Penso naquele tempo de mel e de vinagre, tão insensato quanto ponderado e acre, e sinto a mudança enquanto, já idosa, cada nuvem negra se tornava cor-de-rosa.
Deixei, adormecidas, memórias dum passado descrito num simples diário ocultado de alguém que gostaria de saber quanto sei. Houve muito que, ignorando, ultrapassei.
Resignada, serena e sem algum remorso, comandaria a minha vida sem esforço, se na minha alma pesar ainda houvesse.
Presentemente vivo sem mágoas, com amor, mas filtraria de novo ulterior rancor, se a resíduos cruéis ainda cedesse.