Façamos, em conjunto, uma análise entre o que somos aconselhados a fazer e o que, na realidade, podemos fazer:
• Somos aconselhados a estar atentos a sinais físicos ou psicológicos não comuns em nós, e a consultar o médico caso eles persistam. Contudo, hoje em dia só quem for rico pode manter a saúde. Vejamos a falta de médicos de família e a confusão generalizada nos hospitais, em vários sectores. É chocante!
• Somos aconselhados a ter cuidados especiais com a alimentação, mas, começando pelo que se observa nos hospitais, não se presta a devida atenção ao que é dado aos doentes. Pergunto: Como poderemos ter uma alimentação adequada se a maioria das pessoas não tem condições económicas que lhes permitam o privilégio de escolher o mais saudável, ou mesmo o menos prejudicial? Também perguntaria por que razão não se põe o responsável pela saúde pública a ganhar o salário mínimo. Para não mencionar o valor da inserção social que o Estado paga a quem a ele recorre. Talvez assim resultasse e ele começasse a sentir na pele os resultados.
• Somos bombardeados por programas contra a violência, nomeadamente doméstica, mas ao mesmo tempo é facultada aos jovens a possibilidade de assistir a esse sacrilégio através de diversos programas de entretenimento, filmes e revistas tais como a "Telenovelas", onde são exibidas, frequentemente, imagens que revoltam qualquer ser humano mais sensível e contrário ao uso de violência.
Tenho absoluta consciência do quão complicado será alterar este estado de coisas e de muitas outras que não convém aqui referir pois tornaria este apontamento demasiado longo e poucas seriam as pessoas dispostas a lê-lo. Sei, também, que qualquer reforma a introduzir teria, necessariamente, de começar no seio familiar e teríamos de esperar algumas gerações para que surtisse efeito. Contudo, gostaria de reafirmar a minha convicção de que urge pôr um travão ao que está a acontecer. Estão a avançar movimentos perigosamente ameaçadores da tranquilidade das pessoas, e este assunto percorre um caminho onde é comum a justiça falhar sempre que não são convenientemente penalizados aqueles que praticam crimes de previsível reincidência após condenação, com redução de pena por bom comportamento. É revoltante o número de casos em que tal se verifica.
A minha teimosa esperança de ver o meu velho país ser bafejado por uma onda de renovações de vária ordem, leva-me hoje a recordar um texto que escrevi, há exactamente sete anos, vinte e nove depois de uma previsão feita por Natália Correia, a qual achei fantástica mas que não irei transcrever porque tornaria demasiado longa a reflexão que gostaria de fazer hoje. Esta senhora, de quem sei pouco, inspirou esta minha reflexão porque fiquei com a impressão de que teria consciência de uma verdade que anunciou, independentemente das posições que tenha assumido, durante a sua vida, a maioria das quais desconheço.
Não importa se tu és de esquerda ou se és de direita, basta que tenhas consciência das opções que assumires ao tomar uma decisão importante, decisão essa que pode vir a prejudicar fortemente o teu país, se não souberes escolher o Homem que gostarias de ver governá-lo. Tal escolha não deve – de forma alguma – servir o teu partido, mas sim a tua Nação.
Por classe social entendo várias, entre elas:
- a que teve acesso à cultura e que a adaptou a bons princípios a defender;
- a que teve acesso a uma cultura apenas livresca e que a adaptou a si, para tentar satisfazer as
suas excessivas e egoístas ambições;
- a que não teve acesso – por um ou por outro motivo – à base cultural que poderia ter-lhe dado a
possibilidade de julgar por si e não pelo que os outros lhes dizem.
- etc....
Não acredito em classes sociais ditas ricas e pobres. Não é o ter ou não ter dinheiro que nos coloca num dos dois patamares. São os valores que defendemos e, aí, os patamares são vários.
Temos tido governos escolhidos por maiorias que votam no seu partido, e não no HOMEM que convém ao país, por provas dadas das suas grandes qualidades. Essa maioria, confia num programa que lhes apresentam e que vai de encontro à provável satisfação das suas ambições, sem respeito pelas ambições de outros. Mas, nessa maioria, encontram-se também eleitores que, ao votar, não têm consciência da responsabilidade do seu acto porque, provavelmente, foram manipulados por defensores de partidos que funcionam como “clubes” aos quais são fiéis. Esta é uma realidade, não é uma suposição. Os sacrificados, as grandes vítimas, são aqueles que estão a pagar pela predominância duma classe privilegiada e egoísta. Não estou a referir-me a uma classe social como é, normalmente, referida: rica, ou pobre. Estou a referir-me a uma classe de gente para quem os valores são, predominantemente, materiais. Quanta gente muito pobre os defende! Eu não seria contra a situação da classe privilegiada desde que, os outros, tivessem direito a uma base segura, que lhes garantisse emprego, um tecto, um bom serviço de saúde e de educação – gratuitos! - e o direito inquestionável a condições que lhes permitissem uma velhice tranquila, num ambiente de Amor. O que saísse deste grupo de bens de direito, faria parte de conquistas conseguidas, por mérito próprio, por comprovada lealdade, honestidade, e não prejudicando fosse quem fosse.
Revolta-me saber da existência de tantos privilegiados, em detrimento do chocante número de pessoas que vive na miséria, sem receio de exagerar, muitas das quais estão a pagar uma pesadíssima factura por erros cometidos, por devoção a partidos e não a valores.
Uma cantora com uma presença doce, que nos mantém deslumbrados com os graves da sua voz, e nos leva a senti-la como que envolvida no mistério de um além desconhecido, que a tornou uma intérprete extraordinária. Vale a pena escutá-la!
Eis uma das suas magníficas interpretações:
DERNIERE DANCE -https://www.youtube.com/watch?v=qSBXNJmdif8
Uma cantora com uma presença doce, que nos mantém deslumbrados com os graves da sua voz, e nos leva a senti-la como que envolvida no mistério de um além desconhecido, que a tornou uma intérprete extraordinária. Vale a pena escutá-la!
Eis uma das suas magníficas interpretações:
DERNIERE DANCE -https://www.youtube.com/watch?v=qSBXNJmdif8
Imagem: https://www.letras.mus.br/diana-ankudinova/fotos.html#419283
Data da criação do conteúdo:
2023-o4-30
Que o estado não tome uma posição contra o abuso da violência de títulos e de imagens a que V. Ex.ªs recorrem para venderem a Vossa revista, já sabemos. Continuarei, porém, a bater na mesma tecla, a da inconveniência de tal abuso o qual, através de uma posição mediadora, entre o Governo e os Directores da revista, talvez pudesse levar a um consenso sobre essa matéria. Ainda acredito, piamente, que haverá muitos Pais, Avós e até pessoas que não têm filhos nem netos, que defenderão a posição que, pessoalmente, desejaria fosse tomada. Já temos tanta violência na nossa sociedade, para quê exacerbar ainda mais essa realidade? Em prol de um aumento de audiências? Escolham outra táctica. Somos um País de gente com muita inspiração, consequentemente, não será impossível criar uma outra forma de chamar a atenção do público.
Quero deixar aqui bem claro que esta minha posição NÃO TEM NADA A VER COM AS PESSOAS QUE APRECIAM TELENOVELAS. Tem, tão somente, a ver com o facto de ser prudente estarmos continuamente a insistir na necessidade de fazermos tudo para travar a barbaridade de tantas mortes, algumas das quais tão violentas, que é insuportável descrever, ler ou ver vídeos relativos à mesma.
Peço, portanto, humildemente, aos responsáveis pela criação das páginas desta revista e de outras que possam ser publicadas, uma atenção muito especial a ser dada a este assunto para que seja feito o máximo para pôr termo à escalada de violência que se pratica em Portugal. Pessoalmente, continuarei a insistir na conveniência de travar esta recorrência ao uso de violência como solução de conflitos de todo e qualquer tipo. Obviamente que o que se publica na capa da revista Tele Novelas, não representa, só por si, a causa da violência, mas seria bom actuar em tudo o que possa, eventualmente, agudizar a incitação ao crime e à violência.
Data da Criação deste conteúdo:
2023-09-24
Imagem da Revista Tele Novelas
Andam à solta papões!
Não se trata de miragem.
Eles não se chamam ladrões,
mas fazem o que eles fazem.
Comem muito, comem tudo,
fazem dos outros capachos!
E o que temem, sobretudo?
Que lhes roubem os seus tachos!
O papão mais bastardinho,
tem ar de muito matreiro...
Prossegue no seu caminho
tramando-nos por inteiro.
Há uns que roubam, por fome;
outros, por ganância atroz.
Neste roubar, que consome,
quem se lixa? Somos nós!
Os que, por fome, roubaram,
são metidos nas prisões,
enquanto os outros não param,
de surrupiar milhões.
E neste deixar roubar,
de que todos nos culpamos,
nós não estamos a cuidar
da estrada em que caminhamos.
De filhos, viramos pais;
de pais viramos avós;
de avós viramos culpados
dos erros de todos nós.
E neste “deixar andar”,
em que os papões, são vedetas,
estamos todos a deixar,
os nossos filhos... pobretas.
Sem sabermos como e quando,
este roubar começou,
eles tomaram o comando,
e a nossa vida... piorou.
Há vírus de várias estirpes actuando no mundo de várias formas, hipoteticamente deixando marcas para sempre, mas gostaria de concentrar-me neste momento, e em primeiro lugar, no que atacou Portugal em 25 de Abril de 1974, durante o processo de instalação da tão desejada Liberdade e, em segundo lugar, no que invadiu o mundo, no final de 2019. Através de uma simples análise básica, ambos me parece terem uma característica comum, isto é, possível morte por asfixia.
Tendo vivido, bem de perto, momento a momento, a Revolução de 25 de Abril de 1974, e revendo os ideais causais da mesma, chego à conclusão básica de que a evolução que teve proporcionou, aos mais curiosos, uma boa oportunidade de analisarem inúmeras e variadas reacções das pessoas, durante a qual aqueles adquiriram uma série de conhecimentos que lhes foram permitindo fazer um quadro das variadíssimas cores da alma do Povo Português – até então amarrado à proibição de ser livre.
Considerando que, num regime dito democrático, o slogan “Socialismo em Liberdade” ocasionou erradas interpretações e consequentes abusos da parte de pessoas sedentes de libertinagem – o que nada tem a ver com Liberdade! – não posso deixar de continuar posicionando-me defensora do respeito por certos valores morais que foram negligenciados a partir daí, e que o novo regime não soube proteger. É certo que não seria fácil dominar certos ímpetos do povo, parte do qual carecia, e carece ainda, de princípios de educação e de cultura adequados a um país democrático, mas tenho de reconhecer, repetindo-me, de que competia aos detentores do poder dar ao povo aquilo de que carecia, para melhor sentirem a diferença entre o que foi o país antes do dia 25 de Abril de 1974 e o que foi proposto vir a acontecer a partir desta célebre data.
Considerando ainda não só os diferentes níveis culturais da nossa sociedade, na altura, mas também o que resultou dos cinquenta anos de “clausura da alma de cada português”, ainda hoje considero não terem sido totalmente neutralizadas as consequências dos quase cinquenta anos de regime totalitarista, então vividos. Quer nas vítimas directas quer, por reflexo, nos seus descendentes, essas consequências representaram golpes muito graves, que atacavam primeiro a alma e, depois, o corpo que era, em muitos casos, “enclausurado”, se ousassem manifestar-se contra o regime. Tal clausura não era provocada por um vírus qualquer… Tratava-se de uma estirpe, também esta com várias mutações de ampla envergadura, que causavam lesões graves nos opositores ao regime, acabando por asfixiá-los, lentamente.
Se fizermos um estudo – que nem é necessário que seja profundo – do que se passa hoje, verificamos que, decorridos quase outros cinquenta anos, ainda somos perseguidos por vírus “especiais” que matam por asfixia, só que agora trata-se de uma outra espécie, também assassina e com variadas mutações, mas igualmente asfixiante. Este vírus ataca primeiro o corpo, deixando a alma a pairar num espaço perdido… Por que nos enclausuram? Porque a ciência isso aconselha! Contudo, as inúmeras contradições de opinião e de constatação de factos e de insucessos, “engasgam” quem está atento e geram perguntas sem resposta aparente. Depois, todo este quadro tem um background e um jogo de interesses não indiferentes… Assim sendo, continuamos a sofrer a perseguição de verdadeiros assassinos do corpo e da alma… mas trazendo sempre implícito o estabelecimento de regras de comportamento que têm como objectivo “sermos protegidos e protegermos os outros”. Não estarão estas regras mascaradas para servir novos fins, mais perversos ainda – se bem que diferentes daqueles que imperavam antes e durante a revolução de 1974? Decorridos cerca de cinquenta anos, somos surpreendidos por uma nova situação viral, de novo mascarada com “diferentes mutações”.
Quem serão os “malabaristas” que continuam presos ao dito cujo da galinha, desde o primeiro ovo que de lá tiraram, em 2019? É que se trata de um “soma e segue” de partos… numa galinha que continua viva… Até quando? Estarão estes “malabaristas” com propósitos bem definidos, na tentativa de levar uma qualquer outra carta a Garcia”? Da primeira vez, saímos marcados e com deficiências. Como sairemos desta vez?
Ao excerto do seu livro “POST-SCRIPTUM”
"Por má distribuição dos bens da Terra,
Que torna a vida dura e faz a guerra
Nos corações dos homens sem um guia,
Pergunto às solidões do ser humano
Se Deus criou o Homem por engano,
Se o Homem criou Deus por cobardia."
Permitam-me que hoje dê o meu parecer:
Por má governação dos bens da Terra,
que faz os Homens provocarem guerra
- por mentes desprovidas de valores...
Respondo sem recurso a quaisquer tretas:
Deus não criou o Homem por engano,
este é que deixou de ser humano
e mata sedes em fontes abjectas.
Análise pessoal com base no que transparece do que vejo e do que ouço
O rigor das exigências do estado português, relativamente ao incumprimento dos mais basilares deveres de cada cidadão, afigura-se-me uma verdadeira afronta... se comparado com a forma como a justiça gere a punição dos inúmeros casos de desonestidade de alguns dos responsáveis que trabalham para o estado ou para uma qualquer importante organização.
Se a um infeliz que vive dum subsídio de reinserção, vergonhoso, ou mesmo dum salário mínimo insuficiente para viver com dignidade, falha no cumprimento do pagamento seja do que for, vejamos a velocidade com que é punido pelo tribunal, em comparação com o inaceitável arrastar de tempo que leva à condenação de um qualquer servidor superior, que prevaricou.
Entretanto, tal arrastar permite-lhes recorrer às mais diversas formas de escapar a situações, continuando a viver no conforto daquilo que, por ganância de obter mais e mais, foram acumulando. Cumpra-se, neste ponto, uma chamada de atenção para o que poderá acontecer ao supra mencionado infeliz cidadão que caiu no incumprimento, em comparação com a “destacável” forma como continua a viver o priviligiado prevaricador superior.
Não esqueçamos que a falta de condições de vida, pode accionar aptência para a morte. A revolta extrema pode conduzir à violência sobre os outros que, inúmeras vezes, nem têm culpa de nada - absolutamente... de nada!!!
É verdadeiramente emocionante a entrada de um barco de pesca no mar, sobretudo durante os primeiros momentos da operação de controle da posição em que o barco deverá entrar para que não suceda o pior. É louvável a comunhão de sentimentos e de responsabilidade existente entre os que se envolvem nesta tarefa.
Sente-se, em cada elemento, uma grande dose de cooperação, humanidade, altruismo e espírito de luta, permanecendo, porém, entre estes sentimentos, o orgulho bem patente entre os elementos de cada “campanha”, quando vão para o mar. Há sempre a expectativa, talvez, de quem conseguiu pescar mais e melhor, o que motiva o esforço a dedicar ao trabalho. Quando o mar está bravo, esta tarefa apresenta-se dramática, com os familiares dos pescadores arrastando-se de joelhos pela areia, em preces emocionantes, clamando protecção para quem está dentro daquele barquinho, aparentemente tão frágil. Vivi isto em pequena, quando ia para esta praia passar férias, local onde nasceu meu Pai.
Eu tinha um primo pescador, que tinha o apelido de "Ganeno", tendo ficado na minha memória, bem nítido, o timbre da voz de um seu companheiro quando, de madrugada, passava em frente à casa dele gritando, num tom arrastado e calmo... - Ó Ganeno, o mar está manso..." Parece-me ouvi-lo ainda. É uma praia de gente vocacionada para aceitar o cumprimento de um seu dever existencial, mais do que o de viver com um objectivo material, mesmo sendo esta, também, uma das pretensões de cada elemento. Contudo, o primeiro supera o segundo, na alma de cada um.
Aceitação e Resignação comandam a vida desta pessoas, depois... vem a Entrega e o Orgulho (ou não) do que conseguem atingir.
Data da criação deste conteúdo: 2022-07-03 Autos da imagem: Miguel Letra
Chocou-me profundamente ter tido conhecimento, já com 60 anos, de incongruências existentes entre a doutrina católica e o que possa o Estado do Vaticano ter tentado encobrir sob um manto diáfano de lamentável hipocrisia.
Recordo que, quando criança e quando adolescente, era o único membro da família que ia à missa ao domingo. O meu quarto – quando tinha treze anos – tinha uma mesinha carregada de santinhos e imagens. Meu Pai, que eu amava muito, era absolutamente ateu, e brincava sempre com essa minha prática semanal de ir à missa todos os domingos, tinha eu 15 anos. Quando me preparava para sair, ouvia-o sussurrar ao ouvido da minha Mãe, de forma a que eu ouvisse, e com ar entre irónico e brincalhão:
- A tua filha vai à missa ao domingo para pedir perdão a Deus e poder continuar a pecar durante a semana.
Claro está que o fazia brincando comigo, talvez porque acreditasse que tal prática pessoal iria passando com a idade... Não brincava, porém, quando me avisava que não ousasse confessar-me a um padre, porque aí o assunto seria mais sério... Mas eu confessei-me e fiz a comunhão em segredo, sem vestido especial ou qualquer tipo de festa, obviamente. Era um segredo que eu queria manter, porque sabia bem quanto me poderia custar se ele viesse a saber que eu havia transgredido as suas ordens.
Quando eu tinha já 18 anos, estávamos à mesa a almoçar e ele olhou para mim, com ar “ameaçador”, e disse-me:
- Que eu não tenha a confirmação de algo de que desconfio... porque aí, irei ter de tomar uma posição de que não irás gostar.
A partir dos meus 30 anos, mais ou menos, comecei a manifestar uma certa relutância em aceitar atitudes e posições da igreja, que me chocavam muito, mas embora tivesse deixado de ir à missa, eu continuava a considerar-me católica apostólica romana. Tive, porém, um conhecimento mais profundo de certas situações, durante os anos em que fiz deslocações permanentes a Itália, por questões de trabalho. Aí, fui confrontada com o conhecimento de certas notícias lamentáveis do que se passaria no Vaticano, e que nada tinham de comum com valores de humanidade e de fraternidade que eu tanto defendia.
Anos mais tarde fui viver para Torino, e foi aí que comecei a ouvir rumores da razão pela qual o Banco Ambrosiano tinha ido à falência e, então sim, comecei a duvidar dos conceitos de religião que tinha adquirido em criança e que fizeram de mim católica apostólica romana, bem contra o desejo do meu Pai. Assim sendo, fiz algumas reflexões! O Vaticano nada tinha que ver com os valores que eu defendia e, portanto, passei a perservar os que, moralmente me serviam, e servem, tendo-me desligado totalmente da igreja gerida por um grupo de entidades “religiosas” que estarão a degradar a confiança que os católicos depositavam neles.
No que diz respeito à minha posição actual, perante a igreja, perante a sociedade, e perante o mundo, faço a gerência entre o que se diz e o que convém respeitar, optando por seguir uma linha de AMOR incondicional à vida, e aos outros, carregada de tudo o que a minha consciência me vai ditando.
Se eu fosse uma bactéria,
alojar-me-ia, escondida
na alma de certa gente...
Queria ver qual a matéria
que compõe a sua vida,
tornando-a tão indecente.
Penso na pedofilia…
pior que sarna malvada
ou outra, com semelhança.
Só o nome me arrepia,
deixando-me transtornada
quando penso na criança.
Como pode, a um criminoso
de tão grande envergadura,
ser dada pena suspensa???
Sofre de um mal asqueroso,
que nunca mais terá cura.
Impunha-se outra sentença!
Dura Lex! Sed Lex!
nem sempre é aplicado
num ser de reles gabarito
que, entretanto, “relax”
e volta a ser condenado
por actos em que é perito.
Fazendo uso da minha liberdade de expressão, em 14 de Outubro publiquei um texto no Facebook, o qual foi partilhado da página de uma conhecida figura pública, e no qual se pedia às pessoas para darem água aos bombeiros que andavam, exaustos, a apagar os incêndios. Esse texto foi-me cancelado por não obedecer às regras do Facebook. Todavia, a publicação original nunca foi sancionada. Pedi explicações e prometeram que iriam rever a situação e que me informariam. Decorridos quatro anos, nunca tive o privilégio de uma justificação para o corte desse meu texto, puramente humanitário. Por esse motivo - e só por esse motivo, pois cada um vê o que quer e lhe apetece - quero referir aqui o facto do Facebook permitir a um dos utilizadores das "so called" Histórias, a montagem de falsas imagens absolutamente de mau gosto, que tocam a indecência, e cujo objectivo é a publicação de cenas que seriam censuráveis se colocadas antes da meia-noite mas que, como são falsas montagens, o facebook não terá justificação para sancionar o/a autor/a. No fundo, permite-se a publicação de imagens absolutamente de mau gosto, que tocam a indecência, repito, como forma de atrair a curiosidade de utilizadores que apreciam o indecoro.
Em que direcção caminhamos? Já não há limites?
A palavra... já não basta!
A oração... não resulta!
Tanta coisa que contrasta...
Tanta coisa sinto oculta...
Intenções de vária ordem,
ligadas à vil ganância,
colocaram em desordem,
Amor, Paz e Tolerância.
O crime em Portugal teve um aumento muito significativo e tornou-se um sério factor de preocupação, não só pelo que representa para as vítimas, mas também pela consequente instabilidade emocional que cria a todos os níveis, instabilidade essa que abrange desde o exterior das nossas casas, e o interior das escolas e de lugares públicos, até ao sagrado direito de paz no interior de tantos lares ameaçados por criminosos de quem a última coisa que se esperaria seria a prática de um crime que vitimize um cônjuge, uma criança ou mesmo um familiar.
O programa ”EM CIMA DA HORA”, da TVI, só vê quem aguenta e/ou quem quer, pois muitas pessoas poderão considerá-lo bastante pesado pela exposição em bloco do que está a passar-se no mundo do crime em Portugal. A constatação da existência de casos hediondos é, sem sombra de qualquer dúvida, altamente preocupante porque esconde, muitas vezes, realidades camufladas por comportamentos dissimulados da parte dos transgressores, como sendo reais provas de (des)amor cheias de “boas intenções”. Estas atitudes, frequentemente. levam as vítimas a menosprezar realidades diferentes das que imaginariam. Pessoalmente, sentia ser da máxima importância a existência de um programa televisivo que permitisse não só uma exposição nua e crua da realidade que se vive neste momento, mas também da mesma ser discutida por bons especialistas na área do crime, cujas chamadas de atenção para certos comportamentos pudessem ajudar os interessados a reconhecer certos particulares da imaginação fertil de tantos criminosos, para com as suas vítimas. Programas de breve referência a casos isolados não bastavam. Eram noticiados casos demasiadamente fragmentados, sabendo-se que enquanto tais casos eram focados, o crime estava alastrando cada vez mais, por toda a parte.
Se me perguntam se o programa “EM CIMA DA HORA” é o ideal, direi que essa resposta deverá ser dada por analistas à altura. A minha análise enquadra-se na de alguém que “, na ausência de melhor, valoriza o que tem à sua disposição”.
O perdão concedido por pena, aos “arrependidos”, urge ter os dias contados, pois QUEM AMA NÃO MAGOA, PROTEGE DO QUE PODE FAZER-LHE MUITO MAL PARA TODA A VIDA.
Assemelham-se a um octopode predador ondulando os seus tentáculos entre possíveis presas, com a intenção de aprisionar na suas ventosas o maior número possível de “distraídos”.
Objectivo da ondulação: Seduzirem, através da Falsa Verdade.
Objectivo da sedução: Alimentarem o seu próprio Ego usando o poder que lhes foi conferido, mesmo que, com isso, acabem por ferir o Ego dos outros.
O problema da saúde da população portuguesa gerou o meu desejo da abordagem de um tema que, para mim, torna-se muito complexo – certamente pelo meu natural desconhecimento de certos particulares que serão inadmissíveis, contudo reais e existentes - em franca progressão para o intolerável.
1. https://www.medicina.ulisboa.pt/newsfmul-artigo/115/novas-normas-alimentares-das-escolas
-publicas
2. Apenas 1% das escolas limitavam a venda de alimentos prejudiciais à saúde. Lusa-13-09-2021
Como é que se compreende sermos bombardeados todos os dias com alertas de produtos considerados absolutamente nocivos à saúde, e não se proíbe a sua produção já que, como temos vindo a constatar, há pelo menos cerca de dois anos, subsiste a existência de uma camada de pessoas que não foi instruida no sentido de saber o que não é aconselhável dar aos filhos? Constata-se que há pais incapazes de respeitar posições assumidas por quem estará deontologicamente preparado para assumir certas mudanças que se impõe sejam levadas a cabo nas escolas, em matéria de alimentação durante o tempo que permanecem nas escolas. Esta posição, no tempo, estou convencida que – se bem organizada – é de admitir que viessem a alterar a mentalidade de muitos pais. Se a produção desses alimentos fosse proibida, talvez eles acabassem por aceitar bem a posição do governo... ou será que tal imposição não seria aceitável por defesa de uma democracia em que há interesses que se sobrepõem ao bem-estar dos cidadãos? De notar que morre todos os anos um considerável número de pessoas que esperam longos meses por uma consulta nos muitos postos médicos do nosso desgastado Serviço Nacional de Saúde, pessoas essas vítimas de problemas de saúde por seguirem, durante anos e anos, um inadequado programa alimentar. Tenho consciência de que tal imposição, com incidência nos produtores, no início seria considerada demasiadamente drástica, o que poderia conduzir a reacções de vária ordem, mas através do estudo de eventuais reformas nos ingredientes de cada produto, com a ajuda do governo, através de apoios sugeridos e suavemente introduzidos nas empresas respectivas, poderiam talvez resultar numa mais valia em todos os sentidos. Pessoalmente sou absolutamente adversa a que sejam usados ingredientes nocivos à saúde, para que os produtos sejam mais apetecíveis. Os produtores vão enriquecendo cada vez mais e os consumidores vão vivendo cada vez menos tempo. É justo?
3. https://www.dn.pt/vida-e-futuro/ministerio-quer-saber-se-hospitais-estao-a-alimentar-bem-os-
doentes-10739706.html
O Ministério quer saber se hospitais estão a alimentar bem os doentes.
Aqui, já não me refiro só a um problema relacionado com escolas, mas sim com hospitais, onde há jovens e adultos em tratamento. Se “nós somos aquilo que comemos”, a questão da alimentação deve ser considerada em paralelo com o tratamento aplicável a cada paciente. Fiquei feliz quando tomei conhecimento de que estaria a dar-se particular atenção a este ponto tão importante. Mas será que todos os hospitais estarão a cumprir com este programa? Permito-me duvidar, a avaliar por tantos falhas que vão sendo relatadas...
O problema da saúde da população portuguesa gerou o meu desejo da abordagem de um tema que, para mim, torna-se muito complexo – certamente pelo meu natural desconhecimento de certos particulares que serão inadmissíveis, contudo reais e existentes - em franca progressão para o intolerável.
1. https://www.medicina.ulisboa.pt/newsfmul-artigo/115/novas-normas-alimentares-das-escolas
-publicas
2. Apenas 1% das escolas limitavam a venda de alimentos prejudiciais à saúde. Lusa-13-09-2021
Como é que se compreende sermos bombardeados todos os dias com alertas de produtos considerados absolutamente nocivos à saúde, e não se proíbe a sua produção já que, como temos vindo a constatar, subsiste a existência de uma camada de pessoas que não foi instruida no sentido de saber o que não é aconselhável dar aos filhos? Constata-se que há pais incapazes de respeitar posições assumidas por quem estará deontologicamente preparado para assumir certas mudanças que se impõe sejam levadas a cabo nas escolas, em matéria de alimentação durante o tempo que permanecem nas mesmas. Esta posição, no tempo, estou convencida que – se bem organizada – é de admitir que viessem a alterar a mentalidade de muitos pais. Se a produção desses alimentos fosse proibida, talvez eles acabassem por aceitar bem a posição do governo... ou será que tal imposição não seria aceitável por defesa de uma democracia em que há interesses que se sobrepõem ao bem-estar dos cidadãos? De notar que morre todos os anos um considerável número de pessoas que esperam longos meses por uma consulta nos muitos postos médicos do nosso desgastado Serviço Nacional de Saúde, pessoas essas vítimas de problemas de saúde por seguirem, durante anos e anos, um inadequado programa alimentar. Tenho consciência de que tal imposição, com incidência nos produtores, no início seria considerada demasiadamente drástica, o que poderia conduzir a reacções de vária ordem, mas através do estudo de eventuais reformas nos ingredientes de cada produto, com a ajuda do governo, através de apoios sugeridos e suavemente introduzidos nas empresas respectivas, poderiam talvez resultar numa mais valia em todos os sentidos. Pessoalmente sou absolutamente adversa a que sejam usados ingredientes nocivos à saúde, para que os produtos sejam mais apetecíveis. Os produtores vão enriquecendo cada vez mais e os consumidores vão vivendo cada vez menos tempo. É justo?
3. https://www.dn.pt/vida-e-futuro/ministerio-quer-saber-se-hospitais-estao-a-alimentar-bem-os-
doentes-10739706.html
Ministério quer saber se hospitais estão a alimentar bem os doentes.
Aqui, já não me refiro só a um problema relacionado com escolas, mas sim com hospitais, onde há jovens e adultos em tratamento. Se “nós somos aquilo que comemos”, a questão da alimentação deve ser considerada em paralelo com o tratamento aplicável a cada paciente. Fiquei feliz quando tomei conhecimento de que estaria a dar-se particular atenção a este ponto tão importante. Mas será que todos os hospitais estarão a cumprir com este programa? Permito-me duvidar, a avaliar por tantos falhas que vão sendo relatadas...
Gostaria de conhecer resultados absolutos - confirmados por quem de direito e de competência para tal – sobre os benefícios concretos que foram obtidos com a promulgação de uma lei que, aparentemente, nada alterou no que concerne ao tipo de alimentação da grande maioria das crianças.
Mais do que proibir a publicidade, seria muito preferível proibir o fabrico desses alimentos. Sei que este último recurso levantaria uma série de protestos devido às consequências daí advindas em múltiplas vertentes, o que me leva a concluir que a lei n.º 30/2019 serviu apenas como um alerta – para não afirmar que se trata de uma possível fonte de receita através das multas que possam resultar do seu incumprimento.
Reitero a minha velha convicção de que também este problema deveria começar por ser compreendido, primeiramente, pelos pais, para, depois, poder ser corrigido no seio famíliar. Não estou a querer afirmar mais do que o seguinte: O que colhemos só será verdadeiramente são se a terra onde as raízes são fecundadas for saudável.
O mesmo sucede com tantas outras leis que deveriam ser promulgadas apenas após uma atenta observação da competência de quem as idealiza. Estarei errada?
• O estado social dum país é o espelho da competência de quem o governa. • O número exagerado de bancos pode ser sintoma de tendência à prática de usura. Quanto maior for o número de bancos, maior poderá ser a pobreza. • A miséria, e a degradação social, denunciam a existência de jogos de interesses não a favor do povo, mas a favor duma classe dominante para a qual o significado da palavra Amor não coincide com aquela que conduz ao bem-estar de toda a humanidade, em geral.
Fala-se muito de violência doméstica mas, pessoalmente, chamar-lhe-ei apenas violência em geral, porque hoje generalizou-se de tal forma esta forma de imposição do poder de uns sobre outros, que prefiro não fazer distinções entre uma e outra.
Ao longo da minha vida - que já vai longa! - nunca senti tão profundamente o que está a acontecer, no plano social da luta contra a violência. Parece-me existir uma considerável dose de hipocrisia, da parte do poder e das instituições, quando tomam certas posições, relativamente à urgente necessidade de acabar com a escabrosa violência, generalizada, entre focos da população portuguesa e obstáculos, ocultos ou não, que surgem de todos os lados, no sentido de travar as posições a assumir, travão esse que impossibilita a realização do que seria desejável. Instalou-se um absoluto caos entre as diversas fontes de comando e de actuação para solução do problema, e a população menos instruída - e talvez farta de "levar no corpo" - parece procurar na violência a sua forma de manifestar-se vítima e/ou exorcista de si mesma.
Com o que expus acima, gostaria de expressar a forma como encaro as possíveis causas mínimas do que está a passar-se na nossa sociedade, causas essas muito medíocres relativamente a um manancial de muitíssimas outras. Assim sendo, e consciente de que tudo o que pudesse expor como óptica pessoal do problema poderia ser julgado como sendo anti-democrático - quando sou completamente o inverso disso mesmo - exporei apenas pontos que carecem de uma reflexão profunda, começando pelos mais importantes, indiscutivelmente. Irei repetir-me em alguns que já referi, aqui e ali, em textos anteriores, os quais pecam por antagonismos que se vão manifestando, os quais, de algum modo - mesmo que por diversificadas actuações - poderão alterar os respectivos efeitos em diferentes vertentes.
1. É inadmissível a permissão de serem transmitidos certos tipos de programas televisivos ou a edição de capas de revista de novelas exibindo imagens de uma violência macabra, expondo-as aos olhos de, por exemplo, jovens em formação, muitos dos quais são já defensores da violência durante o namoro, o que estamos a constatar acontecer em larga escala.
2. Igualmente inconveniente é, também, a permissão de serem vendidos produtos alimentares muito prejudiciais à saúde - e não só! - e, paralelamente, ser apregoada à população, pelas mais variadas fontes, a necessidade de respeitar uma alimentação saudável. “Dando uma no cravo e outra na ferradura”, não se chegará a lado algum. Sabemos da existência de muita ignorância neste país e dizer-se que as pessoas são livres de comerem, permanentemente, o que muito bem lhes aprouver, como é o caso do que acontece em milhares de famílias, estamos a incorrer numa situação desagradável no que se refere à formação de uma juventude saudável. De uma óptima alimentação se constroem homens de mente sã. Não podendo, obviamente, ser imposto o fim de uma má alimentação, haveria, no mínimo, a necessidade de realizar atraentes e permanentes campanhas de consciencialização. Infelizmente retardaria o propósito, mas valeria a pena tentar-se. Mais... ser pretendida uma boa formação dos jovens quando, de uma grande maioria deles fazem parte já auténticos heróis de sobrevivência, é uma utopia. Esta situação choca com a realidade de muitos deles serem já referenciados como sendo vítimas directas do tipo de vida que são levados a conduzir, face às suas carências.
3. É inadmissível o descalabro do aumento exagerado dos preços de produtos alimentares, quando além do miserável ordenado mínimo e do subsídio de reincerção que muitos recebem, a população está a ser altamente prejudicada pelas inúmeras desonestidades praticadas por um ou por outro elemento do governo e/ou de importantes responsáveis de instituições e de grandes empresas - desonestidades essas que empobrecem o país. Não esqueçamos que a população será sempre – de uma maneira ou de outra - quem paga os prejuizos financeiros que o governo possa sofrer.
4. De que serve o aconselhamento sobre prevenções a bem da saúde pública, quando o que é facultado a quem não tem um rendimento mínimo digno, gera milhares de doentes que, por sua vez, são expostos a situações constrangedoras ao recorrerem aos hospitais e/ou centros de saúde? Esta posição é vergonhosa!
5. A tendência hoje, em Portugal, gira neste sentido: o teu valor como pessoa é proporcional ao valor do teu património. Regra geral, só escapa desta classificação quem teve a sorte de adquirir uma boa formação moral e cultural, e uma robustez espiritual fora dos limites considerados normais.
6. Saúde e Educação são dois temas de uma importância social preciosíssima! Serem permitidas condições de trabalho absolutamente condenáveis, a profissionais de saúde e de educação, inspiram na população o quê, em boa verdade? Resiliência!!! O problema é que muitos idosos e mesmo até os mais jovens, não aguentam o peso que esse mesmo problema lhes pôe em cima. Admite-se que haja doentes a recorrer às urgências e não haja médicos de serviço para os socorrer, acabando alguns por morrer?
7. Entre os que vivem miseravelmente e os que “se vão safando”, circulam os que têm rendimentos superiores àquilo de que necessitam para viver desafogadamente e sem preocupações... já para não referir os que, em quaisquer situações, marimbam sempre para o que vai acontecendo no seu País.
Sente-se, em Portugal, uma enorme falta de ESTOICISMO, da parte dos mais carenciados, o que é perfeitamente compreensível dadas as suas condições de vida. Esta falta é chocante quando confrontada com uma enorme OSTENTAÇÃO da parte de alguns dos grandes priviligiados existentes, e de uma considerável dose de INCOMPETÊNCIA da parte de outros que têm a superior responsabilidade de governar o nosso querido País.
Pela primeira vez, tive a coragem de ver, desde o início, o último programa “Big Brother” e, em seguida, o “Desafio Final”, transmitidos pela TVI. Sempre tive conhecimento de episódios específicos de vários “Big Brothers” apresentados com nomes diferentes - não sei porquê - mas nunca compreendi completamente como funcionam, porque só muito esporadicamente é que os via, no Reino Unido. Desta vez, por algum motivo, despertou-me a curiosidade e estive atenta ao que tem sido transmitido, chegando à conclusão de que, na realidade, cada vez mais, está a perder-se a noção do que está acontecendo no mundo, e o que convém fazer para reverter a situação. Parece impossível que a televisão esteja a passar uma triste imagem de mediocridade alargada ao mais baixo nível, ao ser-lhes permitido excederem-se no que deveria ser inexcedível. Sim, em boa verdade, cada um só vê o que quer! Mas será que isso lhes permite tudo?
Esclareço que sou absolutamente contra a censura, mas a luta de certos canais televisivos, pelo aumento das suas audiências, está a cegar os seus responsáveis ao ponto de não terem o cuidado de perceber o que pode resultar da apresentação de certos programas, em determinados moldes. Chegámos ao ponto de sentir que já tudo vale… menos tirar olhos! O problema é que não se tiram olhos, mas rasgam-se almas!
Lamento que, numa extensão já bastante alargada, Portugal esteja a passar ao mundo uma imagem muitíssimo triste. Já nem será preciso mencionar-se onde, por quem ou em que sectores.
Vou publicar um desabafo que tenho evitado fazer, mas que não consigo silenciar por mais tempo. Esta minha página é o meu ponto de encontro comigo mesma onde, através do que escrevo, vou procurando filtrar o que me incomoda e/ou vou captando meles que me adocem a alma. No mínimo, hoje tentarei serenar.
Há dias li uma notícia que tinha sido publicada na Hiper fm, do dia 27 de Julho, p.p., através da qual é dado conhecimento público - usando um estilo assaz medíocre - de mais umas férias a serem gozadas por Cristina Ferreira. Claro está que só satisfaz a curiosidade pública quem está, de alguma forma, interessado em fazê-lo. Está no seu pleno direito. É que, paralelamente às milhares de pessoas interessadas neste tipo de informação, há um bom grupo de figuras públicas dispostas a alimentarem as almas dessas mesmas pessoas, nesse sentido. Até aí, entendo. Só é pena que essa notícia tenha sido escrita num tom jocoso, de baixo nível, bem à semelhança, certamente, de quem se mistura num certo tipo de comentários.
Deixou-me profundamente triste, não só a forma como foi redigida a notícia, mas também a ousadia que é preciso possuir para publicá-la num país onde abunda carência de meios económicos na maioria das pessoas, facto do qual todos nós temos consciência absoluta. Há famílias a enfrentar dificuldades de bradar aos céus e senti bem, no âmago da minha alma, a crueldade que é preciso ter para colocar tal notícia, redigida daquela forma, a qual poderá ser lida por pessoas que neste momento não têm dinheiro para comer e muito menos para gozar férias em hotéis, nos quais – escreveram - a diária é superior a 5.000 euros. Que necessidade tinha, quem redigiu esta informação, de expor desta forma, as suas férias? Podia ter reduzido a informação a uma forma humana, de cidadã recatada, atendendo à conjuntura da situação que se vive em Portugal. Aparentemente, a pessoa em questão é desprovida de sensibilidade e não poderá, portanto, avaliar até onde poderá pavonear o seu exibicionismo arrogante. Perante uma inconveniência, não seria melhor destacar-se através de uma recatada reserva?
Hoje vou referir aqui um artigo que escrevi há cerca de nove anos. Só tive de refrescar um ou outro parágrafo… Deixei Coimbra, a minha Terra Natal, quando Salazar estava, ainda, no poder. Era muito nova, mas apercebia-me de que “o ar era pesado”. Isso não passava despercebido à minha sensibilidade. Em cada canto ouvia-se sussurrar contra o regime. Vivia-se mal. A fome andava escondida, porque se alguém fosse apanhado a pedir, na rua, corria o risco de ser preso/a. Hoje, temos como que um vidro transparente e podemos ver, ou adivinhar, o que vai acontecendo – até certo ponto! – com maior ou menor facilidade. Sim, até certo ponto por duas razões: a) porque anda muita verdade mentirosa à solta… b) porque há muitas pessoas que escondem o que se passa no seu seio familiar. Têm vergonha. Sabemos que, para uma parte da nossa sociedade, a favor e praticante das aparências, quem passa fome é como quem sofre de doença rara, contagiosa. É conveniente mantê-la afastada, ignorada até do seu círculo social. Quantas pessoas preferem o silêncio, ou eventualmente a morte, a dar a conhecer o que está a passar-se nos seus lares. Homem honrado não deve ter dívidas, mas ladrão disfarçado de qualquer coisa, do que quer que seja, pode fazer o que ele quiser, desde que lhe consintam esconder-se do roubado. Há como que uma certa protecção oferecida a quem souber roubar bem. Embora saibamos que os alertas vão surgindo e as irregularidades se vão descobrindo, o ladrão de cartola continua muito bem protegido. Sofisticado, continua a operar em vários sectores, com uma considerável desfaçatez e coragem, até porque o julgamento dos actos descobertos arrastam processos lentos e de insuficiente justiça, e “os dito cujos” continuam a operar in modo ”deixa andar”… Haverá sempre um parágrafo à lei, um disfarce, uma camuflagem de acções, etc., de tal ordem possível, que mesmo que descobertos e presos, o bom ladrão acaba por ser compensado. Ele sabe que, mais tarde ou mais cedo, vai ser libertado. Urge continuar a roubar ou terão de encontrar-lhe um tacho sedutor, trabalhando algures, num outro lugar de destaque, não importa onde, como recompensa por ter sido preso, coitadito. Não convém reduzir o número de actuantes deste calibre, até porque ele pode acabar por vir a tornar-se em mais um a sofrer da praga que só é permitida aos roubados: passar fome. Isso não pode acontecer, que será mais uma despesa para o estado.
O Professor Luís Correia, do Instituto Superior Técnico, e investigador na área das telecomunicações, afirmou, segundo a SIC Notícias de hoje, dia 23 de Abril, de 2024: “O telemóvel vai ser ultrapassado pelos óculos num futuro próximo, já não precisamos de teclado para nada, as lentes vão ser o nosso ecrã”
Escrevo como assumida ignorante no que diz respeito ao mundo das telecomunicações. Não estou, portanto, sob o “efeito Dunning-Kruger - “quanto menos uma pessoa sabe, mais ela acha que sabe" - porque sei muito pouco do quanto gostaria de saber.
É caso para acreditar nessa nova fonte de aquisição de conhecimento. Não chegavam os “oividos, os olhinhos e os dedinhos” (jornais, revistas, televisão, teclado e cenas ao vivo)? Se as vítimas do tal efeito Dunning-Kruger eram já uns enfatuados de sabedoria, irão passar ao grau de obsessividade!!! Não vamos aguentar!!!
Procurava uma mulher da praia, que vestisse como antigamente, de avental e lenço na cabeça. Só essas poderão responder às mil perguntas que tenho para lhes fazer. Tenho um interesse insaciável de saber tudo o que puder sobre esta terra mágica, que nos prende a ela, inexoravelmente, para toda a vida. Só elas sabem tudo e conhecem todos... Queria falar com Mulheres da minha idade, aproximadamente, para que fossem capazes de perceber o que ansiava saber das muitas coisas que gravei na minha memória. Só elas serão capazes de falar-me dum passado que me pertence também. Mulheres com rugas, de pele morena, queimada e dura como a coragem com que enfrentaram sempre o trabalho, de sol a sol. A maioria vendia peixe, que era transportado em cima do burro que as conduzia da Praia de Vieira de Leiria à Marinha Grande. Essas não podem compreender os jovens de hoje. Falam com orgulho da sua coragem e dessa força com que procuravam vencer todos os dramas e todos os obstáculos. A alma delas parece gritar, quando relatam os tempos em que as suas Mães se arrastavam pela areia chorando e pedindo protecção aos seus santos, enquanto os maridos e/ou familiares iam para o mar pescar o peixe que elas iriam vender.
E encontrei! Falei hoje com Argentina Feteira, uma Mulher típica, marcada pela vida mas cheia de força na sua alma. E falou dos seus antepassados de tal modo entusiasmada e interessada em desvendar laços de família que eu fiquei receosa de não estar a perceber bem o que dizia. Não queria maçá-la com perguntas, mas a sua explicação ultrapassava de tal modo os meus conhecimentos, que receei continuar a conversa e terminá-la chegando à conclusão de que eu era irmã de mim mesma ou até, sei lá, sobrinha da minha Avó ou filha dela. Era um novelo tal de familiares, que a minha mente ficou toda num sarilho. E dizia-me:
- A ‘nha Mãe, que Deus haja, fez de mim uma mulher às direitas. Passámos muitas dificuldades, mas éramos muito honestos. Tá a ver aquela porta pintada de verde? Era ali que o meu home me vinha namorar todos os dias. Que tempos! Olhe, o meu home é aquele que passou agora...
Mas falava-me de uma mistura de Tomés, de Feteiras e de Letras que me deixou muito confusa. Segundo esta, nós ainda somos primas, da parte dos Tomés, mas ela também tem Letras na família, pelo que percebi. Mas será que eu teria percebido mesmo?
O que terão estas pessoas de tão particular que são capazes de prender a minha atenção durante longas conversas? Guardam na alma a mesma magia que nos prende a esta terra. Não sou a única a afirmar que a Praia de Vieira de Leiria fica para sempre no coração de quem por ali passa a sua juventude. Não direi o mesmo relativamente aos que vão apenas passar férias, que não nasceram lá, ou não são familiares de quem ali nasceu. Esses não poderão nunca compreender a intensidade do sentimento que nos leva a esta praia...
Parte de mim continuará ali quando partir. Trata-se duma localidade a que pertencerei para sempre!
Hoje gostaria de referir o que penso de uma certa camada de jovens, praticantes do desrespeito, nas suas várias formas, bem assim como do seu importantíssimo papel na construção de um futuro melhor, sem a prática de tanto crime – em aumento assustador – crimes esses grandes motores da destruição daquilo que o Universo criou de bom: A VIDA!
Sabemos da importância do papel dos jovens na construção de uma sociedade saudável - que tanto desejamos comece a dar bons frutos, acabando com o que de mau subsiste em todas as vertentes da sociedade. Urge, em meu entender, promover a criação de organismos, de estado ou particulares, para a prática de várias actividades, as quais deverão ser direccionadas para a instrução adequada dos mesmos no sentido – importantíssimo! – de aprenderem a amar e a respeitar a Natureza, os velhos, as crianças, enfim... a vida no seu todo, porque...
AMAR A NATUREZA NÃO É COMPATÍVEL COM O FABRICO DE ARMAS, NEM COM O RECURSO ÀS MESMAS COMO FORMA DE SOLUCCIONAR CONFLITOS.
AMAR OS VELHOS NÁO É COMPATÍVEL COM ACTOS DESPREZÍVEIS QUE ENVOLVAM FALTAS POR AUSÊNCIA DE RESPEITO E POR ABANDONO.
AMAR AS CRIANÇAS NÃO É COMPATÍVEL COM A PASSAGEM, AOS OUTROS, DE EXEMPLOS DEPLORÁVEIS.
AMAR OS ANIMAIS NÁO É COMPATÍVEL COM EXCESSOS DE ATITUDES, TAIS COMO DORMIR COM ELES OU DAREM-LHES BEIJOS NA BOCA. OS ANIMAIS SENTEM O NOSSO AMOR, IGUALMENTE, ATRAVÉS DE OUTRAS FORMAS, NOMEADAMENTE PROTEGENDO O SEU BEM-ESTAR, EM TODAS AS VERTENTES.
AMAR A VIDA NÁO É COMPATÍVEL COM VIVÊ-LA ARTIFICIALMENTE, RECORRENDO AO USO DE DROGAS, TAIS COMO: O ALCOOL, AS CHAMADAS DROGAS PESADAS, OU MESMO LEVES - FALSOS E PREJUDICIAIS MEIOS DE CORRUPÇÃO NO MODO LENTO - PRÁTICA DE BULLYING QUE DEIXA MARCAS NAS SUAS VÍTIMAS - QUANTAS VEZES IRREPARÁVEIS, etc., etc..
Sejamos todos cooperantes nesta tarefa de tão elevado interesse para o mundo em geral, e para tranquilidade de todos nós, no futuro.
É comum, em alguns programas,
haver espaço pra comentar
notícias que envolvem dramas,
ou factos a considerar.
Jornalistas sem competência,
são postos a entrevistar,
sem a devida experiência.
Acabam de anunciar
que alguém foi assassinado!
Questionam um seu parente:
- Por favor... o que sentiu
ao saber desta notícia?
Alguém à morte assistiu?
Alguém chamou a polícia?
A pessoa nem respondeu,
porque estava emocionada.
Que pena não estar lá eu…
Que mulher impreparada!
São perguntas que se façam?
Pegam em casos fatais,
e em vez de acalmarem... maçam!
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Jornalismo incompetente
dispensa-se, minha gente!
As lacunas existentes, actualmente, na situação política da nação, atropelam-se, sem que se veja, há muito tempo, uma adequada porta de saída desta confusão. Consequência evidente são o descontentamento, a revolta e a prática de crimes. Tudo isto, aliado ao longo tempo de averiguações a presumíveis culpados do sistema, gera um complexo quadro de 'porquês.'
Face à avalanche diária de dados informativos a que temos acesso, parece-me incongruente o que é prometido, pois o que realmente se faz acaba por revelar vários incumprimentos. Tais incumprimentos, alguns aparentemente alheios aos objectivos a atingir, mas a eles intrinsecamente ligados, impedem o sucesso de iniciativas que, no seu conjunto, poderiam evitar a complexidade do lamentável caos que tenho vindo a mencionar em alguns manifestos, fiéis ao que sinto.
Quando um governo opta pela guerra para fazer valer o que defende, deixa de ser um governo para se tornar uma maldição. Quem toma tal decisão gera insatisfação, pois faz com que vidas sejam ceifadas, sobretudo as de crianças que nada fazem para se tornarem vítimas diretas de conflitos de interesses.
Vivemos num mundo onde passamos com vida efémera, mas muita gente vive alheia a essa realidade, obcecada pela conquista de um vasto conjunto de bens materiais que lhes turva os valores morais, perdendo a consciência de que não estão sós nesta inconfundível e deliciosa esfera a que chamamos Terra.
Capa da Revista "Telenovelas"
de 28 de Julho a 6 de Agosto de 2023
Num País onde o crime está a aumentar todos os dias, de uma maneira absolutamente preocupante, eu pergunto mais uma vez se não seria oportuno proibir a exibição de imagens chocantes como a que vemos na revista acima exposta, cujo maioritário propósito será o de aumentar as suas vendas, eventualmente aproveitando-se da conhecida paixão dos portugueses por telenovelas e/ou por viver cenas que envolvam drama pesado, marimbando para o respeito que deveria merecer-lhes os traumas de tantíssimas vítimas de violência, a quem magoará recordar certas imagens, e/ou mesmo para o quanto possa ser pernicioso para certos jovens, mal orientados, a quem as mesmas possam instigá-los à prática de violência como arma de descarga da sua revolta pela vida que têm, mas que não desejam.
Não me cansarei de denunciar tudo aquilo que, de uma maneira, ou de outra, possa alimentar os muitos criminosos que já existem em Portugal, situação esta agravada, actualmente, pela nossa justa boa vontade em acolher migrantes que estejam a viver grandes dramas no seu país de origem, embora muitos dos quais não saibamos, tão pouco, qual a verdadeira intenção por que pedem permissão de residência no nosso País.
Vivo a impressão de que o mundo está a sofrer uma pesada reviravolta, em todos os sentidos, e temo muito pelas crianças.
VOLTANDO AO PROGRAMA SOBRE O QUAL TANTO SE FALA:
Para que eu pudesse avaliar, pessoalmente, os programas “Big Brother” e “Desafio Final”, fiz - como já referi - o que seria espectável da minha parte: dediquei parte do tempo de que tanto preciso para trabalhar, à apreciação do conteúdo dos mesmos, no que diz respeito à má influência que possa exercer na camada mais jovem… e não só! Certa, ou errada, julguei-os com imparcialidade, focando-me nos pontos mais importantes, pela importância que certas atitudes possam ter na educação, sobretudo, dos jovens. Este é o lado que mais me preocupa, como Avó de catorze netos.
Se, por um lado, a opinião pública
- reflecte o cenário da formação de um determinado grupo de pessoas, amantes
desses mesmos programas…
por outro,
- faculta a bons psicólogos e a bons entendedores, em matéria de educação, dados de
comportamento que lhes permitirão fazer uma correcta avaliação do que convirá
evitar nesses mesmos programas, afim de não prejudicar todos os outros de
reeducação de jovens violentos que, neste momento, tanto perturbam a
estabilidade emocional de quem está empenhado em levar uma panóplia de “Cartas
a muitos Garcias”, espalhados pelo território português.
No que se refere à posição assumida ontem pelo Big Brother, em relação ao que se
passou entre Savat e Miguel Vicente, questiono-me se é aceitável colocar esses dois
“transgressores” sujeitos ao parecer do público. Para perceber qual deles deveria
continuar no programa, eu pergunto:
- Será essa a forma correcta de punir um deles?
- Só um deles transgrediu as regras?
- O massacre psicológico não conta?
a) Que tipo de público irá votar?
b) Por que foi passada ao público a “batata quente”, quando a responsabilidade é da
Produção do programa?
Quer-me parecer que alguém quererá agradar a Gregos e a Troianos, pretendendo o
óbvio: evitar prejudicar o nível de audiências, mantendo-se fora do julgamento sobre
o que deveria ser, realmente, de sua responsabilidade.
Gostaria de direccionar este meu texto, não propriamente para as obras de Jorge Amado - informação acessível a qualquer pessoa através das várias fontes de pesquisa de que dispomos - mas sim para o homem que foi, o seu valor humano e aquilo que possa ter feito dele um exemplo para todos nós, independentemente de crenças religiosas ou de ideologias políticas. Interessa-me mais este lado da sua vida, na medida possível de análise do que o seu sofrimento, que inegavelmente deve ter suportado, possa ter feito dele, transformando-o ou mesmo exacerbando nele o ser humano que tanto admiro. Há dois pontos que sempre me intrigaram em Jorge Amado: a sua ideologia política e o seu grande interesse pelo universo mágico da Baía. Isto não significa, porém, que condene uma ou outro, mas aguça a minha curiosidade sobre “Quem era Jorge Amado”.
Homem de grande humildade, ele escrevia sobre vidas reais, dando-nos a conhecer caraterísticas de personalidades que criava e que representavam a realidade que o cercava. Aí podemos detectar, de imediato, a sua grande capacidade de análise e a sua enorme sensibilidade. Este facto, aliado às duas vertentes “ideologia política” e “universo mágico da Baía”, levou-me a recorrer a alguém que teve a honra de conhecê-lo de perto e cuja inegável idoneidade e capacidade de análise merecem o meu maior apreço. Trata-se do jornalista português Alfredo Mendes, que me escreveu o seguinte sobre o escritor:
“Jorge Amado retratou a realidade do povo daquele Estado, o seu amar, o seu sofrer, o
seu alegrar, criando tipos humanos imorredouros. Digamos, então, que se tratou, em versão brasileira, do nosso neorealismo, encarnado por Soeiro Pereira Gomes e Alves Redol.
Não admira, assim, a sua militância comunista. Porém, bebedor de tudo quanto à volta de si gravitava, sempre seria um homem livre, logo, de livre pensamento. Cortou com o partido comunista, alinhando, porém, ao lado dos injustiçados. Mas sem rancores ou facciosismos, porquanto sempre foi um humanista. Despreocupado, senhor de um fino sentido de humor, fez-se andarilho, mergulhando no pulsar do povo.
Tendo ganhado um prémio de jornalismo, tive a oportunidade de escolher um destino Tap. Não hesitei: São Salvador da Baía - mátria e barro de Amado. Mas... como ir à fala com ele? Calhou ter um amigo que, por seu turno, era amigo de um senhor de Lisboa amigo dele. Daí a sugestão: leve-lhe uma caixinha com pastéis de Belém que ele se derreterá em amabilidades. Assim fiz. Cheguei ao hotel da Baía e telefonei para casa do escritor. Do outro lado do fio, Amado agradeceu a oferta, informando-me que iria mandar à recepção o motorista para pegar na lambarice. E pronto. Dever cumprido, com algum amargo de boca, reconheço.
Eis quando, passado um ou dois dias, ligam da recepção para me informarem de que tinha ao telefone o escritor Jorge Amado. De pronto atendi, surpreendido. Afinal, o medo que se nos apodera de que o mito, o ídolo, a pessoa que tanto admiramos não corresponda, no contacto pessoal, à imagem que dela fizemos, não tinha razão se existir. Amado, em voz arrastada, meiga, quase suplicante, pedia-me desculpa por não me ter logo recebido e que seria uma honra que o visitasse em sua casa, na Rua da Alagoinha. Com minha mulher lá fomos de camioneta até àquela morada, com justificada ansiedade e redobrada alegria.
E, veja só, num instante, sem saber quem nós éramos, se ricos, pobres, se remediados, qual a nossa profissão, Jorge Amado inverte a situação e passa ele a engrandecer-nos, a louvar-nos. Com uma t-shirt coçada, de velhos calções e uns chinelos rascos, afofa-se no sofá, pergunta pela festa de Amarante, pelos bolinhos de ovos da Lai Lai, pelos doces de Viana do Castelo de seu amigo Natário, pergunta pelas vindimas no Alto Douro.
Depois, tendo a indescritível simpatia da mulher ao lado, a Zélia Gattai, a quem, amorosamente, chama essa bruxa aí, oferece-nos livros seus, autografa-os e fica até perplexo por conhecermos as suas obras. E torna a agradecer a visita, a nossa cortesia.
Tivemos a sensação, nítida sensação, de já nos conhecermos há muitos anos, de estarmos em casa de uns tios do Brasil. Zélia afaga a cara de minha mulher "então, querida, está gostando daqui? Ainda não está moreninha, não". Beija-a, mostra-lhe peças de artesanato português, enquanto Amado continua a falar de Portugal, da Baía e dos seus santos, pais-santos. Depois, pede-me um favor: que levasse um cheque para entregar a um amigo de Lisboa, por conta de uma dívida. E, pachorrento e bonacheirão, com toda a naturalidade passou a explicar:
Quando o seu motorista fez anos de casado, ofereceu ao casal aniversariante uma viagem de núpcias pela Europa. Eles deslumbraram-se pelas capitais do Velho Continente e, quando chegaram a Lisboa, já nem dinheiro tinham para dormir ou almoçar, quanto mais para embarcar no avião. Telefonaram, aflitos. Ao que Jorge Amado, divertido, ligou a um amigo de Lisboa que os foi buscar, instalou-os num hotel com tudo pago, comprando-lhes, dias depois, passagem aérea para o Brasil.
Lá para o fim da tarde, o casal mostra-nos o jardim, descreve-nos as árvores, deixa-se fotografar, fotografa-nos. E, emocionados, cheios de calor humano, descem a escadaria (um suplício para Amado, agarrado a uma discreta bengalinha), despedindo-se de nós com um até sempre dizendo-nos que, a partir dali, passávamos a ter casa, a casa deles na Baía. Enfim, um dia encantador, vivido em família, em que as estrelas foram as visitas - que esse foi o desejo de um homem amado.”
Talvez porque as minhas decisões são tomadas sem considerar que há um EU que eu devo respeitar em primeiro lugar, tenho caído algumas vezes no erro de, muito prontamente, achar por bem seguir o que um médico me aconselha ou o que uma necessidade pessoal, por qualquer outra razão, me impõe. Não é a primeira vez, portanto, que caio no ridículo de não cumprir o que, levianamente, comuniquei que faria. Mentira! Tudo mentira, porque há em mim impulsos que não consigo, efectivamente, travar. Refiro-me, por exemplo, ao que transmito, publicamente, como por exemplo, que passarei a ser mais comedida nos meus excessos de horas de trabalho… QUE NÃO RESPEITO!
a) Já teria idade, por exemplo, para não me meter em esquemas complicados como, por exemplo, trabalhar com o sistema operativo Linux, de que tanto gosto, mas que atrai o meu gosto pela boa organização dos conteúdos que fui criando ao longo dos anos, absorvendo o tempo que deveria usar para repousar, sobretudo à noite.
b) Já teria idade para interpretar apenas o papel de Avó Nhó Nhó, mas isso toca fundo no plano das emoções, plano esse que me está interdito pela minha natureza. Por essa razão, escrevo, pesquiso, ou crio, afim de manter-me numa plataforma muito particular, para que o meu coração se mantenha calmo… pois sofre de mau bater quando lhe tocam fundo.
a) O Web Master do meu site, é o meu filho Miguel Letra, que por vezes vai “aos arames” porque eu ouso penetrar em vias que me são interditas. E o que é que acontece? Há discussão acesa e acabamos por ficar de costas voltadas. Isso sim, faz-me mal, até porque eu preciso do seu apoio e, aí, achamos por bem recorrer a uma qualidade comum aos dois: em cinco minutos perdoamo-nos mutuamente.
Após esta explicação, que claramente não evidencia qualquer vontade, da minha parte, de seguir o que me é, superiormente, aconselhado, peço o favor de não confiarem em mim quando declaro, publicamente, que irei entrar numa fase de restrição de exageros, porque pode acabar por não ser verdade. Com esta idade já não irei mudar e, portanto, apelo à benevolente aceitação dos meus amigos, no que se refere
• à minha impulsividade, quando não penso, primeiramente, em mim, e não no que me dizem para não fazer.
• à minha desobediência, quando não consigo travar o respeito que deveria ter pelo meu descanso.
Portanto, enquanto puder, continuarei a seguir a terapia de que mais gosto: ESCREVER, CRIAR, APRENDER, DESABAFAR, enfim...VIVER! Quem não estiver de acordo, que faça o favor de ignorar-me. Ficarei triste, mas continuarei a ser EU MESMA.
Em Portugal, actualmente, é necessário possuir uma grande dose de serenidade, de resiliência e de autodomínio emocional, para enfrentar e aguentar, silenciosamente, e com grande sabedoria, a crescente onda de crimes, de violência, de assaltos, de instabilidade generalizada em várias áreas, tais como em escolas, em hospitais, em serviços públicos, etc. A população melhor informada e mais atenta, saberá bem o que está na base de certos comportamentos. O problema é que essa base deveria ter sido sujeita a transformações que não aconteceram em devido tempo.
Estarei a ser exagerada, ou na verdade precisámos de 50 anos para assistir a algo que nunca esperávamos ver? A Revolução de Abril de 1974, é uma data a partir da qual esperávamos que fosse cumprido o objectivo da revolução em questão. Estes 50 longos anos deram-nos um socialismo em liberdade relativa, coberto por um "manto diáfano recheado de verdades mentirosas". Ano, após ano, foi um ver se te avias no desfolhar dos cravos... Além de desgoverno, tivemos muitos casos de supostos desvios de dinheiro. Será com esses milhões, que fazem parte de um bolo sem cereja no topo, que Sua Excelência o Senhor Presidente da República esperará redimir o passado relativo às ex-colónias? Francamente, não saberei!!! O que saberei é que há momentos em que me interrogo se, por vezes, não seria mais conveniente o recurso ao silêncio...
Temos um novo governo formado. Sem maioria absoluta, foi, no entanto, eleito pelo público. Como democratas "à altura", e com a classificação de Povo Sereno, só nos resta ter de esperar para ver se Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro eleito, e a sua comitiva, põem em prática tudo o que foi apregoado como princípios de actuação a seguirem. Só assim poderemos definir a sua competência e definir, também, se o mesmo é um Homem de Palavra. Sorriso, pelo menos, não lhe falta.
Jovens coexistindo aqui comigo neste mundo repleto de loucuras… sigam este conselho que vos dou, mais do que muito útil, muito amigo: não embarquem nunca em aventuras que desafiem as vossas vidas. Sou uma mulher com uma certa idade, mas já fui jovem. Tal como vocês, cometi algumas imprudências de bradar aos céus! Sim, isso é verdade! Foi tudo fruto duma insensatez que, normalmente, traz consequências.
Sejam prudentes, nunca inconscientes; não provoquem; não sejam malcriados com os mais velhos, pais e professores. Um dia, se ficarem dependentes, cuidado… poderão ser vocês os provocados vivendo, na velhice, dissabores. As vossas acções de hoje criarão um conto muito bonito, que eu espero que sejam os vossos netos a lê-lo. Amem os outros de alma e coração e, se querem respeito no futuro, comecem, hoje mesmo, a promovê-lo.
Preocupada com o aumento desmedido de casos de violência doméstica – e não só! - volto a publicar, agora em formato de prosa poética, um poema que escrevi em 1982-10-02 - anteriormente publicado - numa derradeira tentativa de chamar a atenção do Estado Português para a necessidade de criar planos para formar crianças a partir de uma base intrinsecamente extensiva à família, com consciência e organização cuidadosas. Dedico esta publicação a todas as pessoas vítimas de violência doméstica, as quais, por razões que só a elas dizem respeito, vivem amarradas à impossibilidade de se libertarem do sofrimento que as mantém caladas. Eu ainda não acredito no factor AMOR como justificação, um dos elementos que a vítima aponta, quando questionada. Haverá outros fortes motivos, para além do mazoquismo, para que ela se deixe violentar por um ignóbil ser humano que faz do seu parceiro, ou parceira, um verdadeiro saco de pancadas que ele utiliza para libertar-se de traumas retidos na sua insana mente.
Hoje, decidi expressar neste manifesto o desencanto que provo ao ler certos textos onde o Acordo Ortográfico de 1990 está representado por expressões que me deixam perplexa. Dói a alma constatar que, aparentemente, não há forma de travar aquilo que considero uma reprovável condenação da língua portuguesa, de que tanto me orgulho; daí, não respeitar esse malogrado acordo.
Por vezes provo um profundo mal estar, nomeadamente pelas expressões usadas por pessoas que deveriam pensar nos jovens que, eventualmente, possam estar a ouvi-los. Refiro, por exemplo, a avalanche de jornalistas que, no início do relato de uma ocorrência, usam a expressão : “Dizer que”… É uma moda que se tornou viral e, muito sinceramente, não consigo ‘digeri-la’, pois não encontro qualquer lógica no seu uso.
Outro particular que me faz uma enorme confusão, é a acentuação das palavras, feita pelos brasileiros. Reflectamos bem na importância de uma correcta acentuação. É esse o meu objectivo, sobretudo pensando nos mais novos. Foi depois de ter lido um texto que foi partilhado por muitos blogueiros, que ponderei se não seria preferível fazer a separação do Português de Portugal e do Português do Brasil, em vez de misturar as duas línguas.
Entre as diversas questões que me ponho frequentemente, há uma que gostaria de partilhar com quem lê o que escrevo: Constatamos que está em crescente aumento a existência de pessoas com problemas de saúde mental, especialmente após o aparecimento do vírus SARS-CoV-2... vá lá saber-se como e porquê, em boa verdade. Tudo o que tem acontecido, afigura-se-me de uma forma bastante misteriosa, forma essa que dá lugar a muitas perguntas. Mas não é esse o objectivo deste meu texto.
Desejando ser consultado por um especialista da área respectiva, o paciente dirige-se a um Centro de Saúde – que me dizem poderá nem ser o seu - e começa, então, uma série de anomalias no seu acompanhamento, as quais me levam a fazer uma reflexão: Suponhamos que esse paciente, por qualquer razão _aceitável ou não, • perde o seu médico de família e tenta conseguir uma consulta de recurso, para o dia seguinte. Para isso, terá de compreender que deverá chegar ao Centro de Saúde respectivo, onde quer que seja, duas horas antes da sua abertura, porque quem mais cedo chegar, maior será a possibilidade de ser visto por um médico. Quem não tiver em conta esta realidade, terá uma menor chance de conseguir o objectivo pretendido. Suponhamos que o médico que o atender irá encaminhá-lo para um hospital e, caso concorde, passa-lhe uma carta para que seja visto pelo respetivo especialista. • A partir daí, se não tiver a sorte de ser bem sucedido no tratamento que lhe tiver sido prescrito, verifica-se, com frequência, que esse paciente começa a estar sujeito a saltar de médico em médico, mais parecendo uma bola de ping-pong, ou melhor expressando, uma cobaia submetida a testes um após outro, na sua desesperada busca de “sentir-se bem”. • A escolha do médico, pelo paciente que depende do SNS, nem sempre lhe é permitida, mas a base do sucesso de qualquer tratamento, seja a doença que for, passa pela confiança que o paciente tem no seu médico. Hoje, porém, foco-me, especificamente, na doença mental. • Mais ainda, se o médico, eventualmente, tem interesse pessoal em receitar medicamentos de determinados laboratórios, o paciente é que sofre se continua a não estar bem, e poderá sentir-se profundamente frustrado _frustração essa que nunca sabemos como poderá acabar. Não poderemos facilmente adivinhar qual irá ser a reação de cada paciente. Defendo, portanto, que tanto quanto possível, qualquer paciente que se encontra em sofrimento, seja seguido considerando os seguintes factores importantíssimos:
1. CONFIANÇA NO SEU MÉDICO. 2. CUIDADA ATENÇÃO NA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS, de forma a que se respeite o que necessita o paciente e nunca o que convém ao especialista receitar. 3. QUE SEJA MANTIDO, TANTO QUANDO POSSÍVEL, O MESMO MÉDICO QUE ACOMPANHA O PACIENTE DESDE O INÍCIO.
Sinto-me demasiadamente "pequena" para escrever sobre a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, a decorrer em Lisboa, neste momento. Ultrapassa a minha capacidade de equilíbrio, a ter em consideração, ao decidir escrever sobre os prós e os contra que pairam sobre um tema tremendamente delicado.
A organização responsável por todo o trabalho que envolveu o programa em curso terá, essa sim, um manancial de objectivos sobre os quais os seus elementos poderão pronunciar-se. Não me sinto motivada para dissertar sobre uma matéria onde a verdade segue de braço dado com um jogo de intenções que não me entusiasma abordar. Os propósitos dos organizadores terão sido suficientemente diversificados, afim de ser atingido o objectivo principal: limpar actos de uma vergonhosa dimensão, em paralelo com a intenção de chamar à Igreja os milhões de jovens que gravitam pelo mundo, numa atmosfera confusa, ora frágil, ora determinada a vencer nos seus propósitos. Reflessiva e emocionada, olho estes milhares de jovens intervenientes num cenário assaz complexo, assaz não sei bem o quê, mas fazendo-me lembrar estrelas e flores brilhando inocentemente - ou não! - entre uma multidão espectante... incrédula para uns, e para outros... religiosos convictos, sem dúvida.
Imagem: JMJ.Lisboa.2023.PNG Vector(AI.CDR.PDF)FREE DOWNLOAD
Data da criação deste conteúdo:
2013-08-03
Irmãos portugueses, vítimas como eu da impunidade de muitos desonestos. Expirou o tempo de resistir à dor. Portugal é de todos nós, não se rendeu. Accionemos uma onda de protestos contra cada demagogo, ou opressor. Não devemos continuar indiferentes ao abuso do poder duma certa malta, e aos seus eventuais golpes financeiros. Nós não somos mais um molho de inocentes que se conquista com as luzes da ribalta, projectada por camafeus interesseiros. Enquanto sacrificados pelo abuso dum poder em reconhecida decadência - que, de iludir o país não se abstém... O Zé Povinho, paupérrimo e obtuso, continua a ver uns que vivem muito mal, enquanto outros - Oh Deus Meu! - vivem tão bem! Por que permitimos esta vergonha crassa a que políticos sem pejo, nos condenam? Até quando manter-se-á esta miséria? Seremos nós indiferentes à desgraça? Onde estão afinal, os que mais ordenam? Era verdade ou apenas pura léria? Palavras de ordem pra quê? Não precisamos! Todos nós sabemos bem a lição de cor, não carecemos de mais tretas, de ninguém. Há muitos anos - Santo Deus! - que nós andamos a viver na corda bamba, com tanta dor, que até já sabemos o que nos convém. Não queiramos de nós próprios ter vergonha, pois temos contas a prestar aos nossos filhos. Teremos todos um mau fim, se continuarmos a confiar a nação a quem se oponha ao projecto de nos livrarmos dos sarilhos em que a sua ambição quer afundar-nos. Digamos todos NÃO ao voto inconsequente, por teimosa filiação a um partido. Repensemos muito bem a nossa opção. A grande prioridade, a mais urgente, é a da nossa segurança no sentido de sentirmos todos orgulho na Nação.
No seio de um mau governo, tomadas de posição onde impere a prepotência, geram conflitos sociais, sobretudo quando as classes mais desfavorecidas não usufruem de condições básicas mínimas que lhes garantam uma desafogada estabilidade económica. “Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. Temo muito que a situação actual, no nosso País, esteja a caminhar a passos largos para o caos, uma vez que
1. as pessoas mais desprotegidas não estão a conseguir gerir o pouco rendimento mensal de que
dispõem. Os aumentos, sobretudo no sector alimentar, tornaram-se escandalosos;
2. entre as manifestações mais assustadoras nota-se o aumento gradual dos suicídios, dos crimes
de uma violência cada vez mais doentia, mais assustadora e mais generalizada;
3. há uma acentuada desorientação emocional, reflectindo-se já entre a classe social onde
o desafogo económico sempre existiu. É claro que temos de considerar
a) o problema da formação educacional de cada indivíduo;
b) desmedida tendência para um materialismo exacerbado, com muito egoísmo à mistura,
sem qualquer recato por quem está a sofrer profundamente;
c) frustração notória provocada pela obcessão do belo e da perfeição;
Bate-se muito – e bem! - na tecla do recurso ao tratamento clínico da depressão, por causa do incontável número de pessoas que estão a sofrer preocupantes depressões, mas entramos num campo onde há factores muito sensíveis _sobre os quais não quero pronunciar-me. Deveriam, porém, ser cuidadosamente observados.
Este meu desabafo é, obviamente, o de uma cidadã que se preocupa muito com o que a rodeia, mas que não tem formação superior na área, capaz de atrever-se a dar conselhos. Declaro o que penso aqui porque, como referi no meu primeiro manifesto, a minha página é um espaço onde, livremente, expresso a minha opinião, preocupação e/ou regozijo sobre assuntos de carácter geral que possam, de algum modo, interessar a quem lê o que vou escrevendo e suscitem interesse em trocar opiniões.
Para terminar, desejo bem que venham a descobrir-se factos que poderão dar resposta à minha preocupação sobre a existência de causas alheias ao conhecimento de todos nós.
IMPLORO AO PODER MÁXIMO QUE REGE A VIDA AQUI NA TERRA
- A QUEM UNS CHAMAM DEUS, E OUTROS CHAMAM UNIVERSO -
QUE SEJA FEITA JUSTIÇA E QUE ACABE COM A GUERRA!
Aprendemos que matar é contra as leis da Vida. Cada criança que morre, é uma Esperança traída.
A Inocência pura, intrínseca a cada criança que é gerada... não deveria nunca ser dilacerada.
O mundo está carregado de seres demolidores da Confiança no futuro, que se prevẽ tão inseguro.
Abracemos todos, uma importante intervenção: Contrariar os defensores da guerra, como solução.
JOVENS DELINQUENTES NO EXÉRCITO. NUNO MELO ATACADO PELAS ASSOCIAÇÕES MILITARES (RTP Notícias – 2024-05-01)
Que o Senhor Ministro da Defesa possa defender a colocação de jovens delinquentes no Exército, não me surpreende. Tenho ouvido toda uma série de afirmações inaceitáveis, as quais vou classificando com montes de um irónico “Absolutamente!” Agora... que o Ministério da Defesa tenha "esclarecido" que o governante apenas fez uma “reflexão”, para “efeitos académicos”, provoca em mim uma grande Perplexidade. Sinto vontade de dar-lhe o "conselho" que dei ao Senhor Presidente da República, isto é: Não seria melhor reflectirem em silêncio antes de pronunciarem seja o que for?
Se Nuno Melo nega agora a intenção de recrutar jovens deliquentes para as Forças Armadas, perdeu uma gigantesca oportunidade de estar calado. A Reflexão faz-se antes duma Afirmação, e nunca o contrário, porque coloca o seu autor na posição de vítima de Irreflexão e/ou de Imponderação, ficando, claro está, sujeito a Julgamentos que poderão não corresponder ao desejável, quando se trata de um membro do governo que assumiu um cargo de tão relevante responsabilidade como é aquele para o qual Sua Excelência foi indigitado.
Qualquer chefe de governo que esteja “amarrado” a linhas de actuação ditadas e consagradas pelo programa do partido que representa, em vez de criar condições que convenham ao seu país, acaba por cair na sobejamente conhecida tendência para proteger uma determinada classe social, em detrimento de outras. Para que qualquer coligação funcione, em meu entender, será necessário que os candidatos à chefia de uma nação sejam pessoas de reputada formação básica, dispostas a aceitar regras que - mais do que mantê-las fiéis seguidoras de uma linha de actuação - aceitem e se adaptem a conceitos de justiça social que favoreçam todos em geral. Isso acabaria por torná-los cidadãos independentes, conscientes do que convém a todos e não apenas à classe que defendem. Portugal tem tido sucessivas provas do fracasso de certas coligações, nas quais teria havido um ou outro responsável que, mais do que servir a nação, serviu interesses pessoais.
Todos nós estamos sujeitos ao cumprimento de leis que nos foram impostas por gente que, no seu conjunto, não me parece terem uma actuação coesa, quando da elaboração das mesmas, as quais deveriam contemplar, como princípios básicos, a Saúde, a Educação, a Economia, a Protecção do Ambiente e o respeito pelo Ser Humano. Nem toda essa gente respeita os mesmos princípios morais que geram Confiança e Segurança, sentimentos estes de que todos carecemos neste momento. Se, entre os que ditam as leis, há elementos com nobres sentimentos, outros haverá cuja função é vetar o que não convém ao crescimento monstruoso da riqueza de muitos, resultando, em consequência, no aumento progressivo da pobreza de outros. Somos todos vítimas da ineficácia e da inoperância de certos sistemas, cujos orientadores nem sempre dão provas de capacidade de liderança. O sector da Economia, por exemplo, deveria ser orientado por elementos cujas actuação desse provas de merecer o crédito de quem o vê como estando no fulcro de toda uma série de passos no sentido da Renovação do Mundo e não como um meio desse grupo conseguir o que, provavelmente, pretende: dominar para satisfazer os objectivos dum sistema corrupto, onde impera a ganância. Infelizmente nada mudará enquanto o ser humano não atingir um grau de sensibilidade e de humanidade capazes de fazê-los reconhecer uma realidade que está a provocar inúmeras mortes, minuto a minuto, tornando cada dia em mais um pesadelo para os que estão em sofrimento. Liderança deverá ser sinónimo de Competência e de Unidade e estas, por sua vez, só se conseguirão quando tiver, como fundamento, a Paz no Mundo, orientada por dois nobres sentimentos: O AMOR e o RESPEITO pela vida de cada ser humano, quaisquer que sejam as suas crenças e/ou preferências, desde que estas não afectem uma saudável coexistência entre todos.
Viajando entre o desconhecido, o que lhe dizem ser verdade, e as verdades que, amanhã, podem deixar de o ser, está o Ser Humano em conflito, carregando o peso de muitas dúvidas, um ser que veio ao mundo por um motivo, ou quem sabe se sem ele, mas que, de alguma forma, o tornou curioso acerca de uma série de fenómenos que gostaria de entender.