída”…
Estou vivendo neste mundo,
cada dia mais imundo,
com esperança e muita coragem.
Estou seguindo uma viagem.
Não sei bem de onde parti,
nem sei o que faço aqui.
Calmamente, vou tentando
nunca perder o comando
de mim e das ambições
que criei, sem condições.
Sigo amarrada a mim própria,
talvez duma forma imprópria,
mas é aquela que aguenta,
com tudo o que me atormenta.
Com Amor seguem, comigo,
quem de mim fez seu abrigo.
Amanhã, os que hoje estão,
quem sabe, já não estarão,
quando livres se sentirem.
Chorarei por eles partirem,
em busca dum seu Futuro,
menos preso, menos duro.
Farão o que fiz um dia,
quando buscava o que queria...
Libertei-me de uma amarra,
cheia de força, de garra,
e a muitas mais fiquei presa.
De nada tenho a certeza,
mas seguirei sempre em frente.
Muito há que me contente,
nesta ânsia de viver.
Eu sinto que irei vencer,
mas se não for, paciência!
Eu sou contra a desistência.
Já nada existe daquilo que acreditei
fosse verdade em ti e, pensando bem,
partiste da minha vida, e hoje sei
que fui, do teu egoísmo, sua refém.
Por este sentimento, agora em mim,
e por tudo quanto me fizeste sofrer,
eu espero apenas por um justo fim:
não recordar-te mais para poder viver.
Quando – falso - dizias que me amavas,
acreditava, porque tu, até juravas.
Era uma criança... com uma paixão.
Puro engano de quem sonha, iludida,
acreditando amar para toda a vida
alguém, que não foi mais do que traição.
Confusas estão, nas colmeias,
a rainha e as obreiras.
É grande a azáfama ali.
Impõe-se entrega total.
A Vida, de mortes cheia,
arrasta enormes fileiras
de abelhas que olham por si
duma forma excepcional!
Reina confusão no espaço.
Obreiras choram ausentes,
mas partiram... Já não estão.
O Sol espreita... e vai embora.
Lá dentro impera o cansaço.
Todas querem estar presentes,
apesar da aflição.
Abelha Mestra... não chora!
No limiar do trajecto
que me conduz à partida
da minha confusa vida,
faço da mente objecto
de criteriosa análise,
com perguntas e respostas
que me ponho, interpostas
em "modo psicanálise"...
Gostava de concluir
se nesta minha existência,
falhei por incompetência,
ou por meu ego servir.
Atribuo "mea culpa"
a muitos maus resultados
de passos que dei, mal dados.
Não merecerei desculpa.
Voltar atrás... já não posso!
Mais vale, então, perdoar-me,
seguir em frente e amar-me,
pois com a dor... não me adoço.
Foram milhares os quilómetros que fiz,
caminhando com calçado que magoa.
Tinha bolhas nos pés só porque quis
provar-me que a minha alma... até perdoa!
Falhei nas direcções que programei,
mas que, por imprevistos, não segui.
Foram erros que de culpas... só eu sei,
e caminhadas das quais me arrependi.
Quis sentir-me capaz de evoluir
no conceito de perdão que reinventei.
Hoje me encontro descalça e a resistir.
Sem bolhas e sem dores... aguentarei!
Hoje a Ti clamo, Deus do Universo imenso!
Ignorante das razões que teriam motivado
tanta morte neste mundo a que pertenço,
eu não consigo entender, o que terá gerado
a perda de tantas vidas inocentes, tão a eito...
Estou profundamente chocada e muito desiludida!
Como mataste tão sem pena e tão sem jeito?
Uma a uma, tu deixaste que morresse tanta vida...
Já me confundiam as leis por que te reges, a qual gera
gritantes contrastes entre a abastança e a penúria.
Mas isto agora é o caos que sobre o mundo está caindo.
Enquanto milhares não verão mais a doce Primavera,
outros seguirão navegando no desprezo e na incúria
que devotam aos que lutando, irão também sucumbindo.
Como Tu foste veloz neste cenário contrastante,
revelando a coexistência de tanto sentimento...
Em apenas uns segundos, em apenas um momento,
deixaste escancarada uma panóplia de situações,
cheias de grande agoiro e de tantas aberrações.
Actuaste com tanta crueldade e tanto acirramento!
Não saberei dizer, nem saberá alguém,
quantas almas boas se vão perdendo pelo mundo,
olhando a vida com tolerância e fé, como convém.
Cravaste em nossa alma um espinho assaz profundo!
Oh se eu pudesse recuar àquele tempo em que sentia
que a vontade gera força! O que eu não faria!
Gostaria que este poema tivesse asas
para poder voar pelo Universo,
pincelando de cores todas as casas
e emanando amor de cada verso.
Gostaria que cada ser reflectisse
nos seus erros, cometidos no passado,
e que, com a melhor fé, se permitisse
ser de muito sofrimento liberado.
Gostaria que cada pessoa fosse luz
no bom renascer dum mundo com valores.
Ódio é um factor que nos conduz
ao deflagrar de guerras, com seus horrores.
Gostaria que o renascer fosse na base,
no seio das famílias mal formadas,
atendidas com amor, em cada fase,
e todas, condignamente, respeitadas.
Gostaria que cada governo fosse forte,
fiel à sua causa, muito activo,
e nunca se desviasse do seu norte,
projectado num sentido construtivo.
Solto minha mente
e deixo que me lembre
aquele tempo
em que brincava
e ria de contente
por tudo... e por nada,
duma forma insensata.
Fazia rir toda a gente
ora imitando,
ora dançando…
ora falando
com as paredes,
minhas amigas
que, pacientes,
deixavam que dissesse
o que eu quisesse.
“Amiga, a fruta estava cara,
e o mercado…
cheio de gente!”
Naquele trajecto
que a minha mente,
lesta, consente,
vou percorrendo…
sim, vou lembrando…
e derramando
gotas de sal,
porque a saudade
faz-me mal!
Busco defesas.
Recordo, em fila,
aqueles momentos,
ano, após ano.
Seis filhos tive.
Tive os que quis…
Daí em diante…
é pra esquecer!
Contudo,
neste meu fado
que guardo, mudo…
houve episódios,
de grande luz,
que iluminaram
a minha mente.
Virei a página.
E aquela cruz
que a minha alma
ainda sente,
muito pesada…
está bem presente.
Foi a herança
que me deu força
e tanta esperança.
Os meus bons filhos
foram sarilhos,
muitos cadilhos,
mas são tesouros.
Deles nasceram
meus treze louros.
Ponto final!
Eles são meus netos!
Com eles partilho
grandes projectos
para o futuro
que será deles.
Sim, que do meu,
o que sei eu?!?
Como cidadã do mundo
- eu não durmo! - sigo vendo
um ódio enorme, profundo,
na esfera em que estou vivendo.
Gente em fuga, apavorada,
deixa seus lares para trás
e busca, desesperada,
ir ao encontro de paz!
Mas nessa fuga, o mistério
de um milagre... não se vê.
O mar passa a cemitério,
nunca se sabe porquê.
Morrem sem ver outros mundos,
acabando sua história assim...
São vítimas de seres imundos
que geram guerras sem fim.
Encontro os substantivos
que possam designá-los,
mas faltam-me adjectivos
que possam classificá-los.
Onde se encontra esse Deus
a quem biliões de crentes
pedem milagres? E os réus?
Irão prosseguir doentes
ou dar-lhes-á penitência
que os façam sentir dor,
pena ou condescendência
de gerar cenas de horror?
Já não sei se estou vivendo
ou se, de pena, morrendo.
Que não te impeça o mal que estás vivendo
entre gente diversa, e assaz devassa,
de aceitar tranquilamente o que vais tendo
esquecendo aquele "por quê" que te ultrapassa.
Procura admirar todos os pôr do sol,
através de espaços que tens na tua vida.
Em cada dia que nasce, há um farol,
que guiará teus passos, na descida.
A tua vida faz parte de um processo
que se multiplicou. Em cada episódio
haverá actos de amor, azar e ódio.
Terias enfrentado muitos retrocessos,
avanços, e mais aquilo que se não vê.
Portanto, vive e esquece os teus -POR QUÊ?
Nasci carente de palavras, na minha frágil mente.
Envolta nove meses numa grande escuridão,
e encolhida num espaço curto... pacientemente
esperava, esperava, sem pressa ou ambição.
Movia-me nesse espaço curto, mês após mês
com maior dificuldade. Havia disparidade
entre o meu crescimento e o daquele espaço
onde, sem eu saber porquê, esperava não sei o quê.
Comecei a mover-me para sair da situação.
Com a força que me foi dada, busquei uma estrada
que pudesse conduzir-me à minha libertação.
Urgia que eu mudasse. Sentia-me sufocada.
Nove meses bastaram para tornar-me ansiosa.
Fui crescendo gerando em mim um modo de actuar,
e cheguei mesmo a esta convicção, assaz teimosa,
de que, se não estivesse bem... deveria mudar.
Contudo, ao longo dos anos estive mal inúmeras vezes,
e mudei de localização muito amiúde,
mas apesar da minha eupatia, pelos reveses,
digo ainda, a quem não estiver bem... que se mude!
Sinto-me fora do espaço a que pertenço.
Não tenho eira, nem beira. Deslocada,
vivo alimentando um sonho imenso,
gerado em solitária madrugada.
Não saberei onde estou, mas concluí
que tu estarás comigo, porque te sinto
... embora neste espaço onde jazi,
estejamos ambos, num modo bem distinto.
Vivo a minha ‘sperança no amanhã
desejando chegar a um porto bem seguro.
Este meu sonho não é uma coisa vã
... é a meta onde me vejo no futuro.
Gostaria de, a seu tempo, constatar
que tudo o que padeci em tempo ido
tivesse sido, em concreto, pra gerar
um porto, em segurança, concebido !
Amor é uma luz cheia de vida,
que surge quando menos esperamos.
É uma chama calma, reflectida
no mais pequeno gesto que façamos.
Amor, algo que nasce e fica em nós.
É uma força calma, linda, dedicada…
que não reclama, não fala, mas tem voz.
Usa os corações como morada.
Por ele se faz passar sua irmã gémea
a quem foi dado o nome de Paixão.
Actua sem piedade, sem ter rédea;
espalha dor, não sabe o que é perdão.
O Amor vive num tempo sem limite,
mesmo que magoado, e em ferida.
Ele é o centro dum mundo cego e tonto,
mas é a melhor essência desta Vida.
Os anos vão avançando
e eu vou-me transformando…
Sinto-me muito carente
da força que hoje não tenho.
É um não sei quê… Algo estranho...
pois não sou quem era outrora!
Diluiu-se a inspiração.
A que tenho pouco presta...
Estou entre o caos e a acção!
É tão pobre o que me resta
do muito que já perdi,
que não ato... nem desato.
De tudo quero isolar-me.
Dizem que sou poetisa,
mas tal não se concretiza,
quando procuro escrever.
Não sou real, nem concreta,
no que escrevo... e no que digo.
Eu provo... mas não consigo.
As rimas que vou criando
se baralham, me exasperam,
se confundem, ou se fundem
se atropelam, se retraem.
São pobres letras dançando
nos versos que a mente traem.
Escondem-se dentro da rede
dum todo de fantasia
onde o que há é só sede
daquilo que tive um dia.
Os versos que agora faço,
geram-me um grande embaraço,
que não me deixa viver.
O pouco de que era abastada,
já perdi. Só resta... nada!
Minha alma quer renovar-se,
alongar-se, adaptar-se
a este barco sem remos.
Se consome neste estado
de intranquila disputa
travada comigo mesma.
É uma luta incomum,
e enquanto a coragem rasgo...
com a inspiração me engasgo,
por rimas sem jeito algum...
Em suma, compilo versos
muito meus, muito simplórios,
focando temas diversos.
Contudo…. são recorrentes
longas crises de jejum,
sem um poema escrever.
Recuso-me versejar!
Já não consigo criar!
A Fome diz à Fartura:
- Quem foi que te pôs ao mundo?
respondeu, toda ternura,
- Foi um ser muito fecundo.
- Gostava de ser teu filho…
- comentou quem perguntou.
Estou metida num sarilho,
o meu dinheiro findou.
Perdi tudo... tenho fome,
não sei mais o que fazer.
Meu nada ter me consome,
sou rica de mal viver.
A Fartura, muito cheia,
retorquiu-lhe com afecto:
- Se não tens um “pé de meia”,
tornas-te um ser abjecto.
Pede emprego no governo.
Ali… tens o que convém.
Deixas de estar nesse inferno,
vais viver para Belém!
Estarás à grande, à francesa,
numa casa apalaçada.
Terás sempre cheia a mesa,
bom carro... e a roupa lavada!
Pesaram-me as regras gerais,
porque nem todas eram iguais.
Isso originou o meu vacilar
sobre a decisão a tomar,
pois a opção... não era segura.
Decidir, foi prova dura…
carecia de profundeza.
Não havia qualquer certeza!
E pensava... reflectia...
cada hora e cada dia:
Vacina: sim, ou vacina não?
Ainda me punha a questão
dos medos! Mas disse: Sim.
Contudo... de mim pra mim,
dizia: Maria, toma cautela
que podes “partir de vela”.
Não sabia o que fazer!
Eu não queria morrer
dum vírus que é tão fatal.
Estaria a ponderar mal?
Nada havia de eficaz...
Sigo em frente... ou volto atrás?
Recuei e... pelo sim, pelo não,
optei pela negação!
Não havia meios termos!
Imaginava os enfermos
que, num sofrimento atroz,
morriam cedo, mal e sós.
Anos a fio passarão
até sabermos, então.
porque morreu tanta gente.
Impõe-se resposta urgente!
De Neonata, a Menina,
um ser com tanto de seu!
Nascer assim, não foi sina...
foi a Vida que a escolheu.
De Menina, a Criança,
doce, meiga, caprichosa,
ora cativa, ora cansa.
Adora tudo que é rosa.
De Criança, a Adolescente
passa por algumas fases.
Por vezes irreverente...
Muitos castelos sem bases.
De Adolescente, a Mulher
quanta coisa que transtorna.
Não é um mudar qualquer,
é um ser que se transforma.
De Mulher, a Mãe,
troca, com a sua graça,
a liberdade que tem,
por um ser lindo, que abraça.
Não fora este meu jeito de viver
despegada do infâme materialismo
em que vejo o nosso mundo se abater...
e eu me anularia neste abismo.
Não fora este meu jeito de esquecer
e até de perdoar, sem abusar-me...
...e aqueles que me magoam, sem piedade,
teriam muitas contas a prestar-me.
Não me revejo em tudo o que é vileza
e falta de respeito, ou desamor.
Assusta-me a ousadia e a ligeireza
com que é adulterado o termo AMOR.
Prezo o abraço quente de quem ama,
tanto quanto abomino o dos que odeiam
e o dos que, sequiosos, querem fama.
Em mim, os maus amantes... serpenteiam.
Bem haja quem nas trevas se faz luz
e quem, no desfolhar-se, busca Vida.
Esses, seguem na estrada que conduz
a um Amor sem conta e sem medida.
Oh Natureza Perfeita!
Oh grande eleita!
Tu me sorris cada dia,
enchendo-me de alegria.
Tu proteges e acarinhas
tantas coisas, também minhas,
que nascem em cada canto,
e que hoje venero tanto...
Rogo ao meu Deus clemência,
para quem destrói a essência
de tudo o que vais criando.
Que não reduzam a pó
esta Terra onde, sem dó,
tanto mal se está fazendo.
É vergonhoso! É tremendo
o desrespeito que existe
e que me põe muito triste.
Que sejas, por longos anos,
protegida contra danos.
Que o Sol continue raiando
cada manhã, acordando
mil almas que, com respeito,
defendem o seu direito
a esta magia querida
a que nós chamamos VIDA!
Servimo-nos de ti, constantemente.
És usada e abusada.
Não reclamas, não contestas
e, em troca, o que é que pedes?
Nada!
Se te pegam, docemente,
tu és amada.
Se te pegam, rudemente,
tu és odiada.
Se fores veículo de insulto,
e não cederes à resposta,
geras tumulto
na alma de quem tu feres
e sofres o que não queres:
um bombardear de ofensas.
O que pensarias tu
se pensamento tivesses?
Que o teu corpo nasceu nu…
serve todos os interesses.
E foi a explosão na minha mente
- que me mantinha presa e amordaçada -
a causa que matou, naquele Presente,
a praga duma Vida mascarada.
Mudei a direcção que, então, seguia.
Rumei a um Futuro que, não nego,
mudou completamente, nesse dia,
o lado distorcido do meu ego.
Apraz-me constatar que sou feliz.
Assim... a minha alma nua,
nunca mais se mascarou de actriz.
Vestiu-se de verdade, não actua.
Estranho costume o daqueles
que fazem do “meu”, “seu”, também.
Sem respeito e sem pudor,
vão aumentando o que é “deles”,
da forma que lhes convém.
Para esses, sem excepções,
esta é a vida melhor
e, nesta luta por bens,
a ambição dos ladrões,
vai de mal a bem pior...
Há vários tipos de rapina,
que o rapinador consome:
por cleptomania,
porque se tornou sovina,
ou por estar cheio de fome.
Por doença, há que curá-la
com um método eficaz;
por ganância, há que perdê-la;
pela fome, há que matá-la,
senão... não se vive em Paz.
À mistura com rapina,
há mil formas de conduta
perturbando muita gente,
que se exalta e se amofina,
fazendo-a manter em luta
pois nesta guerra, infernal,
há que pegar-lhe pela ponta,
começando pelo imbecil
que, indiferente à moral,
alimenta o “faz de conta”.
Com discursos de fachada,
sem nada a ver com o que sentem,
deixam muitos convencidos
que a razão, arquitectada,
está do lado dos que mentem.
Mas há outros, aos milhões,
que querem fazer um cerco
a esta corja de ladrões,
que cresce dia, após dia.
São uma forma de esterco!
Nas tuas mãos rugosas,
calejadas,
vejo mil sonhos por realizar,
mil promessas amorosas,
impensadas,
mil tormentos enfadonhos,
a magoar.
Um quadro sem vida
e sem cor,
e uma vontade teimosa,
insaciável,
de não te dares por vencida,
nessa dor.
Sua causa – vergonhosa! -
é intragável.
Gostarias de ultrapassar
algo que te morde,
te remorde,
te consome cada artéria.
Há gente que lhe chama Fome,
outros lhe chamam Miséria!
...
Apesar do que se diz,
amarei o meu País
da forma como o entendo.
Não por aquilo que é hoje
mas sim pela sua raiz.
Admito que, crescendo,
fui talvez me apercebendo
de coisas que estavam mal,
sobretudo em Portugal.
Milagres... eu nunca vi
e, portanto, decidi
correr, para conseguir
aquilo que pretendia.
E foi essa mesma a via.
Deixei, também, de ir à igreja,
essa casa de um Jesus
que pregaram numa cruz
pra que todo o mundo veja...
Amarra-me a Portugal
tanto o que vejo estar bem,
como o que vejo estar mal.
Uma corda com nó cego,
que continua a apertar-me,
causa em mim desassossego.
Sinto um mal-estar que incomoda
por tudo o que vejo cá...
Não sei dizer: Tanto dá!!!
Meu Portugal está carente
de gente que reconheça
que precisa de lutar
pelo que quer que aconteça.
Depois, há o inconveniente
de cada vez haver mais
elementos muito maus,
de actuação condenável
que torna o país instável.
2016-02-01
Do meu livro "Meu Pequeno Grande País"
Imagem: Litografia de António Ramalho
Solta-se a fera nas asas dum inocente
que desconhece o espaço pra onde voa,
mas seguindo à deriva, quem o leva sente
carregar uma dura carga que atraiçoa!
Há que mudar de rumo. A praia, já remota,
recorda-lhe aquele mau tempo de criança.
Vagueia no espaço e pensa na derrota,
se prosseguir voando sem fé ou confiança.
Afrouxa o voo, e medita no seu fim
como algo imutável, sem outra saída.
Agradece ao tempo e à própria Vida!
Prosseguindo, aceita tudo o que foi ruim,
sorrindo ao futuro e aceitando a morte
porque nesta, não conta o factor sorte.
Que ninguém tenha ilusões
quando julga reacções.
Se não conhecer a fundo
- por exame bem profundo -
o cerne duma questão...
pode haver precipitação.
Cada pessoa é um caso,
se acontecer extravaso
que venha a ser causador
de boa ‘molha’ em redor.
Aí é porque há revolta
que se liberta, se solta,
por se romper o travão.
Isso gera exaltação.
Por vezes é como ter
um copo de água a encher
e uma simples gotinha,
que pouco volume tinha,
provoca um aguaceiro
que serve de mensageiro
de penas acumuladas,
que não podem ser julgadas
por uma gotinha a mais,
porque essa... já foi demais!
Saudade é um mal que se sente,
Saudade é uma dor ingrata.
É uma ausência presente,
É uma presença que mata.
Saudade de quem partiu,
de quem não está, que não volta.
Saudade é ferida que abriu,
é um mal-estar que revolta.
É negra a cor da saudade,
negra sem réstia de luz.
Sem pena, sem piedade,
põe-nos ao peito uma cruz.
A Saudade não se cura,
enquanto presença for.
A minha saudade é dura,
há muitos anos, amor.
A perfeição não existe,
mas essa é a minha meta.
De tão exigente ser
não me sinto completa.
Mesmo assim, por acabar,
tenho um coração que crê
que, de amor, estou repleta.
Aos olhos de quem me vê
por vezes sou assim mesmo:
Incompleta! O que é que falta?
O problema está dentro.
Há um senão que ressalta.
Ontem, fui boa pessoa;
anteontem… já não sei;
hoje procuro tornar-me
a mistura que convém.
Convém... a quem de mim espera
qualquer coisa... assaz diferente.
Acabo sendo um enigma
aos olhos de toda a gente
que me olha e vai dizendo:
- Esta aqui, não está completa!
Tem um parafuso a menos...
ou é doutro planeta.
A hard life I have been made to face,
my brother, till you turn much older,
but I have great hope and faith
that I´ll be strong enough
to carry you, with love,
on my shoulder.
Data da criação deste conteúdo:
2014-08-29
Imagem de Quang
Tremem as folhas que, outrora, eram serenas.
Giram fortes ventos em muitas direcções.
Não sei se as minhas dores são somente penas
ou um acumular de tantas desilusões.
Ocultam-se na sombra de homens muito sábios,
verdades que recuso... das quais tanto preciso.
Inquieta-me o frio cerrar de tantos lábios
onde deixou de ver-se o mais leve sorriso.
Carrego ondas inquietas de perguntas
que me faço, dia-a-dia, sempre em vão.
Sinto muita falta de amor e de perdão.
As saudades que em mim pesam, todas juntas,
não encontram forças capazes de as levar...
São muitos anos de ausência e de pesar.
Sou contra os dias de tudo,
mas deste… não posso ser.
Façamos, portanto, um estudo
do que possamos fazer
para acabar com a praga
da malvada corrupção
que prolifera no mundo.
Sabemos o que sentimos!
É como uma grande chaga.
Actua como uma praga
consumindo o mais profundo
da alma de todos nós.
Ela massacra, destrói,
ataca em múltiplas frentes.
Vive no crime, corrói
porque obedece a uma voz
que agita mentes doentes.
Que tal esta solução:
passarmos a promover
princípios de protecção
das crianças, ao nascer.
Eduquemos os seus pais
para a sua rejeição
dos podres da sociedade.
Começando em tenra idade,
no seio familiar,
gerar-se-ão promotores
de uma sã moralidade,
em luta contra corruptos.
Pouco a pouco, os transgressores,
por actos ininterruptos,
perdem espaço de actuação,
e gera-se outro, fecundo,
como prémio da contra-acção:
UM PARAÍSO NO MUNDO!