NUNCA MAIS


Num baú antigo e tosco,
vejo um transparente fosco,
num mar de recordações.
São sombras das ilusões
que pintei com o verniz
da vida que tive e quis.
Estão enlaçadas num todo;
fazem parte do engodo
de um passado que não sigo.
Procuro-te e me castigo
por penosas concessões
às tuas violações
daquilo que sempre fiz.
Secaste-lhes a raiz.


Data da criação deste conteúdo:
2022-04-12