O Senhor Presidente da República Portuguesa, Professor Dr. Marcelo Ribeiro de Sousa, estará hoje arrependido da atitude que assumiu ontem, publicamente, na Feira do Livro em Lisboa, ao enfrentar uma activista Pro-Palestina que o criticava pela forma como Portugal estará a lidar com esse grave conflito. Chocou-me ver a forma como quis impor a Sua necessidade de actualizar a informação que a referida activista teria sobre o assunto.
No início deste confronto, o Senhor Presidente aproximou-se da activista e, colocando-lhe a sua mão esquerda sobre o ombro, tentou acalmá-la, diria que “amigavelmente” - à “boa maneira” de quem, embora ofendido, procura apaziguar o momento. Contudo, provavelmente porque sentiu que tal gesto não surtia o efeito desejado, agarrou-a pela cervical, numa derradeira tentativa de a calar, mas a referida activista não desistiu, continuando a acusá-lo, ao mesmo tempo que lhe pedia que não lhe pusesse a mão no pescoço, e o mandava ir falar com os jornalistas.
E foi o que aconteceu. O Presidente da República dirigiu-se aos jornalistas informando-os da actual posição de Portugal quanto à admissão da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas, acrescentando ainda que o Governo português estará empenhado em juntar-se a outros Estados europeus para ponderar uma atitude conjunta com vista ao reconhecimento formal do Estado Palestiniano. Contudo, da má impressão que a sua atitude causou publicamente, não se livrou.