Façamos, em conjunto, uma análise entre o que somos aconselhados a fazer e o que, na realidade, podemos fazer:
• Somos aconselhados a estar atentos a sinais físicos ou psicológicos não comuns em nós, e a consultar o médico caso eles persistam. Contudo, hoje em dia só quem for rico pode manter a saúde. Vejamos a falta de médicos de família e a confusão generalizada nos hospitais, em vários sectores. É chocante!
• Somos aconselhados a ter cuidados especiais com a alimentação, mas, começando pelo que se observa nos hospitais, não se presta a devida atenção ao que é dado aos doentes. Pergunto: Como poderemos ter uma alimentação adequada se a maioria das pessoas não tem condições económicas que lhes permitam o privilégio de escolher o mais saudável, ou mesmo o menos prejudicial? Também perguntaria por que razão não se põe o responsável pela saúde pública a ganhar o salário mínimo. Para não mencionar o valor da inserção social que o Estado paga a quem a ele recorre. Talvez assim resultasse e ele começasse a sentir na pele os resultados.
• Somos bombardeados por programas contra a violência, nomeadamente doméstica, mas ao mesmo tempo é facultada aos jovens a possibilidade de assistir a esse sacrilégio através de diversos programas de entretenimento, filmes e revistas tais como a "Telenovelas", onde são exibidas, frequentemente, imagens que revoltam qualquer ser humano mais sensível e contrário ao uso de violência.
Tenho absoluta consciência do quão complicado será alterar este estado de coisas e de muitas outras que não convém aqui referir pois tornaria este apontamento demasiado longo e poucas seriam as pessoas dispostas a lê-lo. Sei, também, que qualquer reforma a introduzir teria, necessariamente, de começar no seio familiar e teríamos de esperar algumas gerações para que surtisse efeito. Contudo, gostaria de reafirmar a minha convicção de que urge pôr um travão ao que está a acontecer. Estão a avançar movimentos perigosamente ameaçadores da tranquilidade das pessoas, e este assunto percorre um caminho onde é comum a justiça falhar sempre que não são convenientemente penalizados aqueles que praticam crimes de previsível reincidência após condenação, com redução de pena por bom comportamento. É revoltante o número de casos em que tal se verifica.
A minha teimosa esperança de ver o meu velho país ser bafejado por uma onda de renovações de vária ordem, leva-me hoje a recordar um texto que escrevi, há exactamente sete anos, vinte e nove depois de uma previsão feita por Natália Correia, a qual achei fantástica mas que não irei transcrever porque tornaria demasiado longa a reflexão que gostaria de fazer hoje. Esta senhora, de quem sei pouco, inspirou esta minha reflexão porque fiquei com a impressão de que teria consciência de uma verdade que anunciou, independentemente das posições que tenha assumido, durante a sua vida, a maioria das quais desconheço.
Não importa se tu és de esquerda ou se és de direita, basta que tenhas consciência das opções que assumires ao tomar uma decisão importante, decisão essa que pode vir a prejudicar fortemente o teu país, se não souberes escolher o Homem que gostarias de ver governá-lo. Tal escolha não deve – de forma alguma – servir o teu partido, mas sim a tua Nação.
Por classe social entendo várias, entre elas:
- a que teve acesso à cultura e que a adaptou a bons princípios a defender;
- a que teve acesso a uma cultura apenas livresca e que a adaptou a si, para tentar satisfazer as
suas excessivas e egoístas ambições;
- a que não teve acesso – por um ou por outro motivo – à base cultural que poderia ter-lhe dado a
possibilidade de julgar por si e não pelo que os outros lhes dizem.
- etc....
Não acredito em classes sociais ditas ricas e pobres. Não é o ter ou não ter dinheiro que nos coloca num dos dois patamares. São os valores que defendemos e, aí, os patamares são vários.
Temos tido governos escolhidos por maiorias que votam no seu partido, e não no HOMEM que convém ao país, por provas dadas das suas grandes qualidades. Essa maioria, confia num programa que lhes apresentam e que vai de encontro à provável satisfação das suas ambições, sem respeito pelas ambições de outros. Mas, nessa maioria, encontram-se também eleitores que, ao votar, não têm consciência da responsabilidade do seu acto porque, provavelmente, foram manipulados por defensores de partidos que funcionam como “clubes” aos quais são fiéis. Esta é uma realidade, não é uma suposição. Os sacrificados, as grandes vítimas, são aqueles que estão a pagar pela predominância duma classe privilegiada e egoísta. Não estou a referir-me a uma classe social como é, normalmente, referida: rica, ou pobre. Estou a referir-me a uma classe de gente para quem os valores são, predominantemente, materiais. Quanta gente muito pobre os defende! Eu não seria contra a situação da classe privilegiada desde que, os outros, tivessem direito a uma base segura, que lhes garantisse emprego, um tecto, um bom serviço de saúde e de educação – gratuitos! - e o direito inquestionável a condições que lhes permitissem uma velhice tranquila, num ambiente de Amor. O que saísse deste grupo de bens de direito, faria parte de conquistas conseguidas, por mérito próprio, por comprovada lealdade, honestidade, e não prejudicando fosse quem fosse.
Revolta-me saber da existência de tantos privilegiados, em detrimento do chocante número de pessoas que vive na miséria, sem receio de exagerar, muitas das quais estão a pagar uma pesadíssima factura por erros cometidos, por devoção a partidos e não a valores.
Uma cantora com uma presença doce, que nos mantém deslumbrados com os graves da sua voz, e nos leva a senti-la como que envolvida no mistério de um além desconhecido, que a tornou uma intérprete extraordinária. Vale a pena escutá-la!
Eis uma das suas magníficas interpretações:
DERNIERE DANCE -https://www.youtube.com/watch?v=qSBXNJmdif8
Uma cantora com uma presença doce, que nos mantém deslumbrados com os graves da sua voz, e nos leva a senti-la como que envolvida no mistério de um além desconhecido, que a tornou uma intérprete extraordinária. Vale a pena escutá-la!
Eis uma das suas magníficas interpretações:
DERNIERE DANCE -https://www.youtube.com/watch?v=qSBXNJmdif8
Imagem: https://www.letras.mus.br/diana-ankudinova/fotos.html#419283
Data da criação do conteúdo:
2023-o4-30
Quando um ser do sexo masculino nasce, é portador de uma certeza:
a igualdade de direitos e deveres entre ele e o sexo feminino,
independentemente das diferenças biológicas que os caracterizam.
A Natureza se encarregará de neutralizá-las de forma a coexistirem
em perfeita sintonia.
Face a certas notícias deploráveis que leio diariamente, por vezes tenho a impressão de sentir a minha alma gritar-me ao ouvido para parar de ter a esperança de que o mundo vai melhorar. Não devendo abandonar a minha necessidade de manter-me informada, busco formas de travar os meus ocasionais ímpetos de revolta interior pelo que vai acontecendo, mas não é fácil. Há actos que tento ultrapassar, muito embora com grande dificuldade, mas fica a martelar na minha mente uma pergunta: em qual direcção estará a humanidade a desejar seguir, uma vez que, apesar dos esforços que pessoas de bem tentam pôr em prática - no sentido de acabar com os hediondos crimes que acontecem todos os dias - as estatísticas revelam resultados frustantes que nos estrangulam toda a esperança que possamos desejar manter.
Fico perplexa quando leio que alguém, numa determinada localidade onde é considerado/a pelos vizinhos como uma pessoa cortês, educada - enfim, uma boa pessoa! - inesperadamente surpreende todos com a atitude macabra de matar, com hedionda barbaridade, alguém a si ligado/a, atitude essa reveladora de um ódio profundo pela vítima quando, aparentemente, na opinião dos referidos "todos", sempre havia revelado amar, profundamente, a pessoa que acaba de matar. Isto leva a uma lenta mas bem fundamentada razão para duvidarmos de toda e qualquer pessoa, o que é revoltante! Mas que mundo é este que estamos a tentar mudar, no sentido de ser gerada confiança no futuro quando, simultaneamente, a realidade coloca-nos perante um cenário tão cinzento e tão sombrio? Desagrada a qualquer ser humano, de "mente mente sana in corporeo sano", dever acreditar que ninguém é fiável, mas impõe-se que aceitemos esta tristíssima realidade, se pensarmos nos nossos filhos e nos nossos netos, bem assim como nas crianças que, inúmeras vezes também, ficam abandonadas a si próprias, envoltas no mistério de tanta coisa que não entendem e que os marca para sempre.
É um facto real que, ao longo da história, foram praticados actos de extrema violência, mas estamos a viver uma muitíssimo recente viragem, no nosso país, viragem essa aparentemente inspiradora pelos esforços que estão a ser feitos no sentido anti-corrupção, anti-crime, anti tudo e mais alguma coisa, e o resultado não está a gerar o que se pretende. Está em processamento uma luta real pela renovação da sociedade, em prol de valores que sabemos estarem em degradação, mas os resultados desejados estão a ser desgastantes e de grande frustração, por contra-acções paralelas. Tal luta carece de um forte 'background' de apoio estatal. Vejamos o que está a acontecer relativamente
a) à violência social,
b) à péssima conduta de orgãos de soberania responsáveis,
c) à desonestidade de quadros com altos cargos em grandes potências económicas,
todavia, tudo parece continuar “em modo conveniente”. E conveniente para quem? Para um certo núcleo de gente!
Resiliência parece ser a única ferramenta a que poderemos recorrer, mas trata-se de uma arma muito pouco abrangente, se pensarmos no muito que está a ser exigido de todos nós, nos mais variados campos, levando ao desespero total dos mais fracos de espírito e/ou de menos sólida formação.
Esta minha saudação especial vai para todas as pessoas que, neste momento, choram a morte de um ente querido, com particular relevância, desta vez, para os familiares de quem morre em consequência das inaceitáveis negligências que têm ocorrido no Serviço Nacional de Saúde Português. Tais negligências exigem acção imediata da parte do Estado, para bem dos que sofrem e dos que vêm sofrer. Nem todos têm a possibilidade de recorrer aos cuidados médicos de uma instituição privada, até porque o que recebem, mensalmente, não chega para as despesas básicas do seu agregado familiar.
Nunca pensei assistir a esta vergonhosa situação, que tanto me afecta.
É inconcebível que haja monstros predispostos a matar, sobretudo crianças, puras representantes do amor em toda a sua plenitude, com o objectivo de impor as suas doentias ambições. Recorrem à força incomensurável de invenções concebidas para a destruição, sempre que aquilo que pretendem não for aceite através de conversações entre cada nação envolvida no que os desespera. Matam em massa inocentes, sem o mínimo de constrangimento.
Vou repetir-me: - Convidem-se mutuamente para um confronto corpo-a-corpo, gladiando-se entre si, e deixem viver a vida quem nela foi inserida sem opção de escolha ou qualquer culpa.
- Lê, lê muito!
- Analisa com muita atenção o conteúdo de cada livro que escolheste.
- Sobre cada matéria de teu interesse busca, com entusiasmo, outras opiniões, outros dados de autores de prestígio.
- Não deixes o que foste lendo permanecer arquivado no teu cérebro, sem que te dês a oportunidade de construires a tua própria opinião.
- Cultura livresca não chega, não te torna culto/a. Só te fornece informação, mas esta, necessita de ser submetida ao teu julgamento, depois de teres colhido o máximo possível do conhecimento de mestres na matéria.
- O que, finalmente, concluíres ajustar-se a ti, ou parecer-te mais em conformidade com o aceitável, essa será a tua cultura, não a cultura de outros.
- Mantém-te sempre aberto/a ao aparecimento de conhecimentos renovados. O CONHECIMENTO, seja do que for, NÃO É ESTÁTICO. Manter-se-á SEMPRE DINÂMICO.
O povo português é massacrado diariamente com longos períodos de publicidade durante os programas de televisão, noticiários, sites de convívio social, etc., etc.; publicidade essa absolutamente imprescindível como fonte de receita de quase todas as empresas de comunicação. Representa, porém, um “ataque massivo” à resistência psicológica de cada um. Naturalmente, os importunados poderão sempre, naqueles quinze, vinte minutos – ou o que quer que seja – aproveitar esse período para fazer quaisquer tarefas pendentes de atenção. Contudo, os interessados em promover as suas marcas só beneficiam, eventualmente, dessa publicidade com as pessoas que estiverem permanentemente dependentes da televisão ou de qualquer outro transmissor de publicidade.
E se a publicidade – fastidiosa, maçadora – fosse transformada em curtos vídeos humorísticos, de diversão, sobre o produto a promover, acabando por produzir um efeito positivo em vez de instantes de verdadeiro repúdio? Seria uma forma cativante de transformar “um grande peso” em “uns minutos de boa disposição.” Conheço esse sistema, praticado em Itália, por exemplo, há muitos anos – e até em Portugal, muito esporadicamente. Todos ficariam a lucrar com isso, certamente. Ou não? Imagino que esta sugestão ficaria mais cara, mas num tempo necessariamente curto, é provável que se sentissem bons resultados. O povo português já está demasiadamente massacrado pela vida.
Capa da revista "TELENOVELAS"
Soma… e soma… e segue!
Haverá alguém que negue
que certas pessoas, sem graça,
se nutrem com a desgraça
de explorar males de base
carecendo de catarse?
Sinto que esta revista
tem um propósito em vista,
quando promove a agressão
com chamadas de atenção
para tantas telenovelas.
… Elas bastam-se, só por elas,
para aumentar audiências…
Dispensam bem diligências
que acabem por piorar
- sem receio de exagerar! -
um cenário paradoxal
que agravou, em Portugal:
o aumento, na juventude,
de falências em certas mentes,
claramente doentes.
………………………………..
Implora-se clemência
para tanta prepotência!
Parem de enfatizar o crime!
A vossa capa… deprime!
Quando, há dias, alguém me disse que um dos meus poemas, intitulado "A Força do Trabalhador", escrito em 1985, me vincula à esquerda, politicamente, fiquei surpreendida. Naquela altura, eu já estava desligada de qualquer ideologia política que não fosse a de defender, acima de tudo, a boa formação de cada membro de um governo, para que a justiça social se tornasse uma realidade e não a pouca vergonha a que assistimos frequentemente. Estávamos - e estamos ainda - a viver a era do individualismo mais vergonhoso de que tenho memória, em que uma escandalosa maioria zela apenas pelos seus interesses pessoais, protegendo o próprio "umbigo". Esse umbigo parece estar enfiado numa redoma, como se assim fosse possível protegê-lo da usurpação de tudo o que considera ser seu e só seu. Só que, muitas vezes, esquecem-se de que a redoma é de vidro. O referido poema foi escrito em função daquilo que a minha sensibilidade me ditou… e nada mais. Haverá alguém que duvide da função importantíssima do trabalhador? Eu não mencionei no poema que defendo as opções políticas de certos — ou de todos — os operários. Tal abordagem seria um campo vastíssimo que transformaria esta simples nota num grande "calcanhar de Aquiles".
Quero, tão simplesmente, deixar claro o meu desejo de que não me sejam atribuídas tendências políticas que não defendo, apenas porque acredito que o operário tem um papel muitíssimo relevante na prosperidade económica de um país — isto para não mencionar muitíssimas outras áreas. O que seria das empresas se eles não existissem? Cada vez mais, é necessária uma boa formação profissional e cultural para que o operário possa sair do "status" em que foi colocado. A sua importância é tão grande que me parece mesmo indiscutível. Prefiro lidar com um operário competente do que ser confrontada com a incompetência de certos "doutores", enfarpelados e com gravatas ao pescoço em jeito de forca.
Causa-me náuseas ver esses indivíduos pavonearem-se pelas empresas, exibindo um ar de tamanha "importância" que chega a desagradar. E, quando os enfrentamos, humildemente, olhos nos olhos, para encontrar soluções para questões que a nossa honestidade exige resolvermos, deparamo-nos com um imbecil. Esse imbecil não exibe outra coisa senão obediência, óbvia e incontestável, às "regras do jogo" da empresa para a qual trabalha. Tais regras poderão até ser justificáveis e, consequentemente, aceitáveis por quem se submete a elas. O problema surge, porém, quando o funcionário faz o outro sentir-se miserável face à sua arrogância e excesso de prosápia, "depenando" argumentos de defesa que ofendem qualquer cidadão menos atento.
É evidente que, muitas vezes, um funcionário com essas características é admitido propositadamente, porque o seu perfil convém aos quadros da empresa. Ele possui tudo o que é necessário em obediência a um sistema organizado num determinado sentido. Além disso, precisa de trabalhar e receber o seu ordenado. Não é isso que fazem, também, as prostitutas? Aquilo que distingue uns dos outros é, entre outras coisas, uma questão de funções, cargos, preferências, integridade moral, opções e qualidade de vida.
Quando a idade avança e uma pessoa passa a ser considerada idosa, se ela tem uma “mente sana in corporeo sano” e sente que os outros começam a tratá-la como se estivessem a lidar com alguém com indícios de alzheimer ou dementia – que sabe não ter – pode estar a “assinar-lhe” um tratado de incapacidade “non-valido”, por distúrbios que não existem nela. A pessoa pode, muito simplesmente,
a) estar a abusar do uso da sua capacidade intelectual, na sua idade.
b) estar a ser perturbada por problemas de vária natureza, tais como abandono de familiares ou
amigos,
c) ter situações que, na sua idade, podem muito bem estar a perturbá-la profundamente.
d) etc..
Estes exemplos podem estar a magoá-la, causando-lhe um desvio da sua concentração para esses seus dilemas, de tal forma que lhe provoquem, permanentemente ou não, distracção relativamente a coisas importantes, distracção essa que passará a confundir quem lida com ela. Todavia, há que ter em consideração, quando se trata de uma pessoa de mente sã, que ela estará, eventualmente, atenta a essa nova forma de tratamento, com a qual passará a ter de lidar, sentindo-se sã, mas diminuída. Esta forma de tratamento poderá levá-la a uma permanente tristeza, perante a sua incapacidade pessoal de lutar contra “quem pode mais do que ela” _seja ou não familiar. Assim sendo, começa a notar-se, muitas vezes, o início de sintomas que dói o coração de quem a trata, mas que esta insiste em manter, por ignorância, fazendo com que a pessoa idosa passe a sentir-se condenada a incapaz. É triste, mas acontece todos os dias, e essa pessoa poderá passar a ter o que sempre receou.
Não seria óptimo - caso ainda não exista - criar-se uma disciplina extra nas escolas sobre como lidar, com respeito, com idades avançadas, e até com crianças? Aprenderiam a respeitar essas duas fases da vida tão importantes e, paralelamente, na escola iriam poder corrigir o que tantos pais, por vezes, são os primeiros a praticar erradamente.
.
A Nação está afundando numa onde de
• supostas verdades, comprovadamente mentirosas;
• ganância incontrolável dos ladrões de alto gabarito, cujos actos provocam situações dramáticas em muitos
sectores;
• maus valores, nos quais o pudor e o respeito pelos outros são quase inexistentes;
• ausência absoluta de humanidade em pessoas julgadas como sendo, supostamente, competentes para
assumir o comando de cargos importantes ;
• consumismo compulsivo, em detrimento de uma cuidadosa análise para ver se o que se compra é mesmo
necessário;
• conflitos sociais generalizados, os quais afectam a mente e, consequentemente, a vida de cada um;
Lamentavelmente, se estávamos muito mal em 1974, estamos consideravelmente pior hoje, e sem perspectivas de soluções aceitáveis que possam pôr fim ao drama existente em muitos lares. Estamos de tal forma que nem o tão precário turismo que temos poderá salvar o deplorável estado em que o país se encontra.
O período mais significativo na construção da minha estrutura mental e psicológica de hoje, decorreu entre 25 de Abril de 1974 e o tempo actual. Antes desta data, nada do que fiz na minha vida tem seja o que for a ver com aquilo que eu teria feito se tivesse a consciência que tenho hoje, contudo, devo salientar que as mudanças que se operaram em mim, não foram imediatas. Decorridos tantos anos, em que fui acumulando conhecimentos e experiências de vária ordem, ganhei consciência do que estava mal em mim, parcialmente em consequência de traumas que tenho procurado ultrapassar da melhor forma, e sem ajuda especializada.
Depois de um episódio a que dei o título “A minha primeira desilusão”, muitos outros semelhantes aconteceram, mas eu sou perita em desenrolar novelos que estão cheios de fios embaraçados, embora nem sempre com sucesso. Quando consigo, fico com uma profunda sensação de felicidade pela "missão cumprida". Que outra coisa melhor fiz, na minha vida? Talvez criar os meus seis filhos; acarinhar – sempre que possível - os meus catorze netos; amar as crianças em geral, incondicionalmente; olhar os lírios dos campos nos momentos mais críticos; admirar o sol que nos aquece e a água que nos refresca... Sim, porque as marcas que me ficaram dos muitos pontapés dados em pedregulhos que me foram colocando nas estradas por onde fui caminhando em busca de novos caminhos, foram tantos, que os pés que hoje mal me seguram na posição vertical, perderam muito da sua magnífica resistência.
A minha vida é uma tela a duas cores: o azul da lealdade e o branco da verdade. Tem muitos pontos negros de amargura, e lindos pontos brancos de ternura. A clara indefinição de traços é fruto da falta de abraços.
Data da criação deste conteúdo: 2009-05-31 Imagem: Tim Mossholder
Relativamente ao género de poesia que escrevo, por vezes sou confrontada com perguntas sobre o porquê duma tendência para a melancolia, ou até para uma certa rudeza quando abordo alguns temas, razão pela qual decidi escrever este manifesto.
Escrevo sobre sentimentos, negativos ou não, ou sobre acontecimentos que mexem com as minhas fragilidades, das quais urge me liberte, daí - regra geral - o género da minha poesia. Ela é o eco de desabafos que faço comigo mesma, num espaço etéreo muito meu, criado por mim. É nele que grito, silenciosamente, as dores das minhas cicatrizes, ou as razões que me deram a força que tenho tido e que quero se mantenha, enquanto puder. Terminada a construção do tema, regressa a mim a alma que conservo de raiz: resiliente, pronta a enfrentar a vida com superação de males pessoais, ou do mundo, e com o espírito aberto a um futuro desejável e – por que não? - feliz!
Sendo eu uma cidadã atenta ao que se passa no meu país, e no mundo, será que terei motivos para encher o céu de sol quando o vejo coberto de nuvens?
Tanta cabeça a pensar
sem nenhuma conclusão...
Navegamos às escuras
num mar de desolação.
Isto lembra-me uma quadra
que escrevi, tipo arremesso,
como cachorro que ladra...
mas ninguém lhe dá apreço:
"Uma acção, quando adiada
por o velho retardatário,
promove o veloz sucesso
de um qualquer adversário."
Senhor Primeiro-Ministro,
salve o País da pressão
e desespero sinistro,
que reina entre a multidão.
Que quadro é este que vemos?
Que valores são defendidos
pelos governantes que temos?
São inaptos assumidos?
Estando a Saúde no topo do que considero ser um dos ‘ingredientes’ mais importantes para a construção de uma sociedade digna, estruturalmente sã em todos os sentidos, atrevo-me a concluir que Portugal caminha, a passos largos, para uma total degradação social, onde acabará por imperar a robustez de quem é muito rico, em detrimento de quem é extremamente pobre. Estes últimos não poderão, portanto, recorrer à medicina privada, tendo que sujeitar-se a esperar por um qualquer milagre que evite o infortúnio de ir sucumbindo lentamente, se a sua saúde continuar a depender do péssimo e inadmissível Serviço Nacional de Saúde actualmente existente em Portugal. Aplicar “remendos” numa estrutura extremamente fragilizada fragmenta cada vez mais a sociedade em geral.
No nosso país impera a riqueza; o resto é pobreza. Se fizermos uma cuidadosa análise do que está a passar-se neste momento, em todas as vertentes da nossa sociedade, verificamos que os ricos continuam a viver uma vida que representa uma afronta à situação de tantos pobres, que vivem com um miserável salário mínimo ou mesmo com um subsídio de reinserção oferecido pelo Estado àqueles que, por terem recorrido a drogas na sua fuga a uma ou outra triste realidade, acabaram por arrastar-se até ao limite da suportação do que quer que seja. E não me venham com argumentos encobridores da realidade desta degradação, pois só cada um saberá por que caiu na desgraça. Haja Humanidade consciente em quem governa um país estruturalmente degradado há tantos anos. Poucos países terão tido a possibilidade e a honra de libertar-se da opressão em que viveram ou vivem, da forma como conseguiu Portugal durante a noite de 25 de Abril de 1974; foi uma revolução feita com dignidade… e em paz! É lamentável que o que veio depois dessa data, até hoje, esteja a demonstrar ao mundo que não se pode exigir de uma árvore frutos sãos se a sua raiz carece de saúde há tantos anos.
Do abandono de um idoso, perpetuar-se-á o eco do seu silêncio angustiante, após a sua morte. Os surdos continuarão a não ouvi-lo... E os que gerem a sua espera da morte, manter-se-ão surdos até quando?
Senhores Directores de jornais, de revistas, de televisão, de sites de comunicação, etc., etc., etc.. Volto à desagradável forma como pretendem convencer os destinatários daquilo que anunciam, a aderir de imediato ao que pretendem com a V/ publicidade. As expressões a que V. Ex.ªs recorrem todos os dias, quer seja como promotores de vendas, quer seja como promotores de conhecimento ou mesmo para aumento de audiências, não me parece sejam elegantes, a despeito do quanto possamos estar-lhes gratos pelos conhecimentos, mais ou menos úteis, que possam proporcionar-nos, Trata-se de um intercâmbio de interesses e, até aí... quem não estiver satisfeito saberá muito bem o que deverá fazer: muda de fonte de transmissão ou busca qualquer outra forma de lidar com a publicidade. Considero que há uma coisa a ponderar no Vosso trabalho: os transmissores dos variadíssimos conhecimentos que quererão sejam aceites pelo público, não devem, de forma alguma, tratar as pessoas a quem se dirijam, como se fossem peças de submissão às vossas ordens. Seria de toda a conveniência acabarem de uma vez por todas com as expressões:
Enfim! É um bombardear de exclamações irritantes, que só merecem uma resposta:
É JÁ A SEGUIR!
Seria mais gentil, e até cativante, cancelarem o impasse que o uso do termo “JÁ” confere à frase, isto é, prepotência com sabor a comando... e passassem a uma forma mais de sujestão, ou de convite. Sabemos que os prazos para obtenção de vantagens deverão ser respeitados, mas mesmo assim, seria muito mais agradável usar uma forma mais suave de alertar o público para esse facto. Não devem negligenciar que as pessoas já vivem pressionadas pelo tempo todos dias da semana, e a forma como se dirigem a elas, repito, depois de um dia inteiro de pressão, torna-se verdadeiramente desagradável.
Sei que escrever um manifesto para extravasar injustiças que possam estar a amachucar, ou ter amachucado, a minha alma, será sempre apenas um “audaz manifesto de protesto”, pois nunca será lido pelo destinatário contra o qual me expresso, revoltada. Todavia, como sou contra toda e qualquer forma de abafo... desabafo!
1. Um governo, ou sucessivos governos, em que os elementos que dele fazem parte, mais do que
governarem, governam-se, dificilmente levará a sua missão a bom porto, seja qual for o partido nele
dominante.
2. Além disso, tratando-se, eventualmente, de governos de coligação, o objectivo pretendido deverá
ser sempre o de conseguir uma harmoniosa coordenação entre os vários ministérios de que é
composto, sem que cada um “puxe a brasa à sua sardinha” - o que requer muita competência, muita
tolerância, e muito conhecimento das necessidades dum país onde há todo o tipo de pessoas: de
direita, de esquerda, de extrema direita, de extrema esquerda e/ou de coisíssima nenhuma... porque
vivem amarrados a partidos como se de clubes de futebol se tratasse… Também aqui, torna-se
muitíssimo difícil chegar ao referido “bom porto”. Estes, podem mesmo acabar por provocar a
ascenção de uma ditadura, quer de direita, quer de esquerda!
3. Depois, muito para além da tendência política de cada elemento de um governo, há a sua reputação
e idoneidade, quando postos em causa a partir de acções praticadas, inúmeras vezes camufladas com
o tal “manto diáfano da fantasia”, a que já tenho feito referência.
Concluindo…
Sendo eu absolutamente apartidária, sinto-me à altura de poder olhar o cenário deste meu querido país, neste momento, da seguinte forma:
ESTAMOS METIDOS NUMA GRANDE ALHADA, BORRIFADA COM AFIRMAÇÕES DISPARADAS ATRAVÉS DE DISCURSOS EUFÓRICOS DA PARTE DE CADA UM DOS ELEMENTOS NA BERLINDA: AD, PARTIDO SOCIALISTA E CHEGA!
BASTA!
Escrevo, apago, volto a escrever; registo no papel ecos do meu eu, do que penso hoje a meu respeito ou do que gostaria de ter pensado no passado, antes de ter assumido certas posições que marcaram o meu futuro para sempre. Não gosto de negligenciar a forma como reajo perante cada obstáculo, tal como não devo "encher de pompa e circunstância" um acto aparentemente bem-sucedido que, com o decorrer do tempo, possa vir a revelar-se um fracasso. Será por isso, talvez, que começo a sentir-me frágil em cada momento em que tenho de tomar uma decisão importante, sobretudo quando essa decisão envolve o futuro dos meus filhos.
Presentemente, no meu dia-a-dia, faço o que posso, não o que gostaria de fazer. Vivo como posso, não como gostaria de viver. Deixo-me vaguear ao sabor do tempo e das minhas possibilidades. Para quê ordenar ou organizar ideias, quando hoje somos mais vítimas do tempo do que vencedores na corrida para alcançar um determinado objectivo? Quando pensamos que estamos quase a alcançar a vitória, cai-nos em cima mais um problema que, ao tentarmos ultrapassá-lo, acaba por nos deixar absolutamente desiludidos, levando-nos a perder a vontade de seguir a estrada da vida que escolhemos e a dar prioridade ao que é, na verdade, prioritário.
Hoje, já não sou a mulher lutadora e cheia de garra com que os outros sempre me identificaram, muito embora conserve ainda a pretensão da sua existência. Contudo, vivo-a sozinha. Sempre que posso, evito que os outros se apercebam dela, pois dura apenas umas curtas horas. Assim que percebo que se torna nefasta, encho o peito de ar e vou à rua dar uma volta, se ainda for cedo. Se não for, reduzo-me à insignificância que me foi atribuída pelo Universo. Só não danço porque teria vergonha de o fazer sozinha, não vá eu convencer-me de que estou a endoidecer. Todavia, como sempre acontece nas minhas santas noites, quando vou para a cama, durmo consciente de que tudo parecerá melhor no dia seguinte.
Desisto, por hoje, de alongar esta minha tentativa de escrever. Se insistir em continuar a procurar o fio neste novelo sem jeito, acabarei por sair desiludida. Pese embora nunca tenha sido mulher de desistências, o bom senso exige-me que tente desistir de continuar este manifesto de luta por extrair o que não encontro. Voltarei a tentar amanhã, no meu tempo livre.
Tempo livre? Quem ousará usar esta expressão quando se trata de velhos? É aquilo que lhes terá sido dado em maior quantidade, como condenação perpetuada no curto espaço daquilo a que teimam chamar existência…
Para ver o vídeo clique no link: https://www.youtube.com/watch?v=IerSNKA9DPw
Palavras de Dimash Qudaibergen sobre “THE SOUL OF HUMANITY":
"Hoje, sentado no meu quarto, pensei muito no futuro da nossa gente, do futuro da nossa família. Observei muitos vídeos de crianças da guerra, apanhando migalhas do chão para fazer sopa com elas, sopa apenas com o sabor de pão e cimento.
Por que é que isto acontece na vida? Por que é que tanta gente passa fome durante o melhor período das suas vidas? Por que se gastam bilhões em guerras, quando podem ser gastos em salvar milhões de vidas no mundo? Por que precisam deste dinheiro sujo? Vocês não o levarão convosco quando morrerem. Provavelmente a nossa geração jamais verá o dia em que não haverá guerra nas nações.”(sic)
Não resisti à tentação de trazer hoje à minha página este famoso cantor, oriundo do Cazaquistão.
Embora este texto, acima transcrito, esteja inserido no CD “THE SOUL OF HUMANITY”, vou deixo aqui o vídeo relativo a “THE STORY OF THE SKY”, um trabalho impressionante interpretado por Dimash Qudaibergen que, na minha humilde opinião, colocou-o, como intérprete, numa plataforma ainda mais acima daquela por que era já conhecido, relativamente à qualidade das suas interpretações anteriores. Sendo já um dos melhores do mundo - se não o melhor - Dimash atingiu um grau de excelência nunca atingido até hoje, tanto quanto conheço.
Recordo hoje um manifesto que escrevi em 2012. Onze anos decorridos... parece que foi ontem… O panorama agravou de tal modo que começo a acreditar no estoicismo da humanidade que tenta “segurar a barra” que esperamos não vergue perante a sede de matar que têm os muitos (Des)humanos para quem a vida de milhões de pessoas nada significa.
“MAS AS CRIANÇAS, SENHOR, POR QUE LHES DAIS TANTA DOR, POR QUE PADECEM ASSIM?”
Excerto do poema “Balada da Neve”, de Augusto Gil
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REMANDO CONTRA A MARÉ
Gostaria de acreditar que este caos em que vivem as nações, mesmo as que se pensava mais estáveis, não permanecerá assim durante muito mais tempo, porque algo de muito bom acontecerá, inevitavelmente. Estamos a caminhar na direcção errada. A inoperância de certos programas, a indiferença e a incapacidade de certos governantes, a inflexibilidade de certos sistemas políticos, totalitaristas - e outros bem disfarçados - levam-me a admitir que o mundo está a seguir uma rota capaz de conduzir-nos a um fim indesejável. Não fosse a força de certos seres verdadeiramente interessados em levar importantes temas a discussão em inúmeras reuniões internacionais e estou convencida que já teríamos tido uma Terceira Guerra Mundial. Constitui uma constante ameaça à Paz Mundial o ódio gerado entre algumas nações, seja porque seguem ideologias políticas antagónicas, onde não há espaço para atitudes de tolerância e de aceitação do respeito que cada um merece, seja porque o facto de serem países ricos em petróleo os torna gananciosos, ou - talvez mais grave ainda - porque esse ódio é resultante de diferentes convicções religiosas. Entretanto, há nações muçulmanas, fundamentalistas, que constituem uma ameaça pela sua cada vez mais crescente aquisição de tecnologias modernas para o fabrico de armas nucleares e, portanto, porque de fundamentalistas se trata, não podemos deixar de vê-los, também, como uma ameaça à Paz, devido às suas fanáticas crenças e ambição de aumentar o seu poder através da aquisição de armas nucleares sofisticadíssimas. Tal é ocaso da Índia, Israel e Paquistão.
Paralelamente à crise mundial, que é um facto indubitável, como se sabe, assiste-se ao crescimento de potências como a China Comunista, que está a fazer tremer os alicerces económicos de certos países da Europa. Não sei até que ponto a abertura que lhe foi concedida para comercialização dos seus produtos a nível internacional e, consequentemente, o seu enriquecimento devido ao considerável aumento das suas exportações, não venha a ser irreversivelmente lamentada, sobretudo pelo ocidente. Com a entrada no mercado de produtos chineses a um baixíssimo preço, o que temos de considerar ser bastante bem aceite por quem vê as suas possibilidades financeiras cada vez mais afectadas pela crise, vimos muitas empresas acabarem na falência. Isto é um facto indiscutível e não se vê forma de isso ser evitado porque a moral da maior parte dos fabricantes só lhes permite lutar por um objectivo: atingir elevado número de vendas, com lucros exagerados. Sabemos que o preço pago pela mão-de-obra é elevado, mas também sabemos que, dificultando a importação de produtos da China e de outros países que praticam o abuso de pagarem baixíssimos valores aos operários, que vivem miseravelmente, iria pôr termo a este tipo de exploração. Esta medida, aliada à de contenção nos lucros dos fabricantes iria certamente contornar, também, o problema. Não sendo assim, gera-se um ciclo vicioso que só beneficia e fortalece esses países, capazes de recorrerem à mão-de-obra barata, pois enquanto os outros enfraquecem, eles tornam-se fortes potências mundiais, as quais passam a constituir, igualmente, uma outra ameaça quando, a par deste crescimento, sobretudo em países de governos totalitaristas, surge a sua corrida ao armamento nuclear.
Eu não acredito, portanto, que o mundo esteja a seguir o rumo que convém à construção duma política de actuação correcta por parte dos governos a qual, se conscientemente pensados e estruturados os seus fundamentos, iria permitir vivermos num mundo, senão perfeito, que contemplasse...
- acabar com o espírito do lucro excessivo,
- dar dignidade a quem está a passar por grandes dificuldades económicas no seio das suas
famílias, onde a fome e o desespero se instalaram,
- dar à Natureza o seu direito de não ser agredida por constantes gestos dum menefreguismo que
revolta,
- dar à criança o seu direito a um crescimento são e tranquilo,
- dar a cada um a tranquilidade de saber que não precisará de ser rico para ter saúde,
- dar a cada criança uma educação digna de orgulhar-se quem dela irá beneficiar, i.e., ela própria,
em todos os sentidos, quando adulta.
Para quando podermos acreditar que tudo isto possa ser possível, se continuamos a assistir à defesa de estratégias materialistas onde a avaliação de valores tende a favorecer o tacho de grandes egoístas, em vez de respeitar o bem-estar de quem sofre? Lutemos por uma resposta traduzida em actos, não em discursos que há muito nos saturam, feitos por gente que se tornou indiferente à luta de que carecemos. Não necessitamos de conversa da treta, tida para satisfazer a sede de protagonismo de muitos vendedores da Santa Banha de Gibóia, que não cura absolutamente NADA. Precisamos, URGENTEMENTE, isso sim, de Homens de Boa-Vontade para os quais o seu bem-estar pessoal está intrinsecamente ligado ao bem-estar do seu próximo.
Data do texto original do manifesto "Remando Contra a Maré":
2012-11-20
Data da recriação deste conteúdo:
2023-11-06
É com profunda tristeza e inconformada perplexidade que, quase a completar oitenta e sete anos de idade, e depois de ter vivido trinta e seis anos de uma ditadura, mais cinquenta de uma democracia adulterada, vejo o meu querido país afundar-se numa onda de conflitos internos de toda a ordem, cuja causa reside, sobretudo, em situações como:
- Má orientação do SEF que tem de gerir cerca de um milhão de imigrantes no país, nomeada e principalmente porque se trata de gente a mais - dadas as condições económicas existentes. Nota: Que esta referência ao problema não seja julgada como sendo uma reacção contra a imigração, mas sim contra a má gestão de um problema tão importante, má gestão essa que está a gerar violência e desconforto em muitos pontos do país.
- Má gestão de um acumular de situações onde impera o desespero de quem carece de bases mínimas de sobrevivência e de assistência médica e que, no desespero, perde o controle da racionalidade e gera o caos e o medo por todo o país, através da prática de assaltos, violência de vária ordem, homicídios, etc..
- Ganância indecorosa de certos irresponsáveis aos quais, pelas razões que todos conhecemos, certamente, é-lhes dada a possibilidade de candidatarem-se a cargos superiores de elevadíssima responsabilidade sem que, previamente, seja explorado, ‘a pente fino’, o seu passado. No tempo, certos elementos poderão acabar por revelar-se possuidores de uma inadmissível desfaçatez, praticando actos condenáveis, e pretendendo, talvez, não serem descobertos, e/ou considerarem-se imunes ao castigo respectivo, daí resultante.
Sobre os protagonistas desta terceira alínea, atrever-me-ia a perguntar a quem propõe a sua candidatura, ou mesmo a quem a avalia, em que base fundamentou a sua análise do candidato, ou candidata. Custa-me aceitar que uma pessoa que, durante o seu mandato, supostamente, cometeu crimes contra a nação, nunca tivesse revelado certas características duvidosas. Será a sua ganância de enriquecimento tão cega que não receia as consequências dos seus actos? Se não conhece as leis, antes de cair em tentações deveria procurar saber em que labirintos se irá meter. Não fazendo isso, só prova a estreiteza das suas capacidades. Os actos ilícitos que possa, eventualmente, praticar, indiciarão não só carência de inteligência mas, também, a existência de uma inaceitável astúcia que, provavelmente, possa ser confundida com uma elevada capacidade de argumentção através de convincentes discursos, onde o recurso a argumentos ‘politicamente correctos’, possam ser-lhe muito convenientes. Os exemplos já são tantos que perguntaria ainda, sobre estas pessoas:
• sentir-se-ão superiores à máxima: “A lei é dura! Cumpra-se a lei!” ? • seriam eles já useiros e vezeiros na prática do pequeno crime? • a sua ganância atropela seja o que, e quem for, para alcançarem o que pretendem? • ou sofrerão de doença mental?
Só posso supor que quem aprova ou sugere um candidato deste calibre, provavelmente nunca teve a mínima desconfiança que o levasse a suspeitar da uma ávida e cega ganância de enriquecer à custa de milhões de pessoas em séria luta pela sobrevivência. Depois, através de uma hábil queda para a elaboração de discursos especiais, esses candidatos a “pessoas importantes” lançam ao povo mais ‘clubista’ e menos informado, uma série de promessas “engravatadas”, povo esse que, em tempo de nomeações, opta por eleger o candidato que melhor convenceu, como se de um clube de futebol se tratasse.
Conclusão: Face à delicada situação, em que Portugal, compreendo que, actualmente, não será fácil encontrar pessoas competentes predispostas a assumir a responsabilidade de ocupar lugares de grande responsabilidade, em todos os sectores do estado ou a ele ligados, daí o recurso ao que haverá disponível.
Por vezes somos surpreendidos com notícias sobre novas curas as quais nos carregam a alma de esperança, sejamos nós portadores da doença em questão, ou não. Tais notícias, porém, para os mais cépticos, levantam de imediato uma série de perguntas quando, mais tarde, se verifica que tais notícias foram um logro. Foi o que aconteceu com um texto escrito por mim em 2018-10-12, num dos meus blogues o qual, inicialmente, dava conta de uma invenção científica que traria esperança aos pacientes de uma determinada doença, mas também a todos os curiosos da matéria. A fonte teve o cuidado de cancelar a notícia original, o que motivou a correcção que também eu fiz naquele momento, 2021-02-19, relativa à interligação que eu tinha tido o cuidado de fazer. No entanto, irei manter a continuação do texto pois duplica o motivo inicial por que foi escrito.
Saberemos nós em quem confiar e no que confiar?
Mas que mundo é este em que vivemos, supostamente acreditando que os cientistas fazem descobertas para bem da humanidade e não para encher os bolsos de gananciosos sem vergonha, nem escrúpulos?
Que mundo é este que coloca interesses materiais numa plataforma onde a moralidade não chega? Amigos, há muitos anos que coloco as "verdades" que nos contam numa prateleira, em "quarentena", durante algum tempo. Contudo, essa quarentena não deverá durar tanto tempo que acabe por conduzir a "incertezas" quanto aos resultados obtidos e à consequente perda total de confiança no produto. No campo da saúde, um dos mais importantes factores será o de termos uma segura confirmação de ser verdade as "verdades" que nos vão contando, para que possamos ter uma alternativa da ciência a que possamos recorrer sempre que a medicina natural não der ao doente outro caminho. Pessoalmente sou uma acérrima defensora da prevenção através do que é natural e, daí a minha preocupação.
Que vergonhosa realidade a deste mundo em que vivemos com milhões de pessoas de braços caídos, incapacitadas de tomar decisões correctas perante as "verdades" tristemente mentirosas que vão sendo passadas à população. Entretanto, quiçá os inventores de mais um tipo de pomada "Santa Jibóia" morrem empanturrados com tanto dinheiro que ganham à custa da confiança de quem acredita neles.
Claro que a indústria farmacêutica cria curas! Não concordo é com o abuso que se faz do uso de produtos químicos antes de serem tentadas alternativas tão naturais quanto possível ou, melhor ainda, usarmos a prevenção antes de termos de recorrer à cura. Há, porém, a necessidade absoluta de recorrermos, sempre que necessário, a um naturopata de absoluta confiança e NUNCA nos auto-prescrevermos com base no que lemos ou no que nos acconselham. Quando há situações de elevada complexidade, em que se impõe recorrer ao uso de um antibiótico, deveremos respeitar o conselho do médico em quem confiamos, mas não vejo com agrado recorrer-se, exageramente, à prática abusiva do uso do antibiótico, quando nem sequer se sabe de que mal o doente padece.
Data da criação deste conteúdo: 2022-06-29 Imagem: Nataliya Vaitkevitch
Está muito na moda comandarem-nos - quer na televisão, quer nos sites de comunicação social. Disparam-nos ordens, constantemente:
- Faça isto...
- Faça aquilo...
- Envie isto!
- Envie aquilo!
- Inscreva-se já!
- Telefone já!
- Encomende já!
- Compre já!
Mas que grande prepotência!!! É um verdadeiro assédio! Mas afinal o que somos??? Robots???
Seria mais bonito sugerirem, em vez de darem ordens...
A todas as pessoas que, tal como eu, têm um conhecimento apenas razoável dos malefícios de certos pesticidas, recomendo vivamente a leitura de uma notícia para a qual fui alertada hoje. Trata-se de informações relativas às PFAS-Substâncias Perfluoro Alquídicas, que são ácidos muito fortes, altamente perigosos para a saúde. A sua leitura será importante para se aperceberem dos perigos que corremos todos, relativamente ao que bebemos e ao que comemos diariamente, e o quanto podemos comprometer a nossa saúde, mesmo quando usamos certas substâncias na pele, e não só. Inicialmente li esta notícia na euronews.com, mas dada a grande importância do que acabava de ler, estendi a minha busca a outros campos de informação.
Cada vez mais convencida do que haverá, muito para além do que nos dão a saber, periodicamente faço uma cuidadosa busca de certas informações a respeito do que não deveria ser permitido vender-se, mas vende-se. Desta notícia, não tinha conhecimento.
Reforço o meu convite a lerem com atenção as notícias relativas aos links que transcreverei a seguir, numa tentativa de poderem optar por minimizar os riscos que correm em cada instante do vosso dia-a-dia, enquanto uma rigorosa legislação não seja posta em prática, e ponha um desejado fim ao que – aparentemente desde 1960 - vem sendo ignorado pela maioria da população.
a)
https://pt.euronews.com/green/2023/11/10/quimicos-eternos-novo-relatorio-afirma-que-sao-pulverizados-atraves-de-pesticidas
b)
https://www.ecycle.com.br/produtos-quimicos-eternos/
c)
https://sicnoticias.pt/especiais/curiosidades-da-ciencia/2023-03-02-Papel-higienico-uma-fonte-inesperada-de-quimicos-eternos-84e385ff.
Lamento considerar que a maioria dos canais de televisão portugueses têm programas que são uma verdadeira e lamentável fonte de conteúdos paupérrimos, num país que tanto carece de uma reestruturação a vários níveis. Os seus programas estão “encharcados” de conteúdos que em nada contribuem para o que seria desejável e que, pessoalmente, defendo, tais como:
- Conhecimento íntegro e genuíno de acontecimentos nacionais e internacionais, adquirido a partir de fontes de informação absolutamente credíveis; - Cultura geral, em variadíssimas vertentes; - Aconselhamento a nível geral e, igualmente, em várias áreas, sobre as quais reina uma inadmissível arbitrariedade de informação. - Programas exclusivamente concebidos com a perspectiva de cultivar nos jovens valores como integridade, verdade, respeito, humanidade e empatia.
De ver programas completamente carentes de qualidade já estará muita gente farta. Se os seus programadores necessitam, como é perfeitamente óbvio e natural, de recorrer aos anúncios como fonte de receita, seria bom que descobrissem criadores de publicidade que a tornassem leve ou até divertida, e não massacrante. Uma ponta de humor seria muito apreciada, algo que vejo raramente acontecer.
Certamente, muita gente que, eventualmente, leia o que estou a publicar sentir-se-á revoltada com esta minha transparência. Contudo, prezo muito a minha liberdade de opinião, a qual, tenho a certeza, não será única.
(Texto escrito e publicado em 2011. Onze anos volvidos, politicamente tudo continua como dantes)
Fico sempre muito bem impressionada quando bons críticos utilizam uma forma clara e precisa nas suas análises, tanto no que se refere ao comportamento nefasto de figuras políticas em relação aos interesses dos cidadãos, como aos interesses saudáveis defendidos por elas, cuja concretização não é possível devido ao obscurantismo que continua comodamente instalado no nosso país. Este texto foi elaborado precisamente com base numa crítica específica que li num blog, cujo texto não insiro aqui por considerar desnecessário pedir autorização para tal.
Programas adequados para o desenvolvimento cultural da população deveriam ser a base de medidas urgentes a serem implementadas por qualquer governo, em qualquer nação onde exista um elevado número de pessoas sem bases culturais sólidas. Quando me refiro a desenvolvimento cultural, falo de medidas revolucionárias a serem tomadas desde a base, visando a formação, em várias vertentes, de uma nova geração.
O sucesso dos 'vendedores de pomada Santa Gibóia' ainda ocorre devido ao elevado número de ignorantes, que, por falta de hábito e formação básica deficiente, não têm motivação para ler e são incapazes de compreender a maior parte das informações transmitidas. Esses manipuladores de promessas exploram a população de uma forma que perturba qualquer cidadão mais lúcido e informado – o que é, lamentavelmente, desagradável.
A agravar esta situação, a carência de cultura leva a tomadas de posição 'cegas' por parte daqueles que chamo de 'professores', que se julgam detentores de todo o conhecimento e não permitem que os outros aprendam. Essas atitudes, frequentemente transformadas em graves conflitos, dificultam a solução de problemas que poderiam ser resolvidos de forma democrática, mas que a referida carência não permite assimilar como sendo, em democracia, a forma correcta de ouvir e ser ouvido.
Assim, é urgente que os nossos políticos mudem de tática e comecem a usar uma transparência genuína (e não a manipulativa, que é perigosa), além de transformarem as suas promessas em discursos de verdade convincente. Seria bom, portanto, tentar de várias formas elevar o nível cultural da população menos informada, afim de ser atingido um maior grau de responsabilidade na escolha dos candidatos, não só para governar o país, mas também para assumirem lugares de chefia em outros sectores de interesse para o progresso da nação. É urgente formar pessoas de alma sã em corpo são, o que só poderá conseguir-se quando cada um tiver uma vida confortavelmente digna e de grande valor humano.
Data da criação deste conteúdo. 2011-02-16 Imagem: Harrison Haines
As bases duma cultura que poderá vir a distinguir-nos, residem na nossa entrega ao estudo e na nossa humildade em reconhecermos que sabemos apenas um pouco do muito que temos ainda para aprender. Pretendermos passar por “professores”, quando tanto precisamos de acreditar que ainda somos meros “alunos”, é pura enfatuação.
Só porque aprendeste já,
a dizer “Yes”, “Oui” e “Ya”,
não faz de ti um poliglota...
Isso é uma pretensão idiota!
Este poema é só meu,
a criadora... fui eu.
Sou a única implicada
no que escrever, revoltada.
Minha calma explodiu!
Sinto um enorme vazio
causado pela falência
de bondade... e de clemência.
Um egoísmo profundo
está gerando um mal imundo.
Há que encontrar uma via
de abolir a tirania.
Impera gentalha oca,
capaz de morrer em troca
de disparar sobre gente
absolutamente inocente.
Há monstros destruidores
por detrás dos bastidores,
a comandar, com mestria,
almas sem sabedoria.
Não posso acusar ninguém…
Não sabemos quem é quem,
mas trata-se dum compadrio
de almas duras e sangue frio…
Materialistas nojentos,
de humanidade isentos!
São aos milhões! Perigosos,
com intuitos asquerosos,
espalham terror pela Terra.
Os fracos usam a guerra
para impor uma ditadura,
e praticarem usura.
Temo que se rebele o anverso
do misterioso Universo.
Mais um ano decorreu, deixando para o próximo o pesado fardo de destruições maciças, execráveis na sua natureza, ceifando vidas e valores irrecuperáveis. Tudo porque alguém, algures, insiste em vencer, pelo uso da força, a batalha de interesses que a maioria da população mundial repudia. Esse alguém vê nas armas um trampolim para alcançar o domínio absoluto, onde só existe deferência por si próprio, ignorando o respeito pela vida. A paz que proclama é uma ilusão apodrecida, que apenas reforça o seu sentimento de invencibilidade enquanto ser humano.
Nada na vida é eterno. Tudo será efémero enquanto persistir a ganância pelo poder absoluto sobre tudo e todos. O mundo precisa de valores comuns a toda a humanidade, onde o respeito pela individualidade e pela vida de cada ser humano sejam os alicerces imprescindíveis para a construção de uma paz duradoura.
Procuro na escrita o que não encontro em ninguém, mas já não sei se escrevo ou se me deixo mergulhar nas pausas que o tempo me vai dando. Vou-me desfolhando lentamente, contando, um a um, os Bem-me-Quer, Malmequer, da minha vida de Mulher. Oh! Como eu gostaria de prolongar a minha existência! Quantas histórias irei deixar inacabadas, se me afogar num dos mergulhos que vou dando. Coragem e comunicação foram sempre as minhas armas de combate contra os ácidos da Vida. Não gosto da solidão. Umas vezes é flor, outras vezes um espinho, espetado no coração. Quando narro o que ficou escrito, nas palmas da minha mão, sinto o doce do mel, e o acre do limão. Quantas feridas se abriram em mim, sem um lamento meu e sem revolta. Foram muitas viagens que fizeram, de ida... e de volta. Fui Mãe nas horas de ponta e madrasta vezes sem conta, quando aquilo que exigia não se dissolvia nas águas em que me envolvia. Não! Não me tortura mais o Passado. Tortura-me o Presente. Esse sim, que é responsável pelo que sinto em mim. O meu corpo tem marcas, mas o meu espírito, não! Sou amor e desamor, numa mistura que dói, mas que não corrói a minha mente, porque a realidade não lho consente. Deslizo numa descida a pique, sem qualquer vontade, escorregando aqui ou ali, mas levantando-me sempre. Quero manter-me na vertical até que me chegue a desistência que aniquilará esta minha resistência. Não, eu não quero caminhar mais em chão de areia! Quero mergulhar em mares, como se fosse uma sereia.
2015-05-01
Excerto de minha autoria, do Livro "Contos ao Vento"
Imagem da autoria do meu neto Fred Azevedo.
Hoje recordo aqui uma célebre frase de José Pinheiro de Azevedo....
"Não há perigo. O povo é sereno, ouçam. É apenas fumaça…"
Quem, como eu, viveu esse momento... acredita que, novamente, seja só fumaça...
Há que seguir, tranquilamente, e com prognósticos reservados, as investigações a importantes figuras do Estado.
Só espero é que a apregoada serenidade dos portugueses gere uma verdade que, de mentirosa, não tenha NADA!
Análise pessoal com base no que transparece do que vejo e do que ouço
O rigor das exigências do Estado português, relativamente ao incumprimento dos mais basilares deveres de cada cidadão, afigura-se-me uma verdadeira afronta... quando comparado com a forma como a justiça gere a punição dos inúmeros casos de desonestidade de alguns responsáveis que trabalham para o Estado ou para qualquer importante organização.
Se um infeliz, que vive de um subsídio de reinserção vergonhoso, ou mesmo de um salário mínimo insuficiente para viver com dignidade, falhar no cumprimento de algum pagamento, vejamos a velocidade com que é punido pelo tribunal, em comparação com o inaceitável arrastar de tempo necessário para a condenação de um qualquer servidor superior que tenha prevaricado.
Entretanto, tal arrastar permite a este recorrer às mais diversas formas de escapar às suas responsabilidades, continuando a viver no conforto daquilo que, por ganância, foi acumulando. Cumpra-se, neste ponto, uma chamada de atenção para o que poderá acontecer ao supra mencionado infeliz cidadão que caiu no incumprimento, em comparação com a “destacável” forma como continua a viver o privilegiado prevaricador superior.
Não esqueçamos que a falta de condições de vida pode accionar a aptência para a morte. A revolta extrema pode conduzir à violência contra outros que, inúmeras vezes, nem têm culpa de nada – absolutamente nada!
Criei esta página para ter um espaço onde, livremente, expresse a minha opinião, preocupação e/ou regozijo sobre assuntos de carácter geral que possam, de algum modo, interessar a quem lê o que vou escrevendo. Qualquer texto meu nesse sentido, para além de ter a função de “desabafo pessoal”, servirá de “conversa silenciosa”, durante a qual só as expressões usadas, as imagens e a pontuação do texto darão eloquência a esse silêncio. Poderão, eventualmente, mexer com a sensibilidade do leitor, mas não afectarão, seguramente, os seus ouvidos.
Os textos aqui escritos não serão portadores de mensagens pretendendo aprovação, nem servem de “pretensiosa” afirmação pessoal do que defendo. Desejaria, porém, que cada um desses textos fosse um pretexto para troca de opiniões, ou outra qualquer manifestação, desde que feita com o devido respeito pela direito de opinião a que cada cidadão tem direito. Se tal não acontecer, ver-me-ei coagida a cancelar a sua participação, pois não permitirei qualquer ofensa provocatória à minha pessoa ou a outrem.
Portugal está, indiscutivelmente, com problemas graves no Sistema Nacional de Saúde, problemas esses que geraram este meu manifesto de hoje. Antes, porém, gostaria de repetir-me afirmando que sou absolutamente apolítica, sobretudo porque, com a minha avançada idade, já vi incumprimentos de todos os lados, quer seja da esquerda, quer seja do centro ou da direita.
• Em Portugal luta-se muito na tentativa de ensinar os Portugueses a optar por uma alimentação saudável.
a) O cidadão português que vive com um salário mínimo nacional, ou com um subsídio de reinserção (?), pode comer saudavelmente, quando o dinheiro que (não) tem disponível só dá para passar fome?
b) Quanto pior se come, mais doentes são gerados! Isso acelera a ineficiência latente do serviço hospitalar, agravando, em consequência, as condições económicas da população que acabará por ter de descontar parte do que recebe, para pagar ao Estado os prejuízos que possam advir da sua deficiente actuação. Todos os aumentos que têm sido feitos podem ser considerados uma permanente anedota... Ou não?!?
c) Estou de acordo quando há dias ouvi alguém dizer, numa entrevista, que os cidadãos que possuam formação superior - como um curso universitário ou outro de elevado mérito - deveriam receber mais do que outros trabalhadores que têm uma formação básica, por exemplo. Isso poderá, na realidade, criar nos alunos interesse por adquirirem uma formação superior. Não estou, porém, de acordo que esteja a perder-se prestígio no que respeita a certas posições do governo português, que faculta um rendimento de reinserção, ou mesmo um ordenado mínimo nacional, repito, absolutamente vergonhosos, valores esses que dão facilmente para atirar um ser humano para o Serviço Nacional de Saúde actual, podendo mesmo acabar morrendo à porta do hospital, se não houver médicos disponíveis para socorrê-lo em tempo record.
Se nós somos aquilo que comemos e que pensamos, solicito ao Estado o favor de deixar que pensemos melhor e proporcione a quem vive mal, acesso a uma alimentação digna. Considero muito grave que não se apliquem medidas para pôr fim à miserável situação em que vivem tantas famílias em Portugal, daí o aumento dos doentes, o aumento do crime e o aumento de tantas outras situações nefastas a todos e à reputação de um País lindo como o nosso. Sente-se que a maior preocupação de quem gere a nossa economia, é dar de comer a certos políticos que tanto mal causaram ao país e que, “coitaditos!”, devem continuar a viver bem. Não será isso?
Há sentenças de crimes de violência, que não respeitam o perigo de reincidência.
Constata-se que é gerido muito mal, o combate à violência em Portugal.
Cada cabeça aplica a sua sentença, que pode ser... de prisão suspensa!
Se o criminoso anda à solta, gera medo - e também revolta -
na vítima e na família, que passam a viver em permanente vigília.
Trata-se de erros infelizes, ou incompetência de juizes?
Não gostaria de ser comentada como estando com uma grande “dor de cotovelo”, devido a ter sido uma das centenas ou mesmo milhares de “vítimas” de publicidade falaciosa enviada para endereços electrónicos, até porque a minha posição perante o que recebo na minha caixa de entrada segue directamente para o lixo.
É inaceitável ser permitido o envio de certos e-mails falsos, informando, com um ridículo alarido de persuasão e oportunismo, segundo o qual os receptores dos mesmos ganharam um determinado atraente produto.
Claro está que, no seguimento deste anúncio ilusório, com direito a emojis aliciantes, segue-se a previsível informação de que o atingido, após esta fase de entusiasmo, passa a expectante sentado numa cadeira, se estiver disposto a ser submetido a um procedimento definido pelo expedidor do respectivo e-mail. Quanto a mim, repito, isto tem o interesse que lhe quiserem atribuir, mas merece menção por considerar tais anúncios uma ofensa à inteligência de quem está atento a golpes de baú.
Que o estado não tome uma posição contra o abuso da violência de títulos e de imagens a que V. Ex.ªs recorrem para venderem a Vossa revista, já sabemos. Continuarei, porém, a bater na mesma tecla, a da inconveniência de tal abuso o qual, através de uma posição mediadora, entre o Governo e os Directores da revista, talvez pudesse levar a um consenso sobre essa matéria. Ainda acredito, piamente, que haverá muitos Pais, Avós e até pessoas que não têm filhos nem netos, que defenderão a posição que, pessoalmente, desejaria fosse tomada. Já temos tanta violência na nossa sociedade, para quê exacerbar ainda mais essa realidade? Em prol de um aumento de audiências? Escolham outra táctica. Somos um País de gente com muita inspiração, consequentemente, não será impossível criar uma outra forma de chamar a atenção do público.
Quero deixar aqui bem claro que esta minha posição NÃO TEM NADA A VER COM AS PESSOAS QUE APRECIAM TELENOVELAS. Tem, tão somente, a ver com o facto de ser prudente estarmos continuamente a insistir na necessidade de fazermos tudo para travar a barbaridade de tantas mortes, algumas das quais tão violentas, que é insuportável descrever, ler ou ver vídeos relativos à mesma.
Peço, portanto, humildemente, aos responsáveis pela criação das páginas desta revista e de outras que possam ser publicadas, uma atenção muito especial a ser dada a este assunto para que seja feito o máximo para pôr termo à escalada de violência que se pratica em Portugal. Pessoalmente, continuarei a insistir na conveniência de travar esta recorrência ao uso de violência como solução de conflitos de todo e qualquer tipo. Obviamente que o que se publica na capa da revista Tele Novelas, não representa, só por si, a causa da violência, mas seria bom actuar em tudo o que possa, eventualmente, agudizar a incitação ao crime e à violência.
Data da Criação deste conteúdo:
2023-09-24
Imagem da Revista Tele Novelas
Andam à solta papões!
Não se trata de miragem.
Eles não se chamam ladrões,
mas fazem o que eles fazem.
Comem muito, comem tudo,
fazem dos outros capachos!
E o que temem, sobretudo?
Que lhes roubem os seus tachos!
O papão mais bastardinho,
tem ar de muito matreiro...
Prossegue no seu caminho
tramando-nos por inteiro.
Há uns que roubam, por fome;
outros, por ganância atroz.
Neste roubar, que consome,
quem se lixa? Somos nós!
Os que, por fome, roubaram,
são metidos nas prisões,
enquanto os outros não param,
de surrupiar milhões.
E neste deixar roubar,
de que todos nos culpamos,
nós não estamos a cuidar
da estrada em que caminhamos.
De filhos, viramos pais;
de pais viramos avós;
de avós viramos culpados
dos erros de todos nós.
E neste “deixar andar”,
em que os papões, são vedetas,
estamos todos a deixar,
os nossos filhos... pobretas.
Sem sabermos como e quando,
este roubar começou,
eles tomaram o comando,
e a nossa vida... piorou.
Gozar com a desgraça de alguém é sadismo que não convém. Há perguntas inconvenientes, feitas por inconscientes, que chego a ficar chocada, estupefacta e revoltada! Vejamos só este caso, escolhido por mero acaso.
Acaba de ser anunciado que alguém foi assassinado. Perguntam a um seu parente: – Por favor... como se sente? Se fosse eu a questionada, responderia, perturbada: – E você, seu atrasado? Estaria melhor calado!
Sede mórbida de ver sofrer! São perguntas a fazer? Em vez de acalmar... corroem, angustiam, não comovem. A pessoa, magoada, que está a ser entrevistada, é invadida por gente curiosa e incompetente.
Será que algumas revistas pagam aos seus jornalistas para explorar notícias – eventualmente fictícias – só para atearem chamas em almas sedentas de dramas? É que as perguntas que fazem desagradam, não comprazem.
E quando um título atrai numa notícia que sai, falsa do princípio ao fim… faço-me a pergunta assim: mas que jornalismo é este? Não haverá quem proteste? A decência é fundamental no jornalismo, em geral.
Há vírus de várias estirpes actuando no mundo de várias formas, hipoteticamente deixando marcas para sempre, mas gostaria de concentrar-me neste momento, e em primeiro lugar, no que atacou Portugal em 25 de Abril de 1974, durante o processo de instalação da tão desejada Liberdade e, em segundo lugar, no que invadiu o mundo, no final de 2019. Através de uma simples análise básica, ambos me parece terem uma característica comum, isto é, possível morte por asfixia.
Tendo vivido, bem de perto, momento a momento, a Revolução de 25 de Abril de 1974, e revendo os ideais causais da mesma, chego à conclusão básica de que a evolução que teve proporcionou, aos mais curiosos, uma boa oportunidade de analisarem inúmeras e variadas reacções das pessoas, durante a qual aqueles adquiriram uma série de conhecimentos que lhes foram permitindo fazer um quadro das variadíssimas cores da alma do Povo Português – até então amarrado à proibição de ser livre.
Considerando que, num regime dito democrático, o slogan “Socialismo em Liberdade” ocasionou erradas interpretações e consequentes abusos da parte de pessoas sedentes de libertinagem – o que nada tem a ver com Liberdade! – não posso deixar de continuar posicionando-me defensora do respeito por certos valores morais que foram negligenciados a partir daí, e que o novo regime não soube proteger. É certo que não seria fácil dominar certos ímpetos do povo, parte do qual carecia, e carece ainda, de princípios de educação e de cultura adequados a um país democrático, mas tenho de reconhecer, repetindo-me, de que competia aos detentores do poder dar ao povo aquilo de que carecia, para melhor sentirem a diferença entre o que foi o país antes do dia 25 de Abril de 1974 e o que foi proposto vir a acontecer a partir desta célebre data.
Considerando ainda não só os diferentes níveis culturais da nossa sociedade, na altura, mas também o que resultou dos cinquenta anos de “clausura da alma de cada português”, ainda hoje considero não terem sido totalmente neutralizadas as consequências dos quase cinquenta anos de regime totalitarista, então vividos. Quer nas vítimas directas quer, por reflexo, nos seus descendentes, essas consequências representaram golpes muito graves, que atacavam primeiro a alma e, depois, o corpo que era, em muitos casos, “enclausurado”, se ousassem manifestar-se contra o regime. Tal clausura não era provocada por um vírus qualquer… Tratava-se de uma estirpe, também esta com várias mutações de ampla envergadura, que causavam lesões graves nos opositores ao regime, acabando por asfixiá-los, lentamente.
Se fizermos um estudo – que nem é necessário que seja profundo – do que se passa hoje, verificamos que, decorridos quase outros cinquenta anos, ainda somos perseguidos por vírus “especiais” que matam por asfixia, só que agora trata-se de uma outra espécie, também assassina e com variadas mutações, mas igualmente asfixiante. Este vírus ataca primeiro o corpo, deixando a alma a pairar num espaço perdido… Por que nos enclausuram? Porque a ciência isso aconselha! Contudo, as inúmeras contradições de opinião e de constatação de factos e de insucessos, “engasgam” quem está atento e geram perguntas sem resposta aparente. Depois, todo este quadro tem um background e um jogo de interesses não indiferentes… Assim sendo, continuamos a sofrer a perseguição de verdadeiros assassinos do corpo e da alma… mas trazendo sempre implícito o estabelecimento de regras de comportamento que têm como objectivo “sermos protegidos e protegermos os outros”. Não estarão estas regras mascaradas para servir novos fins, mais perversos ainda – se bem que diferentes daqueles que imperavam antes e durante a revolução de 1974? Decorridos cerca de cinquenta anos, somos surpreendidos por uma nova situação viral, de novo mascarada com “diferentes mutações”.
Quem serão os “malabaristas” que continuam presos ao dito cujo da galinha, desde o primeiro ovo que de lá tiraram, em 2019? É que se trata de um “soma e segue” de partos… numa galinha que continua viva… Até quando? Estarão estes “malabaristas” com propósitos bem definidos, na tentativa de levar uma qualquer outra carta a Garcia”? Da primeira vez, saímos marcados e com deficiências. Como sairemos desta vez?
Ao excerto do seu livro “POST-SCRIPTUM”
"Por má distribuição dos bens da Terra,
Que torna a vida dura e faz a guerra
Nos corações dos homens sem um guia,
Pergunto às solidões do ser humano
Se Deus criou o Homem por engano,
Se o Homem criou Deus por cobardia."
Permitam-me que hoje dê o meu parecer:
Por má governação dos bens da Terra,
que faz os Homens provocarem guerra
- por mentes desprovidas de valores...
Respondo sem recurso a quaisquer tretas:
Deus não criou o Homem por engano,
este é que deixou de ser humano
e mata sedes em fontes abjectas.
Gostaria de conhecer resultados absolutos - confirmados por quem de direito e de competência para tal – sobre os benefícios concretos que foram obtidos com a promulgação de uma lei que, aparentemente, nada alterou no que concerne ao tipo de alimentação da grande maioria das crianças.
Mais do que proibir a publicidade, seria muito preferível proibir o fabrico desses alimentos. Sei que este último recurso levantaria uma série de protestos devido às consequências daí advindas em múltiplas vertentes, o que me leva a concluir que a lei n.º 30/2019 serviu apenas como um alerta – para não afirmar que se trata de uma possível fonte de receita através das multas que possam resultar do seu incumprimento.
Reitero a minha velha convicção de que também este problema deveria começar por ser compreendido, primeiramente, pelos pais, para, depois, poder ser corrigido no seio famíliar. Não estou a querer afirmar mais do que o seguinte: O que colhemos só será verdadeiramente são se a terra onde as raízes são fecundadas for saudável.
O mesmo sucede com tantas outras leis que deveriam ser promulgadas apenas após uma atenta observação da competência de quem as idealiza. Gostaria de conhecer resultados absolutos - confirmados por quem de direito e de competência para tal – sobre os benefícios concretos que foram obtidos com a promulgação de uma lei que, aparentemente, nada alterou no que concerne ao tipo de alimentação da grande maioria das crianças.
Mais do que proibir a publicidade, seria muito preferível proibir o fabrico desses alimentos. Sei que este último recurso levantaria uma série de protestos devido às consequências daí advindas em múltiplas vertentes, o que me leva a concluir que a lei n.º 30/2019 serviu apenas como um alerta – para não afirmar que se trata de uma possível fonte de receita através das multas que possam resultar do seu incumprimento.
Reitero a minha velha convicção de que também este problema deveria começar por ser compreendido, primeiramente, pelos pais, para, depois, poder ser corrigido no seio famíliar. Não estou a querer afirmar mais do que o seguinte: O que colhemos só será verdadeiramente são se a terra onde as raízes são fecundadas for saudável.
O mesmo sucede com tantas outras leis que deveriam ser promulgadas apenas após uma atenta observação da competência de quem as idealiza. Estarei errada?
É verdadeiramente emocionante a entrada de um barco de pesca no mar, sobretudo durante os primeiros momentos da operação de controle da posição em que o barco deverá entrar para que não suceda o pior. É louvável a comunhão de sentimentos e de responsabilidade existente entre os que se envolvem nesta tarefa.
Sente-se, em cada elemento, uma grande dose de cooperação, humanidade, altruismo e espírito de luta, permanecendo, porém, entre estes sentimentos, o orgulho bem patente entre os elementos de cada “campanha”, quando vão para o mar. Há sempre a expectativa, talvez, de quem conseguiu pescar mais e melhor, o que motiva o esforço a dedicar ao trabalho. Quando o mar está bravo, esta tarefa apresenta-se dramática, com os familiares dos pescadores arrastando-se de joelhos pela areia, em preces emocionantes, clamando protecção para quem está dentro daquele barquinho, aparentemente tão frágil. Vivi isto em pequena, quando ia para esta praia passar férias, local onde nasceu meu Pai.
Eu tinha um primo pescador, que tinha o apelido de "Ganeno", tendo ficado na minha memória, bem nítido, o timbre da voz de um seu companheiro quando, de madrugada, passava em frente à casa dele gritando, num tom arrastado e calmo... - Ó Ganeno, o mar está manso..." Parece-me ouvi-lo ainda. É uma praia de gente vocacionada para aceitar o cumprimento de um seu dever existencial, mais do que o de viver com um objectivo material, mesmo sendo esta, também, uma das pretensões de cada elemento. Contudo, o primeiro supera o segundo, na alma de cada um.
Aceitação e Resignação comandam a vida desta pessoas, depois... vem a Entrega e o Orgulho (ou não) do que conseguem atingir.
Data da criação deste conteúdo: 2022-07-03 Autos da imagem: Miguel Letra
Chocou-me profundamente ter tido conhecimento, já com 60 anos, de incongruências existentes entre a doutrina católica e o que possa o Estado do Vaticano ter tentado encobrir sob um manto diáfano de lamentável hipocrisia.
Recordo que, quando criança e quando adolescente, era o único membro da família que ia à missa ao domingo. O meu quarto – quando tinha treze anos – tinha uma mesinha carregada de santinhos e imagens. Meu Pai, que eu amava muito, era absolutamente ateu, e brincava sempre com essa minha prática semanal de ir à missa todos os domingos, tinha eu 15 anos. Quando me preparava para sair, ouvia-o sussurrar ao ouvido da minha Mãe, de forma a que eu ouvisse, e com ar entre irónico e brincalhão:
- A tua filha vai à missa ao domingo para pedir perdão a Deus e poder continuar a pecar durante a semana.
Claro está que o fazia brincando comigo, talvez porque acreditasse que tal prática pessoal iria passando com a idade... Não brincava, porém, quando me avisava que não ousasse confessar-me a um padre, porque aí o assunto seria mais sério... Mas eu confessei-me e fiz a comunhão em segredo, sem vestido especial ou qualquer tipo de festa, obviamente. Era um segredo que eu queria manter, porque sabia bem quanto me poderia custar se ele viesse a saber que eu havia transgredido as suas ordens.
Quando eu tinha já 18 anos, estávamos à mesa a almoçar e ele olhou para mim, com ar “ameaçador”, e disse-me:
- Que eu não tenha a confirmação de algo de que desconfio... porque aí, irei ter de tomar uma posição de que não irás gostar.
A partir dos meus 30 anos, mais ou menos, comecei a manifestar uma certa relutância em aceitar atitudes e posições da igreja, que me chocavam muito, mas embora tivesse deixado de ir à missa, eu continuava a considerar-me católica apostólica romana. Tive, porém, um conhecimento mais profundo de certas situações, durante os anos em que fiz deslocações permanentes a Itália, por questões de trabalho. Aí, fui confrontada com o conhecimento de certas notícias lamentáveis do que se passaria no Vaticano, e que nada tinham de comum com valores de humanidade e de fraternidade que eu tanto defendia.
Anos mais tarde fui viver para Torino, e foi aí que comecei a ouvir rumores da razão pela qual o Banco Ambrosiano tinha ido à falência e, então sim, comecei a duvidar dos conceitos de religião que tinha adquirido em criança e que fizeram de mim católica apostólica romana, bem contra o desejo do meu Pai. Assim sendo, fiz algumas reflexões! O Vaticano nada tinha que ver com os valores que eu defendia e, portanto, passei a perservar os que, moralmente me serviam, e servem, tendo-me desligado totalmente da igreja gerida por um grupo de entidades “religiosas” que estarão a degradar a confiança que os católicos depositavam neles.
No que diz respeito à minha posição actual, perante a igreja, perante a sociedade, e perante o mundo, faço a gerência entre o que se diz e o que convém respeitar, optando por seguir uma linha de AMOR incondicional à vida, e aos outros, carregada de tudo o que a minha consciência me vai ditando.