DEFININDO-ME…

Transcrição de uma publicação que fiz no meu blogue “Letra-Sem-Treta”, como “trabalho de aplicação” de uma lição exposta numa outra publicação que li. “Um bom exemplo do aproveitamento das lições de bom viver e da regra de que andamos a aprender até morrer. Espero que estas publicações sejam úteis para os visitantes dos blogues” (sic). - Nunca deixei que os medos paralisassem os meus planos e, daí, ter feito algumas asneiras na minha vida. Não basta esperar que sejamos bem sucedidos. É preciso estarmos atentos ao lobo que, infelizmente,espreita em cada esquina. - Nunca amaldiçoei a minha sorte, nem os lobos que encontrei pelos atalhos. Soube aprender com as lições que a vida me deu. Enchi o peito de ar, o coração de amor, e parti para uma nova luta sem pensar mais no passado. Se foi para glória de quem me fez mal, não sei, mas que os desprezo e os bani do meu mundo, isso aconteceu. - Consciente como sou, nunca culpei ninguém, nem mesmo a minha pessoa, dos meus erros. Já tive oportunidade de dizer que tudo o que fiz na vida foi feito pensando estar a fazer o meu melhor, consequentemente, não me acuso de nada. Reconhecer o erro duma posição tomada não é culparmo-nos dele, mas sim, servirmo-nos dele para corrigir o que esteve mal. - Não acredito, nunca, que haja alguma coisa escrita nas estrelas. Acredito, isso sim, que somos nós próprios quem rege o caminho a seguirmos. Mais ainda, não acredito que haja um Deus a guiar-nos. Esse Deus, para mim, é o mistério de sabermos, ou não, viver dentro das normas impostas por esse grande sentimento a que chamamos AMOR, de cujo grande mestre é a Natureza. - O passado não me dita, nem nunca me ditou, outra coisa que não seja/fosse a ‘experiência’ que me ensina/ensinou a escolher o meu caminho em direcção ao futuro. Abomino os estados de ansiedade. Tenho sempre programas para o futuro, os quais vou actualizando sem pensar que o mundo vai acabar amanhã. - Vivo melhor sempre que consigo ver-me livre, tão depressa quanto possível, dos acidentes de percurso, na estrada em que caminho. Abomino os estados de ansiedade e não suporto viver no desgosto de seja o que for. - Cabe a mim – e só a mim! – aperfeiçoar-me, o que tento fazer tanto quanto possível. A única coisa que, nesse aperfeiçoar-me, não fui ainda capaz de vencer, foi o facto de não conseguir ultrapassar ofensas morais. Quem me ofende, moralmente, é excluído do universo em que vivo. Todo o resto tenho conseguido superar. - Acreditar que tudo, à minha volta, melhore, seria como que esperar que o ovo saísse lá do sítio... da galinha. Irá levar mais tempo do que aquele que me resta viver. - Acredito na Energia Universal, superior a tudo e a todos. Não acreditando, porém, no castigo após a morte, levo a minha vida procurando melhorar a minha pessoa, enquanto viva. Embora não seja um exemplo de virtudes, faço o que posso e sei para não dar maus exemplos aos que me cercam. - A preguiça é um grande inimigo do progresso e da vida. O que disse acima dará a resposta à luta que travo no meu dia-a-dia, pensando sempre no futuro em que acredito. O meu Ter e o meu Haver são valores muito activos, virados mais para o espírito, do que para a matéria. O meu Ter é aquilo que o meu coração tem para dar aos outros e o Haver é o que os outros me dão em troca desse amor. Dado que me dão muito mais do que aquilo que merecerei, tenho um Saldo muito positivo. - Não tenho razões para ser feliz com a vida, como ela é, neste momento. Tenho, porém, razões para acreditar naquilo que possamos fazer para que ela melhore. Fecho deste texto: O meu amigo João Soares, do blogue “Sempre Jovens”, termina este texto de Eustáquio de Sousa aconselhando-nos, muito sabiamente, desta forma: “Pondere, portanto, ao decidir-se pelo caminho que vai tomar pois é você quem terá de se haver – sozinho e sempre – com as consequências de cada escolha que fizer.” Ponderar eu pondero, meu amigo. Há muito que o meu caminho está bem escolhido e até o “alcatroei”. O problema é que, por vezes, apesar das minhas boas intenções e tomadas de posição, vem cada enxurrada de água, que tenho de usar um barco a remos. Quando a força para remar falha, escolho parar e esperar que a cheia vaze, o que leva o seu tempo... O problema é que, depois, tenho de alisar de novo o terreno. Tudo isto leva o seu tempo…

2009-10-26 Fotografia: Tim Mossholder