Façamos, em conjunto, uma análise entre o que somos aconselhados a fazer e o que, na realidade, podemos fazer:
• Somos aconselhados a estar atentos a sinais físicos ou psicológicos não comuns em nós, e a consultar o médico caso eles persistam. Contudo, hoje em dia só quem for rico pode manter a saúde. Vejamos a falta de médicos de família e a confusão generalizada nos hospitais, em vários sectores. É chocante!
• Somos aconselhados a ter cuidados especiais com a alimentação, mas, começando pelo que se observa nos hospitais, não se presta a devida atenção ao que é dado aos doentes. Pergunto: Como poderemos ter uma alimentação adequada se a maioria das pessoas não tem condições económicas que lhes permitam o privilégio de escolher o mais saudável, ou mesmo o menos prejudicial? Também perguntaria por que razão não se põe o responsável pela saúde pública a ganhar o salário mínimo. Para não mencionar o valor da inserção social que o Estado paga a quem a ele recorre. Talvez assim resultasse e ele começasse a sentir na pele os resultados.
• Somos bombardeados por programas contra a violência, nomeadamente doméstica, mas ao mesmo tempo é facultada aos jovens a possibilidade de assistir a esse sacrilégio através de diversos programas de entretenimento, filmes e revistas tais como a "Telenovelas", onde são exibidas, frequentemente, imagens que revoltam qualquer ser humano mais sensível e contrário ao uso de violência.
Tenho absoluta consciência do quão complicado será alterar este estado de coisas e de muitas outras que não convém aqui referir pois tornaria este apontamento demasiado longo e poucas seriam as pessoas dispostas a lê-lo. Sei, também, que qualquer reforma a introduzir teria, necessariamente, de começar no seio familiar e teríamos de esperar algumas gerações para que surtisse efeito. Contudo, gostaria de reafirmar a minha convicção de que urge pôr um travão ao que está a acontecer. Estão a avançar movimentos perigosamente ameaçadores da tranquilidade das pessoas, e este assunto percorre um caminho onde é comum a justiça falhar sempre que não são convenientemente penalizados aqueles que praticam crimes de previsível reincidência após condenação, com redução de pena por bom comportamento. É revoltante o número de casos em que tal se verifica.
A minha teimosa esperança de ver o meu velho país ser bafejado por uma onda de renovações de vária ordem, leva-me hoje a recordar um texto que escrevi, há exactamente sete anos, vinte e nove depois de uma previsão feita por Natália Correia, a qual achei fantástica mas que não irei transcrever porque tornaria demasiado longa a reflexão que gostaria de fazer hoje. Esta senhora, de quem sei pouco, inspirou esta minha reflexão porque fiquei com a impressão de que teria consciência de uma verdade que anunciou, independentemente das posições que tenha assumido, durante a sua vida, a maioria das quais desconheço.
Não importa se tu és de esquerda ou se és de direita, basta que tenhas consciência das opções que assumires ao tomar uma decisão importante, decisão essa que pode vir a prejudicar fortemente o teu país, se não souberes escolher o Homem que gostarias de ver governá-lo. Tal escolha não deve – de forma alguma – servir o teu partido, mas sim a tua Nação.
Por classe social entendo várias, entre elas:
- a que teve acesso à cultura e que a adaptou a bons princípios a defender;
- a que teve acesso a uma cultura apenas livresca e que a adaptou a si, para tentar satisfazer as
suas excessivas e egoístas ambições;
- a que não teve acesso – por um ou por outro motivo – à base cultural que poderia ter-lhe dado a
possibilidade de julgar por si e não pelo que os outros lhes dizem.
- etc....
Não acredito em classes sociais ditas ricas e pobres. Não é o ter ou não ter dinheiro que nos coloca num dos dois patamares. São os valores que defendemos e, aí, os patamares são vários.
Temos tido governos escolhidos por maiorias que votam no seu partido, e não no HOMEM que convém ao país, por provas dadas das suas grandes qualidades. Essa maioria, confia num programa que lhes apresentam e que vai de encontro à provável satisfação das suas ambições, sem respeito pelas ambições de outros. Mas, nessa maioria, encontram-se também eleitores que, ao votar, não têm consciência da responsabilidade do seu acto porque, provavelmente, foram manipulados por defensores de partidos que funcionam como “clubes” aos quais são fiéis. Esta é uma realidade, não é uma suposição. Os sacrificados, as grandes vítimas, são aqueles que estão a pagar pela predominância duma classe privilegiada e egoísta. Não estou a referir-me a uma classe social como é, normalmente, referida: rica, ou pobre. Estou a referir-me a uma classe de gente para quem os valores são, predominantemente, materiais. Quanta gente muito pobre os defende! Eu não seria contra a situação da classe privilegiada desde que, os outros, tivessem direito a uma base segura, que lhes garantisse emprego, um tecto, um bom serviço de saúde e de educação – gratuitos! - e o direito inquestionável a condições que lhes permitissem uma velhice tranquila, num ambiente de Amor. O que saísse deste grupo de bens de direito, faria parte de conquistas conseguidas, por mérito próprio, por comprovada lealdade, honestidade, e não prejudicando fosse quem fosse.
Revolta-me saber da existência de tantos privilegiados, em detrimento do chocante número de pessoas que vive na miséria, sem receio de exagerar, muitas das quais estão a pagar uma pesadíssima factura por erros cometidos, por devoção a partidos e não a valores.
Uma cantora com uma presença doce, que nos mantém deslumbrados com os graves da sua voz, e nos leva a senti-la como que envolvida no mistério de um além desconhecido, que a tornou uma intérprete extraordinária. Vale a pena escutá-la!
Eis uma das suas magníficas interpretações:
DERNIERE DANCE -https://www.youtube.com/watch?v=qSBXNJmdif8
Uma cantora com uma presença doce, que nos mantém deslumbrados com os graves da sua voz, e nos leva a senti-la como que envolvida no mistério de um além desconhecido, que a tornou uma intérprete extraordinária. Vale a pena escutá-la!
Eis uma das suas magníficas interpretações:
DERNIERE DANCE -https://www.youtube.com/watch?v=qSBXNJmdif8
Imagem: https://www.letras.mus.br/diana-ankudinova/fotos.html#419283
Data da criação do conteúdo:
2023-o4-30
Viajando entre o desconhecido, o que lhe dizem ser verdade, e as verdades que, amanhã, podem deixar de o ser, está o Ser Humano em conflito, carregando o peso de muitas dúvidas, um ser que veio ao mundo por um motivo, ou quem sabe se sem ele, mas que, de alguma forma, o tornou curioso acerca de uma série de fenómenos que gostaria de entender.
Este meu manifesto foi escrito em 2010. Regresso a ele, remodelando-o, pelo facto de ir constatando que, em treze anos, muito foi feito, mas nada resultou se considerarmos que o pouco que se possa ter conseguido foi abafado por um tremendo aumento do consumo de drogas de todo o género, sobretudo do alcool, responsável pelo desmoronar de muitas relações, de muitas famílias e, sobretudo, pelo aumento de crimes cometidos em resultado do consumo das mesmas. Da parte dos traficantes, há um objectivo demasiado evidente e, portanto, nem vou referir-me a eles. Se existem é porque são procurados como fonte de “recurso” dos desesperados e, consequentemente, é a estes que me referirei.
Cresce, dia após dia, o número de jovens que consomem drogas como forma imediata de ultrapassarem certos estados de alma, cuja causa nem sempre é fácil de identificar, seja pelo próprio, seja por técnicos cuja aplicação no estudo desta matéria é já longa. Recorrem ao uso destes dois inimigos da consciência humana, pelos mais diversos motivos, sendo normalmente os indivíduos de grande sensibilidade, eventualmente mais frágeis quem, refugiando-se numa ‘atmosfera mental’ provisoriamente “à defesa”, são arrastados para uma progressiva perde de amor à vida. No início, tudo lhes parece fácil. Bebem uns copos, ou fumam umas ‘ervas’ e tentam sobrepor-se à causa que os incomoda e que lhes provoca uma angústia que, de algum modo, não querem enfrentar. O argumento para o seu uso, é-me muitas vezes dito ser o de “sentirem-se melhor”. Claro, nem duvido. E depois? Eles estão absolutamente convencidos de que não prejudica mesmo... “Até faz bem”, dizem eles muito seguros, com aquele ar de que sabem mais do que os outros, uma característica que os distingue... Sei – sem qualquer sombra de dúvida – que há jovens, (e adultos!!!), aparentemente de “mens sana in corpore sano”, que estão agarrados às delícias dessa tal “maconha” - para não referir outras - e que, portanto, passariam a odiar-me se lessem este meu texto. E se realmente, por mero acaso, o lerem, chamar-me-ão um qualquer nome que não me ocorre, pois são nomes mais usados por eles. Mas isso não me move, nem me comove.
Dói-me saber que, não abandonando esses vícios, esses jovens avançam, a passos mais ou menos largos, para uma vida de sofrimento cada vez maior e, eventualmente, para uma morte prematura. Eles podem não ter a percepção de que os conflictos que começam a sentir têm a sua raiz no uso de simples enganadoras “passas de maconha” que, muito lentamente, vai-lhes alterando a personalidade... E que ninguém lhes diga que os prejudica, porque além de esconderem que as usam, contestam quem os aconselha a parar, até porque não lhes convém perceber isso e, daí, este comportamento quando alguém tenta chamá-los à razão. Atrás da “maconha” ou de qualquer outra droga das consideradas “leves”, passam a existir outras alternativas que surtam mais efeito e tudo poderá acontecer. A partir daí inicia-se um processo penoso, indubitavelmente, não só para quem o vive, física e psicologicamente, mas também para os familiares e/ou os amigos. É um abismo que se abre inexoravelmente fundo para ambas as partes, quantas vezes muito pior para os que assistem à sua progressiva decadência.
Cada vez mais, bebe-se e usa-se drogas em todo o mundo. Isso deu origem a muitos outros males que viajam paralelamente, sem ver-se o fim dessa estrada.. É por isso que sinto tratar-se de um problema que necessita de ser combatido com outras armas e com a máxima urgência, através de medidas que combatam o mal pela raiz, o que se afigura muito difícil. Esta é, talvez, a maior praga entre tantas outras, pelos inúmeros crimes que daí advêm. Deveria, consequentemente, não estar limitado a um estudo do indivíduo, isolado, mas sim de uma sociedade em decadência absoluta. Esta minha convicção não exclui uma simultânea e atenta análise à forma como vive a família do jovem em risco, para serem tomadas em consideração medidas de protecção adequadas, pois é no seio familiar que, numa grande maioria dos casos, vamos encontrar a causa do seu comportamento. Não é raro ser a família a grande culpada. Certamente que não poderemos pretender formar novos cidadãos, negligenciando o importante estudo dos seus ascendentes, os quais não deveriam ser deixados à deriva, neste processo, sem uma correcta orientação. Se defendemos a reconstrução deste mundo, que não nos agrada, de forma alguma, deveremos fazê-lo através dum trabalho paralelo: escola e seio familiar, caso contrário assistiremos a um trabalho infrutífero, desnecessário. Tenho consciência, ao dizer isto que, durante a recuperação de certos valores, caminharemos, lado-a-lado, com aqueles que irão pretender fazer frente à alteração daquilo que não lhes convirá ser alterado, mas a nossa força deverá ser superior à deles. Refiro-me, por exemplo, ao “mundo obscuro da superficialidade e da ganância” e das organizações nada interessadas em que certos males acabem.
Mas continuando...
Terão de ser encontradas fórmulas de motivação para um maior respeito pela Natureza e pela convivência saudável entre todos, fórmulas essas que deveriam ser aplicadas a partir do nascimento, através de adequada assistência técnica de orientação especial, dada por elementos habilitados para o efeito, os quais deveriam ser, eles próprios, um exemplo daquilo que se pretende para a formação de um “novo cidadão”.
Lamento que uma boa maioria de crianças seja, muitas vezes, vítima da necessária ausência dos pais, o que pode ser a mais grave causa para situações de insegurança e fragilidade, pois – como que de repente – a partir duma certa idade, é-lhes retirada aquela protecção e segurança a que as habituámos. Isso faz-me muita pena. Não será que a criança passará a sentir que pode ser culpada da razão pela qual deixa de continuar a ter essa potecção? Será que, mesmo explicando, a sua fragilidade irá aceitar a justificação, ou justificações que lhes damos? Não esqueçamos que a criança entra na pré-primária muito cedo e que a mudança faz-se de um dia para o outro. Tenho assistido a verdadeiros dramas, em que a criança sofre e chora desesperadamente, deixando-nos em sofrimento, também, sofrimento esse que ‘tentamos’ ocultar com a nossa determinação de ir em frente com o errado projecto de educação que nos é imposto pela exigente sociedade em que vivemos. Este processo deveria ser lento. Terei de ser muito bem convencida por quem saiba muito sobre esta matéria, se não será aqui que começa um processo de afirmação da personalidade na criança, “coxo” logo à partida, fragilizando-a para sempre. Se há crianças que, pelo que herdaram, geneticamente, dos pais, são fortes, outras há que - também pelo mesmo motivo, ou outros, em ambos os casos – ficam muito marcadas, psicologicamente.
Sei que é muito difícil para os pais – e eu que o diga como mãe de 6 filhos e avó de 14 netos – estabelecer as doses adequadas de amor e de exigência, sendo estas marcos importantes na sua formação. E a situação torna-se – como no meu caso – incontrolável, de certo modo, quando agravada por um divórcio.
Os pais deveriam ser convenientemente orientados por técnicos à altura, no dia em que decidissem ter filhos e só uma correcta formação das pessoas designadas para esse efeito, poderia levar os pais e as crianças ao reconhecimento saudável dos mais elementares deveres de cidadania, em todos os sectores, afim de ser conseguida uma progressiva melhoria da forma como vivem as pessoas, neste novo mundo que se deseja em transformação, para bem de todos.
O ”desabafo” que acabo de deixar aqui não defende qualquer tipo de atitudes de prepotência ou de imposição, pois deixaria de ter o significado que se pretende: a formação duma sociedade onde cada elemento saiba respeitar os outros através duma doutrina de amor, o que só é possível se cada um tiver uma perfeita consciência dos seus deveres para consigo e para com os outros.
Este meu manifesto foi escrito em 2010. Regresso a ele, remodelando-o, pelo facto de ir constatando que, em treze anos, muito foi feito, mas nada resultou se considerarmos que o pouco que se possa ter conseguido foi abafado por um tremendo aumento do consumo de drogas de todo o género, sobretudo do alcool, responsável pelo desmoronar de muitas relações, de muitas famílias e, sobretudo, pelo aumento de crimes cometidos em resultado do consumo das mesmas. Da parte dos traficantes, há um objectivo demasiado evidente e, portanto, nem vou referir-me a eles. Se existem é porque são procurados como fonte de “recurso” dos desesperados e, consequentemente, é a estes que me referirei.
Cresce, dia após dia, o número de jovens que consomem drogas como forma imediata de ultrapassarem certos estados de alma, cuja causa nem sempre é fácil de identificar, seja pelo próprio, seja por técnicos cuja aplicação no estudo desta matéria é já longa. Recorrem ao uso destes dois inimigos da consciência humana, pelos mais diversos motivos, jovens e adultos, normalmente de grande sensibilidade, eventualmente mais frágeis, refugiando-se numa ‘atmosfera mental’ provisoriamente “à defesa”, mas arrastando-os para uma progressiva perda de amor à vida. No início, tudo lhes parece fácil. Bebem uns copos, ou fumam umas ‘ervas’ e tentam sobrepor-se à causa que os incomoda e que lhes provoca uma angústia que, de algum modo, não querem enfrentar. O argumento para o seu uso, é-me muitas vezes dito ser o de “sentirem-se melhor”. Claro, nem duvido. E depois? Eles estão absolutamente convencidos de que não prejudica mesmo... “Até faz bem”, dizem eles muito seguros, com aquele ar de que sabem mais do que os outros, uma característica que os distingue... Sei – sem qualquer sombra de dúvida – que há jovens, (e adultos!), aparentemente de “mens sana in corpore sano”, que estão agarrados às delícias dessa tal “maconha” - para não referir outras - e que, portanto, passariam a odiar-me se lessem este meu texto. E se realmente, por mero acaso, o lerem, chamar-me-ão um qualquer nome que não me ocorre, pois são nomes mais usados por eles. Mas isso não me move, nem me comove.
Dói-me saber que, não abandonando esses vícios, esses jovens avançam, a passos mais ou menos largos, para uma vida de sofrimento cada vez maior e, eventualmente, para uma morte prematura. Eles podem não ter a percepção de que os conflictos que começam a sentir têm a sua raiz no uso de simples enganadoras “passas de maconha” que, muito lentamente, vai-lhes alterando a personalidade... E que ninguém lhes diga que os prejudica, porque além de esconderem que as usam, contestam quem os aconselha a parar, até porque não lhes convém perceber isso e, daí, este comportamento quando alguém tenta chamá-los à razão. Atrás da “maconha” ou de qualquer outra droga das consideradas “leves”, passam a existir outras alternativas que surtam mais efeito e tudo poderá acontecer. A partir daí inicia-se um processo penoso, indubitavelmente, não só para quem o vive, física e psicologicamente, mas também para os familiares e/ou os amigos. É um abismo que se abre inexoravelmente fundo para ambas as partes, quantas vezes muito pior para os que assistem à sua progressiva decadência.
Cada vez mais, bebe-se e usa-se drogas em todo o mundo. Isso deu origem a muitos outros males que viajam paralelamente, sem ver-se o fim dessa estrada.. É por isso que sinto tratar-se de um problema que necessita de ser combatido com outras armas e com a máxima urgência, através de medidas que combatam o mal pela raiz, o que se afigura muito difícil. Esta é, talvez, a maior praga entre tantas outras, pelos inúmeros crimes que daí advêm. Deveria, consequentemente, não estar limitado a um estudo do indivíduo, isolado, mas sim de uma sociedade em decadência absoluta. Esta minha convicção não exclui uma simultânea e atenta análise à forma como vive a família do jovem em risco, para serem tomadas em consideração medidas de protecção adequadas, pois é no seio familiar que, numa grande maioria dos casos, vamos encontrar a causa do seu comportamento. Não é raro ser a família a grande culpada. Certamente que não poderemos pretender formar novos cidadãos, negligenciando o importante estudo dos seus ascendentes, os quais não deveriam ser deixados à deriva, neste processo, sem uma correcta orientação. Se defendemos a reconstrução deste mundo, que não nos agrada, de forma alguma, deveremos fazê-lo através dum trabalho paralelo: escola e seio familiar, caso contrário assistiremos a um trabalho infrutífero, desnecessário. Tenho consciência, ao dizer isto que, durante a recuperação de certos valores, caminharemos, lado-a-lado, com aqueles que irão pretender fazer frente à alteração daquilo que não lhes convirá ser alterado, mas a nossa força deverá ser superior à deles. Refiro-me, por exemplo, ao “mundo obscuro da superficialidade e da ganância” e das organizações nada interessadas em que certos males acabem.
Mas continuando...
Terão de ser encontradas fórmulas de motivação para um maior respeito pela Natureza e pela convivência saudável entre todos, fórmulas essas que deveriam ser aplicadas a partir do nascimento, através de adequada assistência técnica de orientação especial, dada por elementos habilitados para o efeito, os quais deveriam ser, eles próprios, um exemplo daquilo que se pretende para a formação de um “novo cidadão”.
Lamento que uma boa maioria de crianças seja, muitas vezes, vítima da necessária ausência dos pais, o que pode ser a mais grave causa para situações de insegurança e fragilidade, pois – como que de repente – a partir duma certa idade, é-lhes retirada aquela protecção e segurança a que as habituámos. Isso faz-me muita pena. Não será que a criança passará a sentir que pode ser culpada da razão pela qual deixa de continuar a ter essa potecção? Será que, mesmo explicando, a sua fragilidade irá aceitar a justificação, ou justificações que lhes damos? Não esqueçamos que a criança entra na pré-primária muito cedo e que a mudança faz-se de um dia para o outro. Tenho assistido a verdadeiros dramas, em que a criança sofre e chora desesperadamente, deixando-nos em sofrimento, também, sofrimento esse que ‘tentamos’ ocultar com a nossa determinação de ir em frente com o errado projecto de educação que nos é imposto pela exigente sociedade em que vivemos. Este processo deveria ser lento. Terei de ser muito bem convencida por quem saiba muito sobre esta matéria, se não será aqui que começa um processo de afirmação da personalidade na criança, “coxo” logo à partida, fragilizando-a para sempre. Se há crianças que, pelo que herdaram, geneticamente, dos pais, são fortes, outras há que - também pelo mesmo motivo, ou outros, em ambos os casos – ficam muito marcadas, psicologicamente.
Sei que é muito difícil para os pais – e eu que o diga como mãe de 6 filhos e avó de 14 netos – estabelecer as doses adequadas de amor e de exigência, sendo estas marcos importantes na sua formação. E a situação torna-se – como no meu caso – incontrolável, de certo modo, quando agravada por um divórcio.
Os pais deveriam ser convenientemente orientados por técnicos à altura, no dia em que decidissem ter filhos e só uma correcta formação das pessoas designadas para esse efeito, poderia levar os pais e as crianças ao reconhecimento saudável dos mais elementares deveres de cidadania, em todos os sectores, afim de ser conseguida uma progressiva melhoria da forma como vivem as pessoas, neste novo mundo que se deseja em transformação, para bem de todos.
O ”desabafo” que acabo de deixar aqui não defende qualquer tipo de atitudes de prepotência ou de imposição, pois deixaria de ter o significado que se pretende: a formação duma sociedade onde cada elemento saiba respeitar os outros através duma doutrina de amor, o que só é possível se cada um tiver uma perfeita consciência dos seus deveres para consigo e para com os outros.
Tendo atingido uma respeitável idade, julgo muito improvável poder permitir-me a ousadia de divagar sobre o meu futuro. Não seria agradável colocar-me na ridícula posição de perder-me no campo das ilusões, nem seria recomendável fazê-lo, até pela fragilidade do terreno em que perspectivaria o que quer que fosse. Assim sendo, e porque navego hoje sobre um mar de ondulação muito variável e pouco consistente, sinto que a base para escrever sobre o meu futuro seja demasiadamente sensível para prospectivá-lo. O passado permitiu-me ter momentos – e até períodos – de grande felicidade. Foram esses momentos que geraram a resiliência que, até uma certa idade, foram o meu marco de sustentação de muitas vicissitudes. Actualmente, atingi um patamar da minha vida em que sinto-me tremer quando devo tomar uma decisão importante, de natureza muito pessoal, e que possa mexer com o que regula a minha estabilidade emocional. Sinto-me particularmente frágil a certas memórias as quais, de certa forma, acompanhar-me-ão sempre. Talvez por isso, se tenho de enfrentar um problema, e resolvê-lo, gera-se de imediato um sentimento de confronto entre o meu EU actual e o EU que, no passado, me identificava, porque fui uma mulher que sempre reagiu pegando “o touro pelos cornos”. Hoje sinto que, nesses momentos, gera-se uma troca de olhares entre duas almas: uma que olha a decisão a tomar dando-lhe o peso de um qualquer S.O.S., e a outra que responde com um olhar de quem quer, mas já não consegue.
A continuidade desta minha existência não depende de mim, obviamente, e é, também, um dos muitos senãos “irreversíveis” que sempre me perturbaram na vida. Vincadamente corajosa nas minhas tentativas de resolver causas aparentemente irresolúveis, sempre que esses casos surgem hoje, provocam em mim um grande desconforto. A certeza de que a minha vida irá ter um fim está, porém, a entrar no meu dia a dia com razoável aceitação, não lhe dando, no entanto, muita atenção.
Dar aos outros a possível impressão de que me sinto infeliz, ou depressiva, seria lamentável, pois dentro de mim há um amor à vida, e ao Universo, sem limites. Vim ao mundo com um propósito, muito provavelmente, o qual estará ainda por cumprir. Talvez seja isso que me dá uma certa sensação de quem quer expressar ao Universo, através de uma permanente rotina diária, que me deixe continuar por cá, pois tenho ainda muita coisa por organizar. Quando vou terminando a organização de umas, já outras - que criei entretanto - esperam por mim. E vou vivendo iludida de que alguém, algures, estará a perceber-me.
Continuarei agarrada à convicção de que a escrita é a forma que melhor me permite ser fiel ao que penso, até porque dá-me tempo de reflectir e, só depois, manifestar-me. Tal preferência dá-me, também, a possibilidade de desabafar com o ar que respiro enquanto as ideias vão fluindo… Isso evita que eu sinta solidão, não dependendo de quem não apreciaria ouvir eventuais lamentos de uma idosa. Depois… só lê o que escrevo quem quer.
Inicio este meu manifesto esclarecendo, primeiramente, que não tenho qualquer vantagem comercial com a publicação deste post. Desde a criação do meu site, em 2020, que tenho enfrentado um problema cada vez mais incómodo: o permanente aparecimento de spam nos comentários do que publico. O administrador do meu site tentou, permanentemente. quase todas as maneiras de lidar com este massacrante problema. Utilizou vários plugins e, por fim, no desespero, acabou desabilitando a opção de permitir comentários, medida que não é aconselhável mas, como referi, já estava desesperada. Até que, milagrosamente, descobriu o Anti-Spam do CleanTalk. Sinceramente, inicialmente, pensei que seria apenas mais um daqueles tantos plugins que instalaria no meu WordPress com poucas esperanças de livrar-me dessa praga -como muito bem sabe quem usa a plataforma. O facto é que, durante o período de teste, os malditos comentários de spam foram completamente neutralizados. Espantada, afirmo feliz ter decidido comprar a licença. Nunca mais tive estresse ou dores de cabeça por causa dessa verdadeira praga! Quem usa WordPress sabe, exactamente, a que me estou referindo. Conclusão: instale e experimente! Veja você mesmo os resultados e tire as suas próprias conclusões! Aqui está o respectivo link: https://cleantalk.org/ Muito grata, CleanTalk!
E quando tudo parecia sem solução, naquele dia cinzento em que a velhinha, abandonada pela família, seria deixada num lar de idosos, fez-se luz na mente de uma esquecida neta que havia sido institucionalizada quando criança. Sabendo do acontecimento, prestes a ser materializado, a jovem meteu pés ao caminho e foi ao encontro da avó, disposta a fazer-lhe uma proposta. O inesperado acontecimento poderia apagar a mágoa que estava a pesar na avó, havia já alguns meses, pela triste perspectiva de ser entregue, como um fardo, aos cuidados não sabia de quem, nem onde. Iria passar a estar algures, onde nada era seu. No seu humilde cantinho olhava pelas suas plantas, sabia onde estava tudo. No lar para onde iria... quase tudo era de todos.
A neta recordava o quanto sofreu no dia inesquecível em que foi abandonada pela família e entregue a uma instituição. Isso agitou-lhe a alma. Não, ela não podia deixar que isso acontecesse à avó, e decidiu meter pés ao caminho para ir ao encontro dela e fazer-lhe a proposta de viverem juntas. Ela poderia transcorrer ainda alguns anos de felicidade, apoiada no seu amor e, talvez, acabarem as duas por descobrir respostas que iriam ajudar ambas a diluir traumas do passado.
A proposta foi recebida com imensa surpresa e tanta, tanta alegria. Dito e feito, avó e neta passaram de um passado cor de breu, a um alvor cheio de luz e de esperança. Não saberei por quantos anos se manteve essa felicidade, mas não importa, desde que tivessem sido suficientes para que nesse desconhecido tempo, todos os maus traços de um passado indesejável, mas infelizmente demasiado comum, deixassem de perturbar-lhes a alma.
(Carta de um filho homosexual, a seu Pai)
Quando, muito jovem, não tinha a percepção do que me esperava no espaço em que, tímido, manifestava grande sensibilidade e sede de amor. No tempo, percebi que a distância entre nós silenciava-me a voz, mas travava-me o rancor. Entre mim e ti um mundo obtuso nos separava. Tudo me parecia muito confuso. Buscava conhecer-me através de ti, Pai, mas tu eras impenetrável. Queria emancipar-me, mas sentia-me preso e inadaptável àquele espaço frio, entre nós. O tempo correu veloz, e nunca adquiriu a função de mestre. Continuou a silenciar-me a voz. Hoje não culpo a vida nem este espaço terrestre onde muita gente é oca e assaz presumida. Partiste dum universo que te comandava a vida. Entretanto, esperava que neste mundo adverso encontrasse o espaço que tanto ambicionei, para poder gritar... PAI… EU SEMPRE TE AMEI!
Seria salutar que cada pessoa vivesse a sua vida em privado - se desejado - não sendo criticada por quem nada tem a ver com a sua preferência de como vivê-la.
A interferência na vida privada de alguém é, porém, louvável e legal, se a sua segurança e/ou bem-estar, estiverem a ser ameaçados.
Façamos votos para que, durante 2024, surjam projectos válidos para:
1. A instauração da Paz em todo o mundo.
2. O fim da miséria em que vivem milhões de famílias.
Cada ser humano morto em consequência de uma guerra, ou vítima da maldade de outrem, leva um pouco de vida de todos aqueles que repudiam a desumanidade e a sede de vingança. A morte de alguém só é compreendida se resultante de um factor alheio à existência de perversidade e de desamor.
Procuremos um conhecimento válido daquilo que está acontecendo no mundo, através da leitura de notícias credíveis e não daquilo com que tantos tentam, tendenciosamente, ofuscar a verdade dos factos para proveito próprio, ou para proveito de grupos que pretendem alcançar sucesso em projectos com finalidade duvidosa.
Estamos a avançar velozmente para a era do conhecimento e da tecnologia avançada do foro digital. Entremos na plataforma dos que sofrem e busquemos dados reais de informação, uma das formas possíveis de constatar a verdade sobre a existência de problemas ligados a carências inaceitáveis. É tempo de agir, porque estamos a ser presenteados com meios que podem denunciar factos que nos foram ocultados de várias formas, no passado.
O futuro do mundo carece da instauração de programas de actuação a partir da raiz de muitas vertentes, a fim de ser conseguida uma sã HUMANIDADE, em detrimento da MENTIRA e da GANÂNCIA, dois dos factores que fomentam guerras, monopolizam riquezas excessivas e privilegiam a maldade hedionda de uma onda de sedentos de poder, para moldarem o mundo à sua imagem e semelhança.
Será expectável e desculpável que eu possa intuir a existência de duas forças mundiais potencialmente antagónicas nos objectivos a atingir: uma de defesa permanente do cumprimento da lei e dos bons princípios morais, que trabalha no sentido do progresso e da paz, e outra que a enfrenta, com objectivos bem diversos, mas não menos poderosos: o maléfico mundo da droga, ambicioso e com projectos bem definidos. Com base nesta minha elementar dedução, arrisco-me a conjecturar sobre a coexistência destas duas forças em permanente confronto adverso: uma, em contínua luta pela tranquilidade da população, e a outra, apostada em manter a sua ambiciosa e ilimitada acção de destruição através de acções indubitavelmente nefastas à paz no mundo em todos os sentidos. Afigura-se-me impossível acreditar que alguma vez venha a ser possível neutralizar o que está a acontecer, pela dimensão dos casos de que temos conhecimento diário. Há uma rede de informação e acção, confusa e intencional, que tolda permanentemente a verdade nua e crua dos acontecimentos.
Sendo eu alguém, entre milhões de seres humanos, que ainda acredita na força do Amor como solução de conflictos, nunca fui influenciada por qualquer tipo de organizações religiosas, entre as quais incluo a do Vaticano, sobre a qual pesam acusações que nem contesto, nem defendo, porque desconheço onde termina a mentira e começa a verdade.
Vou repetir parte do que escrevi no meu manifesto sobre a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, realizada em Lisboa, a qual terminou no passado domingo: Sou suficientemente "grande" para não seguir rebanhos, e demasiadamente "pequena" para julgar os males que as consomem. Consequentemente, o que vou escrever sobre a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, nada tem a ver com o Papa Francisco, nem com os milhões de euros gastos no evento. Cada um julgará, como lhe aprouver, o bloco de organizadores da mesma. Escreverei apenas algumas linhas sobre aquilo que me impressionou mais - excluindo, também, as expressões usadas pelo Papa Francisco, as quais significarão muito para o milhão e meio de pessoas de boa fé, presentes no evento - e que merecem o meu maior respeito. Caberá a cada um desses, presente - ou não - no evento, julgar a aplicação a dar às mesmas.
Estaria a fugir à verdade se não afirmasse que todo o evento foi surpreendente e emocionante. Encheu-me a alma de carinho e de ternura ao ver a forma como todos aqueles jovens se comportaram uns com os outros, sobretudo porque a atmosfera foi de harmonia, de participação, fraternal e feliz. Tudo isto estava estampado nas mais elementares atitudes, tais como a mútua troca de sorrisos e manifestações de carinho evidente entre todos.
Dois exemplos, ainda, de grande emoção: a vista aérea de Lisboa, tão inesperadamente coberta por o anunciado milhão e meio de gente cheia de fé - ou não, pouco importa - e o impressionante minuto de silêncio sugerido pelo Papa Francisco, ao qual todas as pessoas aderiram com elevado respeito. Isto sim, faz-me acreditar numa possível "mudança", num futuro tão desejado. Precisamos de gente capaz de motivar a população mundial a construir um verdadeiro Paraíso na Terra. Dói muito constatar que enquanto este evento decorria, havia polícia, em outras zonas do País, a apreender droga, armas, dinheiro, etc., em grupos de gente vocacionada para o tráfico de estupefacientes, gente essa que, no seu desespero, faz da morte dos outros um forma de continuarem vivos.
Deixo aqui um desejo ardente que, a concretizar-se a sua realização, terá ainda um longo tempo de espera para surtir efeito: Que as JMJ-Jornadas Mundiais de Juventude, em todo o mundo, eliminem de vez com a existência de pedofilia.
Usarei neste manifesto uma linguagem tão elementar quanto elementar é o meu conhecimento da lei. Ousarei transpor o muro do desconhecimento que me separa de todo e qualquer argumento apresentado por um juiz – ou grupo de juizes – como elemento justificativo da razão pela qual decide – ou decidem – manter em prisão preventiva um cidadão suspeito de corrupção ou infracção de qualquer tipo. Vulgarmente, diz-se que todo o acusado é inocente até que seja feita uma clara e isenta análise das acusações que lhe são atribuídas e que provem que ele é, ou não, culpado. Assim sendo, ponho esta questão:
Não seria mais dignificante, tanto para o acusado, como para um juiz – ou grupo de juízes – que fossem pormenorizadamente averiguadas todas as provas de acusação que lhe são feitas, ANTES de condená-lo a prisão preventiva? Se a lei permite esta prevenção, e há, constantemente, casos em que o suspeito acaba, finalmente, por ser ilibado de qualquer culpa ou suspeita, parece-me tremendamente humilhante colocar-se em prisão um inocente, se for este o caso. Há o perigo de fugir do país? Nesse caso, fica em liberdade condicional, proibido de ausentar-se do seu local de residência. Com isto poderia evitar-se a um cidadão, eventualmente idóneo, a vergonhosa condição de ex-recluso, para toda a vida.
Não creio seja admissível o tempo de espera para a eventual libertação de um inocente em prisão perventiva, ou mesmo outros casos de que todos temos conhecimento. A minha opinião pessoal - que sei não ter qualquer relevância! - é a de que se dispõe muito da vida de cada um em conflito, em deterimento da necessidade de acelerar o tempo que os tribunais levam a concluir os processos em análise.
Como cidadã consciente da realidade que vivemos em Portugal, hoje reclamo contra a inconsciência de todo aquele que, usufruindo de condições privilegiadas de vida, aceitou ter sido escolhido pelo partido que representa para candidatar-se a primeiro-ministro de um país com milhares de pessoas a viver em condições deploráveis, sabendo, de antemão, que não iria ser fácil tal tarefa.
Eleito sem ter atingido a maioria, entregou-se à tarefa de colocar “remendos” aqui ou ali, tentando criar um clima de contentamento descontente entre o povo. Contudo, é preciso uma boa dose de sangue frio para aceitar essa situação, sabendo, antecipadamente, que não irá ter soluções imediatas para “levar a carta a Garcia”. Nessa impossibilidade, permite-se calar o eco dos gritos vindos da alma de quem está em sofrimento, dando-lhe pequenas “esmolas” que vão sendo oferecidas, como se de regalias se tratasse.
Qualquer candidato que aceite assumir a chefia de um governo não deveria compactuar com incongruências que pusessem em causa a sua consciência absoluta de uma realidade que não deveria pôr em prática, tais como:
a) Uma vez única, num determinado mês, dar uma “esmola” a cada cidadão reformado, como compensação pelos escandalosos aumentos no preço de produtos alimentares, e não só:
b) Haver, neste momento, milhares de pessoas que, por vergonha, muitas vezes já só comem arroz com arroz e batatas com batatas, vivendo, portanto, no limiar da miséria;
c) Termos certos cidadãos – inadmissível! – a sobreviver com a miserável esmola de um subsídio vergonhoso e deplorável de reinserção social;
Um chefe de governo que permite estas incongruências está a candidatar-se a entrar na longa lista de todos quantos colocaram Portugal no caos em que se encontra agora. E, enquanto tudo isso ocorre, esse responsável elemento do governo cumpre o honroso dever de sorrir à população com um ar que eu sinto ser “de quem sabe, mas não diz”, pomposamente protegido pelo célebre manto diáfano de fantasia, a que faço, por vezes, referência, e que o eleva à categoria de promotor de injustiça social, se nada fizer de concreto, imediato e eficaz.
Relativamente a uma considerável camada da população portuguesa, que vive deambulando pelas ruas “in mode” zombie, gostaria que fossem encontradas soluções para essa gente, vítimas directas de desamor e espelhos do que acontece a quem abusa do recurso ao uso permanente de substâncias psicotrópicas, maldição que lhes permite perder a consciência da verdadeira realidade de um mundo em transformação continuada, onde a ofensa à dignidade humana tem lugar de destaque.
Seria bom, também, que terminasse, de vez, a atribuição de culpas a governos anteriores. Essa desculpa já perdeu o prazo de validade. Ao assumir uma posição, há que arregaçar as mangas e provar competência. A incompetência de quem governou anteriormente faz parte do passado. Ou o novo substituto aceita o cargo ou o recusa. A elaboração de um programa concebido com o objectivo efectivo de renovação deste lindo país terá de dar provas do que há a fazer, e não do que poderia ter sido feito. Esse argumento já não "cola" como alibi para futuros erros imperdoáveis.
Ninguém poria em causa a vida privilegiada a que cada cidadão possa, meritoriamente, ter direito. O que deve ser posto em causa, a quem governa um país numa situação deplorável como a que se vive, actualmente, em Portugal, é não permitir-se governar mal, ou “governar-se bem”, sabendo perfeitamente que muita gente está a sucumbir devido à fome ou à ingestão de alimentos prejudiciais à sua saúde, porque não tem condições económicas para comprar melhor. Muita gente morre de fome e de vergonha, e o Estado fecha os olhos a essa realidade. Tais condições incitam, malogradamente, à violência de todo o género. Lugares de elevada responsabilidade, como o de primeiro-ministro – e não só – deveriam ser preenchidos por pessoas que não permitissem a esmola, em detrimento da elaboração de um claro programa de mudança radical, justo e transparente. “Dar esmola” ofende, mais ainda se o que se pretende é, tão-somente, apaziguar a revolta.
A concluir este manifesto de preocupação e de desagrado:
"A história parece repetir-se, e na Assembleia da República paira uma impávida expectativa de um “dois mil e qualquer coisa” que, forçosamente, recorda aos mais atentos e conhecedores de causa, o ano de mil novecentos e vinte e seis, em que a ditadura nacional se impôs. Isso é uma das coisas que a maioria não gostaria que voltasse a acontecer...”
Notarão, certamente, que há três temas sobre os quais sou muito focada: A Criança – A Mulher – O Idoso. São temas muito sensíveis sobre os quais considero seja inadmissível que os governos não estejam permanente e cuidadosamente vigilantes.
Desta vez debruço-me sobre o que se passa nos corredores das urgências dos hospitais, sempre que um idoso, ou idosa, não esteja acompanhado/a de um familiar ou pessoa amiga, sendo deixado/a sozinho/a no corredor do mesmo, à espera da sua vez para ser atendido.
É constrangedor verificar este cenário – que considero desumano, muito embora possa não ser culpa do pessoal que presta assistência ao doente, sobrecarregado – sobretudo nos momentos de grande
afluência de doentes – pelo excesso de trabalho.
É certo também que o governo se debate com graves problemas financeiros, mas a impressão que colho do que nos vão dando a conhecer, é que a solução a encontrar, para colmatar os grandes “buracos” na economia, em Portugal, está errada. Procura-se, tanto quanto me apercebo, recorrer a soluções que protegem quem já está protegido. E quem é sempre a infeliz vítima? Quem já estava mal... ficando pior ainda! Entretanto, em busca de soluções, perguntaria:
• As excessivas despesas do governo, são controladas?
• O nível de “protecção” que sinto ser dada aos que já usufruem de condições básicas ultra
magníficas, será justo?
• Os grandes prevaricadores, que durante anos vigarizaram sorrateiramente, não continuam
a usufruir de condições privilegiadas?
• Etc., etc., etc.!
O que me parece ser um facto real é que há inúmeras falhas na criação de condições básicas capazes de proporcionar à população mais carente a atenção que merece, e os economistas continuam a falhar, quando procuram soluções, repito, que de uma ou de outra forma, protegem quem já está mais do que protegido.
Hoje recordo um texto que escrevi em 2014-01-27, depois de ter lido um artigo sobre “TDAH-Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperactividade”, artigo esse que representou mais um escândalo de grande envergadura e que nos leva a questionar como será possível que sejamos tão ingénuos que não nos apercebamos que estão constantemente a enfiarem-nos no cérebro teorias inventadas, muitas vezes através duma arte manhosa, a que chamamos “artimanhas para engordar o património financeiro de mal intencionados que não têm nem pudor, nem respeito pelo próximo”. O referido artigo referia-se a um assunto muito delicado, i.e., o comportamento dos nossos pequeninos, artigo este que veio de encontro às dúvidas que sempre tive neste campo.
A educação da criança exige tanto de nós! Muito sacrifício e muita entrega mas, sobretudo, muita atenção. Quando o mau comportamento duma criança ultrapassa, de longe, a nossa capacidade de control do mesmo, deveremos reflectir, em primeiro lugar, sobre eventuais razões para que tal aconteça e perguntarmo-nos se a educação que estamos a dar-lhe será a correcta. É necessária, da parte dos pais, muita firmeza, paralelamente a tanto amor, quando educam os seus filhos. O Amor e a Firmeza devem interligar-se constantemente, na educação a dar à criança, acabando esta por compreender o significado das duas, aceitando-as.
Nem tudo o que nos parece ser, é-o, realmente, e muitas vezes vêm com teorias que me assustam por chegarem mesmo, não só a agravar o problema da criança, por procedimentos inadequados, como também a 'desviar' uma correcta posição dos pais, comprometendo a sua adequada actuação, no momento próprio. E depois, na grande maioria dos casos, são os pais os directíssimos responsáveis pelos maus comportamentos dos filhos, que tantos dizem - ou diziam - serem esses comportamentos devidos a um "distúrbio" a que chamam - ou chamavam - *TDAH (ou ADHD), quiçá para desculpabilizarem-se...
A nossa culpa não estará, eventualmente,
1. no quanto estaremos a exagerar ao satisfazermos todos os caprichos das nossas crianças, oferecendo-lhes
os mais sofisticados meios de diversão, tais como jogos para computador, play station, Wii, Nintendo, etc.?
2. no quanto as prejudicamos quando não damos a devida importância à correcta organização dos seus
tempos livres?
3. no quanto estaremos a prejudicar o seu equilíbrio emocional, pelo excessivo tempo que perdem em jogos
de competição os quais, na sua maioria, incitam à violência?
4. no quanto as prejudicamos deixando que usem o seu computador (tantas vezes para verem ou jogarem o
que não devem, por ausência de vigilância) ou que alimentem a sua vontade de serem sempre vencedores
em jogos de competição tão agressivos, quanto impróprios, em vez de as acompanharmos em salutares
brincadeiras ao ar livre?
5. no facto de muitos educadores permitirem que os seus filhos comam as suas refeições em frente do
computador, ou a jogarem os referidos jogos, o que - como é natural - prejudica-os altamente?
etc.
Gostaria de saber se os herdeiros de Leon Eisenberg, psiquiatra e educador infantil que inventou o TDAH, (ou ADHD), Transtorno de Deficit de Atenção com Hiperactividade, serão dignos merecedores da fortuna que, eventualmente, ter-lhes-ão deixado, herança essa que ele teria "engordado" ao longo dos anos em que a sua teoria não passou duma "invenção" com esse fim: enriquecer à custa dessa mesma falsa teoria (e quem sabe de outras do mesmo calibre), que levou inocentes pais a acreditarem nele. Essa fortuna não seria suficiente, SEM DÚVIDA NENHUMA, para compensar, moralmente, aqueles que ele prejudicou psicológica e fisicamente.
São homens como Leon Eisenberg e uma fila enormíssima de outros - que não caberia aqui referir - que levam tantas pessoas a acreditarem neles sem reflectirem, primeiro, sobre a veracidade das suas teorias, por desconhecimento óbvio.
Para quê mais palavras? A minha família saberá bem que sempre me opus à teoria dele, quando conversávamos sobre determinados comportamentos de crianças. Amo-as demasiado, para confiar cegamente em algumas das afirmações tão peremptórias quanto maléficas.
Deixo mais duas simples perguntas no ar:
a) Será que todos os jovens que programam virem a ser pais, alguma vez se perguntam se estarão dispostos a
sacrificar o seu tempo, dando à criança a atenção que lhes será exigida por dever? Não menosprezem este
ponto importantíssimo!
b) Será que estarão preparados para proporcionarem aos seus filhos ar livre, em vez de, por comodismo ou
franca falta de tempo, preferirem manterem-se em casa, alimentando neles o hábito, que passará a vício
como qualquer droga, de fazer aquilo que, mais tarde ou mais cedo, acabarão por exigir se lhes forem
recusadas... gritando e massacrando, até que essas mesmas vontades sejam satisfeitas?
De que servirá a alguns pais irem ao gabinete dum psicólogo para receberem conselhos, se eles mesmos desconhecerem o que são regras nas suas próprias casas?
Em 07 de Fevereiro de 2024, o Jornal “ONU News” informou que o secretário-geral da ONU teria afirmado que o mundo tinha entrado na “ERA DO CAOS”.
https://news.un.org/pt/story/2024/02/1827417
São tantas as causas sobejamente relatadas e comentadas – e incluo aqui as conhecidas como sendo "politicamente correctas" - que, a uma pessoa tão ignorante quanto eu, sobre tanta coisa que ouve e vê, ser-lhe-á (ou não) permitido fazer conjecturas absolutamente pessoais, sobre as mesmas.
Sou de opinião que a raiz daquele caos foi gerada pela acumulação de vários factores muito importantes, intrinsecamente ligados à formação, e consequente competência, de quem tem a estoica missão de governar o seu país. Entendendo bem as afirmações feitas pelo Secretário-Geral da ONU, Senhor Eng.º António Guterres, sinto, no entanto, dever juntar-se a esse global de causas, os transtornos físicos e psicológicos que o malogrado Covid-19 e seus sucessores - travestidos de múltiplas “variantes” - têm provocado, sobretudo, a partir de 2019.
Se é verdade que defendo, de alma e coração, a necessidade de evitar que o mundo chegue a qualquer situação caótica, através duma reestruturação social bastante abrangente - sobretudo no sentido perfeito do que significa “amar o próximo como a ti mesmo” - também é verdade sentir que, devido a diferentes ideologias, nomeada e principalmente de carácteres religioso e político, essa pretensão nunca passará de verdadeiramente utópica. Tal poderia, hipoteticamente, ter sucesso... se aplicada, e muito cautelosamente gerida, em cada País onde tal pretensão fosse aceite. Todavia, nos interesses envolvidos nas relações internacionais existentes, estão implícitos objectivos que esmagam qualquer esperança numa paz permanente. Assim, na mente dos responsáveis e dos seus seguidores, prevalecerá sempre “a lei do mais forte”, numa tentativa de levar àvante as suas pretensões, as quais começam por “provocações”, passando por esporádicos ou permanentes ataques e, não resultando... surge a ameaça do recurso a armas nucleares. Instalado o terror, vem o caos, faltando apenas a concretização da grande ameaça... se nada mais surtir efeito. E passa a reinar o desespero entre a população, começando as dramáticas fugas em busca de razões para continuarem vivos.
Entretanto, enquanto a população dos países em guerra, grita por paz ou foge em busca de um porto seguro, outras populações, alheias a essa realidade e a tantas outras, continuam a tentar “brilhar” sob as luzes da ribalta, indiferentes aos que estão sofrendo duma sede incessante do Saber que lhes permitiria entender a ganância humana, pela ponta justa.
Deixo, fora de lista, aqueles que, à semelhança dum passado histórico de longuíssima data, seguem procurando “O PARAÌSO INEXISTENTE.”
Quando um ser do sexo feminino nasce, é portador de um baú de responsabilidades a cumprir. Cabe a esse ser o dever de executá-las no tempo e, à Justiça, o de protegê-lo para que o consiga.
Não me faço perguntas escusadas sobre a escalada de violência que, diariamente, caem nas páginas dos jornais e nos noticiários - que já evito escutar. Trata-se de um conjunto de causas, cujos efeitos estão a tornar-se profundamente lamentáveis, assustadores, e indicadores de um país sem rédeas. Tudo à volta dos problemas - já para não referir tantos outros – que geram consequências nefastas a muitos níveis, agravadas pela demora das condenações que tantas vezes urge fazer. Actualmente parece não bastar ao criminoso simplesmente matar. Hoje ele consegue ser mais sádico, mais hediondo e mais perverso!
Politicamente, a população está a sentir-se desprotegida, negligenciada e altamente prejudicada, se tivermos em conta o que se passa com o final de muitos processos contra elementos do Estado e outros de tantas figuras com cargos de grande responsabilidade no País, e que se tornaram, mais do que uma GRANDE desilusão, uma GRANDE vergonha para Portugal.
Focando, paralelamente, o interesse que aos media suscita notícias mundanas que não acrescentam nada seja a quem for, assistimos a que os mesmos - preocupados com a necessidade de manterem a percentagem de audiências no topo, transmitam programas que, ao invés de gerarem cultura e bons princípios de formação, dão ao povo aquilo que a maioria dele prefere: drama, violência, e uma série de maus exemplos servidos com muito "molho", deixando a outra percentagem de pessoas limitada a uma minoria de bons canais.
Repare-se, ainda, na forma como são feitas entrevistas a pessoas vítimas de um dramático episódio nas suas vidas, como por exemplo terem matado à força de pontapés na cabeça, de forma brutal (MESMO QUE BRUTAL SEJA SEMPRE!) um familiar de alguém. Exemplo ao acaso:
- O que é que sentiu quando lhe contaram o que aconteceu?
Isto é uma pergunta que se faça? Alguém tem dúvida que o seu familiar está em sofrimento??? Porquê perguntar? Seriam muito desejadas palavras de conforto, não massacrando mais a pessoa entrevistada. É espremer o sentimento até às lágrimas, senão não gera uma atmosfera de dor... Será isso? Chega-se ao cúmulo de assistirmos à forma como alguns apresentadores orientam as perguntas que fazem aos entrevistados, e ouvimos verdadeiros disparates, até com perguntas sem qualquer interesse para o tema da conversa, o que deixa a impressão de que foi dado um tempo demasiado longo ao entrevistador, levando-o a fazer perguntas que mais parecem de natureza coscuvilheira, do que de análise de dados que teriam muito interesse para o tema a explorar. Que mediocridade!
Este meu texto reflecte uma certa decepção que tenho vindo a acumular dia, após dia, face às circunstâncias em que se vive neste País. Estes foram os temas que hoje, cansada e desgastada, ocuparam a minha manhã.
Neste primeiro dia dos 365 que se seguirão, deixo votos de esperança na necessária luta mundial contra a carência de amor, de dedicação a causas humanitárias, de coesão e de resiliência, carências estas que tornam impeditivo o desejado progresso e paz mundiais de que tanto precisamos.
Chegou o momento em que urge filtrar de cada um de nós todo e qualquer pensamento negativo, por erros cometidos no passado, afim de avançarmos para um futuro sem egoísmo ou atitudes em que a ganância e defesa de interesses pessoais ou de estado, prejudicaram a liberdade e o bem-estar geral da Humanidade. A prática destes erros colocou o mundo numa situação de insegurança generalizada, a qual se encontra no limite do suportável.
Esta manhã, vi um vídeo no YouTube em que uma criança, com apenas nove anos, falava da sua paixão pela música com tanto entusiasmo que captou imediatamente a minha atenção. Toca piano desde os três anos e foi a ouvir Frank Sinatra que começou a desenvolver essa paixão. Durante a curta apresentação, a criança afirmou que não tinha nada em comum com o pai e que este "não vestia calções". Apenas a mãe estava presente na audição, o que me levou a supor que a figura paternal não fazia parte do agregado familiar. Fiquei presa a este detalhe, atribuindo-lhe a importância que merece, mesmo reconhecendo que as minhas deduções se baseiam num curto espaço de tempo, no qual as poucas palavras proferidas me deixaram com muitas perguntas e nenhumas respostas.
A música, como sabemos, tem um papel fulcral no desenvolvimento cognitivo infantil. Estudos comprovam que o contacto com a música desde cedo melhora a concentração, a memória e a coordenação motora. A música torna-se, assim, uma linguagem poderosa, através da qual as crianças podem expressar-se e estruturar o pensamento. Feita esta breve introdução ao manifesto, avanço para o que me parece verdadeiramente importante. O caso que apresentei representa o levantar de um véu sobre pequenas grandes iniciativas que deveriam, globalmente, ser postas em prática em todas as creches e jardins de infância. Estes estabelecimentos têm a missão de substituir um elemento central na vida de uma criança: a Mãe, cujo papel exige uma profunda reflexão. Poderão ser encontradas alternativas à sua presença, em inúmeros casos até mais profícuas do que manter a criança ao lado de alguém emocionalmente ausente, que desconheça a importância crítica de um desenvolvimento mental saudável.
O vídeo que vi fez-me reflectir sobre a necessidade urgente de actuação. Partindo do princípio de que nem todas as crianças têm o mesmo grau de capacidade para apreender uma matéria, e de que não saberemos, à partida, para qual demonstrarão maior interesse, seria necessário começar pelo princípio: analisar, cuidadosamente, por que matéria a criança se revela interessada e, a partir daí, "alimentar a sua alma com esse fruto". Este conceito remete para a teoria das inteligências múltiplas, defendida por Howard Gardner, que postula que cada criança tem diferentes tipos de aptidões – sejam musicais, linguísticas ou espaciais, entre outras. A educação deve, portanto, ser ajustada a estas individualidades, de modo a garantir que o desenvolvimento da criança seja o mais enriquecedor e completo possível..
URGE REVER AS LEIS QUE ESTABELECEM A PUNIÇÃO A SER APLICADA EM CADA CASO
a) O execrável aumento da violência;
b) O que os "mass media" transmitem/publicam, fugindo ao respeito pelo pudor e sensibilidade
dos outros, para atraírem a atenção de um público bem específico e, assim, aumentarem as
suas audiências/os seus leitores;
c) A inoperância das leis que regem as punições pelo abuso sexual de crianças e de adultos;
d) A incontrolável falta de respeito dos alunos nas escolas, para com os professores;
e) O assustador aumento de jovens que recorrem ao uso das chamadas drogas leves, quantas
vezes evoluindo, mais tarde, para as drogas pesadas.
De a)+b)+c)+d) e e) resulta a tendência para criar, na geração mais velha, a defesa da hedionda falsa moralidade dos "extremistas", como justificação para atingirem objectivos bem concretos, ocultos por um "manto diáfano de bons propósitos".
Hoje achei por bem voltar a um manifesto que escrevi em 2015, baseado num texto de Natália Correia - que achei fantástico - mas que estou impossibilitada de transcrever, uma vez que o perdi. Tratava-se de uma premunição feita por esta escritora, dramaturga, poeta e deputada do Parlamento, de quem, muito sinceramente, eu sabia pouco. Portanto, passo a escrever o texto que, na altura, publiquei, inspirada no que li desta controversa autora.
Não importa se tu és de esquerda ou de direita, basta que tenhas consciência das opções que assumires ao tomar uma decisão importante, decisão essa que pode vir a prejudicar fortemente a tua Nação, se não souberes escolher o Homem que gostarias de ver governá-la. Tal escolha não deve – de forma alguma – servir o teu partido, mas sim a tua Nação.
Por classe social entendo várias, entre elas:
• a que teve acesso à cultura e que a adaptou a bons princípios que defende;
• a que teve acesso a uma cultura apenas libresca e que a adaptou a si, para
tentar satisfazer as suas excessivas e egoístas ambições;
• a que não teve acesso – por um ou por outro motivo – à base cultural que
poderia ter-lhe dado a possibilidade de julgar por si e não pelo que os
outros lhe dizem.
• etc....
Não acredito em classes sociais ditas ricas e pobres. Não é o ter ou não ter dinheiro que nos coloca num dos dois patamares. São os valores que defendemos e, aí, os patamares são vários. Temos tido governos escolhidos por maiorias que votam no seu partido, e não no HOMEM que convém por provas dadas das suas grandes qualidades. Essa maioria, confia num programa que lhes apresentam e que vai de encontro à provável satisfação das suas ambições, sem respeito pelas ambições de outros. Mas, nessa maioria, encontram-se também eleitores que, ao votar, não têm consciência da responsabilidade do seu acto porque, provavelmente, foram manipulados por defensores de partidos que funcionam como “clubes” aos quais são fiéis. Esta é uma realidade, não é uma suposição. Os sacrificados, as grandes vítimas, são aqueles que estão a pagar pela predominância duma classe privilegiada e egoísta. Não estou a refirir-me a uma classe social como é, normalmente, destacada: rica, ou pobre. Estou a referir-me a uma classe de gente para quem os valores são, predominantemente, materiais. Quanta gente muito pobre os defende! Eu não seria contra a situação da classe privilegiada desde que, os outros, tivessem direito a uma base segura, que lhes garantisse emprego, um tecto, um bom serviço de saúde e de educação gratuitos e o direito inquestionável a condições que lhes permitissem uma velhice tranquila, num ambiente de Amor. O que saísse deste grupo de bens de direito, faria parte de conquistas conseguidas, desde que com lealdade, honestidade, e não prejudicando fosse quem fosse.
Eis a razão acima, muito sintetizada, do que penso sobre o porquê da existência de tantos privilegiados, em deterimento do chocante número de pessoas que vive na miséria - sem receio de exagerar! – pessoas essas que estão a pagar uma pesadíssima factura por erros cometidos por devoção a partidos e não a Valores.
Termino deixando a pergunta que faço muitas vezes a mim própria:
Temos, em Portugal, um vasto número de pessoas cultas, idóneas, bem formadas e de elevada competência para governar o País. Mas... será que aceitariam candidatarem-se à Presidência de um governo, depois de tudo o que temos visto acontecer no País, sobretudo nos últimos trinta anos?
Ano da criação do Manifesto original: 2015
Data da readaptação deste conteúdo: 2023-08-10
Quando leio notícias nas quais se transcrevem determinadas declarações, tendencialmente ameaçadoras, feitas por chefes de governo de uma qualquer nação, fico estupefacta.
Não me sentindo à altura de discutir o regime político que aqueles mesmos chefes de governo defendem, por carência de dados seguros e/ou, por ignorância, limito-me a comentar apenas, humildemente, mas com grande veemência, aquilo que considero serem afirmações denunciadoras de alguém com uma formação de carácter inexoravelmente perigosa. Neste caso - pergunto eu - se devemos considerar tranquilizantes as soluções que esses chefes de governo apresentam como forma de resolver um conflito, ameaçando recorrerem a uma solução através do uso de armas nucleares, mesmo que medianamente potentes. Esta solução não os tornará, jamais, vencedores. Tal armamento, eventual e premeditadamente concebido para imposição do que defendem, tira-lhes a honra de saírem vencedores do conflito. Guerra não deveria - NUNCA! - ser solução para conflitos entre as nações, se esta puser em causa a vida na Terra, em geral.
Poderá parecer utópica a solução que irei sugerir a seguir, já referida num outro manifesto escrito por mim, anteriormente:
Se este tipo de chefes de governo, e mesmo de população, é a favor da guerra como solução de conflitos - qualquer que seja a sua natureza - procurem um campo de batalha para poderem, livremente, digladiarem-se entre si.
Dei vida a seis filhos, os quais geraram os meus catorze netos. Eis a razão pela qual não consigo viver tranquila, lendo declarações como as que referi. Estamos a assistir a uma onda de troca de afirmações altamente perigosas e temíveis, as quais colocam milhões e milhões de pessoas em permanente ansiedade.
Mais ainda, aquilo que tenho vindo a constatar como sendo, paralelamente, perigoso, é a possibilidade de esses mesmos chefes de governo perderem algumas das suas forças humanas, nomeadamente de inteligência emocional, de humanidade, de justiça, de sabedoria e de temperança… e começarem a surgir evidentes sinais de colapso nas suas forças de carácter, sobretudo por ausência de bravura, de perseverança e de honestidade.
Mesmo que a distância nos afaste, haverá sempre uma força que nos une, no turbilhão de actos em contraste. Enquanto alguém de errar sai sempre impune, um outro grita a vida que merece. Salvé toda a amizade que não perece!
As palavras, e a forma como as expressamos, têm uma importância extraordinária na vida das pessoas, tanto em quem as ouve, ou lê, como nas pessoas que as expressam, pelas reacções adjacentes ao seu significado. Elas podem alterar, significativamente, estados de alma, ou alteração de situações que se apresentavam complexas mas que, quando bem pensadas, reflectidas, podem mudar todo o quadro duma situação.
Façamos, portanto, das palavras que usamos para manifestarmo-nos, a nossa arma de construção de algo que possamos desejar valorizar, e nunca agravar, qualquer caso. As palavras devem transmitir
Comece cada dia reflectindo bem sobre as palavras que deverá pronunciar sempre que pretenda manifestar a sua reacção a qualquer situação, mesmo que esta possa requerer uma posição de desagrado ou de contrariedade. Usemos as palavras bem ajustadas a cada caso, escritas ou pronunciadas com respeito, sem agressividade. Se, porém, com o uso destes princípios, a reacção ao que disser ou escrever, for imprópria, decida com ponderação o que deverá fazer, não devendo piorar a situação se tomar atitudes que possam tornar-se gravosas.
Partilhar o que sinto através da poesia foi, sem dúvida, a melhor forma que encontrei, aos 13 anos, para sentir tranquilidade espiritual. Não sei é se, com isso, arranjei “lenha para queimar-me” ou se, bem pelo contrário, fui ao encontro de tantas pessoas que se identificam com o que escrevo.
O facto de escrever não faria de mim uma escritora, se se tratasse de uma circunstância ocasional. Bem pelo contrário, eu sinto um permanente comprometimento com a prática da escrita, até para manter a minha sanidade mental. Lamento só que esta minha vocação reflicta, frequentemente, os dramas que vivi ao longo da minha vida pessoal, na minha tentativa de neutralizar os efeitos que provocaram em mim. Tranquiliza-me, porém, o facto de haver sempre a possibilidade do leitor ignorar-me.
Com que moral é que nós, adultos, nos sentimos no direito de exigir dos jovens formação, educação e respeito, quando não lhes são facultados, na base, os fundamentos a que têm direito para o conseguirem?
Com que direito pretendemos que os jovens se preparem para o futuro quando o presente que milhões de adultos estão a proporcionar-lhes é deplorável?
Para que possamos pretender dos jovens uma boa formação, nas suas várias vertentes, impõe-se facultar-se-lhes, no presente, o direito às bases – também estas nas suas várias vertentes – que lhes proporcionem a possibilidade de realizarem o que nós, adultos, pretendemos deles.
Quando um ser do sexo masculino nasce, é portador de uma certeza:
a igualdade de direitos e deveres entre ele e o sexo feminino,
independentemente das diferenças biológicas que os caracterizam.
A Natureza se encarregará de neutralizá-las de forma a coexistirem
em perfeita sintonia.
Face a certas notícias deploráveis que leio diariamente, por vezes tenho a impressão de sentir a minha alma gritar-me ao ouvido para parar de ter a esperança de que o mundo vai melhorar. Não devendo abandonar a minha necessidade de manter-me informada, busco formas de travar os meus ocasionais ímpetos de revolta interior pelo que vai acontecendo, mas não é fácil. Há actos que tento ultrapassar, muito embora com grande dificuldade, mas fica a martelar na minha mente uma pergunta: em qual direcção estará a humanidade a desejar seguir, uma vez que, apesar dos esforços que pessoas de bem tentam pôr em prática - no sentido de acabar com os hediondos crimes que acontecem todos os dias - as estatísticas revelam resultados frustantes que nos estrangulam toda a esperança que possamos desejar manter.
Fico perplexa quando leio que alguém, numa determinada localidade onde é considerado/a pelos vizinhos como uma pessoa cortês, educada - enfim, uma boa pessoa! - inesperadamente surpreende todos com a atitude macabra de matar, com hedionda barbaridade, alguém a si ligado/a, atitude essa reveladora de um ódio profundo pela vítima quando, aparentemente, na opinião dos referidos "todos", sempre havia revelado amar, profundamente, a pessoa que acaba de matar. Isto leva a uma lenta mas bem fundamentada razão para duvidarmos de toda e qualquer pessoa, o que é revoltante! Mas que mundo é este que estamos a tentar mudar, no sentido de ser gerada confiança no futuro quando, simultaneamente, a realidade coloca-nos perante um cenário tão cinzento e tão sombrio? Desagrada a qualquer ser humano, de "mente mente sana in corporeo sano", dever acreditar que ninguém é fiável, mas impõe-se que aceitemos esta tristíssima realidade, se pensarmos nos nossos filhos e nos nossos netos, bem assim como nas crianças que, inúmeras vezes também, ficam abandonadas a si próprias, envoltas no mistério de tanta coisa que não entendem e que os marca para sempre.
É um facto real que, ao longo da história, foram praticados actos de extrema violência, mas estamos a viver uma muitíssimo recente viragem, no nosso país, viragem essa aparentemente inspiradora pelos esforços que estão a ser feitos no sentido anti-corrupção, anti-crime, anti tudo e mais alguma coisa, e o resultado não está a gerar o que se pretende. Está em processamento uma luta real pela renovação da sociedade, em prol de valores que sabemos estarem em degradação, mas os resultados desejados estão a ser desgastantes e de grande frustração, por contra-acções paralelas. Tal luta carece de um forte 'background' de apoio estatal. Vejamos o que está a acontecer relativamente
a) à violência social,
b) à péssima conduta de orgãos de soberania responsáveis,
c) à desonestidade de quadros com altos cargos em grandes potências económicas,
todavia, tudo parece continuar “em modo conveniente”. E conveniente para quem? Para um certo núcleo de gente!
Resiliência parece ser a única ferramenta a que poderemos recorrer, mas trata-se de uma arma muito pouco abrangente, se pensarmos no muito que está a ser exigido de todos nós, nos mais variados campos, levando ao desespero total dos mais fracos de espírito e/ou de menos sólida formação.
Esta minha saudação especial vai para todas as pessoas que, neste momento, choram a morte de um ente querido, com particular relevância, desta vez, para os familiares de quem morre em consequência das inaceitáveis negligências que têm ocorrido no Serviço Nacional de Saúde Português. Tais negligências exigem acção imediata da parte do Estado, para bem dos que sofrem e dos que vêm sofrer. Nem todos têm a possibilidade de recorrer aos cuidados médicos de uma instituição privada, até porque o que recebem, mensalmente, não chega para as despesas básicas do seu agregado familiar.
Nunca pensei assistir a esta vergonhosa situação, que tanto me afecta.
É inconcebível que haja monstros predispostos a matar, sobretudo crianças, puras representantes do amor em toda a sua plenitude, com o objectivo de impor as suas doentias ambições. Recorrem à força incomensurável de invenções concebidas para a destruição, sempre que aquilo que pretendem não for aceite através de conversações entre cada nação envolvida no que os desespera. Matam em massa inocentes, sem o mínimo de constrangimento.
Vou repetir-me: - Convidem-se mutuamente para um confronto corpo-a-corpo, gladiando-se entre si, e deixem viver a vida quem nela foi inserida sem opção de escolha ou qualquer culpa.
- Lê, lê muito!
- Analisa com muita atenção o conteúdo de cada livro que escolheste.
- Sobre cada matéria de teu interesse busca, com entusiasmo, outras opiniões, outros dados de autores de prestígio.
- Não deixes o que foste lendo permanecer arquivado no teu cérebro, sem que te dês a oportunidade de construires a tua própria opinião.
- Cultura livresca não chega, não te torna culto/a. Só te fornece informação, mas esta, necessita de ser submetida ao teu julgamento, depois de teres colhido o máximo possível do conhecimento de mestres na matéria.
- O que, finalmente, concluíres ajustar-se a ti, ou parecer-te mais em conformidade com o aceitável, essa será a tua cultura, não a cultura de outros.
- Mantém-te sempre aberto/a ao aparecimento de conhecimentos renovados. O CONHECIMENTO, seja do que for, NÃO É ESTÁTICO. Manter-se-á SEMPRE DINÂMICO.
O povo português é massacrado diariamente com longos períodos de publicidade durante os programas de televisão, noticiários, sites de convívio social, etc., etc.; publicidade essa absolutamente imprescindível como fonte de receita de quase todas as empresas de comunicação. Representa, porém, um “ataque massivo” à resistência psicológica de cada um. Naturalmente, os importunados poderão sempre, naqueles quinze, vinte minutos – ou o que quer que seja – aproveitar esse período para fazer quaisquer tarefas pendentes de atenção. Contudo, os interessados em promover as suas marcas só beneficiam, eventualmente, dessa publicidade com as pessoas que estiverem permanentemente dependentes da televisão ou de qualquer outro transmissor de publicidade.
E se a publicidade – fastidiosa, maçadora – fosse transformada em curtos vídeos humorísticos, de diversão, sobre o produto a promover, acabando por produzir um efeito positivo em vez de instantes de verdadeiro repúdio? Seria uma forma cativante de transformar “um grande peso” em “uns minutos de boa disposição.” Conheço esse sistema, praticado em Itália, por exemplo, há muitos anos – e até em Portugal, muito esporadicamente. Todos ficariam a lucrar com isso, certamente. Ou não? Imagino que esta sugestão ficaria mais cara, mas num tempo necessariamente curto, é provável que se sentissem bons resultados. O povo português já está demasiadamente massacrado pela vida.
Capa da revista "TELENOVELAS"
Soma… e soma… e segue!
Haverá alguém que negue
que certas pessoas, sem graça,
se nutrem com a desgraça
de explorar males de base
carecendo de catarse?
Sinto que esta revista
tem um propósito em vista,
quando promove a agressão
com chamadas de atenção
para tantas telenovelas.
… Elas bastam-se, só por elas,
para aumentar audiências…
Dispensam bem diligências
que acabem por piorar
- sem receio de exagerar! -
um cenário paradoxal
que agravou, em Portugal:
o aumento, na juventude,
de falências em certas mentes,
claramente doentes.
………………………………..
Implora-se clemência
para tanta prepotência!
Parem de enfatizar o crime!
A vossa capa… deprime!
Quando, há dias, alguém me disse que um dos meus poemas, intitulado "A Força do Trabalhador", escrito em 1985, me vincula à esquerda politicamente, fiquei surpreendida. Naquela altura, eu já estava desligada de qualquer ideologia política que não fosse a de defender, acima de tudo, a boa formação de cada membro de um governo, para que a justiça social se tornasse uma realidade e não a pouca vergonha a que assistimos frequentemente. Estávamos - e estamos ainda - a viver a era do individualismo mais vergonhoso de que tenho memória, em que uma escandalosa maioria zela apenas pelos seus interesses pessoais, protegendo o próprio "umbigo". Esse umbigo parece estar enfiado numa redoma, como se assim fosse possível protegê-lo da usurpação de tudo o que considera ser seu e só seu. Só que, muitas vezes, esquecem-se de que a redoma é de vidro.
O referido poema foi escrito em função daquilo que a minha sensibilidade me ditou… e nada mais. Haverá alguém que duvide da função importantíssima do trabalhador? Eu não mencionei no poema que defendo as opções políticas de certos — ou de todos — os operários. Tal abordagem seria um campo vastíssimo que transformaria esta simples nota num grande "calcanhar de Aquiles".
Quero, tão simplesmente, deixar claro o meu desejo de que não me sejam atribuídas tendências políticas que não defendo, apenas porque acredito que o operário tem um papel muitíssimo relevante na prosperidade económica de um país — isto para não mencionar muitíssimas outras áreas. O que seria das empresas se eles não existissem? Cada vez mais, é necessária uma boa formação profissional e cultural para que o operário possa sair do "status" em que foi colocado.
A sua importância é tão grande que me parece mesmo indiscutível. Prefiro lidar com um operário competente do que ser confrontada com a incompetência de certos "doutores", enfarpelados e com gravatas ao pescoço em jeito de forca.
Causa-me náuseas ver esses indivíduos pavonearem-se pelas empresas, exibindo um ar de tamanha "importância" que chega a desagradar. E, quando os enfrentamos, humildemente, olhos nos olhos, para encontrar soluções para questões que a nossa honestidade exige resolvermos, deparamo-nos com um imbecil. Esse imbecil não exibe outra coisa senão obediência, óbvia e incontestável, às "regras do jogo" da empresa para a qual trabalha.
Essas regras poderão até ser justificáveis e, consequentemente, aceitáveis por quem se submete a elas. O problema surge, porém, quando o funcionário faz o outro sentir-se miserável face à sua arrogância e excesso de prosápia, "depenando" argumentos de defesa que ofendem qualquer cidadão menos atento.
É evidente que, muitas vezes, um funcionário com essas características é admitido propositadamente, porque o seu perfil convém aos quadros da empresa. Ele possui tudo o que é necessário em obediência a um sistema organizado num determinado sentido. Além disso, precisa de trabalhar e receber o seu ordenado.
Não é isso que fazem, também, as prostitutas? Aquilo que distingue uns dos outros é, entre outras coisas, uma questão de funções, cargos, preferências, integridade moral, opções e qualidade de vida.
Quando a idade avança e uma pessoa passa a ser considerada idosa, se ela tem uma “mente sana in corporeo sano” e sente que os outros começam a tratá-la como se estivessem a lidar com alguém com indícios de alzheimer ou dementia – que sabe não ter – pode estar a “assinar-lhe” um tratado de incapacidade “non-valido”, por distúrbios que não existem nela. A pessoa pode, muito simplesmente,
a) estar a abusar do uso da sua capacidade intelectual, na sua idade.
b) estar a ser perturbada por problemas de vária natureza, tais como abandono de familiares ou
amigos,
c) ter situações que, na sua idade, podem muito bem estar a perturbá-la profundamente.
d) etc..
Estes exemplos podem estar a magoá-la, causando-lhe um desvio da sua concentração para esses seus dilemas, de tal forma que lhe provoquem, permanentemente ou não, distracção relativamente a coisas importantes, distracção essa que passará a confundir quem lida com ela. Todavia, há que ter em consideração, quando se trata de uma pessoa de mente sã, que ela estará, eventualmente, atenta a essa nova forma de tratamento, com a qual passará a ter de lidar, sentindo-se sã, mas diminuída. Esta forma de tratamento poderá levá-la a uma permanente tristeza, perante a sua incapacidade pessoal de lutar contra “quem pode mais do que ela” _seja ou não familiar. Assim sendo, começa a notar-se, muitas vezes, o início de sintomas que dói o coração de quem a trata, mas que esta insiste em manter, por ignorância, fazendo com que a pessoa idosa passe a sentir-se condenada a incapaz. É triste, mas acontece todos os dias, e essa pessoa poderá passar a ter o que sempre receou.
Não seria óptimo - caso ainda não exista - criar-se uma disciplina extra nas escolas sobre como lidar, com respeito, com idades avançadas, e até com crianças? Aprenderiam a respeitar essas duas fases da vida tão importantes e, paralelamente, na escola iriam poder corrigir o que tantos pais, por vezes, são os primeiros a praticar erradamente.
.
A Nação está afundando numa onde de
• supostas verdades, comprovadamente mentirosas;
• ganância incontrolável dos ladrões de alto gabarito, cujos actos provocam situações dramáticas em muitos
sectores;
• maus valores, nos quais o pudor e o respeito pelos outros são quase inexistentes;
• ausência absoluta de humanidade em pessoas julgadas como sendo, supostamente, competentes para
assumir o comando de cargos importantes ;
• consumismo compulsivo, em detrimento de uma cuidadosa análise para ver se o que se compra é mesmo
necessário;
• conflitos sociais generalizados, os quais afectam a mente e, consequentemente, a vida de cada um;
Lamentavelmente, se estávamos muito mal em 1974, estamos consideravelmente pior hoje, e sem perspectivas de soluções aceitáveis que possam pôr fim ao drama existente em muitos lares. Estamos de tal forma que nem o tão precário turismo que temos poderá salvar o deplorável estado em que o país se encontra.
O período mais significativo na construção da minha estrutura mental e psicológica de hoje, decorreu entre 25 de Abril de 1974 e o tempo actual. Antes desta data, nada do que fiz na minha vida tem seja o que for a ver com aquilo que eu teria feito se tivesse a consciência que tenho hoje, contudo, devo salientar que as mudanças que se operaram em mim, não foram imediatas. Decorridos tantos anos, em que fui acumulando conhecimentos e experiências de vária ordem, ganhei consciência do que estava mal em mim, parcialmente em consequência de traumas que tenho procurado ultrapassar da melhor forma, e sem ajuda especializada.
Depois de um episódio a que dei o título “A minha primeira desilusão”, muitos outros semelhantes aconteceram, mas eu sou perita em desenrolar novelos que estão cheios de fios embaraçados, embora nem sempre com sucesso. Quando consigo, fico com uma profunda sensação de felicidade pela "missão cumprida". Que outra coisa melhor fiz, na minha vida? Talvez criar os meus seis filhos; acarinhar – sempre que possível - os meus catorze netos; amar as crianças em geral, incondicionalmente; olhar os lírios dos campos nos momentos mais críticos; admirar o sol que nos aquece e a água que nos refresca... Sim, porque as marcas que me ficaram dos muitos pontapés dados em pedregulhos que me foram colocando nas estradas por onde fui caminhando em busca de novos caminhos, foram tantos, que os pés que hoje mal me seguram na posição vertical, perderam muito da sua magnífica resistência.
A minha vida é uma tela a duas cores: o azul da lealdade e o branco da verdade. Tem muitos pontos negros de amargura, e lindos pontos brancos de ternura. A clara indefinição de traços é fruto da falta de abraços.
Data da criação deste conteúdo: 2009-05-31 Imagem: Tim Mossholder
Relativamente ao género de poesia que escrevo, por vezes sou confrontada com perguntas sobre o porquê duma tendência para a melancolia, ou até para uma certa rudeza quando abordo alguns temas, razão pela qual decidi escrever este manifesto.
Escrevo sobre sentimentos, negativos ou não, ou sobre acontecimentos que mexem com as minhas fragilidades, das quais urge me liberte, daí - regra geral - o género da minha poesia. Ela é o eco de desabafos que faço comigo mesma, num espaço etéreo muito meu, criado por mim. É nele que grito, silenciosamente, as dores das minhas cicatrizes, ou as razões que me deram a força que tenho tido e que quero se mantenha, enquanto puder. Terminada a construção do tema, regressa a mim a alma que conservo de raiz: resiliente, pronta a enfrentar a vida com superação de males pessoais, ou do mundo, e com o espírito aberto a um futuro desejável e – por que não? - feliz!
Sendo eu uma cidadã atenta ao que se passa no meu país, e no mundo, será que terei motivos para encher o céu de sol quando o vejo coberto de nuvens?
Tanta cabeça a pensar
sem nenhuma conclusão...
Navegamos às escuras
num mar de desolação.
Isto lembra-me uma quadra
que escrevi, tipo arremesso,
como cachorro que ladra...
mas ninguém lhe dá apreço:
"Uma acção, quando adiada
por o velho retardatário,
promove o veloz sucesso
de um qualquer adversário."
Senhor Primeiro-Ministro,
salve o País da pressão
e desespero sinistro,
que reina entre a multidão.
Que quadro é este que vemos?
Que valores são defendidos
pelos governantes que temos?
São inaptos assumidos?
Estando a Saúde no topo do que considero ser um dos ‘ingredientes’ mais importantes para a construção de uma sociedade digna, estruturalmente sã em todos os sentidos, atrevo-me a concluir que Portugal caminha, a passos largos, para uma total degradação social, onde acabará por imperar a robustez de quem é muito rico, em detrimento de quem é extremamente pobre. Estes últimos não poderão, portanto, recorrer à medicina privada, tendo que sujeitar-se a esperar por um qualquer milagre que evite o infortúnio de ir sucumbindo lentamente, se a sua saúde continuar a depender do péssimo e inadmissível Serviço Nacional de Saúde actualmente existente em Portugal. Aplicar “remendos” numa estrutura extremamente fragilizada fragmenta cada vez mais a sociedade em geral.
No nosso país, impera a riqueza; o resto é pobreza, caminhando a passos largos para a miséria, em todos os sentidos. Se fizermos uma cuidadosa análise do que está a passar-se neste momento, em todas as vertentes da nossa sociedade, verificamos que os ricos continuam a viver uma vida que representa uma afronta à situação de tantos pobres, que vivem com um miserável salário mínimo ou mesmo com um subsídio de reinserção oferecido pelo Estado àqueles que, por terem recorrido a drogas na sua fuga a uma ou outra triste realidade, acabaram por arrastar-se até ao limite da suportação do que quer que seja. E não me venham com argumentos encobridores da realidade desta degradação, pois só cada um saberá por que caiu na desgraça. Haja Humanidade consciente em quem governa um país estruturalmente degradado há tantos anos. Poucos países terão tido a possibilidade e a honra de libertar-se da opressão em que viveram ou vivem, da forma como conseguiu Portugal durante a noite de 25 de Abril de 1974; foi uma revolução feita com dignidade… e em paz! É lamentável que o que veio depois dessa data, até hoje, esteja a demonstrar ao mundo que não se pode exigir de uma árvore frutos sãos se a sua raiz carece de saúde há tantos anos.
Do abandono de um idoso, perpetuar-se-á o eco do seu silêncio angustiante, após a sua morte. Os surdos continuarão a não ouvi-lo... E os que gerem a sua espera da morte, manter-se-ão surdos até quando?
Senhores Directores de jornais, de revistas, de televisão, de sites de comunicação, etc., etc., etc.. Volto à desagradável forma como pretendem convencer os destinatários daquilo que anunciam, a aderir de imediato ao que pretendem com a V/ publicidade. As expressões a que V. Ex.ªs recorrem todos os dias, quer seja como promotores de vendas, quer seja como promotores de conhecimento ou mesmo para aumento de audiências, não me parece sejam elegantes, a despeito do quanto possamos estar-lhes gratos pelos conhecimentos, mais ou menos úteis, que possam proporcionar-nos, Trata-se de um intercâmbio de interesses e, até aí... quem não estiver satisfeito saberá muito bem o que deverá fazer: muda de fonte de transmissão ou busca qualquer outra forma de lidar com a publicidade. Considero que há uma coisa a ponderar no Vosso trabalho: os transmissores dos variadíssimos conhecimentos que quererão sejam aceites pelo público, não devem, de forma alguma, tratar as pessoas a quem se dirijam, como se fossem peças de submissão às vossas ordens. Seria de toda a conveniência acabarem de uma vez por todas com as expressões:
Enfim! É um bombardear de exclamações irritantes, que só merecem uma resposta:
É JÁ A SEGUIR!
Seria mais gentil, e até cativante, cancelarem o impasse que o uso do termo “JÁ” confere à frase, isto é, prepotência com sabor a comando... e passassem a uma forma mais de sujestão, ou de convite. Sabemos que os prazos para obtenção de vantagens deverão ser respeitados, mas mesmo assim, seria muito mais agradável usar uma forma mais suave de alertar o público para esse facto. Não devem negligenciar que as pessoas já vivem pressionadas pelo tempo todos dias da semana, e a forma como se dirigem a elas, repito, depois de um dia inteiro de pressão, torna-se verdadeiramente desagradável.
Sei que escrever um manifesto para extravasar injustiças que possam estar a amachucar, ou ter amachucado, a minha alma, será sempre apenas um “audaz manifesto de protesto”, pois nunca será lido pelo destinatário contra o qual me expresso, revoltada. Todavia, como sou contra toda e qualquer forma de abafo... desabafo!
1. Um governo, ou sucessivos governos, em que os elementos que dele fazem parte, mais do que
governarem, governam-se, dificilmente levará a sua missão a bom porto, seja qual for o partido nele
dominante.
2. Além disso, tratando-se, eventualmente, de governos de coligação, o objectivo pretendido deverá
ser sempre o de conseguir uma harmoniosa coordenação entre os vários ministérios de que é
composto, sem que cada um “puxe a brasa à sua sardinha” - o que requer muita competência, muita
tolerância, e muito conhecimento das necessidades dum país onde há todo o tipo de pessoas: de
direita, de esquerda, de extrema direita, de extrema esquerda e/ou de coisíssima nenhuma... porque
vivem amarrados a partidos como se de clubes de futebol se tratasse… Também aqui, torna-se
muitíssimo difícil chegar ao referido “bom porto”. Estes, podem mesmo acabar por provocar a
ascenção de uma ditadura, quer de direita, quer de esquerda!
3. Depois, muito para além da tendência política de cada elemento de um governo, há a sua reputação
e idoneidade, quando postos em causa a partir de acções praticadas, inúmeras vezes camufladas com
o tal “manto diáfano da fantasia”, a que já tenho feito referência.
Concluindo…
Sendo eu absolutamente apartidária, sinto-me à altura de poder olhar o cenário deste meu querido país, neste momento, da seguinte forma:
ESTAMOS METIDOS NUMA GRANDE ALHADA, BORRIFADA COM AFIRMAÇÕES DISPARADAS ATRAVÉS DE DISCURSOS EUFÓRICOS DA PARTE DE CADA UM DOS ELEMENTOS NA BERLINDA: AD, PARTIDO SOCIALISTA E CHEGA!
BASTA!
Para ver o vídeo clique no link: https://www.youtube.com/watch?v=IerSNKA9DPw
Palavras de Dimash Qudaibergen sobre “THE SOUL OF HUMANITY":
"Hoje, sentado no meu quarto, pensei muito no futuro da nossa gente, do futuro da nossa família. Observei muitos vídeos de crianças da guerra, apanhando migalhas do chão para fazer sopa com elas, sopa apenas com o sabor de pão e cimento.
Por que é que isto acontece na vida? Por que é que tanta gente passa fome durante o melhor período das suas vidas? Por que se gastam bilhões em guerras, quando podem ser gastos em salvar milhões de vidas no mundo? Por que precisam deste dinheiro sujo? Vocês não o levarão convosco quando morrerem. Provavelmente a nossa geração jamais verá o dia em que não haverá guerra nas nações.”(sic)
Não resisti à tentação de trazer hoje à minha página este famoso cantor, oriundo do Cazaquistão.
Embora este texto, acima transcrito, esteja inserido no CD “THE SOUL OF HUMANITY”, vou deixo aqui o vídeo relativo a “THE STORY OF THE SKY”, um trabalho impressionante interpretado por Dimash Qudaibergen que, na minha humilde opinião, colocou-o, como intérprete, numa plataforma ainda mais acima daquela por que era já conhecido, relativamente à qualidade das suas interpretações anteriores. Sendo já um dos melhores do mundo - se não o melhor - Dimash atingiu um grau de excelência nunca atingido até hoje, tanto quanto conheço.
Recordo hoje um manifesto que escrevi em 2012. Onze anos decorridos... parece que foi ontem… O panorama agravou de tal modo que começo a acreditar no estoicismo da humanidade que tenta “segurar a barra” que esperamos não vergue perante a sede de matar que têm os muitos (Des)humanos para quem a vida de milhões de pessoas nada significa.
“MAS AS CRIANÇAS, SENHOR, POR QUE LHES DAIS TANTA DOR, POR QUE PADECEM ASSIM?”
Excerto do poema “Balada da Neve”, de Augusto Gil
……………………………………….
REMANDO CONTRA A MARÉ
Gostaria de acreditar que este caos em que vivem as nações, mesmo as que se pensava mais estáveis, não permanecerá assim durante muito mais tempo, porque algo de muito bom acontecerá, inevitavelmente. Estamos a caminhar na direcção errada. A inoperância de certos programas, a indiferença e a incapacidade de certos governantes, a inflexibilidade de certos sistemas políticos, totalitaristas - e outros bem disfarçados - levam-me a admitir que o mundo está a seguir uma rota capaz de conduzir-nos a um fim indesejável. Não fosse a força de certos seres verdadeiramente interessados em levar importantes temas a discussão em inúmeras reuniões internacionais e estou convencida que já teríamos tido uma Terceira Guerra Mundial. Constitui uma constante ameaça à Paz Mundial o ódio gerado entre algumas nações, seja porque seguem ideologias políticas antagónicas, onde não há espaço para atitudes de tolerância e de aceitação do respeito que cada um merece, seja porque o facto de serem países ricos em petróleo os torna gananciosos, ou - talvez mais grave ainda - porque esse ódio é resultante de diferentes convicções religiosas. Entretanto, há nações muçulmanas, fundamentalistas, que constituem uma ameaça pela sua cada vez mais crescente aquisição de tecnologias modernas para o fabrico de armas nucleares e, portanto, porque de fundamentalistas se trata, não podemos deixar de vê-los, também, como uma ameaça à Paz, devido às suas fanáticas crenças e ambição de aumentar o seu poder através da aquisição de armas nucleares sofisticadíssimas. Tal é ocaso da Índia, Israel e Paquistão.
Paralelamente à crise mundial, que é um facto indubitável, como se sabe, assiste-se ao crescimento de potências como a China Comunista, que está a fazer tremer os alicerces económicos de certos países da Europa. Não sei até que ponto a abertura que lhe foi concedida para comercialização dos seus produtos a nível internacional e, consequentemente, o seu enriquecimento devido ao considerável aumento das suas exportações, não venha a ser irreversivelmente lamentada, sobretudo pelo ocidente. Com a entrada no mercado de produtos chineses a um baixíssimo preço, o que temos de considerar ser bastante bem aceite por quem vê as suas possibilidades financeiras cada vez mais afectadas pela crise, vimos muitas empresas acabarem na falência. Isto é um facto indiscutível e não se vê forma de isso ser evitado porque a moral da maior parte dos fabricantes só lhes permite lutar por um objectivo: atingir elevado número de vendas, com lucros exagerados. Sabemos que o preço pago pela mão-de-obra é elevado, mas também sabemos que, dificultando a importação de produtos da China e de outros países que praticam o abuso de pagarem baixíssimos valores aos operários, que vivem miseravelmente, iria pôr termo a este tipo de exploração. Esta medida, aliada à de contenção nos lucros dos fabricantes iria certamente contornar, também, o problema. Não sendo assim, gera-se um ciclo vicioso que só beneficia e fortalece esses países, capazes de recorrerem à mão-de-obra barata, pois enquanto os outros enfraquecem, eles tornam-se fortes potências mundiais, as quais passam a constituir, igualmente, uma outra ameaça quando, a par deste crescimento, sobretudo em países de governos totalitaristas, surge a sua corrida ao armamento nuclear.
Eu não acredito, portanto, que o mundo esteja a seguir o rumo que convém à construção duma política de actuação correcta por parte dos governos a qual, se conscientemente pensados e estruturados os seus fundamentos, iria permitir vivermos num mundo, senão perfeito, que contemplasse...
- acabar com o espírito do lucro excessivo,
- dar dignidade a quem está a passar por grandes dificuldades económicas no seio das suas
famílias, onde a fome e o desespero se instalaram,
- dar à Natureza o seu direito de não ser agredida por constantes gestos dum menefreguismo que
revolta,
- dar à criança o seu direito a um crescimento são e tranquilo,
- dar a cada um a tranquilidade de saber que não precisará de ser rico para ter saúde,
- dar a cada criança uma educação digna de orgulhar-se quem dela irá beneficiar, i.e., ela própria,
em todos os sentidos, quando adulta.
Para quando podermos acreditar que tudo isto possa ser possível, se continuamos a assistir à defesa de estratégias materialistas onde a avaliação de valores tende a favorecer o tacho de grandes egoístas, em vez de respeitar o bem-estar de quem sofre? Lutemos por uma resposta traduzida em actos, não em discursos que há muito nos saturam, feitos por gente que se tornou indiferente à luta de que carecemos. Não necessitamos de conversa da treta, tida para satisfazer a sede de protagonismo de muitos vendedores da Santa Banha de Gibóia, que não cura absolutamente NADA. Precisamos, URGENTEMENTE, isso sim, de Homens de Boa-Vontade para os quais o seu bem-estar pessoal está intrinsecamente ligado ao bem-estar do seu próximo.
Data do texto original do manifesto "Remando Contra a Maré":
2012-11-20
Data da recriação deste conteúdo:
2023-11-06
É com profunda tristeza e inconformada revolta que, quase a completar oitenta e seis anos de idade, e depois de ter vivido trinta e seis anos de uma ditadura, mais cinquenta de uma democracia adulterada, vejo o meu querido país afundar-se numa onda de conflitos internos de toda a ordem, cuja causa reside, sobretudo, em situações como:
• má orientação do SEF que tem de gerir cerca de um milhão de imigrantes no país, nomeada e principalmente porque se trata de gente a mais, dadas as condições económicas existentes. Nota: Que esta referência ao problema não seja julgada como sendo uma reacção contra a imigração, mas sim contra a má gestão de um problema tão importante, má gestão essa que está a gerar violência e desconforto em muitos pontos do país.
• má gestão de um acumular de situações onde impera o desespero de quem carece de bases mínimas de sobrevivência e de assistência médica e que, no desespero, perde o controle da racionalidade e gera o caos e o medo por todo o país, através assaltos, violência de vária ordem, homicídios, etc..
• ganância indecorosa de certos irresponsáveis aos quais, pelas razões que todos conhecemos, certamente, é-lhes dada a possibilidade de candidatarem-se a cargos superiores de elevadíssima responsabilidade sem que, previamente, seja explorado, ‘a pente fino’, o seu passado. No tempo, acabam por revelar-se possuidores de uma inadmissível desfaçatez, praticando actos condenáveis, e pretendendo, talvez, não serem descobertos, e/ou considerarem-se imunes ao castigo respectivo, daí resultante.
Sobre os protagonistas desta terceira alínea, atrever-me-ia a perguntar a quem propõe a sua candidatura, ou mesmo a quem a avalia, em que base fundamentou a sua análise do candidato, ou candidata. Custa-me aceitar que uma pessoa que, durante o seu mandato, comete crimes contra a nação, nunca tivesse revelado certas características duvidosas. Será a sua ganância de enriquecimento tão cega que não receia as consequências dos seus actos? Se não conhece as leis, antes de cair em tentações deveria procurar saber em que labirintos se iria meter. Não fazendo isso, só prova a estreiteza das suas capacidades. Os actos ilícitos que praticar indiciam não só carência de inteligência mas, também, a existência de uma inaceitável astúcia que, provavelmente, teria sida confundida com uma elevada capacidade de argumentção através de convincentes discursos, onde o recurso a argumentos ‘politicamente correctos’, por vezes são muito convenientes. Os exemplos já são tantos que perguntaria ainda, sobre estas pessoas:
• sentir-se-ão superiores à máxima: “A lei é dura! Cumpra-se a lei!” ? • seriam já useiros e vezeiros na prática do pequeno crime? • a sua ganância atropela seja o que, e quem for, para alcançarem o que pretendem? • ou sofrerão de doença mental?
Só posso supor que quem aprova ou sugere um candidato deste calibre, provavelmente nunca teve a mínima desconfiança que os levasse a suspeitar terem uma ávida e cega ganância de enriquecer à custa de milhões de pessoas em séria luta pela sobrevivência. Depois, através de uma hábil queda para a elaboração de discursos especiais, esses candidatos a “pessoas importantes” lançam ao povo mais ‘clubista’ e menos informado uma série de promessas “engravatadas”, povo esse que, em tempo de nomeações, optam por eleger o candidato que melhor convenceu, como se de um clube de futebol se tratasse.
Conclusão: Face à delicada situação em que Portugal se encontra, compreendo que, actualmente, não será fácil encontrar pessoas competentes predispostas a assumir a responsabilidade de ocupar lugares de grande responsabilidade, em todos os sectores do estado ou a ele ligados.