Manifestos
TVI-PROGRAMA “EM CIMA DA HORA”
O crime em Portugal teve um aumento muito significativo e tornou-se um sério factor de preocupação, não só pelo que representa para as vítimas, mas também pela consequente instabilidade emocional que cria a todos os níveis, instabilidade essa que abrange desde o exterior das nossas casas, e o interior das escolas e de lugares públicos, até ao sagrado direito de paz no interior de tantos lares ameaçados por criminosos de quem a última coisa que se esperaria seria a prática de um crime que vitimize um cônjuge, uma criança ou mesmo um familiar. O programa ”EM CIMA DA HORA”, da TVI, só vê quem aguenta e/ou quem quer, pois muitas pessoas poderão considerá-lo bastante pesado pela exposição em bloco do que está a passar-se no mundo do crime em Portugal. A constatação da existência de casos hediondos é, sem sombra de qualquer dúvida, altamente preocupante porque esconde, muitas vezes, realidades camufladas por comportamentos dissimulados da parte dos transgressores, como sendo reais provas de (des)amor cheias de “boas intenções”. Estas atitudes, frequentemente. levam as vítimas a menosprezar realidades diferentes das que imaginariam. Pessoalmente, sentia ser da máxima importância a existência de um programa televisivo que permitisse não só uma exposição nua e crua da realidade que se vive neste momento, mas também da mesma ser discutida por bons especialistas na área do crime, cujas chamadas de atenção para certos comportamentos pudessem ajudar os interessados a reconhecer certos particulares da imaginação fertil de tantos criminosos, para com as suas vítimas. Programas de breve referência a casos isolados não bastavam. Eram noticiados casos demasiadamente fragmentados, sabendo-se que enquanto tais casos eram focados, o crime estava alastrando cada vez mais, por toda a parte. Se me perguntam se o programa “EM CIMA DA HORA” é o ideal, direi que essa resposta deverá ser dada por analistas à altura. A minha análise enquadra-se na de alguém que “, na ausência de melhor, valoriza o que tem à sua disposição”. O perdão concedido por pena, aos “arrependidos”, urge ter os dias contados, pois QUEM AMA NÃO MAGOA, PROTEGE DO QUE PODE FAZER-LHE MUITO MAL PARA TODA A VIDA.
Data da criação deste conteúdo. 2014-04-14
CARACTERÍSTICAS DE “CERTOS” POLÍTICOS
Assemelham-se a um octopode predador ondulando os seus tentáculos entre possíveis presas, com a intenção de aprisionar na suas ventosas o maior número possível de “distraídos”.
Objectivo da ondulação: Seduzirem, através da Falsa Verdade.
Objectivo da sedução: Alimentarem o seu próprio Ego usando o poder que lhes foi conferido, mesmo que, com isso, acabem por ferir o Ego dos outros.
Data da criação deste conteúdo: 2014-02-27
A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO DOS JOVENS NAS ESCOLAS E DOS DOENTES NOS HOSPITAIS
O problema da saúde da população portuguesa gerou o meu desejo da abordagem de um tema que, para mim, torna-se muito complexo – certamente pelo meu natural desconhecimento de certos particulares que serão inadmissíveis, contudo reais e existentes - em franca progressão para o intolerável. 1. https://www.medicina.ulisboa.pt/newsfmul-artigo/115/novas-normas-alimentares-das-escolas -publicas 2. Apenas 1% das escolas limitavam a venda de alimentos prejudiciais à saúde. Lusa-13-09-2021 Como é que se compreende sermos bombardeados todos os dias com alertas de produtos considerados absolutamente nocivos à saúde, e não se proíbe a sua produção já que, como temos vindo a constatar, há pelo menos cerca de dois anos, subsiste a existência de uma camada de pessoas que não foi instruida no sentido de saber o que não é aconselhável dar aos filhos? Constata-se que há pais incapazes de respeitar posições assumidas por quem estará deontologicamente preparado para assumir certas mudanças que se impõe sejam levadas a cabo nas escolas, em matéria de alimentação durante o tempo que permanecem nas escolas. Esta posição, no tempo, estou convencida que – se bem organizada – é de admitir que viessem a alterar a mentalidade de muitos pais. Se a produção desses alimentos fosse proibida, talvez eles acabassem por aceitar bem a posição do governo... ou será que tal imposição não seria aceitável por defesa de uma democracia em que há interesses que se sobrepõem ao bem-estar dos cidadãos? De notar que morre todos os anos um considerável número de pessoas que esperam longos meses por uma consulta nos muitos postos médicos do nosso desgastado Serviço Nacional de Saúde, pessoas essas vítimas de problemas de saúde por seguirem, durante anos e anos, um inadequado programa alimentar. Tenho consciência de que tal imposição, com incidência nos produtores, no início seria considerada demasiadamente drástica, o que poderia conduzir a reacções de vária ordem, mas através do estudo de eventuais reformas nos ingredientes de cada produto, com a ajuda do governo, através de apoios sugeridos e suavemente introduzidos nas empresas respectivas, poderiam talvez resultar numa mais valia em todos os sentidos. Pessoalmente sou absolutamente adversa a que sejam usados ingredientes nocivos à saúde, para que os produtos sejam mais apetecíveis. Os produtores vão enriquecendo cada vez mais e os consumidores vão vivendo cada vez menos tempo. É justo? 3. https://www.dn.pt/vida-e-futuro/ministerio-quer-saber-se-hospitais-estao-a-alimentar-bem-os- doentes-10739706.html O Ministério quer saber se hospitais estão a alimentar bem os doentes. Aqui, já não me refiro só a um problema relacionado com escolas, mas sim com hospitais, onde há jovens e adultos em tratamento. Se “nós somos aquilo que comemos”, a questão da alimentação deve ser considerada em paralelo com o tratamento aplicável a cada paciente. Fiquei feliz quando tomei conhecimento de que estaria a dar-se particular atenção a este ponto tão importante. Mas será que todos os hospitais estarão a cumprir com este programa? Permito-me duvidar, a avaliar por tantos falhas que vão sendo relatadas... O problema da saúde da população portuguesa gerou o meu desejo da abordagem de um tema que, para mim, torna-se muito complexo – certamente pelo meu natural desconhecimento de certos particulares que serão inadmissíveis, contudo reais e existentes - em franca progressão para o intolerável. 1. https://www.medicina.ulisboa.pt/newsfmul-artigo/115/novas-normas-alimentares-das-escolas -publicas 2. Apenas 1% das escolas limitavam a venda de alimentos prejudiciais à saúde. Lusa-13-09-2021 Como é que se compreende sermos bombardeados todos os dias com alertas de produtos considerados absolutamente nocivos à saúde, e não se proíbe a sua produção já que, como temos vindo a constatar, subsiste a existência de uma camada de pessoas que não foi instruida no sentido de saber o que não é aconselhável dar aos filhos? Constata-se que há pais incapazes de respeitar posições assumidas por quem estará deontologicamente preparado para assumir certas mudanças que se impõe sejam levadas a cabo nas escolas, em matéria de alimentação durante o tempo que permanecem nas mesmas. Esta posição, no tempo, estou convencida que – se bem organizada – é de admitir que viessem a alterar a mentalidade de muitos pais. Se a produção desses alimentos fosse proibida, talvez eles acabassem por aceitar bem a posição do governo... ou será que tal imposição não seria aceitável por defesa de uma democracia em que há interesses que se sobrepõem ao bem-estar dos cidadãos? De notar que morre todos os anos um considerável número de pessoas que esperam longos meses por uma consulta nos muitos postos médicos do nosso desgastado Serviço Nacional de Saúde, pessoas essas vítimas de problemas de saúde por seguirem, durante anos e anos, um inadequado programa alimentar. Tenho consciência de que tal imposição, com incidência nos produtores, no início seria considerada demasiadamente drástica, o que poderia conduzir a reacções de vária ordem, mas através do estudo de eventuais reformas nos ingredientes de cada produto, com a ajuda do governo, através de apoios sugeridos e suavemente introduzidos nas empresas respectivas, poderiam talvez resultar numa mais valia em todos os sentidos. Pessoalmente sou absolutamente adversa a que sejam usados ingredientes nocivos à saúde, para que os produtos sejam mais apetecíveis. Os produtores vão enriquecendo cada vez mais e os consumidores vão vivendo cada vez menos tempo. É justo? 3. https://www.dn.pt/vida-e-futuro/ministerio-quer-saber-se-hospitais-estao-a-alimentar-bem-os- doentes-10739706.html Ministério quer saber se hospitais estão a alimentar bem os doentes. Aqui, já não me refiro só a um problema relacionado com escolas, mas sim com hospitais, onde há jovens e adultos em tratamento. Se “nós somos aquilo que comemos”, a questão da alimentação deve ser considerada em paralelo com o tratamento aplicável a cada paciente. Fiquei feliz quando tomei conhecimento de que estaria a dar-se particular atenção a este ponto tão importante. Mas será que todos os hospitais estarão a cumprir com este programa? Permito-me duvidar, a avaliar por tantos falhas que vão sendo relatadas...
Data da criação deste conteúdo: 2023-04-13
MANIFESTO DE INCONGRUÊNCIAS
As lacunas existentes, actualmente, na situação política da nação, atropelam-se, sem que se veja, há muito tempo, uma adequada porta de saída desta confusão. Consequência evidente são o descontentamento, a revolta e a prática de crimes. Tudo isto, aliado ao longo tempo de averiguações a presumíveis culpados do sistema, gera um complexo quadro de 'porquês.'
Face à avalanche diária de dados informativos a que temos acesso, parece-me incongruente o que é prometido, pois o que realmente se faz acaba por revelar vários incumprimentos. Tais incumprimentos, alguns aparentemente alheios aos objectivos a atingir, mas a eles intrinsecamente ligados, impedem o sucesso de iniciativas que, no seu conjunto, poderiam evitar a complexidade do lamentável caos que tenho vindo a mencionar em alguns manifestos, fiéis ao que sinto.
Data da criação deste conteúdo:
2024-08-03
A SOCIEDADE E O ESTADO
• O estado social dum país é o espelho da competência de quem o governa.
• O número exagerado de bancos pode ser sintoma de tendência à prática de usura. Quanto maior for o número de bancos, maior poderá ser a pobreza.
• A miséria, e a degradação social, denunciam a existência de jogos de interesses não a favor do povo, mas a favor duma classe dominante para a qual o significado da palavra Amor não coincide com aquela que conduz ao bem-estar de toda a humanidade, em geral.
2018-01-01
Imagem: Anil Sharma
OBSTÁCULOS INTRANSPONÍVEIS ENTRE O DESEJÁVEL E O REALIZÁVEL
Fala-se muito de violência doméstica mas, pessoalmente, chamar-lhe-ei apenas violência em geral, porque hoje generalizou-se de tal forma esta forma de imposição do poder de uns sobre outros, que prefiro não fazer distinções entre uma e outra. Ao longo da minha vida - que já vai longa! - nunca senti tão profundamente o que está a acontecer, no plano social da luta contra a violência. Parece-me existir uma considerável dose de hipocrisia, da parte do poder e das instituições, quando tomam certas posições, relativamente à urgente necessidade de acabar com a escabrosa violência, generalizada, entre focos da população portuguesa e obstáculos, ocultos ou não, que surgem de todos os lados, no sentido de travar as posições a assumir, travão esse que impossibilita a realização do que seria desejável. Instalou-se um absoluto caos entre as diversas fontes de comando e de actuação para solução do problema, e a população menos instruída - e talvez farta de "levar no corpo" - parece procurar na violência a sua forma de manifestar-se vítima e/ou exorcista de si mesma. Com o que expus acima, gostaria de expressar a forma como encaro as possíveis causas mínimas do que está a passar-se na nossa sociedade, causas essas muito medíocres relativamente a um manancial de muitíssimas outras. Assim sendo, e consciente de que tudo o que pudesse expor como óptica pessoal do problema poderia ser julgado como sendo anti-democrático - quando sou completamente o inverso disso mesmo - exporei apenas pontos que carecem de uma reflexão profunda, começando pelos mais importantes, indiscutivelmente. Irei repetir-me em alguns que já referi, aqui e ali, em textos anteriores, os quais pecam por antagonismos que se vão manifestando, os quais, de algum modo - mesmo que por diversificadas actuações - poderão alterar os respectivos efeitos em diferentes vertentes. 1. É inadmissível a permissão de serem transmitidos certos tipos de programas televisivos ou a edição de capas de revista de novelas exibindo imagens de uma violência macabra, expondo-as aos olhos de, por exemplo, jovens em formação, muitos dos quais são já defensores da violência durante o namoro, o que estamos a constatar acontecer em larga escala. 2. Igualmente inconveniente é, também, a permissão de serem vendidos produtos alimentares muito prejudiciais à saúde - e não só! - e, paralelamente, ser apregoada à população, pelas mais variadas fontes, a necessidade de respeitar uma alimentação saudável. “Dando uma no cravo e outra na ferradura”, não se chegará a lado algum. Sabemos da existência de muita ignorância neste país e dizer-se que as pessoas são livres de comerem, permanentemente, o que muito bem lhes aprouver, como é o caso do que acontece em milhares de famílias, estamos a incorrer numa situação desagradável no que se refere à formação de uma juventude saudável. De uma óptima alimentação se constroem homens de mente sã. Não podendo, obviamente, ser imposto o fim de uma má alimentação, haveria, no mínimo, a necessidade de realizar atraentes e permanentes campanhas de consciencialização. Infelizmente retardaria o propósito, mas valeria a pena tentar-se. Mais... ser pretendida uma boa formação dos jovens quando, de uma grande maioria deles fazem parte já auténticos heróis de sobrevivência, é uma utopia. Esta situação choca com a realidade de muitos deles serem já referenciados como sendo vítimas directas do tipo de vida que são levados a conduzir, face às suas carências. 3. É inadmissível o descalabro do aumento exagerado dos preços de produtos alimentares, quando além do miserável ordenado mínimo e do subsídio de reincerção que muitos recebem, a população está a ser altamente prejudicada pelas inúmeras desonestidades praticadas por um ou por outro elemento do governo e/ou de importantes responsáveis de instituições e de grandes empresas - desonestidades essas que empobrecem o país. Não esqueçamos que a população será sempre – de uma maneira ou de outra - quem paga os prejuizos financeiros que o governo possa sofrer. 4. De que serve o aconselhamento sobre prevenções a bem da saúde pública, quando o que é facultado a quem não tem um rendimento mínimo digno, gera milhares de doentes que, por sua vez, são expostos a situações constrangedoras ao recorrerem aos hospitais e/ou centros de saúde? Esta posição é vergonhosa! 5. A tendência hoje, em Portugal, gira neste sentido: o teu valor como pessoa é proporcional ao valor do teu património. Regra geral, só escapa desta classificação quem teve a sorte de adquirir uma boa formação moral e cultural, e uma robustez espiritual fora dos limites considerados normais. 6. Saúde e Educação são dois temas de uma importância social preciosíssima! Serem permitidas condições de trabalho absolutamente condenáveis, a profissionais de saúde e de educação, inspiram na população o quê, em boa verdade? Resiliência!!! O problema é que muitos idosos e mesmo até os mais jovens, não aguentam o peso que esse mesmo problema lhes pôe em cima. Admite-se que haja doentes a recorrer às urgências e não haja médicos de serviço para os socorrer, acabando alguns por morrer? 7. Entre os que vivem miseravelmente e os que “se vão safando”, circulam os que têm rendimentos superiores àquilo de que necessitam para viver desafogadamente e sem preocupações... já para não referir os que, em quaisquer situações, marimbam sempre para o que vai acontecendo no seu País. Sente-se, em Portugal, uma enorme falta de ESTOICISMO, da parte dos mais carenciados, o que é perfeitamente compreensível dadas as suas condições de vida. Esta falta é chocante quando confrontada com uma enorme OSTENTAÇÃO da parte de alguns dos grandes priviligiados existentes, e de uma considerável dose de INCOMPETÊNCIA da parte de outros que têm a superior responsabilidade de governar o nosso querido País.
Data da criação deste conteúdo: 2023-07-24
PORTUGAL NO SEU PIOR – I
Pela primeira vez, tive a coragem de ver, desde o início, o último programa “Big Brother” e, em seguida, o “Desafio Final”, transmitidos pela TVI. Sempre tive conhecimento de episódios específicos de vários “Big Brothers” apresentados com nomes diferentes - não sei porquê - mas nunca compreendi completamente como funcionam, porque só muito esporadicamente é que os via, no Reino Unido. Desta vez, por algum motivo, despertou-me a curiosidade e estive atenta ao que tem sido transmitido, chegando à conclusão de que, na realidade, cada vez mais, está a perder-se a noção do que está acontecendo no mundo, e o que convém fazer para reverter a situação. Parece impossível que a televisão esteja a passar uma triste imagem de mediocridade alargada ao mais baixo nível, ao ser-lhes permitido excederem-se no que deveria ser inexcedível. Sim, em boa verdade, cada um só vê o que quer! Mas será que isso lhes permite tudo? Esclareço que sou absolutamente contra a censura, mas a luta de certos canais televisivos, pelo aumento das suas audiências, está a cegar os seus responsáveis ao ponto de não terem o cuidado de perceber o que pode resultar da apresentação de certos programas, em determinados moldes. Chegámos ao ponto de sentir que já tudo vale… menos tirar olhos! O problema é que não se tiram olhos, mas rasgam-se almas! Lamento que, numa extensão já bastante alargada, Portugal esteja a passar ao mundo uma imagem muitíssimo triste. Já nem será preciso mencionar-se onde, por quem ou em que sectores.
Data da criação deste conteúdo: 2024-01-31
A DERROTA SILENCIOSA E GRADUAL DOS IDEAIS DE ABRIL
O que se passa, relativamente às sondagens sobre quem está em vantagem, politicamente, neste momento, revela bem que o quadro é preocupante. Não porque a direita está em vantagem, naturalmente, mas porque o clima geral que se tem vivido denunciava, há muito tempo, o crescente sucesso de um trabalho que tem vindo a ser levado a cabo pelas forças opostas às causas que estão na origem da relização da célebre Revolução de Abril de 1974.
Dado o grande entusiasmo da população após a Revolução, a direita sabia, de antemão, que iria precisar de muitos anos para acalmar o entusiasmo da população. Tratava-se de enfrentar a pouca cultura de um povo, os seus valores morais e a sua educação, e sabia também que seria necessário iniciar esta tarefa pegando-lhe pela ponta justa. Impunha enfrentar o árduo trabalho de “dar a volta” a mentalidades que, após a “Revolução dos Cravos”, estavam mais a favor da esquerda, na esperança de ser-lhes dado aquilo a que tinham, absolutamente, direito. O tempo é o grande mestre na execução de tarefas deste calibre.
Emoções fortes provocam reacções da parte do povo que, impulsionado pelo seu partido favorito, vai reagindo através de posições clubistas, como se de futebol se tratasse. E assim começam acções com o propósito de minar a atmosfera. Vão surgindo, lentamente, figuras de destaque político, prontas a actuar publicamente. O resto... já todos conhecemos. Uns vão-se perdendo pelo caminho, no entusiasmo daquilo que os move, mas também os denuncia. Outros, mais sólidos nos objectivos a atingir, podem acabar por permanecer neste ambiente cheio de falsos cenários durante longo tempo... até que sejam desmascarados.
O amor genuíno pelo próximo não concebe partidarismos nem jogos de interesses que visem beneficiar uns em detrimento de outros, carentes de uma justiça social transparente e equitativa. Esta é transversal a todos, se a sua raiz for saudável.
Data da criação deste conteúdo:
2024-10-13
IMPÕE-SE RECATADA RESERVA
Vou publicar um desabafo que tenho evitado fazer, mas que não consigo silenciar por mais tempo. Esta minha página é o meu ponto de encontro comigo mesma onde, através do que escrevo, vou procurando filtrar o que me incomoda e/ou vou captando meles que me adocem a alma. No mínimo, hoje tentarei serenar. Há dias li uma notícia que tinha sido publicada na Hiper fm, do dia 27 de Julho, p.p., através da qual é dado conhecimento público - usando um estilo assaz medíocre - de mais umas férias a serem gozadas por Cristina Ferreira. Claro está que só satisfaz a curiosidade pública quem está, de alguma forma, interessado em fazê-lo. Está no seu pleno direito. É que, paralelamente às milhares de pessoas interessadas neste tipo de informação, há um bom grupo de figuras públicas dispostas a alimentarem as almas dessas mesmas pessoas, nesse sentido. Até aí, entendo. Só é pena que essa notícia tenha sido escrita num tom jocoso, de baixo nível, bem à semelhança, certamente, de quem se mistura num certo tipo de comentários. Deixou-me profundamente triste, não só a forma como foi redigida a notícia, mas também a ousadia que é preciso possuir para publicá-la num país onde abunda carência de meios económicos na maioria das pessoas, facto do qual todos nós temos consciência absoluta. Há famílias a enfrentar dificuldades de bradar aos céus e senti bem, no âmago da minha alma, a crueldade que é preciso ter para colocar tal notícia, redigida daquela forma, a qual poderá ser lida por pessoas que neste momento não têm dinheiro para comer e muito menos para gozar férias em hotéis, nos quais – escreveram - a diária é superior a 5.000 euros. Que necessidade tinha, quem redigiu esta informação, de expor desta forma, as suas férias? Podia ter reduzido a informação a uma forma humana, de cidadã recatada, atendendo à conjuntura da situação que se vive em Portugal. Aparentemente, a pessoa em questão é desprovida de sensibilidade e não poderá, portanto, avaliar até onde poderá pavonear o seu exibicionismo arrogante. Perante uma inconveniência, não seria melhor destacar-se através de uma recatada reserva?
2022-08-15 Imagem: Sharath G.
LADRÕES DE CARTOLA
Hoje vou referir aqui um artigo que escrevi há cerca de nove anos. Só tive de refrescar um ou outro parágrafo…
Deixei Coimbra, a minha Terra Natal, quando Salazar estava, ainda, no poder. Era muito nova, mas apercebia-me de que “o ar era pesado”. Isso não passava despercebido à minha sensibilidade. Em cada canto ouvia-se sussurrar contra o regime. Vivia-se mal. A fome andava escondida, porque se alguém fosse apanhado a pedir, na rua, corria o risco de ser preso/a. Hoje, temos como que um vidro transparente e podemos ver, ou adivinhar, o que vai acontecendo – até certo ponto! – com maior ou menor facilidade. Sim, até certo ponto por duas razões:
a) porque anda muita verdade mentirosa à solta…
b) porque há muitas pessoas que escondem o que se passa no seu seio familiar. Têm vergonha. Sabemos que, para uma parte da nossa sociedade, a favor e praticante das aparências, quem passa fome é como quem sofre de doença rara, contagiosa. É conveniente mantê-la afastada, ignorada até do seu círculo social. Quantas pessoas preferem o silêncio, ou eventualmente a morte, a dar a conhecer o que está a passar-se nos seus lares. Homem honrado não deve ter dívidas, mas ladrão disfarçado de qualquer coisa, do que quer que seja, pode fazer o que ele quiser, desde que lhe consintam esconder-se do roubado. Há como que uma certa protecção oferecida a quem souber roubar bem. Embora saibamos que os alertas vão surgindo e as irregularidades se vão descobrindo, o ladrão de cartola continua muito bem protegido. Sofisticado, continua a operar em vários sectores, com uma considerável desfaçatez e coragem, até porque o julgamento dos actos descobertos arrastam processos lentos e de insuficiente justiça, e “os dito cujos” continuam a operar in modo ”deixa andar”… Haverá sempre um parágrafo à lei, um disfarce, uma camuflagem de acções, etc., de tal ordem possível, que mesmo que descobertos e presos, o bom ladrão acaba por ser compensado. Ele sabe que, mais tarde ou mais cedo, vai ser libertado. Urge continuar a roubar ou terão de encontrar-lhe um tacho sedutor, trabalhando algures, num outro lugar de destaque, não importa onde, como recompensa por ter sido preso, coitadito. Não convém reduzir o número de actuantes deste calibre, até porque ele pode acabar por vir a tornar-se em mais um a sofrer da praga que só é permitida aos roubados: passar fome. Isso não pode acontecer, que será mais uma despesa para o estado.
Data da criação desta publicação: 2014-05-10
E ESTA?
MANIFESTO COM MONTES DE ABSOLUTAMENTE
O Professor Luís Correia, do Instituto Superior Técnico, e investigador na área das telecomunicações, afirmou, segundo a SIC Notícias de hoje, dia 23 de Abril, de 2024:
“O telemóvel vai ser ultrapassado pelos óculos num futuro próximo, já não precisamos de teclado para nada, as lentes vão ser o nosso ecrã”
Escrevo como assumida ignorante no que diz respeito ao mundo das telecomunicações. Não estou, portanto, sob o “efeito Dunning-Kruger - “quanto menos uma pessoa sabe, mais ela acha que sabe" - porque sei muito pouco do quanto gostaria de saber.
É caso para acreditar nessa nova fonte de aquisição de conhecimento. Não chegavam os “oividos, os olhinhos e os dedinhos” (jornais, revistas, televisão, teclado e cenas ao vivo)? Se as vítimas do tal efeito Dunning-Kruger eram já uns enfatuados de sabedoria, irão passar ao grau de obsessividade!!! Não vamos aguentar!!!
Data da criação deste conteúdo:
2024-04-23
GENTE DA PRAIA DE VIEIRA DE LEIRIA
Procurava uma mulher da praia, que vestisse como antigamente, de avental e lenço na cabeça. Só essas poderão responder às mil perguntas que tenho para lhes fazer. Tenho um interesse insaciável de saber tudo o que puder sobre esta terra mágica, que nos prende a ela, inexoravelmente, para toda a vida. Só elas sabem tudo e conhecem todos... Queria falar com Mulheres da minha idade, aproximadamente, para que fossem capazes de perceber o que ansiava saber das muitas coisas que gravei na minha memória. Só elas serão capazes de falar-me dum passado que me pertence também. Mulheres com rugas, de pele morena, queimada e dura como a coragem com que enfrentaram sempre o trabalho, de sol a sol. A maioria vendia peixe, que era transportado em cima do burro que as conduzia da Praia de Vieira de Leiria à Marinha Grande. Essas não podem compreender os jovens de hoje. Falam com orgulho da sua coragem e dessa força com que procuravam vencer todos os dramas e todos os obstáculos. A alma delas parece gritar, quando relatam os tempos em que as suas Mães se arrastavam pela areia chorando e pedindo protecção aos seus santos, enquanto os maridos e/ou familiares iam para o mar pescar o peixe que elas iriam vender. E encontrei! Falei hoje com Argentina Feteira, uma Mulher típica, marcada pela vida mas cheia de força na sua alma. E falou dos seus antepassados de tal modo entusiasmada e interessada em desvendar laços de família que eu fiquei receosa de não estar a perceber bem o que dizia. Não queria maçá-la com perguntas, mas a sua explicação ultrapassava de tal modo os meus conhecimentos, que receei continuar a conversa e terminá-la chegando à conclusão de que eu era irmã de mim mesma ou até, sei lá, sobrinha da minha Avó ou filha dela. Era um novelo tal de familiares, que a minha mente ficou toda num sarilho. E dizia-me: - A ‘nha Mãe, que Deus haja, fez de mim uma mulher às direitas. Passámos muitas dificuldades, mas éramos muito honestos. Tá a ver aquela porta pintada de verde? Era ali que o meu home me vinha namorar todos os dias. Que tempos! Olhe, o meu home é aquele que passou agora... Mas falava-me de uma mistura de Tomés, de Feteiras e de Letras que me deixou muito confusa. Segundo esta, nós ainda somos primas, da parte dos Tomés, mas ela também tem Letras na família, pelo que percebi. Mas será que eu teria percebido mesmo? O que terão estas pessoas de tão particular que são capazes de prender a minha atenção durante longas conversas? Guardam na alma a mesma magia que nos prende a esta terra. Não sou a única a afirmar que a Praia de Vieira de Leiria fica para sempre no coração de quem por ali passa a sua juventude. Não direi o mesmo relativamente aos que vão apenas passar férias, que não nasceram lá, ou não são familiares de quem ali nasceu. Esses não poderão nunca compreender a intensidade do sentimento que nos leva a esta praia... Parte de mim continuará ali quando partir. Trata-se duma localidade a que pertencerei para sempre!
2014-09-29 Imagem de meu Pai, José Letra Tomé
OS JOVENS DELINQUENTES E A SOCIEDADE
Hoje gostaria de referir o que penso de uma certa camada de jovens, praticantes do desrespeito, nas suas várias formas, bem assim como do seu importantíssimo papel na construção de um futuro melhor, sem a prática de tanto crime – em aumento assustador – crimes esses grandes motores da destruição daquilo que o Universo criou de bom: A VIDA! Sabemos da importância do papel dos jovens na construção de uma sociedade saudável - que tanto desejamos comece a dar bons frutos, acabando com o que de mau subsiste em todas as vertentes da sociedade. Urge, em meu entender, promover a criação de organismos, de estado ou particulares, para a prática de várias actividades, as quais deverão ser direccionadas para a instrução adequada dos mesmos no sentido – importantíssimo! – de aprenderem a amar e a respeitar a Natureza, os velhos, as crianças, enfim... a vida no seu todo, porque... AMAR A NATUREZA NÃO É COMPATÍVEL COM O FABRICO DE ARMAS, NEM COM O RECURSO ÀS MESMAS COMO FORMA DE SOLUCCIONAR CONFLITOS. AMAR OS VELHOS NÁO É COMPATÍVEL COM ACTOS DESPREZÍVEIS QUE ENVOLVAM FALTAS POR AUSÊNCIA DE RESPEITO E POR ABANDONO. AMAR AS CRIANÇAS NÃO É COMPATÍVEL COM A PASSAGEM, AOS OUTROS, DE EXEMPLOS DEPLORÁVEIS. AMAR OS ANIMAIS NÁO É COMPATÍVEL COM EXCESSOS DE ATITUDES, TAIS COMO DORMIR COM ELES OU DAREM-LHES BEIJOS NA BOCA. OS ANIMAIS SENTEM O NOSSO AMOR, IGUALMENTE, ATRAVÉS DE OUTRAS FORMAS, NOMEADAMENTE PROTEGENDO O SEU BEM-ESTAR, EM TODAS AS VERTENTES. AMAR A VIDA NÁO É COMPATÍVEL COM VIVÊ-LA ARTIFICIALMENTE, RECORRENDO AO USO DE DROGAS, TAIS COMO: O ALCOOL, AS CHAMADAS DROGAS PESADAS, OU MESMO LEVES - FALSOS E PREJUDICIAIS MEIOS DE CORRUPÇÃO NO MODO LENTO - PRÁTICA DE BULLYING QUE DEIXA MARCAS NAS SUAS VÍTIMAS - QUANTAS VEZES IRREPARÁVEIS, etc., etc.. Sejamos todos cooperantes nesta tarefa de tão elevado interesse para o mundo em geral, e para tranquilidade de todos nós, no futuro.
2016-04-16 Imagem: Cottombro Studio
INCOMPETÊNCIA EM ACÇÃO
É comum, em alguns programas, haver espaço pra comentar notícias que envolvem dramas, ou factos a considerar. Jornalistas sem competência, são postos a entrevistar, sem a devida experiência. Acabam de anunciar que alguém foi assassinado! Questionam um seu parente: - Por favor... o que sentiu ao saber desta notícia? Alguém à morte assistiu? Alguém chamou a polícia? A pessoa nem respondeu, porque estava emocionada. Que pena não estar lá eu… Que mulher impreparada! São perguntas que se façam? Pegam em casos fatais, e em vez de acalmarem... maçam! ----------------------------------- Jornalismo incompetente dispensa-se, minha gente!
Data da criação deste conteúdo: 2015-04-11
PORTUGUÊS, ACENTUAÇÃO, PONTUAÇÃO
Hoje, decidi expressar neste manifesto o desencanto que provo ao ler certos textos onde o Acordo Ortográfico de 1990 está representado por expressões que me deixam perplexa. Dói a alma constatar que, aparentemente, não há forma de travar aquilo que considero uma reprovável condenação da língua portuguesa, de que tanto me orgulho; daí, não respeitar esse malogrado acordo.
Por vezes provo um profundo mal estar, nomeadamente pelas expressões usadas por pessoas que deveriam pensar nos jovens que, eventualmente, possam estar a ouvi-los. Refiro, por exemplo, a avalanche de jornalistas que, no início do relato de uma ocorrência, usam a expressão : “Dizer que"... É uma moda que se tornou viral e, muito sinceramente, não consigo ‘digeri-la’, pois não encontro qualquer lógica no seu uso.
Outro particular que me faz uma enorme confusão, é a acentuação das palavras, feita pelos brasileiros. Reflectamos bem na importância de uma correcta acentuação. É esse o meu objectivo, sobretudo pensando nos mais novos. Foi depois de ter lido um texto que foi partilhado por muitos blogueiros, que ponderei se não seria preferível fazer a separação do Português de Portugal e do Português do Brasil, em vez de misturar as duas línguas.
Data da criação deste conteúdo:
2020-02-24
A GUERRA NUNCA DEVERIA SER A OPÇÃO
Quando um governo opta pela guerra para fazer valer o que defende, deixa de ser um governo
para se tornar uma maldição. Quem toma tal decisão gera insatisfação, pois faz
com que vidas sejam ceifadas, sobretudo as de crianças que nada fazem para
se tornarem vítimas diretas de conflitos de interesses.
Vivemos num mundo onde passamos com vida efémera, mas muita gente vive alheia a essa realidade,
obcecada pela conquista de um vasto conjunto de bens materiais que lhes turva
os valores morais, perdendo a consciência de que não estão sós nesta
inconfundível e deliciosa esfera a que chamamos Terra.
Data da criação deste conteúdo:
2022-02-17
MAIS UMA VEZ… DEMOCRATICAMENTE… EU MESMA!
Capa da Revista "Telenovelas" de 28 de Julho a 6 de Agosto de 2023
Num País onde o crime está a aumentar todos os dias, de uma maneira absolutamente preocupante, eu pergunto mais uma vez se não seria oportuno proibir a exibição de imagens chocantes como a que vemos na revista acima exposta, cujo maioritário propósito será o de aumentar as suas vendas, eventualmente aproveitando-se da conhecida paixão dos portugueses por telenovelas e/ou por viver cenas que envolvam drama pesado, marimbando para o respeito que deveria merecer-lhes os traumas de tantíssimas vítimas de violência, a quem magoará recordar certas imagens, e/ou mesmo para o quanto possa ser pernicioso para certos jovens, mal orientados, a quem as mesmas possam instigá-los à prática de violência como arma de descarga da sua revolta pela vida que têm, mas que não desejam. Não me cansarei de denunciar tudo aquilo que, de uma maneira, ou de outra, possa alimentar os muitos criminosos que já existem em Portugal, situação esta agravada, actualmente, pela nossa justa boa vontade em acolher migrantes que estejam a viver grandes dramas no seu país de origem, embora muitos dos quais não saibamos, tão pouco, qual a verdadeira intenção por que pedem permissão de residência no nosso País. Vivo a impressão de que o mundo está a sofrer uma pesada reviravolta, em todos os sentidos, e temo muito pelas crianças.
Data da criação deste conteúdo: 2023-07-28
PORTUGAL NO SEU PIOR – II
VOLTANDO AO PROGRAMA SOBRE O QUAL TANTO SE FALA: Para que eu pudesse avaliar, pessoalmente, os programas “Big Brother” e “Desafio Final”, fiz - como já referi - o que seria espectável da minha parte: dediquei parte do tempo de que tanto preciso para trabalhar, à apreciação do conteúdo dos mesmos, no que diz respeito à má influência que possa exercer na camada mais jovem… e não só! Certa, ou errada, julguei-os com imparcialidade, focando-me nos pontos mais importantes, pela importância que certas atitudes possam ter na educação, sobretudo, dos jovens. Este é o lado que mais me preocupa, como Avó de catorze netos. Se, por um lado, a opinião pública - reflecte o cenário da formação de um determinado grupo de pessoas, amantes desses mesmos programas… por outro, - faculta a bons psicólogos e a bons entendedores, em matéria de educação, dados de comportamento que lhes permitirão fazer uma correcta avaliação do que convirá evitar nesses mesmos programas, afim de não prejudicar todos os outros de reeducação de jovens violentos que, neste momento, tanto perturbam a estabilidade emocional de quem está empenhado em levar uma panóplia de “Cartas a muitos Garcias”, espalhados pelo território português. No que se refere à posição assumida ontem pelo Big Brother, em relação ao que se passou entre Savat e Miguel Vicente, questiono-me se é aceitável colocar esses dois “transgressores” sujeitos ao parecer do público. Para perceber qual deles deveria continuar no programa, eu pergunto: - Será essa a forma correcta de punir um deles? - Só um deles transgrediu as regras? - O massacre psicológico não conta? a) Que tipo de público irá votar? b) Por que foi passada ao público a “batata quente”, quando a responsabilidade é da Produção do programa? Quer-me parecer que alguém quererá agradar a Gregos e a Troianos, pretendendo o óbvio: evitar prejudicar o nível de audiências, mantendo-se fora do julgamento sobre o que deveria ser, realmente, de sua responsabilidade.
Data da criação deste conteúdo: 2024-02-02
NO LIMIAR DO ABISMO ENTRE O CAOS E O PROGRESSO
Gerou-se em Portugal – e no mundo, com outros contornos adicionais – um clima angustiante de notícias relatando a prática de crimes horrendos, que estão a perturbar até os seres menos susceptíveis a distúrbios emocionais.
Mas o que estará a passar-se para que pais matem filhos e casais se matem entre si, sem qualquer respeito
pela vida a que todos têm direito? Que acção têm desenvolvido as supostas instituições
humanitárias existentes? Sinto-me completamente desolada e confusa. Já não me
basta, como justificação, as causas mais marcantes e variadas
que possam provocar tais comportamentos.
Estaremos no limiar da eclosão de uma guerra sem precedentes, cujas consequências
serão catastróficas para todos os seres do mundo, ou a consciência humanitária
acabará por encontrar uma forma surpreendente
de evitar o caos absoluto?
Data dw criação deste conteúdo:
2024-10-17
JORGE (para sempre) AMADO
Gostaria de direccionar este meu texto, não propriamente para as obras de Jorge Amado - informação acessível a qualquer pessoa através das várias fontes de pesquisa de que dispomos - mas sim para o homem que foi, o seu valor humano e aquilo que possa ter feito dele um exemplo para todos nós, independentemente de crenças religiosas ou de ideologias políticas. Interessa-me mais este lado da sua vida, na medida possível de análise do que o seu sofrimento, que inegavelmente deve ter suportado, possa ter feito dele, transformando-o ou mesmo exacerbando nele o ser humano que tanto admiro. Há dois pontos que sempre me intrigaram em Jorge Amado: a sua ideologia política e o seu grande interesse pelo universo mágico da Baía. Isto não significa, porém, que condene uma ou outro, mas aguça a minha curiosidade sobre “Quem era Jorge Amado”. Homem de grande humildade, ele escrevia sobre vidas reais, dando-nos a conhecer caraterísticas de personalidades que criava e que representavam a realidade que o cercava. Aí podemos detectar, de imediato, a sua grande capacidade de análise e a sua enorme sensibilidade. Este facto, aliado às duas vertentes “ideologia política” e “universo mágico da Baía”, levou-me a recorrer a alguém que teve a honra de conhecê-lo de perto e cuja inegável idoneidade e capacidade de análise merecem o meu maior apreço. Trata-se do jornalista português Alfredo Mendes, que me escreveu o seguinte sobre o escritor: “Jorge Amado retratou a realidade do povo daquele Estado, o seu amar, o seu sofrer, o seu alegrar, criando tipos humanos imorredouros. Digamos, então, que se tratou, em versão brasileira, do nosso neorealismo, encarnado por Soeiro Pereira Gomes e Alves Redol. Não admira, assim, a sua militância comunista. Porém, bebedor de tudo quanto à volta de si gravitava, sempre seria um homem livre, logo, de livre pensamento. Cortou com o partido comunista, alinhando, porém, ao lado dos injustiçados. Mas sem rancores ou facciosismos, porquanto sempre foi um humanista. Despreocupado, senhor de um fino sentido de humor, fez-se andarilho, mergulhando no pulsar do povo. Tendo ganhado um prémio de jornalismo, tive a oportunidade de escolher um destino Tap. Não hesitei: São Salvador da Baía - mátria e barro de Amado. Mas... como ir à fala com ele? Calhou ter um amigo que, por seu turno, era amigo de um senhor de Lisboa amigo dele. Daí a sugestão: leve-lhe uma caixinha com pastéis de Belém que ele se derreterá em amabilidades. Assim fiz. Cheguei ao hotel da Baía e telefonei para casa do escritor. Do outro lado do fio, Amado agradeceu a oferta, informando-me que iria mandar à recepção o motorista para pegar na lambarice. E pronto. Dever cumprido, com algum amargo de boca, reconheço. Eis quando, passado um ou dois dias, ligam da recepção para me informarem de que tinha ao telefone o escritor Jorge Amado. De pronto atendi, surpreendido. Afinal, o medo que se nos apodera de que o mito, o ídolo, a pessoa que tanto admiramos não corresponda, no contacto pessoal, à imagem que dela fizemos, não tinha razão se existir. Amado, em voz arrastada, meiga, quase suplicante, pedia-me desculpa por não me ter logo recebido e que seria uma honra que o visitasse em sua casa, na Rua da Alagoinha. Com minha mulher lá fomos de camioneta até àquela morada, com justificada ansiedade e redobrada alegria. E, veja só, num instante, sem saber quem nós éramos, se ricos, pobres, se remediados, qual a nossa profissão, Jorge Amado inverte a situação e passa ele a engrandecer-nos, a louvar-nos. Com uma t-shirt coçada, de velhos calções e uns chinelos rascos, afofa-se no sofá, pergunta pela festa de Amarante, pelos bolinhos de ovos da Lai Lai, pelos doces de Viana do Castelo de seu amigo Natário, pergunta pelas vindimas no Alto Douro. Depois, tendo a indescritível simpatia da mulher ao lado, a Zélia Gattai, a quem, amorosamente, chama essa bruxa aí, oferece-nos livros seus, autografa-os e fica até perplexo por conhecermos as suas obras. E torna a agradecer a visita, a nossa cortesia. Tivemos a sensação, nítida sensação, de já nos conhecermos há muitos anos, de estarmos em casa de uns tios do Brasil. Zélia afaga a cara de minha mulher "então, querida, está gostando daqui? Ainda não está moreninha, não". Beija-a, mostra-lhe peças de artesanato português, enquanto Amado continua a falar de Portugal, da Baía e dos seus santos, pais-santos. Depois, pede-me um favor: que levasse um cheque para entregar a um amigo de Lisboa, por conta de uma dívida. E, pachorrento e bonacheirão, com toda a naturalidade passou a explicar: Quando o seu motorista fez anos de casado, ofereceu ao casal aniversariante uma viagem de núpcias pela Europa. Eles deslumbraram-se pelas capitais do Velho Continente e, quando chegaram a Lisboa, já nem dinheiro tinham para dormir ou almoçar, quanto mais para embarcar no avião. Telefonaram, aflitos. Ao que Jorge Amado, divertido, ligou a um amigo de Lisboa que os foi buscar, instalou-os num hotel com tudo pago, comprando-lhes, dias depois, passagem aérea para o Brasil. Lá para o fim da tarde, o casal mostra-nos o jardim, descreve-nos as árvores, deixa-se fotografar, fotografa-nos. E, emocionados, cheios de calor humano, descem a escadaria (um suplício para Amado, agarrado a uma discreta bengalinha), despedindo-se de nós com um até sempre dizendo-nos que, a partir dali, passávamos a ter casa, a casa deles na Baía. Enfim, um dia encantador, vivido em família, em que as estrelas foram as visitas - que esse foi o desejo de um homem amado.”
2012-05-22 Imagem: Bertrand Livreiros
IMPULSIVA E DESOBEDIENTE ME CONFESSO
Talvez porque as minhas decisões são tomadas sem considerar que há um EU que eu devo respeitar em primeiro lugar, tenho caído algumas vezes no erro de, muito prontamente, achar por bem seguir o que um médico me aconselha ou o que uma necessidade pessoal, por qualquer outra razão, me impõe. Não é a primeira vez, portanto, que caio no ridículo de não cumprir o que, levianamente, comuniquei que faria. Mentira! Tudo mentira, porque há em mim impulsos que não consigo, efectivamente, travar. Refiro-me, por exemplo, ao que transmito, publicamente, como por exemplo, que passarei a ser mais comedida nos meus excessos de horas de trabalho… QUE NÃO RESPEITO! a) Já teria idade, por exemplo, para não me meter em esquemas complicados como, por exemplo, trabalhar com o sistema operativo Linux, de que tanto gosto, mas que atrai o meu gosto pela boa organização dos conteúdos que fui criando ao longo dos anos, absorvendo o tempo que deveria usar para repousar, sobretudo à noite. b) Já teria idade para interpretar apenas o papel de Avó Nhó Nhó, mas isso toca fundo no plano das emoções, plano esse que me está interdito pela minha natureza. Por essa razão, escrevo, pesquiso, ou crio, afim de manter-me numa plataforma muito particular, para que o meu coração se mantenha calmo… pois sofre de mau bater quando lhe tocam fundo. a) O Web Master do meu site, é o meu filho Miguel Letra, que por vezes vai “aos arames” porque eu ouso penetrar em vias que me são interditas. E o que é que acontece? Há discussão acesa e acabamos por ficar de costas voltadas. Isso sim, faz-me mal, até porque eu preciso do seu apoio e, aí, achamos por bem recorrer a uma qualidade comum aos dois: em cinco minutos perdoamo-nos mutuamente. Após esta explicação, que claramente não evidencia qualquer vontade, da minha parte, de seguir o que me é, superiormente, aconselhado, peço o favor de não confiarem em mim quando declaro, publicamente, que irei entrar numa fase de restrição de exageros, porque pode acabar por não ser verdade. Com esta idade já não irei mudar e, portanto, apelo à benevolente aceitação dos meus amigos, no que se refere • à minha impulsividade, quando não penso, primeiramente, em mim, e não no que me dizem para não fazer. • à minha desobediência, quando não consigo travar o respeito que deveria ter pelo meu descanso. Portanto, enquanto puder, continuarei a seguir a terapia de que mais gosto: ESCREVER, CRIAR, APRENDER, DESABAFAR, enfim...VIVER! Quem não estiver de acordo, que faça o favor de ignorar-me. Ficarei triste, mas continuarei a ser EU MESMA.
Data da criação deste conteúdo: 2023-10-16
PANORAMA SOCIAL CAÓTICO
Em Portugal, actualmente, é necessário possuir uma grande dose de serenidade, de resiliência e de autodomínio emocional, para enfrentar e aguentar, silenciosamente, e com grande sabedoria, a crescente onda de crimes, de violência, de assaltos, de instabilidade generalizada em várias áreas, tais como em escolas, em hospitais, em serviços públicos, etc. A população melhor informada e mais atenta, saberá bem o que está na base de certos comportamentos. O problema é que essa base deveria ter sido sujeita a transformações que não aconteceram em devido tempo.
Estarei a ser exagerada, ou na verdade precisámos de 50 anos para assistir a algo que nunca esperávamos ver? A Revolução de Abril de 1974, é uma data a partir da qual esperávamos que fosse cumprido o objectivo da revolução em questão. Estes 50 longos anos deram-nos um socialismo em liberdade relativa, coberto por um "manto diáfano recheado de verdades mentirosas". Ano, após ano, foi um ver se te avias no desfolhar dos cravos... Além de desgoverno, tivemos muitos casos de supostos desvios de dinheiro. Será com esses milhões, que fazem parte de um bolo sem cereja no topo, que Sua Excelência o Senhor Presidente da República esperará redimir o passado relativo às ex-colónias? Francamente, não saberei!!! O que saberei é que há momentos em que me interrogo se, por vezes, não seria mais conveniente o recurso ao silêncio...
Temos um novo governo formado. Sem maioria absoluta, foi, no entanto, eleito pelo público. Como democratas "à altura", e com a classificação de Povo Sereno, só nos resta ter de esperar para ver se Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro eleito, e a sua comitiva, põem em prática tudo o que foi apregoado como princípios de actuação a seguirem. Só assim poderemos definir a sua competência e definir, também, se o mesmo é um Homem de Palavra. Sorriso, pelo menos, não lhe falta.
Data da criação deste conteúdo:
2024-04-27
PROMOVENDO O RESPEITO
Jovens coexistindo aqui comigo neste mundo repleto de loucuras… sigam este conselho que vos dou, mais do que muito útil, muito amigo: não embarquem nunca em aventuras que desafiem as vossas vidas. Sou uma mulher com uma certa idade, mas já fui jovem. Tal como vocês, cometi algumas imprudências de bradar aos céus! Sim, isso é verdade! Foi tudo fruto duma insensatez que, normalmente, traz consequências. Sejam prudentes, nunca inconscientes; não provoquem; não sejam malcriados com os mais velhos, pais e professores. Um dia, se ficarem dependentes, cuidado… poderão ser vocês os provocados vivendo, na velhice, dissabores. As vossas acções de hoje criarão um conto muito bonito, que eu espero que sejam os vossos netos a lê-lo. Amem os outros de alma e coração e, se querem respeito no futuro, comecem, hoje mesmo, a promovê-lo.
Data da criação deste conteúdo: 2014-06-14
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E A CRIANÇA
Preocupada com o aumento desmedido de casos de violência doméstica – e não só! - volto a publicar, agora em formato de prosa poética, um poema que escrevi em 1982-10-02 - anteriormente publicado - numa derradeira tentativa de chamar a atenção do Estado Português para a necessidade de criar planos para formar crianças a partir de uma base intrinsecamente extensiva à família, com consciência e organização cuidadosas. Dedico esta publicação a todas as pessoas vítimas de violência doméstica, as quais, por razões que só a elas dizem respeito, vivem amarradas à impossibilidade de se libertarem do sofrimento que as mantém caladas. Eu ainda não acredito no factor AMOR como justificação, um dos elementos que a vítima aponta, quando questionada. Haverá outros fortes motivos, para além do mazoquismo, para que ela se deixe violentar por um ignóbil ser humano que faz do seu parceiro, ou parceira, um verdadeiro saco de pancadas que ele utiliza para libertar-se de traumas retidos na sua insana mente.
ATÉ QUANDO? Faço parte desse teu imaginário. Para ti, não sou um ser... Eu sou um vulto bem escondido atrás dum cenário onde, covardemente, o manténs oculto. Tu nunca consideraste o meu direito à liberdade. Ignoras o respeito que me deves. Sou Mulher e sou pessoa. Tu não planeaste tudo isto à toa... Não tolero a tua covardia, tanto insuportável, quanto infame! Tu geres sempre o meu dia-a-dia tentando protegeres-te do vexame de poderes vir a ser reconhecido. Tu és um ser que vive comprometido entre fazer bem e fazer muito mal. Tu és.... subtilmente... um anormal. Divides-te entre o bem que aparentas, e o insuportável mal que praticas. Satisfazes velhas ânsias sedentas de vingança e guerra, que exercitas provocando no meu ser um medo atroz. Impedida de erguer a minha voz, fizeste de mim a escrava desejada que amordaças, para manteres calada. E eu... - Deus meu! - não posso fazer-te frente. És demasiado musculoso... forte! A minha grande fraqueza não consente arrojos, porque vive temendo a morte. ©Maria Letra
Data da criação deste conteúdo: 2023-12-04
AS ETERNAS IMAGENS CHOCANTES
Portugal enfrenta um crescimento preocupante na prática de crimes gravíssimos – muitos dos quais perpetrados por grupos de jovens adolescentes-adultos. Acredito, portanto, que uma das grandes atitudes a tomar seria uma imediata e organizada restrição de imagens chocantes nos órgãos de informação, não só pelo que podem provocar na mente das pessoas mais sensíveis, mas também, e sobretudo, porque podem incitar jovens com problemas de vária ordem – nomeadamente de droga – a habituarem-se à ilusão de que tais imagens representam um sinal de aceitação social “normal”. Acreditarão, talvez, que a violência lhes possa trazer um protagonismo de heroicidade, a que muitos dão grande importância. Perguntar-se-á se não será prova disso o facto de tais actos de covardia estarem a ser praticados, correntemente, entre jovens namorados/as.
A revista Telenovelas já foi, pelo menos duas vezes, referenciada por mim neste meu website, mesmo sabendo que de nada vale o que eu possa tentar provocar com isso. Fi-lo pela revolta que sinto face a este e outros ‘abusos’ semelhantes. Até hoje, ainda não tive conhecimento de que alguém tivesse tomado uma posição adequada, pois considero deveras chocante o que tem vindo a acontecer, de forma continuada.
Quem deveria tomar uma posição, no caso deste meu comentário anterior, talvez esteja a ter ‘respeito’ pelos responsáveis pela escolha das imagens a publicar, considerando que a falta de imagens chocantes possa diminuir o número de vendas da revista ou das audições de certos programas. Além deste particular, não menosprezemos o facto de haver milhões de pessoas que se alimentam de fortes sensações de ‘suspense’. Esta minha ironia é intencional, mas tem fundamento, comprovado pelo número de audições diárias de cada programa televisivo ou outro.
Data da criação deste conteúdo:
2024-09-08
O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE PORTUGUÊS
Entre as diversas questões que me ponho frequentemente, há uma que gostaria de partilhar com quem lê o que escrevo:
Constatamos que está em crescente aumento a existência de pessoas com problemas de saúde mental, especialmente após o aparecimento do vírus SARS-CoV-2... vá lá saber-se como e porquê, em boa verdade. Tudo o que tem acontecido, afigura-se-me de uma forma bastante misteriosa, forma essa que dá lugar a muitas perguntas. Mas não é esse o objectivo deste meu texto.
Desejando ser consultado por um especialista da área respectiva, o paciente dirige-se a um Centro de Saúde – que me dizem poderá nem ser o seu - e começa, então, uma série de anomalias no seu acompanhamento, as quais me levam a fazer uma reflexão:
Suponhamos que esse paciente, por qualquer razão _aceitável ou não,
• perde o seu médico de família e tenta conseguir uma consulta de recurso, para o dia seguinte. Para isso, terá de compreender que deverá chegar ao Centro de Saúde respectivo, onde quer que seja, duas horas antes da sua abertura, porque quem mais cedo chegar, maior será a possibilidade de ser visto por um médico. Quem não tiver em conta esta realidade, terá uma menor chance de conseguir o objectivo pretendido.
Suponhamos que o médico que o atender irá encaminhá-lo para um hospital e, caso concorde, passa-lhe uma carta para que seja visto pelo respetivo especialista.
• A partir daí, se não tiver a sorte de ser bem sucedido no tratamento que lhe tiver sido prescrito, verifica-se, com frequência, que esse paciente começa a estar sujeito a saltar de médico em médico, mais parecendo uma bola de ping-pong, ou melhor expressando, uma cobaia submetida a testes um após outro, na sua desesperada busca de “sentir-se bem”.
• A escolha do médico, pelo paciente que depende do SNS, nem sempre lhe é permitida, mas a base do sucesso de qualquer tratamento, seja a doença que for, passa pela confiança que o paciente tem no seu médico. Hoje, porém, foco-me, especificamente, na doença mental.
• Mais ainda, se o médico, eventualmente, tem interesse pessoal em receitar medicamentos de determinados laboratórios, o paciente é que sofre se continua a não estar bem, e poderá sentir-se profundamente frustrado _frustração essa que nunca sabemos como poderá acabar. Não poderemos facilmente adivinhar qual irá ser a reação de cada paciente. Defendo, portanto, que tanto quanto possível, qualquer paciente que se encontra em sofrimento, seja seguido considerando os seguintes factores importantíssimos:
1. CONFIANÇA NO SEU MÉDICO.
2. CUIDADA ATENÇÃO NA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS, de forma a que se respeite o que necessita o paciente e nunca o que convém ao especialista receitar.
3. QUE SEJA MANTIDO, TANTO QUANDO POSSÍVEL, O MESMO MÉDICO QUE ACOMPANHA O PACIENTE DESDE O INÍCIO.
2022-07-08
Imagem: Luís Dalvan
JMJ-JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2023 – LISBOA – PORTUGAL
Sinto-me demasiadamente "pequena" para escrever sobre a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, a decorrer em Lisboa, neste momento. Ultrapassa a minha capacidade de equilíbrio, a ter em consideração, ao decidir escrever sobre os prós e os contra que pairam sobre um tema tremendamente delicado. A organização responsável por todo o trabalho que envolveu o programa em curso terá, essa sim, um manancial de objectivos sobre os quais os seus elementos poderão pronunciar-se. Não me sinto motivada para dissertar sobre uma matéria onde a verdade segue de braço dado com um jogo de intenções que não me entusiasma abordar. Os propósitos dos organizadores terão sido suficientemente diversificados, afim de ser atingido o objectivo principal: limpar actos de uma vergonhosa dimensão, em paralelo com a intenção de chamar à Igreja os milhões de jovens que gravitam pelo mundo, numa atmosfera confusa, ora frágil, ora determinada a vencer nos seus propósitos. Reflessiva e emocionada, olho estes milhares de jovens intervenientes num cenário assaz complexo, assaz não sei bem o quê, mas fazendo-me lembrar estrelas e flores brilhando inocentemente - ou não! - entre uma multidão espectante... incrédula para uns, e para outros... religiosos convictos, sem dúvida.
Imagem: JMJ.Lisboa.2023.PNG Vector(AI.CDR.PDF)FREE DOWNLOAD Data da criação deste conteúdo: 2013-08-03
COMPANHEIROS PORTUGUESES
Irmãos portugueses, vítimas como eu
da impunidade de muitos desonestos.
Expirou o tempo de resistir à dor.
Portugal é de todos nós, não se rendeu.
Accionemos uma onda de protestos
contra cada demagogo, ou opressor.
Não devemos continuar indiferentes
ao abuso do poder duma certa malta,
e aos seus eventuais golpes financeiros.
Nós não somos mais um molho de inocentes
que se conquista com as luzes da ribalta,
projectada por camafeus interesseiros.
Enquanto sacrificados pelo abuso
dum poder em reconhecida decadência
- que, de iludir o país não se abstém...
O Zé Povinho, paupérrimo e obtuso,
continua a ver uns que vivem muito mal,
enquanto outros - Oh Deus Meu! - vivem tão bem!
Por que permitimos esta vergonha crassa
a que políticos sem pejo, nos condenam?
Até quando manter-se-á esta miséria?
Seremos nós indiferentes à desgraça?
Onde estão afinal, os que mais ordenam?
Era verdade ou apenas pura léria?
Palavras de ordem pra quê? Não precisamos!
Todos nós sabemos bem a lição de cor,
não carecemos de mais tretas, de ninguém.
Há muitos anos - Santo Deus! - que nós andamos
a viver na corda bamba, com tanta dor,
que até já sabemos o que nos convém.
Não queiramos de nós próprios ter vergonha,
pois temos contas a prestar aos nossos filhos.
Teremos todos um mau fim, se continuarmos
a confiar a nação a quem se oponha
ao projecto de nos livrarmos dos sarilhos
em que a sua ambição quer afundar-nos.
Digamos todos NÃO ao voto inconsequente,
por teimosa filiação a um partido.
Repensemos muito bem a nossa opção.
A grande prioridade, a mais urgente,
é a da nossa segurança no sentido
de sentirmos todos orgulho na Nação.
Data da criação deste conteúdo:
2009-07-22
SENTADA NO FUTURO
Quando existe uma situação de candidatura para a eleição de um novo chefe de governo, durante aquele período ando numa azáfama, na tentativa de perceber quem tem as melhores propostas de actuação. Tenho o cuidado de ouvir todas as acusações que cada candidato faz aos parceiros de campanha. Tento percepcionar bem os argumentos de cada um, contudo, geralmente acabo frustrada porque todos tentam iludir-me, e nenhum me convence. Cada um julga-se melhor do que os outros e, no geral, sinto que todos se consideram muito bem preparados para enfrentar o futuro.
É sabido que cada candidato a chefe de governo dá o melhor de si para vencer, mas normalmente sem convencer quem está de olhos bem abertos. No meu caso, e depois de reflectir cuidadosamente sobre a posição a assumir, acabo por fazer sempre o mesmo: voto no que foi eleito!
Após a eleição do escolhido pelo povo, faço sempre o mesmo: sento-me numa cadeira muito bem refestelada e espero que comece a onda de acusações ao governo anterior, à guisa de pré-justificação dos erros que, eventualmente, venha a cometer. E não tenho de me preocupar com o cenário, pois uso sempre o do ano anterior.
Data da criação deste conteúdo:
2024-10-20
ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA…
No seio de um mau governo, tomadas de posição onde impere a prepotência, geram conflitos sociais, sobretudo quando as classes mais desfavorecidas não usufruem de condições básicas mínimas que lhes garantam uma desafogada estabilidade económica. “Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. Temo muito que a situação actual, no nosso País, esteja a caminhar a passos largos para o caos, uma vez que 1. as pessoas mais desprotegidas não estão a conseguir gerir o pouco rendimento mensal de que dispõem. Os aumentos, sobretudo no sector alimentar, tornaram-se escandalosos; 2. entre as manifestações mais assustadoras nota-se o aumento gradual dos suicídios, dos crimes de uma violência cada vez mais doentia, mais assustadora e mais generalizada; 3. há uma acentuada desorientação emocional, reflectindo-se já entre a classe social onde o desafogo económico sempre existiu. É claro que temos de considerar a) o problema da formação educacional de cada indivíduo; b) desmedida tendência para um materialismo exacerbado, com muito egoísmo à mistura, sem qualquer recato por quem está a sofrer profundamente; c) frustração notória provocada pela obcessão do belo e da perfeição; Bate-se muito – e bem! - na tecla do recurso ao tratamento clínico da depressão, por causa do incontável número de pessoas que estão a sofrer preocupantes depressões, mas entramos num campo onde há factores muito sensíveis _sobre os quais não quero pronunciar-me. Deveriam, porém, ser cuidadosamente observados. Este meu desabafo é, obviamente, o de uma cidadã que se preocupa muito com o que a rodeia, mas que não tem formação superior na área, capaz de atrever-se a dar conselhos. Declaro o que penso aqui porque, como referi no meu primeiro manifesto, a minha página é um espaço onde, livremente, expresso a minha opinião, preocupação e/ou regozijo sobre assuntos de carácter geral que possam, de algum modo, interessar a quem lê o que vou escrevendo e suscitem interesse em trocar opiniões. Para terminar, desejo bem que venham a descobrir-se factos que poderão dar resposta à minha preocupação sobre a existência de causas alheias ao conhecimento de todos nós.
2022-08-31 Imagem: Lúcia Neto
DERRADEIRA SÚPLICA
IMPLORO AO PODER MÁXIMO QUE REGE A VIDA AQUI NA TERRA - A QUEM UNS CHAMAM DEUS, E OUTROS CHAMAM UNIVERSO - QUE SEJA FEITA JUSTIÇA E QUE ACABE COM A GUERRA! Aprendemos que matar é contra as leis da Vida. Cada criança que morre, é uma Esperança traída. A Inocência pura, intrínseca a cada criança que é gerada... não deveria nunca ser dilacerada. O mundo está carregado de seres demolidores da Confiança no futuro, que se prevẽ tão inseguro. Abracemos todos, uma importante intervenção: Contrariar os defensores da guerra, como solução.
Data da criação deste conteúdo: 2023-10-18
AFIRMAÇÕES IRREFLECTIDAS
JOVENS DELINQUENTES NO EXÉRCITO.
NUNO MELO ATACADO PELAS ASSOCIAÇÕES MILITARES
(RTP Notícias – 2024-05-01)
Que o Senhor Ministro da Defesa possa defender a colocação de jovens delinquentes no Exército, não me surpreende. Tenho ouvido toda uma série de afirmações inaceitáveis, as quais vou classificando com montes de um irónico “Absolutamente!” Agora... que o Ministério da Defesa tenha "esclarecido" que o governante apenas fez uma “reflexão”, para “efeitos académicos”, provoca em mim uma grande Perplexidade. Sinto vontade de dar-lhe o "conselho" que dei ao Senhor Presidente da República, isto é: Não seria melhor reflectirem em silêncio antes de pronunciarem seja o que for?
Se Nuno Melo nega agora a intenção de recrutar jovens deliquentes para as Forças Armadas, perdeu uma gigantesca oportunidade de estar calado. A Reflexão faz-se antes duma Afirmação, e nunca o contrário, porque coloca o seu autor na posição de vítima de Irreflexão e/ou de Imponderação, ficando, claro está, sujeito a Julgamentos que poderão não corresponder ao desejável, quando se trata de um membro do governo que assumiu um cargo de tão relevante responsabilidade como é aquele para o qual Sua Excelência foi indigitado.
Data da criação deste conteúdo:
2024-05-02
COLIGAÇÕES GOVERNAMENTAIS
Qualquer chefe de governo que esteja “amarrado” a linhas de actuação ditadas e consagradas pelo programa do partido que representa, em vez de criar condições que convenham ao seu país, acaba por cair na sobejamente conhecida tendência para proteger uma determinada classe social, em detrimento de outras. Para que qualquer coligação funcione, em meu entender, será necessário que os candidatos à chefia de uma nação sejam pessoas de reputada formação básica, dispostas a aceitar regras que - mais do que mantê-las fiéis seguidoras de uma linha de actuação - aceitem e se adaptem a conceitos de justiça social que favoreçam todos em geral. Isso acabaria por torná-los cidadãos independentes, conscientes do que convém a todos e não apenas à classe que defendem. Portugal tem tido sucessivas provas do fracasso de certas coligações, nas quais teria havido um ou outro responsável que, mais do que servir a nação, serviu interesses pessoais.
2022-06-20 Imagem: Castorly Stock
NA SENDA DUM MUNDO RENOVADO
Todos nós estamos sujeitos ao cumprimento de leis que nos foram impostas por gente que, no seu conjunto, não me parece terem uma actuação coesa, quando da elaboração das mesmas, as quais deveriam contemplar, como princípios básicos, a Saúde, a Educação, a Economia, a Protecção do Ambiente e o respeito pelo Ser Humano. Nem toda essa gente respeita os mesmos princípios morais que geram Confiança e Segurança, sentimentos estes de que todos carecemos neste momento. Se, entre os que ditam as leis, há elementos com nobres sentimentos, outros haverá cuja função é vetar o que não convém ao crescimento monstruoso da riqueza de muitos, resultando, em consequência, no aumento progressivo da pobreza de outros. Somos todos vítimas da ineficácia e da inoperância de certos sistemas, cujos orientadores nem sempre dão provas de capacidade de liderança. O sector da Economia, por exemplo, deveria ser orientado por elementos cujas actuação desse provas de merecer o crédito de quem o vê como estando no fulcro de toda uma série de passos no sentido da Renovação do Mundo e não como um meio desse grupo conseguir o que, provavelmente, pretende: dominar para satisfazer os objectivos dum sistema corrupto, onde impera a ganância. Infelizmente nada mudará enquanto o ser humano não atingir um grau de sensibilidade e de humanidade capazes de fazê-los reconhecer uma realidade que está a provocar inúmeras mortes, minuto a minuto, tornando cada dia em mais um pesadelo para os que estão em sofrimento. Liderança deverá ser sinónimo de Competência e de Unidade e estas, por sua vez, só se conseguirão quando tiver, como fundamento, a Paz no Mundo, orientada por dois nobres sentimentos: O AMOR e o RESPEITO pela vida de cada ser humano, quaisquer que sejam as suas crenças e/ou preferências, desde que estas não afectem uma saudável coexistência entre todos.
2015-04-15 Imagem: Cup of Couple
MELHORAR O MUNDO NA ESCOLA
Concurso organizado por Manuela Araújo
UM NOVO ENSINO, GERARÁ UM NOVO MUNDO
De Pavlov a Skineer, inúmeras propostas de orientação pedagógica foram sugeridas sem que tivesse sido encontrado o modelo ideal para a correcta formação dum novo cidadão. Esse modelo deveria, contudo, contemplar em primeiro lugar a preparação adequada de elementos escolhidos a dedo para participar na desejada reestruturação escolar, completamente inovadora. Muitos dos mais velhos responsáveis escolares e encarregados de educação, continuam vítimas de vícios enraizados neles, em consequência, segundo a teoria comportamentalista, do que herdaram dos seus antepassados, durante o período Salazarista. Não sei mesmo quantas gerações serão necessárias para ‘limpar’, totalmente, os efeitos dessa mesma política, que tantos danos psicológicos causou. Eles manifestam-se, muitas vezes, duma forma quase indelével, mas são uma realidade a considerar. Embora preocupada com este facto, acredito na grande capacidade de muitos elementos e na sua boa formação para ser estudado um método eficaz de construção dum indivíduo de "Mens Sana in Corporeo Sano". Considero sejam três os principais pontos a considerar: EXEMPLAR ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Criação de normas de ensino e de acompanhamento dos alunos, completamente inovadoras, a serem postas em prática por elementos de reconhecida capacidade humana e adequada formação pessoal e académica. Seria muito importante, por exemplo, que todo e qualquer aluno fosse acompanhado pelo mesmo orientador pessoal, desde o início da sua frequência escolar, até ao seu términus. O problema de muitos alunos começa, exactamente, no seio familiar. Seria aconselhável começar a olhar-se a sua educação num sentido mais lato, uma vez que dependerá da sua boa formação a responsabilidade de criar e manter a conservação dum mundo completamente renovado. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Embora não lhe seja atribuída a importância que merecia ser-lhe dada, sem uma adequada alimentação, não poderá haver um bom aproveitamento a todos os níveis. CONVENIENTE OCUPAÇÃO DOS TEMPOS LIVRES. ©Maria Letra
Data da realização deste concurso: 2010-12-21
FUGA PROGRAMADA AO PORMENOR
Considero absolutamente absurdas algumas declarações feitas ontem, 09 de Setembro, sobre os presumíveis responsáveis pela fuga de cinco reclusos de Vale de Judeus, considerada a prisão mais segura do país. Trata-se de dois portugueses, um georgiano, um inglês e um argentino, todos potencialmente perigosos. Então, e o responsável pela vigilância das câmaras não detectou nada de anormal?
Choca-me e impede-me de perceber como esta fuga teve sucesso. Por tal motivo, é obviamente fácil presumir que a sua realização só terá sido possível – tal como outras anteriores – com um conluio muito bem organizado, dentro e fora do estabelecimento prisional. O abominável mundo do crime terá, seguramente, uma organização muito bem orquestrada por detrás de tudo o que vai acontecendo, que, muitas vezes, leva longos anos a ser descoberta e, hipoteticamente, desmantelada... O Bem e o Mal, em permanente competição de inteligências.
Data da criação deste conteúdo:
2024-09-10
EM BUSCA DA VERDADE
Viajando entre o desconhecido, o que lhe dizem ser verdade, e as verdades que, amanhã, podem deixar de o ser, está o Ser Humano em conflito, carregando o peso de muitas dúvidas, um ser que veio ao mundo por um motivo, ou quem sabe se sem ele, mas que, de alguma forma, o tornou curioso acerca de uma série de fenómenos que gostaria de entender.
Data da criação deste conteúdo:
2012-02-20
O PROBLEMA DO CONSUMO DE DROGAS, AUTÊNTICAS MÁSCARAS USADAS PARA ESCONDER OS DRAMAS DUM SER EM SOFRIMENTO
Este meu manifesto foi escrito em 2010. Regresso a ele, remodelando-o, pelo facto de ir constatando que, em treze anos, muito foi feito, mas nada resultou se considerarmos que o pouco que se possa ter conseguido foi abafado por um tremendo aumento do consumo de drogas de todo o género, sobretudo do alcool, responsável pelo desmoronar de muitas relações, de muitas famílias e, sobretudo, pelo aumento de crimes cometidos em resultado do consumo das mesmas. Da parte dos traficantes, há um objectivo demasiado evidente e, portanto, nem vou referir-me a eles. Se existem é porque são procurados como fonte de “recurso” dos desesperados e, consequentemente, é a estes que me referirei. Cresce, dia após dia, o número de jovens que consomem drogas como forma imediata de ultrapassarem certos estados de alma, cuja causa nem sempre é fácil de identificar, seja pelo próprio, seja por técnicos cuja aplicação no estudo desta matéria é já longa. Recorrem ao uso destes dois inimigos da consciência humana, pelos mais diversos motivos, sendo normalmente os indivíduos de grande sensibilidade, eventualmente mais frágeis quem, refugiando-se numa ‘atmosfera mental’ provisoriamente “à defesa”, são arrastados para uma progressiva perde de amor à vida. No início, tudo lhes parece fácil. Bebem uns copos, ou fumam umas ‘ervas’ e tentam sobrepor-se à causa que os incomoda e que lhes provoca uma angústia que, de algum modo, não querem enfrentar. O argumento para o seu uso, é-me muitas vezes dito ser o de “sentirem-se melhor”. Claro, nem duvido. E depois? Eles estão absolutamente convencidos de que não prejudica mesmo... “Até faz bem”, dizem eles muito seguros, com aquele ar de que sabem mais do que os outros, uma característica que os distingue... Sei – sem qualquer sombra de dúvida – que há jovens, (e adultos!!!), aparentemente de “mens sana in corpore sano”, que estão agarrados às delícias dessa tal “maconha” - para não referir outras - e que, portanto, passariam a odiar-me se lessem este meu texto. E se realmente, por mero acaso, o lerem, chamar-me-ão um qualquer nome que não me ocorre, pois são nomes mais usados por eles. Mas isso não me move, nem me comove. Dói-me saber que, não abandonando esses vícios, esses jovens avançam, a passos mais ou menos largos, para uma vida de sofrimento cada vez maior e, eventualmente, para uma morte prematura. Eles podem não ter a percepção de que os conflictos que começam a sentir têm a sua raiz no uso de simples enganadoras “passas de maconha” que, muito lentamente, vai-lhes alterando a personalidade... E que ninguém lhes diga que os prejudica, porque além de esconderem que as usam, contestam quem os aconselha a parar, até porque não lhes convém perceber isso e, daí, este comportamento quando alguém tenta chamá-los à razão. Atrás da “maconha” ou de qualquer outra droga das consideradas “leves”, passam a existir outras alternativas que surtam mais efeito e tudo poderá acontecer. A partir daí inicia-se um processo penoso, indubitavelmente, não só para quem o vive, física e psicologicamente, mas também para os familiares e/ou os amigos. É um abismo que se abre inexoravelmente fundo para ambas as partes, quantas vezes muito pior para os que assistem à sua progressiva decadência. Cada vez mais, bebe-se e usa-se drogas em todo o mundo. Isso deu origem a muitos outros males que viajam paralelamente, sem ver-se o fim dessa estrada.. É por isso que sinto tratar-se de um problema que necessita de ser combatido com outras armas e com a máxima urgência, através de medidas que combatam o mal pela raiz, o que se afigura muito difícil. Esta é, talvez, a maior praga entre tantas outras, pelos inúmeros crimes que daí advêm. Deveria, consequentemente, não estar limitado a um estudo do indivíduo, isolado, mas sim de uma sociedade em decadência absoluta. Esta minha convicção não exclui uma simultânea e atenta análise à forma como vive a família do jovem em risco, para serem tomadas em consideração medidas de protecção adequadas, pois é no seio familiar que, numa grande maioria dos casos, vamos encontrar a causa do seu comportamento. Não é raro ser a família a grande culpada. Certamente que não poderemos pretender formar novos cidadãos, negligenciando o importante estudo dos seus ascendentes, os quais não deveriam ser deixados à deriva, neste processo, sem uma correcta orientação. Se defendemos a reconstrução deste mundo, que não nos agrada, de forma alguma, deveremos fazê-lo através dum trabalho paralelo: escola e seio familiar, caso contrário assistiremos a um trabalho infrutífero, desnecessário. Tenho consciência, ao dizer isto que, durante a recuperação de certos valores, caminharemos, lado-a-lado, com aqueles que irão pretender fazer frente à alteração daquilo que não lhes convirá ser alterado, mas a nossa força deverá ser superior à deles. Refiro-me, por exemplo, ao “mundo obscuro da superficialidade e da ganância” e das organizações nada interessadas em que certos males acabem. Mas continuando... Terão de ser encontradas fórmulas de motivação para um maior respeito pela Natureza e pela convivência saudável entre todos, fórmulas essas que deveriam ser aplicadas a partir do nascimento, através de adequada assistência técnica de orientação especial, dada por elementos habilitados para o efeito, os quais deveriam ser, eles próprios, um exemplo daquilo que se pretende para a formação de um “novo cidadão”. Lamento que uma boa maioria de crianças seja, muitas vezes, vítima da necessária ausência dos pais, o que pode ser a mais grave causa para situações de insegurança e fragilidade, pois – como que de repente – a partir duma certa idade, é-lhes retirada aquela protecção e segurança a que as habituámos. Isso faz-me muita pena. Não será que a criança passará a sentir que pode ser culpada da razão pela qual deixa de continuar a ter essa potecção? Será que, mesmo explicando, a sua fragilidade irá aceitar a justificação, ou justificações que lhes damos? Não esqueçamos que a criança entra na pré-primária muito cedo e que a mudança faz-se de um dia para o outro. Tenho assistido a verdadeiros dramas, em que a criança sofre e chora desesperadamente, deixando-nos em sofrimento, também, sofrimento esse que ‘tentamos’ ocultar com a nossa determinação de ir em frente com o errado projecto de educação que nos é imposto pela exigente sociedade em que vivemos. Este processo deveria ser lento. Terei de ser muito bem convencida por quem saiba muito sobre esta matéria, se não será aqui que começa um processo de afirmação da personalidade na criança, “coxo” logo à partida, fragilizando-a para sempre. Se há crianças que, pelo que herdaram, geneticamente, dos pais, são fortes, outras há que - também pelo mesmo motivo, ou outros, em ambos os casos – ficam muito marcadas, psicologicamente. Sei que é muito difícil para os pais – e eu que o diga como mãe de 6 filhos e avó de 14 netos – estabelecer as doses adequadas de amor e de exigência, sendo estas marcos importantes na sua formação. E a situação torna-se – como no meu caso – incontrolável, de certo modo, quando agravada por um divórcio. Os pais deveriam ser convenientemente orientados por técnicos à altura, no dia em que decidissem ter filhos e só uma correcta formação das pessoas designadas para esse efeito, poderia levar os pais e as crianças ao reconhecimento saudável dos mais elementares deveres de cidadania, em todos os sectores, afim de ser conseguida uma progressiva melhoria da forma como vivem as pessoas, neste novo mundo que se deseja em transformação, para bem de todos. O ”desabafo” que acabo de deixar aqui não defende qualquer tipo de atitudes de prepotência ou de imposição, pois deixaria de ter o significado que se pretende: a formação duma sociedade onde cada elemento saiba respeitar os outros através duma doutrina de amor, o que só é possível se cada um tiver uma perfeita consciência dos seus deveres para consigo e para com os outros. Este meu manifesto foi escrito em 2010. Regresso a ele, remodelando-o, pelo facto de ir constatando que, em treze anos, muito foi feito, mas nada resultou se considerarmos que o pouco que se possa ter conseguido foi abafado por um tremendo aumento do consumo de drogas de todo o género, sobretudo do alcool, responsável pelo desmoronar de muitas relações, de muitas famílias e, sobretudo, pelo aumento de crimes cometidos em resultado do consumo das mesmas. Da parte dos traficantes, há um objectivo demasiado evidente e, portanto, nem vou referir-me a eles. Se existem é porque são procurados como fonte de “recurso” dos desesperados e, consequentemente, é a estes que me referirei. Cresce, dia após dia, o número de jovens que consomem drogas como forma imediata de ultrapassarem certos estados de alma, cuja causa nem sempre é fácil de identificar, seja pelo próprio, seja por técnicos cuja aplicação no estudo desta matéria é já longa. Recorrem ao uso destes dois inimigos da consciência humana, pelos mais diversos motivos, jovens e adultos, normalmente de grande sensibilidade, eventualmente mais frágeis, refugiando-se numa ‘atmosfera mental’ provisoriamente “à defesa”, mas arrastando-os para uma progressiva perda de amor à vida. No início, tudo lhes parece fácil. Bebem uns copos, ou fumam umas ‘ervas’ e tentam sobrepor-se à causa que os incomoda e que lhes provoca uma angústia que, de algum modo, não querem enfrentar. O argumento para o seu uso, é-me muitas vezes dito ser o de “sentirem-se melhor”. Claro, nem duvido. E depois? Eles estão absolutamente convencidos de que não prejudica mesmo... “Até faz bem”, dizem eles muito seguros, com aquele ar de que sabem mais do que os outros, uma característica que os distingue... Sei – sem qualquer sombra de dúvida – que há jovens, (e adultos!), aparentemente de “mens sana in corpore sano”, que estão agarrados às delícias dessa tal “maconha” - para não referir outras - e que, portanto, passariam a odiar-me se lessem este meu texto. E se realmente, por mero acaso, o lerem, chamar-me-ão um qualquer nome que não me ocorre, pois são nomes mais usados por eles. Mas isso não me move, nem me comove. Dói-me saber que, não abandonando esses vícios, esses jovens avançam, a passos mais ou menos largos, para uma vida de sofrimento cada vez maior e, eventualmente, para uma morte prematura. Eles podem não ter a percepção de que os conflictos que começam a sentir têm a sua raiz no uso de simples enganadoras “passas de maconha” que, muito lentamente, vai-lhes alterando a personalidade... E que ninguém lhes diga que os prejudica, porque além de esconderem que as usam, contestam quem os aconselha a parar, até porque não lhes convém perceber isso e, daí, este comportamento quando alguém tenta chamá-los à razão. Atrás da “maconha” ou de qualquer outra droga das consideradas “leves”, passam a existir outras alternativas que surtam mais efeito e tudo poderá acontecer. A partir daí inicia-se um processo penoso, indubitavelmente, não só para quem o vive, física e psicologicamente, mas também para os familiares e/ou os amigos. É um abismo que se abre inexoravelmente fundo para ambas as partes, quantas vezes muito pior para os que assistem à sua progressiva decadência. Cada vez mais, bebe-se e usa-se drogas em todo o mundo. Isso deu origem a muitos outros males que viajam paralelamente, sem ver-se o fim dessa estrada.. É por isso que sinto tratar-se de um problema que necessita de ser combatido com outras armas e com a máxima urgência, através de medidas que combatam o mal pela raiz, o que se afigura muito difícil. Esta é, talvez, a maior praga entre tantas outras, pelos inúmeros crimes que daí advêm. Deveria, consequentemente, não estar limitado a um estudo do indivíduo, isolado, mas sim de uma sociedade em decadência absoluta. Esta minha convicção não exclui uma simultânea e atenta análise à forma como vive a família do jovem em risco, para serem tomadas em consideração medidas de protecção adequadas, pois é no seio familiar que, numa grande maioria dos casos, vamos encontrar a causa do seu comportamento. Não é raro ser a família a grande culpada. Certamente que não poderemos pretender formar novos cidadãos, negligenciando o importante estudo dos seus ascendentes, os quais não deveriam ser deixados à deriva, neste processo, sem uma correcta orientação. Se defendemos a reconstrução deste mundo, que não nos agrada, de forma alguma, deveremos fazê-lo através dum trabalho paralelo: escola e seio familiar, caso contrário assistiremos a um trabalho infrutífero, desnecessário. Tenho consciência, ao dizer isto que, durante a recuperação de certos valores, caminharemos, lado-a-lado, com aqueles que irão pretender fazer frente à alteração daquilo que não lhes convirá ser alterado, mas a nossa força deverá ser superior à deles. Refiro-me, por exemplo, ao “mundo obscuro da superficialidade e da ganância” e das organizações nada interessadas em que certos males acabem. Mas continuando... Terão de ser encontradas fórmulas de motivação para um maior respeito pela Natureza e pela convivência saudável entre todos, fórmulas essas que deveriam ser aplicadas a partir do nascimento, através de adequada assistência técnica de orientação especial, dada por elementos habilitados para o efeito, os quais deveriam ser, eles próprios, um exemplo daquilo que se pretende para a formação de um “novo cidadão”. Lamento que uma boa maioria de crianças seja, muitas vezes, vítima da necessária ausência dos pais, o que pode ser a mais grave causa para situações de insegurança e fragilidade, pois – como que de repente – a partir duma certa idade, é-lhes retirada aquela protecção e segurança a que as habituámos. Isso faz-me muita pena. Não será que a criança passará a sentir que pode ser culpada da razão pela qual deixa de continuar a ter essa potecção? Será que, mesmo explicando, a sua fragilidade irá aceitar a justificação, ou justificações que lhes damos? Não esqueçamos que a criança entra na pré-primária muito cedo e que a mudança faz-se de um dia para o outro. Tenho assistido a verdadeiros dramas, em que a criança sofre e chora desesperadamente, deixando-nos em sofrimento, também, sofrimento esse que ‘tentamos’ ocultar com a nossa determinação de ir em frente com o errado projecto de educação que nos é imposto pela exigente sociedade em que vivemos. Este processo deveria ser lento. Terei de ser muito bem convencida por quem saiba muito sobre esta matéria, se não será aqui que começa um processo de afirmação da personalidade na criança, “coxo” logo à partida, fragilizando-a para sempre. Se há crianças que, pelo que herdaram, geneticamente, dos pais, são fortes, outras há que - também pelo mesmo motivo, ou outros, em ambos os casos – ficam muito marcadas, psicologicamente. Sei que é muito difícil para os pais – e eu que o diga como mãe de 6 filhos e avó de 14 netos – estabelecer as doses adequadas de amor e de exigência, sendo estas marcos importantes na sua formação. E a situação torna-se – como no meu caso – incontrolável, de certo modo, quando agravada por um divórcio. Os pais deveriam ser convenientemente orientados por técnicos à altura, no dia em que decidissem ter filhos e só uma correcta formação das pessoas designadas para esse efeito, poderia levar os pais e as crianças ao reconhecimento saudável dos mais elementares deveres de cidadania, em todos os sectores, afim de ser conseguida uma progressiva melhoria da forma como vivem as pessoas, neste novo mundo que se deseja em transformação, para bem de todos. O ”desabafo” que acabo de deixar aqui não defende qualquer tipo de atitudes de prepotência ou de imposição, pois deixaria de ter o significado que se pretende: a formação duma sociedade onde cada elemento saiba respeitar os outros através duma doutrina de amor, o que só é possível se cada um tiver uma perfeita consciência dos seus deveres para consigo e para com os outros.
Data da criação deste conteúdo: 2010-12-10
PROSPECTIVA
Tendo atingido uma respeitável idade, julgo muito improvável poder permitir-me a ousadia de divagar sobre o meu futuro. Não seria agradável colocar-me na ridícula posição de perder-me no campo das ilusões, nem seria recomendável fazê-lo, até pela fragilidade do terreno em que perspectivaria o que quer que fosse. Assim sendo, e porque navego hoje sobre um mar de ondulação muito variável e pouco consistente, sinto que a base para escrever sobre o meu futuro seja demasiadamente sensível para prospectivá-lo. O passado permitiu-me ter momentos – e até períodos – de grande felicidade. Foram esses momentos que geraram a resiliência que, até uma certa idade, foram o meu marco de sustentação de muitas vicissitudes. Actualmente, atingi um patamar da minha vida em que sinto-me tremer quando devo tomar uma decisão importante, de natureza muito pessoal, e que possa mexer com o que regula a minha estabilidade emocional. Sinto-me particularmente frágil a certas memórias as quais, de certa forma, acompanhar-me-ão sempre. Talvez por isso, se tenho de enfrentar um problema, e resolvê-lo, gera-se de imediato um sentimento de confronto entre o meu EU actual e o EU que, no passado, me identificava, porque fui uma mulher que sempre reagiu pegando “o touro pelos cornos”. Hoje sinto que, nesses momentos, gera-se uma troca de olhares entre duas almas: uma que olha a decisão a tomar dando-lhe o peso de um qualquer S.O.S., e a outra que responde com um olhar de quem quer, mas já não consegue. A continuidade desta minha existência não depende de mim, obviamente, e é, também, um dos muitos senãos “irreversíveis” que sempre me perturbaram na vida. Vincadamente corajosa nas minhas tentativas de resolver causas aparentemente irresolúveis, sempre que esses casos surgem hoje, provocam em mim um grande desconforto. A certeza de que a minha vida irá ter um fim está, porém, a entrar no meu dia a dia com razoável aceitação, não lhe dando, no entanto, muita atenção. Dar aos outros a possível impressão de que me sinto infeliz, ou depressiva, seria lamentável, pois dentro de mim há um amor à vida, e ao Universo, sem limites. Vim ao mundo com um propósito, muito provavelmente, o qual estará ainda por cumprir. Talvez seja isso que me dá uma certa sensação de quem quer expressar ao Universo, através de uma permanente rotina diária, que me deixe continuar por cá, pois tenho ainda muita coisa por organizar. Quando vou terminando a organização de umas, já outras - que criei entretanto - esperam por mim. E vou vivendo iludida de que alguém, algures, estará a perceber-me. Continuarei agarrada à convicção de que a escrita é a forma que melhor me permite ser fiel ao que penso, até porque dá-me tempo de reflectir e, só depois, manifestar-me. Tal preferência dá-me, também, a possibilidade de desabafar com o ar que respiro enquanto as ideias vão fluindo… Isso evita que eu sinta solidão, não dependendo de quem não apreciaria ouvir eventuais lamentos de uma idosa. Depois… só lê o que escrevo quem quer.
Data da criação deste conteúdo: 2024-02-17
CLEANTALK
Inicio este meu manifesto esclarecendo, primeiramente, que não tenho qualquer vantagem comercial com a publicação deste post.
Desde a criação do meu site, em 2020, que tenho enfrentado um problema cada vez mais incómodo: o permanente aparecimento de spam nos comentários do que publico.
O administrador do meu site tentou, permanentemente. quase todas as maneiras de lidar com este massacrante problema. Utilizou vários plugins e, por fim, no desespero, acabou desabilitando a opção de permitir comentários, medida que não é aconselhável mas, como referi, já estava desesperada. Até que, milagrosamente, descobriu o Anti-Spam do CleanTalk.
Sinceramente, inicialmente, pensei que seria apenas mais um daqueles tantos plugins que instalaria no meu WordPress com poucas esperanças de livrar-me dessa praga -como muito bem sabe quem usa a plataforma.
O facto é que, durante o período de teste, os malditos comentários de spam foram completamente neutralizados. Espantada, afirmo feliz ter decidido comprar a licença.
Nunca mais tive estresse ou dores de cabeça por causa dessa verdadeira praga!
Quem usa WordPress sabe, exactamente, a que me estou referindo.
Conclusão: instale e experimente! Veja você mesmo os resultados e tire as suas próprias conclusões!
Aqui está o respectivo link: https://cleantalk.org/
Muito grata, CleanTalk!
Data da criação deste conteúdo:
2024-06-02
QUANDO UM INDESEJÁVEL BREU DÁ LUGAR A UM ALVOR CHEIO DE LUZ
E quando tudo parecia sem solução, naquele dia cinzento em que a velhinha, abandonada pela família, seria deixada num lar de idosos, fez-se luz na mente de uma esquecida neta que havia sido institucionalizada quando criança. Sabendo do acontecimento, prestes a ser materializado, a jovem meteu pés ao caminho e foi ao encontro da avó, disposta a fazer-lhe uma proposta. O inesperado acontecimento poderia apagar a mágoa que estava a pesar na avó, havia já alguns meses, pela triste perspectiva de ser entregue, como um fardo, aos cuidados não sabia de quem, nem onde. Iria passar a estar algures, onde nada era seu. No seu humilde cantinho olhava pelas suas plantas, sabia onde estava tudo. No lar para onde iria... quase tudo era de todos. A neta recordava o quanto sofreu no dia inesquecível em que foi abandonada pela família e entregue a uma instituição. Isso agitou-lhe a alma. Não, ela não podia deixar que isso acontecesse à avó, e decidiu meter pés ao caminho para ir ao encontro dela e fazer-lhe a proposta de viverem juntas. Ela poderia transcorrer ainda alguns anos de felicidade, apoiada no seu amor e, talvez, acabarem as duas por descobrir respostas que iriam ajudar ambas a diluir traumas do passado. A proposta foi recebida com imensa surpresa e tanta, tanta alegria. Dito e feito, avó e neta passaram de um passado cor de breu, a um alvor cheio de luz e de esperança. Não saberei por quantos anos se manteve essa felicidade, mas não importa, desde que tivessem sido suficientes para que nesse desconhecido tempo, todos os maus traços de um passado indesejável, mas infelizmente demasiado comum, deixassem de perturbar-lhes a alma.
2022-09-19 Imagem: Mathias Reding
PAI, EU SEMPRE TE AMEI…
(Carta de um filho homosexual, a seu Pai) Quando, muito jovem, não tinha a percepção do que me esperava no espaço em que, tímido, manifestava grande sensibilidade e sede de amor. No tempo, percebi que a distância entre nós silenciava-me a voz, mas travava-me o rancor. Entre mim e ti um mundo obtuso nos separava. Tudo me parecia muito confuso. Buscava conhecer-me através de ti, Pai, mas tu eras impenetrável. Queria emancipar-me, mas sentia-me preso e inadaptável àquele espaço frio, entre nós. O tempo correu veloz, e nunca adquiriu a função de mestre. Continuou a silenciar-me a voz. Hoje não culpo a vida nem este espaço terrestre onde muita gente é oca e assaz presumida. Partiste dum universo que te comandava a vida. Entretanto, esperava que neste mundo adverso encontrasse o espaço que tanto ambicionei, para poder gritar... PAI… EU SEMPRE TE AMEI!
Data da criação deste conteúdo: 2020-12-27
MANIFESTO PELA AUTONOMIA E RESPEITO
Seria salutar que cada pessoa vivesse a sua vida em privado
- se desejado - não sendo criticada por quem nada tem a ver com a
sua preferência de como vivê-la.
A interferência na vida privada de alguém é, porém, louvável e legal,
se a sua segurança e/ou bem-estar, estiverem a ser ameaçados.
Data da criação deste conteúdo:
2024-05-07
DESPEDIDA DE 2023
VAI E LEVA CONTIGO OS NOSSOS MEDOS
Façamos votos para que, durante 2024, surjam projectos válidos para: 1. A instauração da Paz em todo o mundo. 2. O fim da miséria em que vivem milhões de famílias. Cada ser humano morto em consequência de uma guerra, ou vítima da maldade de outrem, leva um pouco de vida de todos aqueles que repudiam a desumanidade e a sede de vingança. A morte de alguém só é compreendida se resultante de um factor alheio à existência de perversidade e de desamor. Procuremos um conhecimento válido daquilo que está acontecendo no mundo, através da leitura de notícias credíveis e não daquilo com que tantos tentam, tendenciosamente, ofuscar a verdade dos factos para proveito próprio, ou para proveito de grupos que pretendem alcançar sucesso em projectos com finalidade duvidosa. Estamos a avançar velozmente para a era do conhecimento e da tecnologia avançada do foro digital. Entremos na plataforma dos que sofrem e busquemos dados reais de informação, uma das formas possíveis de constatar a verdade sobre a existência de problemas ligados a carências inaceitáveis. É tempo de agir, porque estamos a ser presenteados com meios que podem denunciar factos que nos foram ocultados de várias formas, no passado. O futuro do mundo carece da instauração de programas de actuação a partir da raiz de muitas vertentes, a fim de ser conseguida uma sã HUMANIDADE, em detrimento da MENTIRA e da GANÂNCIA, dois dos factores que fomentam guerras, monopolizam riquezas excessivas e privilegiam a maldade hedionda de uma onda de sedentos de poder, para moldarem o mundo à sua imagem e semelhança.
Data da criação deste conteúdo: 2023-12-31
COEXISTÊNCIA DE DUAS FORÇAS PODEROSAS, MAS ANTAGÓNICAS
Será expectável e desculpável que eu possa intuir a existência de duas forças mundiais potencialmente antagónicas nos objectivos a atingir: uma de defesa permanente do cumprimento da lei e dos bons princípios morais, que trabalha no sentido do progresso e da paz, e outra que a enfrenta, com objectivos bem diversos, mas não menos poderosos: o maléfico mundo da droga, ambicioso e com projectos bem definidos. Com base nesta minha elementar dedução, arrisco-me a conjecturar sobre a coexistência destas duas forças em permanente confronto adverso: uma, em contínua luta pela tranquilidade da população, e a outra, apostada em manter a sua ambiciosa e ilimitada acção de destruição através de acções indubitavelmente nefastas à paz no mundo em todos os sentidos. Afigura-se-me impossível acreditar que alguma vez venha a ser possível neutralizar o que está a acontecer, pela dimensão dos casos de que temos conhecimento diário. Há uma rede de informação e acção, confusa e intencional, que tolda permanentemente a verdade nua e crua dos acontecimentos.
Data da criação deste conteúdo:
2024-09-14
HAJA ESPERANÇA!!!
Sendo eu alguém, entre milhões de seres humanos, que ainda acredita na força do Amor como solução de conflictos, nunca fui influenciada por qualquer tipo de organizações religiosas, entre as quais incluo a do Vaticano, sobre a qual pesam acusações que nem contesto, nem defendo, porque desconheço onde termina a mentira e começa a verdade. Vou repetir parte do que escrevi no meu manifesto sobre a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, realizada em Lisboa, a qual terminou no passado domingo: Sou suficientemente "grande" para não seguir rebanhos, e demasiadamente "pequena" para julgar os males que as consomem. Consequentemente, o que vou escrever sobre a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, nada tem a ver com o Papa Francisco, nem com os milhões de euros gastos no evento. Cada um julgará, como lhe aprouver, o bloco de organizadores da mesma. Escreverei apenas algumas linhas sobre aquilo que me impressionou mais - excluindo, também, as expressões usadas pelo Papa Francisco, as quais significarão muito para o milhão e meio de pessoas de boa fé, presentes no evento - e que merecem o meu maior respeito. Caberá a cada um desses, presente - ou não - no evento, julgar a aplicação a dar às mesmas. Estaria a fugir à verdade se não afirmasse que todo o evento foi surpreendente e emocionante. Encheu-me a alma de carinho e de ternura ao ver a forma como todos aqueles jovens se comportaram uns com os outros, sobretudo porque a atmosfera foi de harmonia, de participação, fraternal e feliz. Tudo isto estava estampado nas mais elementares atitudes, tais como a mútua troca de sorrisos e manifestações de carinho evidente entre todos. Dois exemplos, ainda, de grande emoção: a vista aérea de Lisboa, tão inesperadamente coberta por o anunciado milhão e meio de gente cheia de fé - ou não, pouco importa - e o impressionante minuto de silêncio sugerido pelo Papa Francisco, ao qual todas as pessoas aderiram com elevado respeito. Isto sim, faz-me acreditar numa possível "mudança", num futuro tão desejado. Precisamos de gente capaz de motivar a população mundial a construir um verdadeiro Paraíso na Terra. Dói muito constatar que enquanto este evento decorria, havia polícia, em outras zonas do País, a apreender droga, armas, dinheiro, etc., em grupos de gente vocacionada para o tráfico de estupefacientes, gente essa que, no seu desespero, faz da morte dos outros um forma de continuarem vivos. Deixo aqui um desejo ardente que, a concretizar-se a sua realização, terá ainda um longo tempo de espera para surtir efeito: Que as JMJ-Jornadas Mundiais de Juventude, em todo o mundo, eliminem de vez com a existência de pedofilia.
Data da criação deste conteúdo: 2023-08-07
INOCENTE, ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO!
Usarei neste manifesto uma linguagem tão elementar quanto elementar é o meu conhecimento da lei. Ousarei transpor o muro do desconhecimento que me separa de todo e qualquer argumento apresentado por um juiz – ou grupo de juizes – como elemento justificativo da razão pela qual decide – ou decidem – manter em prisão preventiva um cidadão suspeito de corrupção ou infracção de qualquer tipo. Vulgarmente, diz-se que todo o acusado é inocente até que seja feita uma clara e isenta análise das acusações que lhe são atribuídas e que provem que ele é, ou não, culpado. Assim sendo, ponho esta questão: Não seria mais dignificante, tanto para o acusado, como para um juiz – ou grupo de juízes – que fossem pormenorizadamente averiguadas todas as provas de acusação que lhe são feitas, ANTES de condená-lo a prisão preventiva? Se a lei permite esta prevenção, e há, constantemente, casos em que o suspeito acaba, finalmente, por ser ilibado de qualquer culpa ou suspeita, parece-me tremendamente humilhante colocar-se em prisão um inocente, se for este o caso. Há o perigo de fugir do país? Nesse caso, fica em liberdade condicional, proibido de ausentar-se do seu local de residência. Com isto poderia evitar-se a um cidadão, eventualmente idóneo, a vergonhosa condição de ex-recluso, para toda a vida. Não creio seja admissível o tempo de espera para a eventual libertação de um inocente em prisão perventiva, ou mesmo outros casos de que todos temos conhecimento. A minha opinião pessoal - que sei não ter qualquer relevância! - é a de que se dispõe muito da vida de cada um em conflito, em deterimento da necessidade de acelerar o tempo que os tribunais levam a concluir os processos em análise.
Data da criação deste conteúdo: 2024-02-20