Façamos, em conjunto, uma análise entre o que somos aconselhados a fazer e o que, na realidade, podemos fazer:
• Somos aconselhados a estar atentos a sinais físicos ou psicológicos não comuns em nós, e a consultar o médico caso eles persistam. Contudo, hoje em dia só quem for rico pode manter a saúde. Vejamos a falta de médicos de família e a confusão generalizada nos hospitais, em vários sectores. É chocante!
• Somos aconselhados a ter cuidados especiais com a alimentação, mas, começando pelo que se observa nos hospitais, não se presta a devida atenção ao que é dado aos doentes. Pergunto: Como poderemos ter uma alimentação adequada se a maioria das pessoas não tem condições económicas que lhes permitam o privilégio de escolher o mais saudável, ou mesmo o menos prejudicial? Também perguntaria por que razão não se põe o responsável pela saúde pública a ganhar o salário mínimo. Para não mencionar o valor da inserção social que o Estado paga a quem a ele recorre. Talvez assim resultasse e ele começasse a sentir na pele os resultados.
• Somos bombardeados por programas contra a violência, nomeadamente doméstica, mas ao mesmo tempo é facultada aos jovens a possibilidade de assistir a esse sacrilégio através de diversos programas de entretenimento, filmes e revistas tais como a "Telenovelas", onde são exibidas, frequentemente, imagens que revoltam qualquer ser humano mais sensível e contrário ao uso de violência.
Tenho absoluta consciência do quão complicado será alterar este estado de coisas e de muitas outras que não convém aqui referir pois tornaria este apontamento demasiado longo e poucas seriam as pessoas dispostas a lê-lo. Sei, também, que qualquer reforma a introduzir teria, necessariamente, de começar no seio familiar e teríamos de esperar algumas gerações para que surtisse efeito. Contudo, gostaria de reafirmar a minha convicção de que urge pôr um travão ao que está a acontecer. Estão a avançar movimentos perigosamente ameaçadores da tranquilidade das pessoas, e este assunto percorre um caminho onde é comum a justiça falhar sempre que não são convenientemente penalizados aqueles que praticam crimes de previsível reincidência após condenação, com redução de pena por bom comportamento. É revoltante o número de casos em que tal se verifica.
A minha teimosa esperança de ver o meu velho país ser bafejado por uma onda de renovações de vária ordem, leva-me hoje a recordar um texto que escrevi, há exactamente sete anos, vinte e nove depois de uma previsão feita por Natália Correia, a qual achei fantástica mas que não irei transcrever porque tornaria demasiado longa a reflexão que gostaria de fazer hoje. Esta senhora, de quem sei pouco, inspirou esta minha reflexão porque fiquei com a impressão de que teria consciência de uma verdade que anunciou, independentemente das posições que tenha assumido, durante a sua vida, a maioria das quais desconheço.
Não importa se tu és de esquerda ou se és de direita, basta que tenhas consciência das opções que assumires ao tomar uma decisão importante, decisão essa que pode vir a prejudicar fortemente o teu país, se não souberes escolher o Homem que gostarias de ver governá-lo. Tal escolha não deve – de forma alguma – servir o teu partido, mas sim a tua Nação.
Por classe social entendo várias, entre elas:
- a que teve acesso à cultura e que a adaptou a bons princípios a defender;
- a que teve acesso a uma cultura apenas livresca e que a adaptou a si, para tentar satisfazer as
suas excessivas e egoístas ambições;
- a que não teve acesso – por um ou por outro motivo – à base cultural que poderia ter-lhe dado a
possibilidade de julgar por si e não pelo que os outros lhes dizem.
- etc....
Não acredito em classes sociais ditas ricas e pobres. Não é o ter ou não ter dinheiro que nos coloca num dos dois patamares. São os valores que defendemos e, aí, os patamares são vários.
Temos tido governos escolhidos por maiorias que votam no seu partido, e não no HOMEM que convém ao país, por provas dadas das suas grandes qualidades. Essa maioria, confia num programa que lhes apresentam e que vai de encontro à provável satisfação das suas ambições, sem respeito pelas ambições de outros. Mas, nessa maioria, encontram-se também eleitores que, ao votar, não têm consciência da responsabilidade do seu acto porque, provavelmente, foram manipulados por defensores de partidos que funcionam como “clubes” aos quais são fiéis. Esta é uma realidade, não é uma suposição. Os sacrificados, as grandes vítimas, são aqueles que estão a pagar pela predominância duma classe privilegiada e egoísta. Não estou a referir-me a uma classe social como é, normalmente, referida: rica, ou pobre. Estou a referir-me a uma classe de gente para quem os valores são, predominantemente, materiais. Quanta gente muito pobre os defende! Eu não seria contra a situação da classe privilegiada desde que, os outros, tivessem direito a uma base segura, que lhes garantisse emprego, um tecto, um bom serviço de saúde e de educação – gratuitos! - e o direito inquestionável a condições que lhes permitissem uma velhice tranquila, num ambiente de Amor. O que saísse deste grupo de bens de direito, faria parte de conquistas conseguidas, por mérito próprio, por comprovada lealdade, honestidade, e não prejudicando fosse quem fosse.
Revolta-me saber da existência de tantos privilegiados, em detrimento do chocante número de pessoas que vive na miséria, sem receio de exagerar, muitas das quais estão a pagar uma pesadíssima factura por erros cometidos, por devoção a partidos e não a valores.
Uma cantora com uma presença doce, que nos mantém deslumbrados com os graves da sua voz, e nos leva a senti-la como que envolvida no mistério de um além desconhecido, que a tornou uma intérprete extraordinária. Vale a pena escutá-la!
Eis uma das suas magníficas interpretações: DERNIERE DANCE -https://www.youtube.com/watch?v=qSBXNJmdif8
Uma cantora com uma presença doce, que nos mantém deslumbrados com os graves da sua voz, e nos leva a senti-la como que envolvida no mistério de um além desconhecido, que a tornou uma intérprete extraordinária. Vale a pena escutá-la!
Eis uma das suas magníficas interpretações: DERNIERE DANCE -https://www.youtube.com/watch?v=qSBXNJmdif8
Imagem: https://www.letras.mus.br/diana-ankudinova/fotos.html#419283 Data da criação do conteúdo: 2023-04-30
Procuro na escrita o que não encontro em ninguém, mas já não sei se escrevo ou se me deixo mergulhar nas pausas que o tempo me vai dando. Vou-me desfolhando lentamente, contando, um a um, os Bem-me-Quer, Malmequer, da minha vida de Mulher. Oh! Como eu gostaria de prolongar a minha existência! Quantas histórias irei deixar inacabadas, se me afogar num dos mergulhos que vou dando. Coragem e comunicação foram sempre as minhas armas de combate contra os ácidos da Vida. Não gosto da solidão. Umas vezes é flor, outras vezes um espinho, espetado no coração. Quando narro o que ficou escrito, nas palmas da minha mão, sinto o doce do mel, e o acre do limão. Quantas feridas se abriram em mim, sem um lamento meu e sem revolta. Foram muitas viagens que fizeram, de ida... e de volta. Fui Mãe nas horas de ponta e madrasta vezes sem conta, quando aquilo que exigia não se dissolvia nas águas em que me envolvia. Não! Não me tortura mais o Passado. Tortura-me o Presente. Esse sim, que é responsável pelo que sinto em mim. O meu corpo tem marcas, mas o meu espírito, não! Sou amor e desamor, numa mistura que dói, mas que não corrói a minha mente, porque a realidade não lho consente. Deslizo numa descida a pique, sem qualquer vontade, escorregando aqui ou ali, mas levantando-me sempre. Quero manter-me na vertical até que me chegue a desistência que aniquilará esta minha resistência. Não, eu não quero caminhar mais em chão de areia! Quero mergulhar em mares, como se fosse uma sereia.
2015-05-01
Excerto de minha autoria, do Livro "Contos ao Vento"
Imagem da autoria do meu neto Fred Azevedo.
Hoje recordo aqui uma célebre frase de José Pinheiro de Azevedo....
"Não há perigo. O povo é sereno, ouçam. É apenas fumaça…"
Quem, como eu, viveu esse momento... acredita que, novamente, seja só fumaça... Há que seguir, tranquilamente, e com prognósticos reservados, as investigações a importantes figuras do Estado. Só espero é que a apregoada serenidade dos portugueses gere uma verdade que, de mentirosa, não tenha NADA!
Análise pessoal com base no que transparece do que vejo e do que ouço
O rigor das exigências do Estado português, relativamente ao incumprimento dos mais basilares deveres de cada cidadão, afigura-se-me uma verdadeira afronta... quando comparado com a forma como a justiça gere a punição dos inúmeros casos de desonestidade de alguns responsáveis que trabalham para o Estado ou para qualquer importante organização.
Se um infeliz, que vive de um subsídio de reinserção vergonhoso, ou mesmo de um salário mínimo insuficiente para viver com dignidade, falhar no cumprimento de algum pagamento, vejamos a velocidade com que é punido pelo tribunal, em comparação com o inaceitável arrastar de tempo necessário para a condenação de um qualquer servidor superior que tenha prevaricado.
Entretanto, tal arrastar permite a este recorrer às mais diversas formas de escapar às suas responsabilidades, continuando a viver no conforto daquilo que, por ganância, foi acumulando. Cumpra-se, neste ponto, uma chamada de atenção para o que poderá acontecer ao supra mencionado infeliz cidadão que caiu no incumprimento, em comparação com a “destacável” forma como continua a viver o privilegiado prevaricador superior.
Não esqueçamos que a falta de condições de vida pode accionar a aptência para a morte. A revolta extrema pode conduzir à violência contra outros que, inúmeras vezes, nem têm culpa de nada – absolutamente nada!
O Senhor Presidente da República Portuguesa, Professor Dr. Marcelo Ribeiro de Sousa, estará hoje arrependido da atitude que assumiu ontem, publicamente, na Feira do Livro em Lisboa, ao enfrentar uma activista Pro-Palestina que o criticava pela forma como Portugal estará a lidar com esse grave conflito. Chocou-me ver a forma como quis impor a Sua necessidade de actualizar a informação que a referida activista teria sobre o assunto.
No início deste confronto, o Senhor Presidente aproximou-se da activista e, colocando-lhe a sua mão esquerda sobre o ombro, tentou acalmá-la, diria que “amigavelmente” - à “boa maneira” de quem, embora ofendido, procura apaziguar o momento. Contudo, provavelmente porque sentiu que tal gesto não surtia o efeito desejado, agarrou-a pela cervical, numa derradeira tentativa de a calar, mas a referida activista não desistiu, continuando a acusá-lo, ao mesmo tempo que lhe pedia que não lhe pusesse a mão no pescoço, e o mandava ir falar com os jornalistas.
E foi o que aconteceu. O Presidente da República dirigiu-se aos jornalistas informando-os da actual posição de Portugal quanto à admissão da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas, acrescentando ainda que o Governo português estará empenhado em juntar-se a outros Estados europeus para ponderar uma atitude conjunta com vista ao reconhecimento formal do Estado Palestiniano. Contudo, da má impressão que a sua atitude causou publicamente, não se livrou.
Criei esta página para ter um espaço onde, livremente, expresse a minha opinião, preocupação e/ou regozijo sobre assuntos de carácter geral que possam, de algum modo, interessar a quem lê o que vou escrevendo. Qualquer texto meu nesse sentido, para além de ter a função de “desabafo pessoal”, servirá de “conversa silenciosa”, durante a qual só as expressões usadas, as imagens e a pontuação do texto darão eloquência a esse silêncio. Poderão, eventualmente, mexer com a sensibilidade do leitor, mas não afectarão, seguramente, os seus ouvidos.
Os textos aqui escritos não serão portadores de mensagens pretendendo aprovação, nem servem de “pretensiosa” afirmação pessoal do que defendo. Desejaria, porém, que cada um desses textos fosse um pretexto para troca de opiniões, ou outra qualquer manifestação, desde que feita com o devido respeito pela direito de opinião a que cada cidadão tem direito. Se tal não acontecer, ver-me-ei coagida a cancelar a sua participação, pois não permitirei qualquer ofensa provocatória à minha pessoa ou a outrem.
Portugal está, indiscutivelmente, com problemas graves no Sistema Nacional de Saúde, problemas esses que geraram este meu manifesto de hoje. Antes, porém, gostaria de repetir-me afirmando que sou absolutamente apolítica, sobretudo porque, com a minha avançada idade, já vi incumprimentos de todos os lados, quer seja da esquerda, quer seja do centro ou da direita.
• Em Portugal luta-se muito na tentativa de ensinar os Portugueses a optar por uma alimentação saudável.
a) O cidadão português que vive com um salário mínimo nacional, ou com um subsídio de reinserção (?), pode comer saudavelmente, quando o dinheiro que (não) tem disponível só dá para passar fome?
b) Quanto pior se come, mais doentes são gerados! Isso acelera a ineficiência latente do serviço hospitalar, agravando, em consequência, as condições económicas da população que acabará por ter de descontar parte do que recebe, para pagar ao Estado os prejuízos que possam advir da sua deficiente actuação. Todos os aumentos que têm sido feitos podem ser considerados uma permanente anedota... Ou não?!?
c) Estou de acordo quando há dias ouvi alguém dizer, numa entrevista, que os cidadãos que possuam formação superior - como um curso universitário ou outro de elevado mérito - deveriam receber mais do que outros trabalhadores que têm uma formação básica, por exemplo. Isso poderá, na realidade, criar nos alunos interesse por adquirirem uma formação superior. Não estou, porém, de acordo que esteja a perder-se prestígio no que respeita a certas posições do governo português, que faculta um rendimento de reinserção, ou mesmo um ordenado mínimo nacional, repito, absolutamente vergonhosos, valores esses que dão facilmente para atirar um ser humano para o Serviço Nacional de Saúde actual, podendo mesmo acabar morrendo à porta do hospital, se não houver médicos disponíveis para socorrê-lo em tempo record.
Se nós somos aquilo que comemos e que pensamos, solicito ao Estado o favor de deixar que pensemos melhor e proporcione a quem vive mal, acesso a uma alimentação digna. Considero muito grave que não se apliquem medidas para pôr fim à miserável situação em que vivem tantas famílias em Portugal, daí o aumento dos doentes, o aumento do crime e o aumento de tantas outras situações nefastas a todos e à reputação de um País lindo como o nosso. Sente-se que a maior preocupação de quem gere a nossa economia, é dar de comer a certos políticos que tanto mal causaram ao país e que, “coitaditos!”, devem continuar a viver bem. Não será isso?
Há sentenças de crimes de violência, que não respeitam o perigo de reincidência. Constata-se que é gerido muito mal, o combate à violência em Portugal. Cada cabeça aplica a sua sentença, que pode ser... de prisão suspensa! Se o criminoso anda à solta, gera medo - e também revolta - na vítima e na família, que passam a viver em permanente vigília. Trata-se de erros infelizes, ou incompetência de juizes?
Não gostaria de ser comentada como estando com uma grande “dor de cotovelo”, devido a ter sido uma das centenas ou mesmo milhares de “vítimas” de publicidade falaciosa enviada para endereços electrónicos, até porque a minha posição perante o que recebo na minha caixa de entrada segue directamente para o lixo.
É inaceitável ser permitido o envio de certos e-mails falsos, informando, com um ridículo alarido de persuasão e oportunismo, segundo o qual os receptores dos mesmos ganharam um determinado atraente produto.
Claro está que, no seguimento deste anúncio ilusório, com direito a emojis aliciantes, segue-se a previsível informação de que o atingido, após esta fase de entusiasmo, passa a expectante sentado numa cadeira, se estiver disposto a ser submetido a um procedimento definido pelo expedidor do respectivo e-mail. Quanto a mim, repito, isto tem o interesse que lhe quiserem atribuir, mas merece menção por considerar tais anúncios uma ofensa à inteligência de quem está atento a golpes de baú.
Que o Estado não tome uma posição contra o abuso da violência de títulos e de imagens a que V. Ex.ªs recorrem para vender a vossa revista, já sabemos. Continuarei, porém, a bater na mesma tecla: a da inconveniência de tal abuso, o qual, através de uma posição mediadora entre o Governo e os Directores da revista, talvez pudesse conduzir a um consenso sobre essa matéria. Ainda acredito, piamente, que haverá muitos Pais, Avós e até pessoas que não têm filhos nem netos, que defenderão a posição que, pessoalmente, desejaria fosse tomada. Já temos tanta violência na nossa sociedade... para quê exacerbar ainda mais essa realidade? Em prol de um aumento de audiências? Escolham outra táctica. Somos um País de gente com muita inspiração e, consequentemente, não será impossível criar uma outra forma de chamar a atenção do público.
Quero deixar aqui bem claro que esta minha posição não tem nada a ver com as pessoas que apreciam telenovelas. Tem, tão somente, a ver com o facto de defender que deveria ser proibida a publicação de certo tipo de imagens em espaços públicos, e que não deveríamos ser sujeitos a suportar tal publicidade só porque os seus defensores têm interesse — ou necessidade — de aumentar o número de audiências ou vendas, seja do que for. Com tal tipo de publicidade, em vez de tentarmos travar o já tão elevado número de mortes ou de violência doméstica, acabamos por contribuir para o seu aumento, nomeadamente entre os mais jovens.
Não me parece estarem os responsáveis desta revista, ou outros que promovem vendas através do uso de imagens deste tipo, interessados em ver interdito o uso daquilo que lhes convém para atingirem os objectivos que pretendem. Tudo continuará na mesma. Tentarei sempre fazer o que puder, dentro das minhas limitadas possibilidades, para usar a minha experiência como mãe de seis filhos e avó de treze netos, lançando alertas que possam ser úteis na prevenção daquilo que considero negativo para a sociedade portuguesa, já tão afectada por casos amplamente noticiados.
Tenho ainda em memória um dia em que estava na paragem de um autocarro, com os meus filhos, no Largo Soares dos Reis, no Porto, onde havia um quiosque, perto da PIDE. Foi no tempo do apregoado Socialismo em Liberdade — creio que um slogan da autoria do Dr. Mário Soares — em que muita coisa condenável passou a ser permitida. Pois eu tive de sair daquele local para que os meus filhos deixassem de olhar, curiosos, para revistas pouco recomendáveis a menores. Daí julgar de toda a pertinência a criação de leis que proíbam certos abusos.
Penso na deterioração do comportamento de certos jovens — e não só — dada a libertinagem que se espalhou pela sociedade em geral. Pessoalmente, gostaria de ver pôr termo à escalada de violência que se pratica em Portugal. Continuarei, portanto, a insistir na necessidade de travar o cada vez mais recorrente uso da violência como solução de conflitos de todo e qualquer tipo. Obviamente, o que se publica na capa da revista Tele Novelas não representa, só por si, a causa da violência. Mas seria bom actuar em tudo o que possa, eventualmente, contribuir para a incitação ao crime. Com base nesta defesa da não publicação das imagens que referi, escolhi uma capa da revista onde a violência não fosse tão chocante.
Data da Criação do original deste conteúdo: 2023-09-24 Data da actualização deste conteúdo, dois anos depois: 2025-10-20 Imagem da Revista Tele Novelas
Gozar com a desgraça de alguém é sadismo que não convém. Há perguntas inconvenientes, feitas por inconscientes, que chego a ficar chocada, estupefacta e revoltada! Vejamos só este caso, escolhido por mero acaso.
Acaba de ser anunciado que alguém foi assassinado. Perguntam a um seu parente: – Por favor... como se sente? Se fosse eu a questionada, responderia, perturbada: – E você, seu atrasado? Estaria melhor calado!
Sede mórbida de ver sofrer! São perguntas a fazer? Em vez de acalmar... corroem, angustiam, não comovem. A pessoa, magoada, que está a ser entrevistada, é invadida por gente curiosa e incompetente.
Será que algumas revistas pagam aos seus jornalistas para explorar notícias – eventualmente fictícias – só para atearem chamas em almas sedentas de dramas? É que as perguntas que fazem desagradam, não comprazem.
E quando um título atrai numa notícia que sai, falsa do princípio ao fim… faço-me a pergunta assim: mas que jornalismo é este? Não haverá quem proteste? A decência é fundamental no jornalismo, em geral.
Há vírus de várias estirpes actuando no mundo de várias formas, hipoteticamente deixando marcas para sempre, mas gostaria de concentrar-me neste momento, e em primeiro lugar, no que atacou Portugal em 25 de Abril de 1974, durante o processo de instalação da tão desejada Liberdade e, em segundo lugar, no que invadiu o mundo, no final de 2019. Através de uma simples análise básica, ambos me parece terem uma característica comum, isto é, possível morte por asfixia.
Tendo vivido, bem de perto, momento a momento, a Revolução de 25 de Abril de 1974, e revendo os ideais causais da mesma, chego à conclusão básica de que a evolução que teve proporcionou, aos mais curiosos, uma boa oportunidade de analisarem inúmeras e variadas reacções das pessoas, durante a qual aqueles adquiriram uma série de conhecimentos que lhes foram permitindo fazer um quadro das variadíssimas cores da alma do Povo Português – até então amarrado à proibição de ser livre.
Considerando que, num regime dito democrático, o slogan “Socialismo em Liberdade” ocasionou erradas interpretações e consequentes abusos da parte de pessoas sedentes de libertinagem – o que nada tem a ver com Liberdade! – não posso deixar de continuar posicionando-me defensora do respeito por certos valores morais que foram negligenciados a partir daí, e que o novo regime não soube proteger. É certo que não seria fácil dominar certos ímpetos do povo, parte do qual carecia, e carece ainda, de princípios de educação e de cultura adequados a um país democrático, mas tenho de reconhecer, repetindo-me, de que competia aos detentores do poder dar ao povo aquilo de que carecia, para melhor sentirem a diferença entre o que foi o país antes do dia 25 de Abril de 1974 e o que foi proposto vir a acontecer a partir desta célebre data.
Considerando ainda não só os diferentes níveis culturais da nossa sociedade, na altura, mas também o que resultou dos cinquenta anos de “clausura da alma de cada português”, ainda hoje considero não terem sido totalmente neutralizadas as consequências dos quase cinquenta anos de regime totalitarista, então vividos. Quer nas vítimas directas quer, por reflexo, nos seus descendentes, essas consequências representaram golpes muito graves, que atacavam primeiro a alma e, depois, o corpo que era, em muitos casos, “enclausurado”, se ousassem manifestar-se contra o regime. Tal clausura não era provocada por um vírus qualquer… Tratava-se de uma estirpe, também esta com várias mutações de ampla envergadura, que causavam lesões graves nos opositores ao regime, acabando por asfixiá-los, lentamente.
Se fizermos um estudo – que nem é necessário que seja profundo – do que se passa hoje, verificamos que, decorridos quase outros cinquenta anos, ainda somos perseguidos por vírus “especiais” que matam por asfixia, só que agora trata-se de uma outra espécie, também assassina e com variadas mutações, mas igualmente asfixiante. Este vírus ataca primeiro o corpo, deixando a alma a pairar num espaço perdido… Por que nos enclausuram? Porque a ciência isso aconselha! Contudo, as inúmeras contradições de opinião e de constatação de factos e de insucessos, “engasgam” quem está atento e geram perguntas sem resposta aparente. Depois, todo este quadro tem um background e um jogo de interesses não indiferentes… Assim sendo, continuamos a sofrer a perseguição de verdadeiros assassinos do corpo e da alma… mas trazendo sempre implícito o estabelecimento de regras de comportamento que têm como objectivo “sermos protegidos e protegermos os outros”. Não estarão estas regras mascaradas para servir novos fins, mais perversos ainda – se bem que diferentes daqueles que imperavam antes e durante a revolução de 1974? Decorridos cerca de cinquenta anos, somos surpreendidos por uma nova situação viral, de novo mascarada com “diferentes mutações”.
Quem serão os “malabaristas” que continuam presos ao dito cujo da galinha, desde o primeiro ovo que de lá tiraram, em 2019? É que se trata de um “soma e segue” de partos… numa galinha que continua viva… Até quando? Estarão estes “malabaristas” com propósitos bem definidos, na tentativa de levar uma qualquer outra carta a Garcia”? Da primeira vez, saímos marcados e com deficiências. Como sairemos desta vez?
"Por má distribuição dos bens da Terra, Que torna a vida dura e faz a guerra Nos corações dos homens sem um guia, Pergunto às solidões do ser humano Se Deus criou o Homem por engano, Se o Homem criou Deus por cobardia."
Permitam-me que hoje dê o meu parecer:
Por má governação dos bens da Terra, que faz os Homens provocarem guerra - por mentes desprovidas de valores... Respondo sem recurso a quaisquer tretas: Deus não criou o Homem por engano, este é que deixou de ser humano e mata sedes em fontes abjectas.
Gostaria de conhecer resultados absolutos - confirmados por quem de direito e de competência para tal – sobre os benefícios concretos que foram obtidos com a promulgação de uma lei que, aparentemente, nada alterou no que concerne ao tipo de alimentação da grande maioria das crianças.
Mais do que proibir a publicidade, seria muito preferível proibir o fabrico desses alimentos. Sei que este último recurso levantaria uma série de protestos devido às consequências daí advindas em múltiplas vertentes, o que me leva a concluir que a lei n.º 30/2019 serviu apenas como um alerta – para não afirmar que se trata de uma possível fonte de receita através das multas que possam resultar do seu incumprimento.
Reitero a minha velha convicção de que também este problema deveria começar por ser compreendido, primeiramente, pelos pais, para, depois, poder ser corrigido no seio famíliar. Não estou a querer afirmar mais do que o seguinte: O que colhemos só será verdadeiramente são se a terra onde as raízes são fecundadas for saudável.
O mesmo sucede com tantas outras leis que deveriam ser promulgadas apenas após uma atenta observação da competência de quem as idealiza. Gostaria de conhecer resultados absolutos - confirmados por quem de direito e de competência para tal – sobre os benefícios concretos que foram obtidos com a promulgação de uma lei que, aparentemente, nada alterou no que concerne ao tipo de alimentação da grande maioria das crianças.
Mais do que proibir a publicidade, seria muito preferível proibir o fabrico desses alimentos. Sei que este último recurso levantaria uma série de protestos devido às consequências daí advindas em múltiplas vertentes, o que me leva a concluir que a lei n.º 30/2019 serviu apenas como um alerta – para não afirmar que se trata de uma possível fonte de receita através das multas que possam resultar do seu incumprimento.
Reitero a minha velha convicção de que também este problema deveria começar por ser compreendido, primeiramente, pelos pais, para, depois, poder ser corrigido no seio famíliar. Não estou a querer afirmar mais do que o seguinte: O que colhemos só será verdadeiramente são se a terra onde as raízes são fecundadas for saudável.
O mesmo sucede com tantas outras leis que deveriam ser promulgadas apenas após uma atenta observação da competência de quem as idealiza. Estarei errada?
Como já tive ocasião de afirmar, nunca estive filiada em qualquer partido político, nem estou minimamente interessada em saber se quem governa o meu país é de esquerda, de direita ou de centro, pois o que verdadeiramente me importa é o cumprimento de atos concretos, dignificantes, e não a demagogia disfarçada de boas intenções.
Por estar atenta à concretização desses atos, manifesto-me hoje a favor do deputado da Assembleia da República Portuguesa, Dr. André Ventura, o qual, no exercício do seu mandato, tem-se insurgido veementemente contra aqueles que, no desempenho de funções governativas, agem - ou agiram - sem a verticalidade e isenção que se impõem como indispensáveis. Espero, por isso, constatar em breve que a sua actuação revelará fidelidade ao que promete, bem como a competência e a determinação necessárias para corrigir o que está verdadeiramente mal no nosso país.
Dir-se-ia que o Dr. André Ventura terá aprendido algo nos seus 17 anos de experiência política, o que o colocou, no meu entender, numa posição de defensor da ordem, em contraste com aqueles que seguem regras prejudiciais a uma estabilidade social desejável, e geraram a cegueira que conduziu ao caos a sociedade portuguesa.
É verdadeiramente emocionante a entrada de um barco de pesca no mar, sobretudo durante os primeiros momentos da operação de controle da posição em que o barco deverá entrar para que não suceda o pior. É louvável a comunhão de sentimentos e de responsabilidade existente entre os que se envolvem nesta tarefa.
Sente-se, em cada elemento, uma grande dose de cooperação, humanidade, altruismo e espírito de luta, permanecendo, porém, entre estes sentimentos, o orgulho bem patente entre os elementos de cada “campanha”, quando vão para o mar. Há sempre a expectativa, talvez, de quem conseguiu pescar mais e melhor, o que motiva o esforço a dedicar ao trabalho. Quando o mar está bravo, esta tarefa apresenta-se dramática, com os familiares dos pescadores arrastando-se de joelhos pela areia, em preces emocionantes, clamando protecção para quem está dentro daquele barquinho, aparentemente tão frágil. Vivi isto em pequena, quando ia para esta praia passar férias, local onde nasceu meu Pai.
Eu tinha um primo pescador, que tinha o apelido de "Ganeno", tendo ficado na minha memória, bem nítido, o timbre da voz de um seu companheiro quando, de madrugada, passava em frente à casa dele gritando, num tom arrastado e calmo... - Ó Ganeno, o mar está manso..." Parece-me ouvi-lo ainda. É uma praia de gente vocacionada para aceitar o cumprimento de um seu dever existencial, mais do que o de viver com um objectivo material, mesmo sendo esta, também, uma das pretensões de cada elemento. Contudo, o primeiro supera o segundo, na alma de cada um.
Aceitação e Resignação comandam a vida desta pessoas, depois... vem a Entrega e o Orgulho (ou não) do que conseguem atingir.
Data da criação deste conteúdo: 2022-07-03 Autos da imagem: Miguel Letra
Chocou-me profundamente ter tido conhecimento, já com 60 anos, de incongruências existentes entre a doutrina católica e o que possa o Estado do Vaticano ter tentado encobrir sob um manto diáfano de lamentável hipocrisia.
Recordo que, quando criança e quando adolescente, era o único membro da família que ia à missa ao domingo. O meu quarto – quando tinha treze anos – tinha uma mesinha carregada de santinhos e imagens. Meu Pai, que eu amava muito, era absolutamente ateu, e brincava sempre com essa minha prática semanal de ir à missa todos os domingos, tinha eu 15 anos. Quando me preparava para sair, ouvia-o sussurrar ao ouvido da minha Mãe, de forma a que eu ouvisse, e com ar entre irónico e brincalhão:
- A tua filha vai à missa ao domingo para pedir perdão a Deus e poder continuar a pecar durante a semana.
Claro está que o fazia brincando comigo, talvez porque acreditasse que tal prática pessoal iria passando com a idade... Não brincava, porém, quando me avisava que não ousasse confessar-me a um padre, porque aí o assunto seria mais sério... Mas eu confessei-me e fiz a comunhão em segredo, sem vestido especial ou qualquer tipo de festa, obviamente. Era um segredo que eu queria manter, porque sabia bem quanto me poderia custar se ele viesse a saber que eu havia transgredido as suas ordens.
Quando eu tinha já 18 anos, estávamos à mesa a almoçar e ele olhou para mim, com ar “ameaçador”, e disse-me:
- Que eu não tenha a confirmação de algo de que desconfio... porque aí, irei ter de tomar uma posição de que não irás gostar.
A partir dos meus 30 anos, mais ou menos, comecei a manifestar uma certa relutância em aceitar atitudes e posições da igreja, que me chocavam muito, mas embora tivesse deixado de ir à missa, eu continuava a considerar-me católica apostólica romana. Tive, porém, um conhecimento mais profundo de certas situações, durante os anos em que fiz deslocações permanentes a Itália, por questões de trabalho. Aí, fui confrontada com o conhecimento de certas notícias lamentáveis do que se passaria no Vaticano, e que nada tinham de comum com valores de humanidade e de fraternidade que eu tanto defendia.
Anos mais tarde fui viver para Torino, e foi aí que comecei a ouvir rumores da razão pela qual o Banco Ambrosiano tinha ido à falência e, então sim, comecei a duvidar dos conceitos de religião que tinha adquirido em criança e que fizeram de mim católica apostólica romana, bem contra o desejo do meu Pai. Assim sendo, fiz algumas reflexões! O Vaticano nada tinha que ver com os valores que eu defendia e, portanto, passei a perservar os que, moralmente me serviam, e servem, tendo-me desligado totalmente da igreja gerida por um grupo de entidades “religiosas” que estarão a degradar a confiança que os católicos depositavam neles.
No que diz respeito à minha posição actual, perante a igreja, perante a sociedade, e perante o mundo, faço a gerência entre o que se diz e o que convém respeitar, optando por seguir uma linha de AMOR incondicional à vida, e aos outros, carregada de tudo o que a minha consciência me vai ditando.
Se eu fosse uma bactéria,
alojar-me-ia, escondida
na alma de certa gente...
Queria ver qual a matéria
que compõe a sua vida,
tornando-a tão indecente.
Penso na pedofilia…
pior que sarna malvada
ou outra, com semelhança.
Só o nome me arrepia,
deixando-me transtornada
quando penso na criança.
Como pode, a um criminoso
de tão grande envergadura,
ser dada pena suspensa???
Sofre de um mal asqueroso,
que nunca mais terá cura.
Impunha-se outra sentença!
Dura Lex! Sed Lex!
nem sempre é aplicado
num ser de reles gabarito
que, entretanto, “relax”
e volta a ser condenado
por actos em que é perito.
"Viver com liberdade é melhor do que viver com repressão." [sic]
Estou integralmente de acordo com esta reflexão de V. Ex.ª, mas muita coisa terá de mudar no nosso país para que sintamos a liberdade implícita nesta expressão. Não sei até que ponto o que está a passar-se em Portugal, relativamente à prática de crimes hediondos e outras formas de violência, quase generalizada e assustadora, não será o reflexo de uma repressão camuflada, daí limitar-me a referir a frase acima. 1. Quem quiser alimentar-se bem em Portugal — considerando o salário mínimo nacional e o subsídio de reintegração vergonhosos — tem de dispor de rendimento suficiente para o fazer; caso contrário, estará a candidatar-se a doente.
2. Quem precisar de assistência médica e não tiver rendimento suficiente para recorrer ao privado, fica entregue ao SNS, que está paupérrimo, como todos sabemos.
3. Os pais que, obviamente, precisam de trabalhar, fazem-no em condições absolutamente desajustadas àquilo que exige a educação de uma criança. Consequentemente, assistimos a situações de causa-efeito inadmissíveis, porque geram conflitos nas escolas, por exemplo, onde o professor sofre as respectivas consequências.
Estes três pontos fulcrais bastarão para exemplificar algo muito básico, mas de primordial importância, que compete aos governantes gerir com conhecimento profundo e muita determinação. Mas não! O povo continua a escolher um seu representante no governo segundo a escolha feita pelo seu partido preferido, como se se tratasse do seu clube desportivo favorito, e não a competência e o bom nome do candidato em proposta.
São inúmeras as averiguações ainda em curso, relativas a muitos elementos que fizeram parte do governo ou foram responsáveis por importantes cargos em grandes empresas deste país, alguns dos quais estão/serão até eleitos para ocupar altos cargos no estrangeiro, que exigem elevada competência e honestidade. Eu sei que o praticante de um crime é inocente até que seja provado o contrário, mas não deveria candidatar-se a fosse o que fosse antes de ser provada a sua inocência.
Defendo a democracia veementemente, mas, por favor, Senhor Presidente, permita-me questionar a afirmação de V. Ex.ª perante o cenário que temos diante dos nossos olhos neste momento em Portugal, porque a repressão pode sentir-se de várias formas. Tal reflexão carece de ajuste adequado.
"O cidadão que é obrigado a viver em condições reprováveis sofre a repressão de não lhe ser consentido usufruir de uma vida digna, no verdadeiro sentido das palavras."
Fazendo uso da minha liberdade de expressão, em 14 de Outubro publiquei um texto no Facebook, o qual foi partilhado da página de uma conhecida figura pública, e no qual se pedia às pessoas para darem água aos bombeiros que andavam, exaustos, a apagar os incêndios. Esse texto foi-me cancelado por não obedecer às regras do Facebook. Todavia, a publicação original nunca foi sancionada. Pedi explicações e prometeram que iriam rever a situação e que me informariam. Decorridos quatro anos, nunca tive o privilégio de uma justificação para o corte desse meu texto, puramente humanitário. Por esse motivo - e só por esse motivo, pois cada um vê o que quer e lhe apetece - quero referir aqui o facto do Facebook permitir a um dos utilizadores das "so called" Histórias, a montagem de falsas imagens absolutamente de mau gosto, que tocam a indecência, e cujo objectivo é a publicação de cenas que seriam censuráveis se colocadas antes da meia-noite mas que, como são falsas montagens, o facebook não terá justificação para sancionar o/a autor/a. No fundo, permite-se a publicação de imagens absolutamente de mau gosto, que tocam a indecência, repito, como forma de atrair a curiosidade de utilizadores que apreciam o indecoro.
Em que direcção caminhamos? Já não há limites?
A palavra... já não basta! A oração... não resulta! Tanta coisa que contrasta... Tanta coisa sinto oculta... Intenções de vária ordem, ligadas à vil ganância, colocaram em desordem, Amor, Paz e Tolerância.
O crime em Portugal teve um aumento muito significativo e tornou-se um sério factor de preocupação, não só pelo que representa para as vítimas, mas também pela consequente instabilidade emocional que cria a todos os níveis, instabilidade essa que abrange desde o exterior das nossas casas, e o interior das escolas e de lugares públicos, até ao sagrado direito de paz no interior de tantos lares ameaçados por criminosos de quem a última coisa que se esperaria seria a prática de um crime que vitimize um cônjuge, uma criança ou mesmo um familiar.
O programa ”Em Cima da Hora”, da TVI, só vê quem aguenta e/ou quem quer, pois muitas pessoas poderão considerá-lo bastante pesado pela exposição em bloco do que está a passar-se no mundo do crime em Portugal. A constatação da existência de casos hediondos é, sem sombra de qualquer dúvida, altamente preocupante porque esconde, muitas vezes, realidades camufladas por comportamentos dissimulados da parte dos transgressores, como sendo reais provas de (des)amor cheias de “boas intenções”. Estas atitudes, frequentemente. levam as vítimas a menosprezar realidades diferentes das que imaginariam. Pessoalmente, aprecio a existência deste programa televisivo incluindo a presença de técnicos na área do crime, os quais não só nos facultam uma análise detalhada da realidade que se vive neste momento em Portugal, mas também da mesma ser discutida por bons especialistas na área do crime, cujas chamadas de atenção para certos comportamentos poderão ajudar os interessados a reconhecer certos particulares da imaginação fertil de tantos criminosos, para com as suas vítimas. Programas de breve referência a casos isolados não bastavam. Eram noticiados casos demasiadamente fragmentados, sabendo-se que enquanto tais casos eram focados, o crime estava alastrando cada vez mais.
Se me perguntam se o programa “Em Cima da Hora” é o programa ideal, direi que essa resposta deverá ser dada por analistas à altura. A minha análise enquadra-se na de alguém que “, na ausência de melhor, valoriza o que possa existir de bom no que tem à sua disposição”.
Reflexão: O perdão concedido por pena, aos “arrependidos”, urge ter os dias contados, pois "Quem ama não magoa, protege do que possa fazer muito mal para toda a vida".
Art.º 37.º da Constituição da República Portuguesa
Até quando nos será permitido o livre pensamento e a sua divulgação pública?
Até quando poderemos usar o manifesto como um marco de uma posição pessoal, em determinado momento, sobre um assunto que consideramos da máxima importância para a sociedade em geral?
Perante uma evidente posição tendenciosa ou desprovida de fundamento positivo da parte de um governo, creio ser lícita a publicação de um manifesto – nunca com um objectivo impositivo por parte de quem o elabora, mas apenas como manifestação pessoal, traduzindo o julgamento de alguém.
É notória a existência de uma tendência para uma viragem à direita, em certos países. Consequentemente, perante essa ameaça, o panorama político desses países, onde a democracia é defendida – maioritariamente ou não – começa a alterar-se, agitando as forças antagónicas na tentativa de travar o avanço da direita. A história não me parece resultar como experiência, porque quando as “águas se agitam”, surge o desespero que gera o caos e, no auge dessa agitação, aparecem os defensores do regresso ao que consideram ter sido positivo, sem considerarem os males que causaram, em paralelo.
Conclusão pessoal:
Prevalece, na história, o saudosismo de um passado que julgo pouco tenha ensinado. Acredito que não existirá nunca um aproveitamento benéfico dos factos que a história relata… até porque dependerá sempre do seu autor e de como tais factos são relatados. Tudo isto envolve um jogo de interesses que, pessoalmente, considero ignóbil, pois gerará sempre uma competição de forças que pode dar lugar a uma guerra atroz e ao risco evidente - e consequente - de perdas de vidas humanas.
Assemelham-se a um octopode predador ondulando os seus tentáculos entre possíveis presas, com a intenção de aprisionar na suas ventosas o maior número possível de “distraídos”.
Objectivo da ondulação: Seduzirem, através da Falsa Verdade.
Objectivo da sedução: Alimentarem o seu próprio Ego usando o poder que lhes foi conferido, mesmo que, com isso, acabem por ferir o Ego dos outros.
O problema da saúde da população portuguesa gerou o meu desejo da abordagem de um tema que, para mim, torna-se muito complexo – certamente pelo meu natural desconhecimento de certos particulares que serão inadmissíveis, contudo reais e existentes - em franca progressão para o intolerável.
1. https://www.medicina.ulisboa.pt/newsfmul-artigo/115/novas-normas-alimentares-das-escolas -publicas 2. Apenas 1% das escolas limitavam a venda de alimentos prejudiciais à saúde. Lusa-13-09-2021
Como é que se compreende sermos bombardeados todos os dias com alertas de produtos considerados absolutamente nocivos à saúde, e não se proíbe a sua produção já que, como temos vindo a constatar, há pelo menos cerca de dois anos, subsiste a existência de uma camada de pessoas que não foi instruida no sentido de saber o que não é aconselhável dar aos filhos? Constata-se que há pais incapazes de respeitar posições assumidas por quem estará deontologicamente preparado para assumir certas mudanças que se impõe sejam levadas a cabo nas escolas, em matéria de alimentação durante o tempo que permanecem nas escolas. Esta posição, no tempo, estou convencida que – se bem organizada – é de admitir que viessem a alterar a mentalidade de muitos pais. Se a produção desses alimentos fosse proibida, talvez eles acabassem por aceitar bem a posição do governo... ou será que tal imposição não seria aceitável por defesa de uma democracia em que há interesses que se sobrepõem ao bem-estar dos cidadãos? De notar que morre todos os anos um considerável número de pessoas que esperam longos meses por uma consulta nos muitos postos médicos do nosso desgastado Serviço Nacional de Saúde, pessoas essas vítimas de problemas de saúde por seguirem, durante anos e anos, um inadequado programa alimentar. Tenho consciência de que tal imposição, com incidência nos produtores, no início seria considerada demasiadamente drástica, o que poderia conduzir a reacções de vária ordem, mas através do estudo de eventuais reformas nos ingredientes de cada produto, com a ajuda do governo, através de apoios sugeridos e suavemente introduzidos nas empresas respectivas, poderiam talvez resultar numa mais valia em todos os sentidos. Pessoalmente sou absolutamente adversa a que sejam usados ingredientes nocivos à saúde, para que os produtos sejam mais apetecíveis. Os produtores vão enriquecendo cada vez mais e os consumidores vão vivendo cada vez menos tempo. É justo?
3. https://www.dn.pt/vida-e-futuro/ministerio-quer-saber-se-hospitais-estao-a-alimentar-bem-os- doentes-10739706.html O Ministério quer saber se hospitais estão a alimentar bem os doentes.
Aqui, já não me refiro só a um problema relacionado com escolas, mas sim com hospitais, onde há jovens e adultos em tratamento. Se “nós somos aquilo que comemos”, a questão da alimentação deve ser considerada em paralelo com o tratamento aplicável a cada paciente. Fiquei feliz quando tomei conhecimento de que estaria a dar-se particular atenção a este ponto tão importante. Mas será que todos os hospitais estarão a cumprir com este programa? Permito-me duvidar, a avaliar por tantos falhas que vão sendo relatadas...
O problema da saúde da população portuguesa gerou o meu desejo da abordagem de um tema que, para mim, torna-se muito complexo – certamente pelo meu natural desconhecimento de certos particulares que serão inadmissíveis, contudo reais e existentes - em franca progressão para o intolerável.
1. https://www.medicina.ulisboa.pt/newsfmul-artigo/115/novas-normas-alimentares-das-escolas -publicas 2. Apenas 1% das escolas limitavam a venda de alimentos prejudiciais à saúde. Lusa-13-09-2021
Como é que se compreende sermos bombardeados todos os dias com alertas de produtos considerados absolutamente nocivos à saúde, e não se proíbe a sua produção já que, como temos vindo a constatar, subsiste a existência de uma camada de pessoas que não foi instruida no sentido de saber o que não é aconselhável dar aos filhos? Constata-se que há pais incapazes de respeitar posições assumidas por quem estará deontologicamente preparado para assumir certas mudanças que se impõe sejam levadas a cabo nas escolas, em matéria de alimentação durante o tempo que permanecem nas mesmas. Esta posição, no tempo, estou convencida que – se bem organizada – é de admitir que viessem a alterar a mentalidade de muitos pais. Se a produção desses alimentos fosse proibida, talvez eles acabassem por aceitar bem a posição do governo... ou será que tal imposição não seria aceitável por defesa de uma democracia em que há interesses que se sobrepõem ao bem-estar dos cidadãos? De notar que morre todos os anos um considerável número de pessoas que esperam longos meses por uma consulta nos muitos postos médicos do nosso desgastado Serviço Nacional de Saúde, pessoas essas vítimas de problemas de saúde por seguirem, durante anos e anos, um inadequado programa alimentar. Tenho consciência de que tal imposição, com incidência nos produtores, no início seria considerada demasiadamente drástica, o que poderia conduzir a reacções de vária ordem, mas através do estudo de eventuais reformas nos ingredientes de cada produto, com a ajuda do governo, através de apoios sugeridos e suavemente introduzidos nas empresas respectivas, poderiam talvez resultar numa mais valia em todos os sentidos. Pessoalmente sou absolutamente adversa a que sejam usados ingredientes nocivos à saúde, para que os produtos sejam mais apetecíveis. Os produtores vão enriquecendo cada vez mais e os consumidores vão vivendo cada vez menos tempo. É justo?
3. https://www.dn.pt/vida-e-futuro/ministerio-quer-saber-se-hospitais-estao-a-alimentar-bem-os- doentes-10739706.html Ministério quer saber se hospitais estão a alimentar bem os doentes.
Aqui, já não me refiro só a um problema relacionado com escolas, mas sim com hospitais, onde há jovens e adultos em tratamento. Se “nós somos aquilo que comemos”, a questão da alimentação deve ser considerada em paralelo com o tratamento aplicável a cada paciente. Fiquei feliz quando tomei conhecimento de que estaria a dar-se particular atenção a este ponto tão importante. Mas será que todos os hospitais estarão a cumprir com este programa? Permito-me duvidar, a avaliar por tantos falhas que vão sendo relatadas...
As lacunas existentes, actualmente, na situação política da nação, atropelam-se, sem que se veja, há muito tempo, uma adequada porta de saída desta confusão. Consequência evidente são o descontentamento, a revolta e a prática de crimes. Tudo isto, aliado ao longo tempo de averiguações a presumíveis culpados do sistema, gera um complexo quadro de 'porquês.'
Face à avalanche diária de dados informativos a que temos acesso, parece-me incongruente o que é prometido, pois o que realmente se faz acaba por revelar vários incumprimentos. Tais incumprimentos, alguns aparentemente alheios aos objectivos a atingir, mas a eles intrinsecamente ligados, impedem o sucesso de iniciativas que, no seu conjunto, poderiam evitar a complexidade do lamentável caos que tenho vindo a mencionar em alguns manifestos, fiéis ao que sinto.
Surpreende-me bastante que o Doutor André Ventura pretenda – na minha humilde opinião, muito justamente – propor alterações à Constituição Portuguesa com o objectivo de pôr cobro ao caos social e económico em que Portugal mergulhou, sem que, até ao momento, tenha abordado, nomeadamente, a tão desejada e necessária protecção dos artistas, nas diversas áreas em que se empenham.
Estarei eu desatenta, ou estará ele a negligenciar o importantíssimo papel que os artistas desempenham ao alertarem, de múltiplas formas, para as causas e respectivas consequências da deficiente cultura que afecta uma grande camada da população?
• O estado social dum país é o espelho da competência de quem o governa. • O número exagerado de bancos pode ser sintoma de tendência à prática de usura. Quanto maior for o número de bancos, maior poderá ser a pobreza. • A miséria, e a degradação social, denunciam a existência de jogos de interesses não a favor do povo, mas a favor duma classe dominante para a qual o significado da palavra Amor não coincide com aquela que conduz ao bem-estar de toda a humanidade, em geral.
Fala-se muito de violência doméstica mas, pessoalmente, chamar-lhe-ei apenas violência em geral, porque hoje generalizou-se de tal maneira esta forma de imposição do poder de uns sobre outros, que prefiro não fazer distinções entre uma e outra.
Ao longo da minha vida - que já vai longa! - nunca senti tão profundamente o que está a acontecer, no plano social da luta contra a violência. Parece-me existir uma considerável dose de hipocrisia, da parte do poder e das instituições, quando tomam certas posições, relativamente à urgente necessidade de acabar com a escabrosa violência, generalizada, entre focos da população portuguesa e obstáculos, ocultos ou não, que surgem de todos os lados, no sentido de travar as posições a assumir, travão esse que impossibilita a realização do que seria desejável. Instalou-se um absoluto caos entre as diversas fontes de comando e de actuação para solução do problema, e a população menos instruída - e talvez farta de "levar no corpo" - parece procurar na violência a sua forma de manifestar-se vítima e/ou exorcista de si mesma. Com o que expus acima, gostaria de expressar a forma como encaro as possíveis causas mínimas do que está a passar-se na nossa sociedade, causas essas muito medíocres relativamente a um manancial de muitíssimas outras. Assim sendo, e consciente de que tudo o que pudesse expor como óptica pessoal do problema poderia ser julgado como sendo anti-democrático - quando sou completamente o inverso disso mesmo - exporei apenas pontos que carecem de uma reflexão profunda, começando pelos mais importantes, indiscutivelmente. Irei repetir-me em alguns que já referi, aqui e ali, em textos anteriores, os quais pecam por antagonismos que se vão manifestando, os quais, de algum modo - mesmo que por diversificadas actuações - poderão alterar os respectivos efeitos em diferentes vertentes.
1. É inadmissível a permissão de serem transmitidos certos tipos de programas televisivos ou a edição de capas de revista de novelas exibindo imagens de uma violência macabra, expondo-as aos olhos de, por exemplo, jovens em formação, muitos dos quais são já defensores da violência durante o namoro, o que estamos a constatar acontecer em larga escala. 2. Igualmente inconveniente é, também, a permissão de serem vendidos produtos alimentares muito prejudiciais à saúde - e não só! - e, paralelamente, ser apregoada à população, pelas mais variadas fontes, a necessidade de respeitar uma alimentação saudável. “Dando uma no cravo e outra na ferradura”, não se chegará a lado algum. Sabemos da existência de muita ignorância neste país e dizer-se que as pessoas são livres de comerem, permanentemente, o que muito bem lhes aprouver, como é o caso do que acontece em milhares de famílias, estamos a incorrer numa situação desagradável no que se refere à formação de uma juventude saudável. De uma óptima alimentação se constroem homens de mente sã. Não podendo, obviamente, ser imposto o fim de uma má alimentação, haveria, no mínimo, a necessidade de realizar atraentes e permanentes campanhas de consciencialização. Infelizmente retardaria o propósito, mas valeria a pena tentar-se. Mais... ser pretendida uma boa formação dos jovens quando, de uma grande maioria deles fazem parte já auténticos heróis de sobrevivência, é uma utopia. Esta situação choca com a realidade de muitos deles serem já referenciados como sendo vítimas directas do tipo de vida que são levados a conduzir, face às suas carências. 3. É inadmissível o descalabro do aumento exagerado dos preços de produtos alimentares, quando além do miserável ordenado mínimo e do subsídio de reincerção que muitos recebem, a população está a ser altamente prejudicada pelas inúmeras desonestidades praticadas por um ou por outro elemento do governo e/ou de importantes responsáveis de instituições e de grandes empresas - desonestidades essas que empobrecem o país. Não esqueçamos que a população será sempre – de uma maneira ou de outra - quem paga os prejuizos financeiros que o governo possa sofrer. 4. De que serve o aconselhamento sobre prevenções a bem da saúde pública, quando o que é facultado a quem não tem um rendimento mínimo digno, gera milhares de doentes que, por sua vez, são expostos a situações constrangedoras ao recorrerem aos hospitais e/ou centros de saúde? Esta posição é vergonhosa! 5. A tendência hoje, em Portugal, gira neste sentido: o teu valor como pessoa é proporcional ao valor do teu património. Regra geral, só escapa desta classificação quem teve a sorte de adquirir uma boa formação moral e cultural, e uma robustez espiritual fora dos limites considerados normais. 6. Saúde e Educação são dois temas de uma importância social preciosíssima! Serem permitidas condições de trabalho absolutamente condenáveis, a profissionais de saúde e de educação, inspiram na população o quê, em boa verdade? Resiliência!!! O problema é que muitos idosos e mesmo até os mais jovens, não aguentam o peso que esse mesmo problema lhes pôe em cima. Admite-se que haja doentes a recorrer às urgências e não haja médicos de serviço para os socorrer, acabando alguns por morrer? 7. Entre os que vivem miseravelmente e os que “se vão safando”, circulam os que têm rendimentos superiores àquilo de que necessitam para viver desafogadamente e sem preocupações... já para não referir os que, em quaisquer situações, marimbam sempre para o que vai acontecendo no seu País.
Sente-se, em Portugal, uma enorme falta de ESTOICISMO, da parte dos mais carenciados, o que é perfeitamente compreensível dadas as suas condições de vida. Esta falta é chocante quando confrontada com uma enorme OSTENTAÇÃO da parte de alguns dos grandes priviligiados existentes, e de uma considerável dose de INCOMPETÊNCIA da parte de outros que têm a superior responsabilidade de governar o nosso querido País.
Pela primeira vez, tive a coragem de ver, desde o início, o último programa “Big Brother” e, em seguida, o “Desafio Final”, transmitidos pela TVI. Sempre tive conhecimento de episódios específicos de vários “Big Brothers” apresentados com nomes diferentes - não sei porquê - mas nunca compreendi completamente como funcionam, porque só muito esporadicamente é que os via, no Reino Unido. Desta vez, por algum motivo, despertou-me a curiosidade e estive atenta ao que tem sido transmitido, chegando à conclusão de que, na realidade, cada vez mais, está a perder-se a noção do que está acontecendo no mundo, e o que convém fazer para reverter a situação. Parece impossível que a televisão esteja a passar uma triste imagem de mediocridade alargada ao mais baixo nível, ao ser-lhes permitido excederem-se no que deveria ser inexcedível. Sim, em boa verdade, cada um só vê o que quer! Mas será que isso lhes permite tudo?
Esclareço que sou absolutamente contra a censura, mas a luta de certos canais televisivos, pelo aumento das suas audiências, está a cegar os seus responsáveis ao ponto de não terem o cuidado de perceber o que pode resultar da apresentação de certos programas, em determinados moldes. Chegámos ao ponto de sentir que já tudo vale… menos tirar olhos! O problema é que não se tiram olhos, mas rasgam-se almas!
Lamento que, numa extensão já bastante alargada, Portugal esteja a passar ao mundo uma imagem muitíssimo triste. Já nem será preciso mencionar-se onde, por quem ou em que sectores.
O que se passa, relativamente às sondagens sobre quem está em vantagem, politicamente, neste momento, revela bem que o quadro é preocupante. Não porque a direita está em vantagem, naturalmente, mas porque o clima geral que se tem vivido denunciava, há muito tempo, o crescente sucesso de um trabalho que tem vindo a ser levado a cabo pelas forças opostas às causas que estão na origem da relização da célebre Revolução de Abril de 1974.
Dado o grande entusiasmo da população após a Revolução, a direita sabia, de antemão, que iria precisar de muitos anos para acalmar o entusiasmo da população. Tratava-se de enfrentar a pouca cultura de um povo, os seus valores morais e a sua educação, e sabia também que seria necessário iniciar esta tarefa pegando-lhe pela ponta justa. Impunha enfrentar o árduo trabalho de “dar a volta” a mentalidades que, após a “Revolução dos Cravos”, estavam mais a favor da esquerda, na esperança de ser-lhes dado aquilo a que tinham, absolutamente, direito. O tempo é o grande mestre na execução de tarefas deste calibre.
Emoções fortes provocam reacções da parte do povo que, impulsionado pelo seu partido favorito, vai reagindo através de posições clubistas, como se de futebol se tratasse. E assim começam acções com o propósito de minar a atmosfera. Vão surgindo, lentamente, figuras de destaque político, prontas a actuar publicamente. O resto... já todos conhecemos. Uns vão-se perdendo pelo caminho, no entusiasmo daquilo que os move, mas também os denuncia. Outros, mais sólidos nos objectivos a atingir, podem acabar por permanecer neste ambiente cheio de falsos cenários durante longo tempo... até que sejam desmascarados.
O amor genuíno pelo próximo não concebe partidarismos nem jogos de interesses que visem beneficiar uns em detrimento de outros, carentes de uma justiça social transparente e equitativa. Esta é transversal a todos, se a sua raiz for saudável.
Vou publicar um desabafo que tenho evitado fazer, mas que não consigo silenciar por mais tempo. Esta minha página é o meu ponto de encontro comigo mesma onde, através do que escrevo, vou procurando filtrar o que me incomoda e/ou vou captando meles que me adocem a alma. No mínimo, hoje tentarei serenar.
Há dias li uma notícia que tinha sido publicada na Hiper fm, do dia 27 de Julho, p.p., através da qual é dado conhecimento público - usando um estilo assaz medíocre - de mais umas férias a serem gozadas por Cristina Ferreira. Claro está que só satisfaz a curiosidade pública quem está, de alguma forma, interessado em fazê-lo. Está no seu pleno direito. É que, paralelamente às milhares de pessoas interessadas neste tipo de informação, há um bom grupo de figuras públicas dispostas a alimentarem as almas dessas mesmas pessoas, nesse sentido. Até aí, entendo. Só é pena que essa notícia tenha sido escrita num tom jocoso, de baixo nível, bem à semelhança, certamente, de quem se mistura num certo tipo de comentários.
Deixou-me profundamente triste, não só a forma como foi redigida a notícia, mas também a ousadia que é preciso possuir para publicá-la num país onde abunda carência de meios económicos na maioria das pessoas, facto do qual todos nós temos consciência absoluta. Há famílias a enfrentar dificuldades de bradar aos céus e senti bem, no âmago da minha alma, a crueldade que é preciso ter para colocar tal notícia, redigida daquela forma, a qual poderá ser lida por pessoas que neste momento não têm dinheiro para comer e muito menos para gozar férias em hotéis, nos quais – escreveram - a diária é superior a 5.000 euros. Que necessidade tinha, quem redigiu esta informação, de expor desta forma, as suas férias? Podia ter reduzido a informação a uma forma humana, de cidadã recatada, atendendo à conjuntura da situação que se vive em Portugal. Aparentemente, a pessoa em questão é desprovida de sensibilidade e não poderá, portanto, avaliar até onde poderá pavonear o seu exibicionismo arrogante. Perante uma inconveniência, não seria melhor destacar-se através de uma recatada reserva?
Hoje vou referir aqui um artigo que escrevi há cerca de nove anos. Só tive de refrescar um ou outro parágrafo… Deixei Coimbra, a minha Terra Natal, quando Salazar estava, ainda, no poder. Era muito nova, mas apercebia-me de que “o ar era pesado”. Isso não passava despercebido à minha sensibilidade. Em cada canto ouvia-se sussurrar contra o regime. Vivia-se mal. A fome andava escondida, porque se alguém fosse apanhado a pedir, na rua, corria o risco de ser preso/a. Hoje, temos como que um vidro transparente e podemos ver, ou adivinhar, o que vai acontecendo – até certo ponto! – com maior ou menor facilidade. Sim, até certo ponto por duas razões: a) porque anda muita verdade mentirosa à solta… b) porque há muitas pessoas que escondem o que se passa no seu seio familiar. Têm vergonha. Sabemos que, para uma parte da nossa sociedade, a favor e praticante das aparências, quem passa fome é como quem sofre de doença rara, contagiosa. É conveniente mantê-la afastada, ignorada até do seu círculo social. Quantas pessoas preferem o silêncio, ou eventualmente a morte, a dar a conhecer o que está a passar-se nos seus lares. Homem honrado não deve ter dívidas, mas ladrão disfarçado de qualquer coisa, do que quer que seja, pode fazer o que ele quiser, desde que lhe consintam esconder-se do roubado. Há como que uma certa protecção oferecida a quem souber roubar bem. Embora saibamos que os alertas vão surgindo e as irregularidades se vão descobrindo, o ladrão de cartola continua muito bem protegido. Sofisticado, continua a operar em vários sectores, com uma considerável desfaçatez e coragem, até porque o julgamento dos actos descobertos arrastam processos lentos e de insuficiente justiça, e “os dito cujos” continuam a operar in modo ”deixa andar”… Haverá sempre um parágrafo à lei, um disfarce, uma camuflagem de acções, etc., de tal ordem possível, que mesmo que descobertos e presos, o bom ladrão acaba por ser compensado. Ele sabe que, mais tarde ou mais cedo, vai ser libertado. Urge continuar a roubar ou terão de encontrar-lhe um tacho sedutor, trabalhando algures, num outro lugar de destaque, não importa onde, como recompensa por ter sido preso, coitadito. Não convém reduzir o número de actuantes deste calibre, até porque ele pode acabar por vir a tornar-se em mais um a sofrer da praga que só é permitida aos roubados: passar fome. Isso não pode acontecer, que será mais uma despesa para o estado.
O Professor Luís Correia, do Instituto Superior Técnico, e investigador na área das telecomunicações, afirmou, segundo a SIC Notícias de hoje, dia 23 de Abril, de 2024: “O telemóvel vai ser ultrapassado pelos óculos num futuro próximo, já não precisamos de teclado para nada, as lentes vão ser o nosso ecrã”
Escrevo como assumida ignorante no que diz respeito ao mundo das telecomunicações. Não estou, portanto, sob o “efeito Dunning-Kruger - “quanto menos uma pessoa sabe, mais ela acha que sabe" - porque sei muito pouco do quanto gostaria de saber.
É caso para acreditar nessa nova fonte de aquisição de conhecimento. Não chegavam os “oividos, os olhinhos e os dedinhos” (jornais, revistas, televisão, teclado e cenas ao vivo)? Se as vítimas do tal efeito Dunning-Kruger eram já uns enfatuados de sabedoria, irão passar ao grau de obsessividade!!! Não vamos aguentar!!!
Salvo raríssimas excepções, quando busco fontes de informação sobre o panorama político internacional, recorrendo à televisão ou aos jornais, fico absolutamente confusa e desagradada com tudo o que vejo ou leio. Dificilmente encontro uma fonte isenta, transparente e precisa. O que encontro é uma panóplia de manipuladores da verdade, defensores daquilo que, em franca realidade, considero ser-lhes conveniente moldar, à imagem e semelhança do que querem fazer do mundo.
Esta minha opinião é agravada pelos chamados “comentadores políticos”, os quais, em mesas de reuniões pluralistas, geram momentos saturantes, com resultados inconclusivos e, muitas vezes, até revoltantes, pelo ar com que se assumem como “detentores das soluções” que lhes serão convenientes.
Para além deste cenário, há uma realidade – direi já quase insuportável de digerir – travada entre uma segunda panóplia, a dos governadores e seus “complementos operacionais”, que seguem actuando à margem daquilo que convém à população em geral, e não apenas à de quem vive em absoluto conforto, não reclamando, portanto, seja o que for.
Entretanto, há também um cenário exterior, onde predomina uma atmosfera de ameaça do recurso ao uso de armas nucleares, defendido pelos “eternos poderosos”, caso aqueles que consideram não ter qualquer poder, ou mesmo os chamados ‘mexilhões’, não respeitem as imposições que desejam ver bem-sucedidas.
A completar todo este cenário permanente e insuportável, vão morrendo milhões de pessoas, como complemento de um ambiente de terror e de prepotência humanitária absolutamente condenável.
Segundo Lavoisier, “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” Assim sendo, deveremos continuar a aceitar esta verdade, deixando que a História continue a revelar-se um abominável “Marco de Transformações”?
Procurava uma mulher da praia, que vestisse como antigamente, de avental e lenço na cabeça. Só essas poderão responder às mil perguntas que tenho para lhes fazer. Tenho um interesse insaciável de saber tudo o que puder sobre esta terra mágica, que nos prende a ela, inexoravelmente, para toda a vida. Só elas sabem tudo e conhecem todos... Queria falar com Mulheres da minha idade, aproximadamente, para que fossem capazes de perceber o que ansiava saber das muitas coisas que gravei na minha memória. Só elas serão capazes de falar-me dum passado que me pertence também. Mulheres com rugas, de pele morena, queimada e dura como a coragem com que enfrentaram sempre o trabalho, de sol a sol. A maioria vendia peixe, que era transportado em cima do burro que as conduzia da Praia de Vieira de Leiria à Marinha Grande. Essas não podem compreender os jovens de hoje. Falam com orgulho da sua coragem e dessa força com que procuravam vencer todos os dramas e todos os obstáculos. A alma delas parece gritar, quando relatam os tempos em que as suas Mães se arrastavam pela areia chorando e pedindo protecção aos seus santos, enquanto os maridos e/ou familiares iam para o mar pescar o peixe que elas iriam vender.
E encontrei! Falei hoje com Argentina Feteira, uma Mulher típica, marcada pela vida mas cheia de força na sua alma. E falou dos seus antepassados de tal modo entusiasmada e interessada em desvendar laços de família que eu fiquei receosa de não estar a perceber bem o que dizia. Não queria maçá-la com perguntas, mas a sua explicação ultrapassava de tal modo os meus conhecimentos, que receei continuar a conversa e terminá-la chegando à conclusão de que eu era irmã de mim mesma ou até, sei lá, sobrinha da minha Avó ou filha dela. Era um novelo tal de familiares, que a minha mente ficou toda num sarilho. E dizia-me:
- A ‘nha Mãe, que Deus haja, fez de mim uma mulher às direitas. Passámos muitas dificuldades, mas éramos muito honestos. Tá a ver aquela porta pintada de verde? Era ali que o meu home me vinha namorar todos os dias. Que tempos! Olhe, o meu home é aquele que passou agora...
Mas falava-me de uma mistura de Tomés, de Feteiras e de Letras que me deixou muito confusa. Segundo esta, nós ainda somos primas, da parte dos Tomés, mas ela também tem Letras na família, pelo que percebi. Mas será que eu teria percebido mesmo?
O que terão estas pessoas de tão particular que são capazes de prender a minha atenção durante longas conversas? Guardam na alma a mesma magia que nos prende a esta terra. Não sou a única a afirmar que a Praia de Vieira de Leiria fica para sempre no coração de quem por ali passa a sua juventude. Não direi o mesmo relativamente aos que vão apenas passar férias, que não nasceram lá, ou não são familiares de quem ali nasceu. Esses não poderão nunca compreender a intensidade do sentimento que nos leva a esta praia...
Parte de mim continuará ali quando partir. Trata-se duma localidade a que pertencerei para sempre!
Hoje gostaria de referir o que penso de uma certa camada de jovens, praticantes do desrespeito, nas suas várias formas, bem assim como do seu importantíssimo papel na construção de um futuro melhor, sem a prática de tanto crime – em aumento assustador – crimes esses grandes motores da destruição daquilo que o Universo criou de bom: A VIDA!
Sabemos da importância do papel dos jovens na construção de uma sociedade saudável - que tanto desejamos comece a dar bons frutos, acabando com o que de mau subsiste em todas as vertentes da sociedade. Urge, em meu entender, promover a criação de organismos, de estado ou particulares, para a prática de várias actividades, as quais deverão ser direccionadas para a instrução adequada dos mesmos no sentido – importantíssimo! – de aprenderem a amar e a respeitar a Natureza, os velhos, as crianças, enfim... a vida no seu todo, porque...
AMAR A NATUREZA NÃO É COMPATÍVEL COM O FABRICO DE ARMAS, NEM COM O RECURSO ÀS MESMAS COMO FORMA DE SOLUCCIONAR CONFLITOS.
AMAR OS VELHOS NÁO É COMPATÍVEL COM ACTOS DESPREZÍVEIS QUE ENVOLVAM FALTAS POR AUSÊNCIA DE RESPEITO E POR ABANDONO.
AMAR AS CRIANÇAS NÃO É COMPATÍVEL COM A PASSAGEM, AOS OUTROS, DE EXEMPLOS DEPLORÁVEIS.
AMAR OS ANIMAIS NÁO É COMPATÍVEL COM EXCESSOS DE ATITUDES, TAIS COMO DORMIR COM ELES OU DAREM-LHES BEIJOS NA BOCA. OS ANIMAIS SENTEM O NOSSO AMOR, IGUALMENTE, ATRAVÉS DE OUTRAS FORMAS, NOMEADAMENTE PROTEGENDO O SEU BEM-ESTAR, EM TODAS AS VERTENTES.
AMAR A VIDA NÁO É COMPATÍVEL COM VIVÊ-LA ARTIFICIALMENTE, RECORRENDO AO USO DE DROGAS, TAIS COMO: O ALCOOL, AS CHAMADAS DROGAS PESADAS, OU MESMO LEVES - FALSOS E PREJUDICIAIS MEIOS DE CORRUPÇÃO NO MODO LENTO - PRÁTICA DE BULLYING QUE DEIXA MARCAS NAS SUAS VÍTIMAS - QUANTAS VEZES IRREPARÁVEIS, etc., etc..
Sejamos todos cooperantes nesta tarefa de tão elevado interesse para o mundo em geral, e para tranquilidade de todos nós, no futuro.
Data da criação deste conteúdo: 2016-04-16 Imagem: Cottombro Studio
É comum, em alguns programas, haver espaço pra comentar notícias que envolvem dramas, ou factos a considerar. Jornalistas sem competência, são postos a entrevistar, sem a devida experiência.
Acabam de anunciar que alguém foi assassinado! Questionam um seu parente: - Por favor... o que sentiu ao saber desta notícia? Alguém à morte assistiu? Alguém chamou a polícia?
A pessoa nem respondeu, porque estava emocionada. Que pena não estar lá eu… Que mulher impreparada! São perguntas que se façam? Pegam em casos fatais, e em vez de acalmarem... maçam!
Hoje, decidi expressar neste manifesto o desencanto que provo ao ler certos textos onde o Acordo Ortográfico de 1990 está representado por expressões que me deixam perplexa. Dói a alma constatar que, aparentemente, não há forma de travar aquilo que considero uma reprovável condenação da língua portuguesa, de que tanto me orgulho; daí, não respeitar esse malogrado acordo.
Por vezes provo um profundo mal estar, nomeadamente pelas expressões usadas por pessoas que deveriam pensar nos jovens que, eventualmente, possam estar a ouvi-los. Refiro, por exemplo, a avalanche de jornalistas que, no início do relato de uma ocorrência, usam a expressão : “Dizer que"... É uma moda que se tornou viral e, muito sinceramente, não consigo ‘digeri-la’, pois não encontro qualquer lógica no seu uso.
Outro particular que me faz uma enorme confusão, é a acentuação das palavras, feita pelos brasileiros. Reflectamos bem na importância de uma correcta acentuação. É esse o meu objectivo, sobretudo pensando nos mais novos. Foi depois de ter lido um texto que foi partilhado por muitos blogueiros, que ponderei se não seria preferível fazer a separação do Português de Portugal e do Português do Brasil, em vez de misturar as duas línguas.
Através de cenas degradantes ocorridas, sobretudo, na Assembleia da República Portuguesa, constato que temos um razoável número de políticos cuja formação moral é, francamente, reprovável. Preocupantes são, também, todas as consequências e repercussões que as mesmas geram numa elevada camada da população portuguesa, quaisquer que sejam as vertentes culturais e políticas que cada grupo possa seguir. Trata-se de um paupérrimo cenário, que deprime todas as pessoas interessadas em ver o futuro governo português “mudar de estrada”.
Pessoalmente, dada a minha idade e o que vivi no passado, acredito que se impõe o máximo cuidado na declaração de voto, ao elegermos os diferentes candidatos a cargos de grande responsabilidade no governo. Tal candidato deverá ser isento politicamente e beneficiar de provas adquiridas de sólida idoneidade e reputação, muito embora saibamos que, muitas vezes, surgem decepções inesperadas. Se as bases não forem sólidas, podem ocorrer desvios, por manifestas tentações ou por declarada ganância adquirida com o tempo. Carecemos de gente que saiba defender princípios como humanidade, justiça, realismo e isenção. Gente capaz de convencer quem, como eu, se sente incrédula e insegura.
Quanto mais tempo levarmos a mudar para uma “nova estrada”, mais tempo os nossos filhos, netos ou bisnetos terão de sofrer as respectivas consequências da péssima formação que nos foi legada por certos políticos com lugares de responsabilidade assumidos no passado e no presente.
Quando um governo opta pela guerra para fazer valer o que defende, deixa de ser um governo para se tornar uma maldição. Quem toma tal decisão gera insatisfação, pois faz com que vidas sejam ceifadas, sobretudo as de crianças que nada fazem para se tornarem vítimas diretas de conflitos de interesses.
Vivemos num mundo onde passamos com vida efémera, mas muita gente vive alheia a essa realidade, obcecada pela conquista de um vasto conjunto de bens materiais que lhes turva os valores morais, perdendo a consciência de que não estão sós nesta inconfundível e deliciosa esfera a que chamamos Terra.
Capa da Revista "Telenovelas" de 28 de Julho a 6 de Agosto de 2023
Num País onde o crime está a aumentar todos os dias, de uma maneira absolutamente preocupante, eu pergunto mais uma vez se não seria oportuno proibir a exibição de imagens chocantes como a que vemos na revista acima exposta, cujo maioritário propósito será o de aumentar as suas vendas, eventualmente aproveitando-se da conhecida paixão dos portugueses por telenovelas e/ou por viver cenas que envolvam drama pesado, marimbando para o respeito que deveria merecer-lhes os traumas de tantíssimas vítimas de violência, a quem magoará recordar certas imagens, e/ou mesmo para o quanto possa ser pernicioso para certos jovens, mal orientados, a quem as mesmas possam instigá-los à prática de violência como arma de descarga da sua revolta pela vida que têm, mas que não desejam.
Não me cansarei de denunciar tudo aquilo que, de uma maneira, ou de outra, possa alimentar os muitos criminosos que já existem em Portugal, situação esta agravada, actualmente, pela nossa justa boa vontade em acolher migrantes que estejam a viver grandes dramas no seu país de origem, embora muitos dos quais não saibamos, tão pouco, qual a verdadeira intenção por que pedem permissão de residência no nosso País.
Vivo a impressão de que o mundo está a sofrer uma pesada reviravolta, em todos os sentidos, e temo muito pelas crianças.
Para que pudesse avaliar, pessoalmente, os programas “Big Brother” e “Desafio Final”, fiz - como já referi - o que seria espectável da minha parte: dediquei parte do tempo de que tanto preciso para trabalhar, à apreciação do conteúdo dos mesmos, no que diz respeito à má influência que possa exercer na camada mais jovem… e não só! Certa, ou errada, julguei-os com imparcialidade, focando-me nos pontos mais importantes, pela relevância que certas atitudes possam ter na educação, sobretudo, dos jovens. Este é o lado que mais me preocupa.
Se, por um lado, a opinião pública reflecte o cenário da formação de um determinado grupo de pessoas, amantes desses mesmos programas, por outro faculta a bons psicólogos e a bons entendedores, em matéria de educação, dados de comportamento que lhes permitirão fazer uma correcta avaliação do que convirá evitar nesses mesmos programas, afim de não prejudicar todos os outros de reeducação de jovens violentos que, neste momento, tanto perturbam a estabilidade emocional de quem está empenhado em levar uma panóplia de “Cartas a muitos Garcias”, espalhados pelo território português.
No que se refere à posição assumida ontem pelo Big Brother, em relação ao que se passou entre Savat e Miguel Vicente, questiono-me se é aceitável colocar esses dois “transgressores” sujeitos ao parecer do público. Para perceber qual deles deveria continuar no programa, eu pergunto:
- Será essa a forma correcta de punir um deles? - Só um deles transgrediu as regras? - O massacre psicológico não conta?
a) Que tipo de público irá votar? b) Por que foi passada ao público a “batata quente”, quando a responsabilidade é da Produção do programa?
Quer-me parecer que alguém quererá agradar a Gregos e a Troianos, pretendendo o óbvio: evitar prejudicar o nível de audiências, mantendo-se fora do julgamento sobre o que deveria ser, realmente, de sua responsabilidade.
Gerou-se em Portugal – e no mundo, com outros contornos adicionais – um clima angustiante de notícias relatando a prática de crimes horrendos, que estão a perturbar até os seres menos susceptíveis a distúrbios emocionais. Mas o que estará a passar-se para que pais matem filhos e casais se matem entre si, sem qualquer respeito pela vida a que todos têm direito? Que acção têm desenvolvido as supostas instituições humanitárias existentes? Sinto-me completamente desolada e confusa. Já não me basta, como justificação, as causas mais marcantes e variadas que possam provocar tais comportamentos.
Estaremos no limiar da eclosão de uma guerra sem precedentes, cujas consequências serão catastróficas para todos os seres do mundo, ou a consciência humanitária acabará por encontrar uma forma surpreendente de evitar o caos absoluto?