Maria Letra nasceu em Coimbra, a 20 de Setembro de 1938. Escreve poesia desde os 13 anos, idade em que manifestou a sua preferência por esta forma literária. Possui os cursos Comercial e Liceal, completos, tendo aperfeiçoado os seus conhecimentos das línguas Inglesa e Francesa em escolas estrangeiras. Aos 22 anos foi para Londres, onde estudou no conceituado colégio “The West London College”. Foi secretária de direcção e tradutora técnica durante 35 anos, e empresária durante 17.
Deixou Portugal para viver em Itália em 1989, por exigências de trabalho, mas três anos depois fixou residência definitiva no Reino Unido.
Lvros publicaos: “Meus Caminhos de Cristal”, em 2011, e "Meu Pequeno Grande País, em 2017.
URGE REVER AS LEIS QUE ESTABELECEM A PUNIÇÃO A SER APLICADA EM CADA CASO
a) O execrável aumento da violência;
b) O que os "mass media" transmitem/publicam, fugindo ao respeito pelo pudor e sensibilidade
dos outros, para atraírem a atenção de um público bem específico e, assim, aumentarem as
suas audiências/os seus leitores;
c) A inoperância das leis que regem as punições pelo abuso sexual de crianças e de adultos;
d) A incontrolável falta de respeito dos alunos nas escolas, para com os professores;
e) O assustador aumento de jovens que recorrem ao uso das chamadas drogas leves, quantas
vezes evoluindo, mais tarde, para as drogas pesadas.
De a)+b)+c)+d) e e) resulta a tendência para criar, na geração mais velha, a defesa da hedionda falsa moralidade dos "extremistas", como justificação para atingirem objectivos bem concretos, ocultos por um "manto diáfano de bons propósitos".
... E sendo eterno o nosso grande Amor, que eterna seja, também, a felicidade de vivê-lo até ao fim das nossas vidas. Nenhum de nós é hoje devedor seja do que for. Em liberdade, contámos muitas metas atingidas.
Não quereria sobreviver à tua morte, mas quereria que sobrevivesses tu, à minha e que a vida sãs vontades não me negue. Estou presa a um Amor vindo do norte, o qual matou as dores que, outrora, eu tinha e se tornou a luz que sigo e que me segue.
Meus Caminhos de Cristal
percorro com ambições,
lado-a-lado com camelos,
águias, mochos, camaleões.
Por vezes lhes faço frente,
outras há que os ignoro.
Depende do que consente
a minha vida, que adoro.
Aos camelos tiro espaço;
às águias apalpo o pulso;
aos mochos abro um abraço
e os camaleões... expulso!
Neste caminhar que mudo
- porque a vida mo consente -
tenho encontrado de tudo,
e tanto que me atormente.
Vejo males noutros caminhos
muito piores do que os meus;
bichos perversos, daninhos,
‘ávis raras’, camafeus.
Magoa fundo esta dor
de ver o velho e a criança,
sem defesa, sem amor,
morrer de desesperança.
E não se enganem aqueles
que pensam remediar
erros velhos... quando neles
há vícios a degradar.
Não se cancela num dia
condutas velhas, caducas,
e o remendo só adia
a regra que nos educa.
É preciso fazer mais.
Defenderei, com fervor,
actuações globais
em prol dum mundo melhor.
Data da transcrição deste excerto do livro: 2011-05-03 Capa do Livro: Miguel Letra
A minha teimosa esperança de ver o meu velho país ser bafejado por uma onda de renovações de vária ordem, leva-me hoje a recordar um texto que escrevi, há exactamente sete anos, vinte e nove depois de uma previsão feita por Natália Correia, a qual achei fantástica mas que não irei transcrever porque tornaria demasiado longa a reflexão que gostaria de fazer hoje. Esta senhora, de quem sei pouco, inspirou esta minha reflexão porque fiquei com a impressão de que teria consciência de uma verdade que anunciou, independentemente das posições que tenha assumido, durante a sua vida, a maioria das quais desconheço.
Não importa se tu és de esquerda ou se és de direita, basta que tenhas consciência das opções que assumires ao tomar uma decisão importante, decisão essa que pode vir a prejudicar fortemente o teu país, se não souberes escolher o Homem que gostarias de ver governá-lo. Tal escolha não deve – de forma alguma – servir o teu partido, mas sim a tua Nação.
Por classe social entendo várias, entre elas:
- a que teve acesso à cultura e que a adaptou a bons princípios a defender;
- a que teve acesso a uma cultura apenas livresca e que a adaptou a si, para tentar satisfazer as
suas excessivas e egoístas ambições;
- a que não teve acesso – por um ou por outro motivo – à base cultural que poderia ter-lhe dado a
possibilidade de julgar por si e não pelo que os outros lhes dizem.
- etc....
Não acredito em classes sociais ditas ricas e pobres. Não é o ter ou não ter dinheiro que nos coloca num dos dois patamares. São os valores que defendemos e, aí, os patamares são vários.
Temos tido governos escolhidos por maiorias que votam no seu partido, e não no HOMEM que convém ao país, por provas dadas das suas grandes qualidades. Essa maioria, confia num programa que lhes apresentam e que vai de encontro à provável satisfação das suas ambições, sem respeito pelas ambições de outros. Mas, nessa maioria, encontram-se também eleitores que, ao votar, não têm consciência da responsabilidade do seu acto porque, provavelmente, foram manipulados por defensores de partidos que funcionam como “clubes” aos quais são fiéis. Esta é uma realidade, não é uma suposição. Os sacrificados, as grandes vítimas, são aqueles que estão a pagar pela predominância duma classe privilegiada e egoísta. Não estou a referir-me a uma classe social como é, normalmente, referida: rica, ou pobre. Estou a referir-me a uma classe de gente para quem os valores são, predominantemente, materiais. Quanta gente muito pobre os defende! Eu não seria contra a situação da classe privilegiada desde que, os outros, tivessem direito a uma base segura, que lhes garantisse emprego, um tecto, um bom serviço de saúde e de educação – gratuitos! - e o direito inquestionável a condições que lhes permitissem uma velhice tranquila, num ambiente de Amor. O que saísse deste grupo de bens de direito, faria parte de conquistas conseguidas, por mérito próprio, por comprovada lealdade, honestidade, e não prejudicando fosse quem fosse.
Revolta-me saber da existência de tantos privilegiados, em detrimento do chocante número de pessoas que vive na miséria, sem receio de exagerar, muitas das quais estão a pagar uma pesadíssima factura por erros cometidos, por devoção a partidos e não a valores.
Encarcerada num espaço,
- lembrando o que fui... ou era -
sinto o meu corpo entalado
entre o Outono e a Primavera.
Suspensa nas frias águas
onde, imersa, estou lutando,
corre um fraco tempo, escasso,
que nem sinto, nem comando.
Espero um ciclo coeterno,
com Verão e com Inverno.
Viajando entre o desconhecido, o que lhe dizem ser verdade, e as verdades que, amanhã, podem deixar de o ser, está o Ser Humano em conflito, carregando o peso de muitas dúvidas, um ser que veio ao mundo por um motivo, ou quem sabe se sem ele, mas que, de alguma forma, o tornou curioso acerca de uma série de fenómenos que gostaria de entender.
De Neonata, a Menina,
um ser com tanto de seu!
Nascer assim, não foi sina...
foi a Vida que a escolheu.
De Menina, a Criança,
doce, meiga, caprichosa,
ora cativa, ora cansa.
Adora tudo que é rosa.
De Criança, a Adolescente
passa por algumas fases.
Por vezes irreverente...
Muitos castelos sem bases.
De Adolescente, a Mulher
quanta coisa que transtorna.
Não é um mudar qualquer,
é um ser que se transforma.
De Mulher, a Mãe,
troca, com a sua graça,
a liberdade que tem,
por um ser lindo, que abraça.
Entre as diversas questões que me ponho frequentemente, há uma que gostaria de partilhar com quem lê o que escrevo: Constatamos que está em crescente aumento a existência de pessoas com problemas de saúde mental, especialmente após o aparecimento do vírus SARS-CoV-2... vá lá saber-se como e porquê, em boa verdade. Tudo o que tem acontecido, afigura-se-me de uma forma bastante misteriosa, forma essa que dá lugar a muitas perguntas. Mas não é esse o objectivo deste meu texto.
Desejando ser consultado por um especialista da área respectiva, o paciente dirige-se a um Centro de Saúde – que me dizem poderá nem ser o seu - e começa, então, uma série de anomalias no seu acompanhamento, as quais me levam a fazer uma reflexão: Suponhamos que esse paciente, por qualquer razão _aceitável ou não, • perde o seu médico de família e tenta conseguir uma consulta de recurso, para o dia seguinte. Para isso, terá de compreender que deverá chegar ao Centro de Saúde respectivo, onde quer que seja, duas horas antes da sua abertura, porque quem mais cedo chegar, maior será a possibilidade de ser visto por um médico. Quem não tiver em conta esta realidade, terá uma menor chance de conseguir o objectivo pretendido. Suponhamos que o médico que o atender irá encaminhá-lo para um hospital e, caso concorde, passa-lhe uma carta para que seja visto pelo respetivo especialista. • A partir daí, se não tiver a sorte de ser bem sucedido no tratamento que lhe tiver sido prescrito, verifica-se, com frequência, que esse paciente começa a estar sujeito a saltar de médico em médico, mais parecendo uma bola de ping-pong, ou melhor expressando, uma cobaia submetida a testes um após outro, na sua desesperada busca de “sentir-se bem”. • A escolha do médico, pelo paciente que depende do SNS, nem sempre lhe é permitida, mas a base do sucesso de qualquer tratamento, seja a doença que for, passa pela confiança que o paciente tem no seu médico. Hoje, porém, foco-me, especificamente, na doença mental. • Mais ainda, se o médico, eventualmente, tem interesse pessoal em receitar medicamentos de determinados laboratórios, o paciente é que sofre se continua a não estar bem, e poderá sentir-se profundamente frustrado _frustração essa que nunca sabemos como poderá acabar. Não poderemos facilmente adivinhar qual irá ser a reação de cada paciente. Defendo, portanto, que tanto quanto possível, qualquer paciente que se encontra em sofrimento, seja seguido considerando os seguintes factores importantíssimos:
1. CONFIANÇA NO SEU MÉDICO. 2. CUIDADA ATENÇÃO NA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS, de forma a que se respeite o que necessita o paciente e nunca o que convém ao especialista receitar. 3. QUE SEJA MANTIDO, TANTO QUANDO POSSÍVEL, O MESMO MÉDICO QUE ACOMPANHA O PACIENTE DESDE O INÍCIO.
Nesta sua condição deveras muito importante, ela não nasceu em vão, foi-lhe dado um “ser” constante. Gerar amor, emoções, dar vidas aqui no mundo e perpetuar lições de teor muito profundo.
Ser Mulher não será nunca um “ser” qualquer...
Excluindo aberrações e caracteres mal formados, que encontrará aos montões em gente de muitos lados... ela preza o que lhe serve em modos bem ponderados para de exemplo servir aos grupos de mal formados..
Ser Mulher não será nunca um “ser” qualquer..
Filtra mágoas amarradas em erros por redimir para ter forças lavadas num presente a corrigir. Gerando e gerindo vidas adoça-se de ternura e vai sanando feridas na alma de gente pura.
Ser Mulher não será nunca um “ser” qualquer..
Solteira ou mesmo casada, vive com grande prazer e assaz bem preparada, prà missão de conceber. Exige ser respeitada da forma como convém. Ela ama e é amada pelos seres de quem é Mãe!
Vida, meu filho,
é força,
é coragem,
é amor.
Vida...
é uma luta constante
entre a felicidade
e a dor.
Vida...
é saberes olhar
com ternura
e compreensão,
todo aquele
que não é como tu,
mas é teu irmão.
Vida...
é saberes aceitar,
com resignação,
cada dia que vem,
mesmo aquele pior.
Vida...
é aprenderes a lição
da diferença que existe
entre o mal e o bem.
Sabê-la de cor,
rejeitares os erros
daqueles que, coitados,
não sabem melhor.
Vida...
é o fogo que aquece,
a neve que gela,
o quadro, a aguarela.
É um mar que assusta,
mas comove.
Vida...
é a história que ouviste
sobre coisas passadas,
que não viste.
Vida...
é sentires
o que o olhar puro
duma criança,
pode conseguir.
Vida...
é saberes como
e porquê,
podemos salvar
tantos dos que sofrem
e a maioria não vê.
Vida...
é a Natureza
que teima ajudar-te
em cada momento que passa.
Vida...
é o oposto à Morte,
à Guerra,
à Caça,
à Repressão,
e à indiferença do mundo
que contrai,
que aperta
tanto o coração.
Vida...
é a recusa
a todas as forças
nefastas, más,
que não deixam sentires
o que quer dizer Amor,
o que quer dizer Paz!
ACEITAÇÃO e RESILIÊNCIA são duas importantes chaves que nos ajudam a reagir, de forma tranquila, às más surpresas da Vida. Ao praticá-las, poderemos acabar por concluir, no tempo, que elas surgiram na nossa vida, de alguma forma a nosso favor, e não o contrário.
E o Mostrengo,
velhíssimo e trengo,
em noite de breu
do mar se ergueu.
Voltas não conseguiu dar
...nem mesmo se ouviu chiar.
Estava triste e estupefacto
com um surpreendente facto:
percebeu que, lá no fundo,
não sentia como estava o mundo.
Quando um governo opta pela guerra para fazer valer o que defende, deixa de ser um governo para se tornar uma maldição. Quem toma tal decisão gera insatisfação, pois faz com que vidas sejam ceifadas, sobretudo as de crianças que nada fazem para se tornarem vítimas diretas de conflitos de interesses.
Vivemos num mundo onde passamos com vida efémera, mas muita gente vive alheia a essa realidade, obcecada pela conquista de um vasto conjunto de bens materiais que lhes turva os valores morais, perdendo a consciência de que não estão sós nesta inconfundível e deliciosa esfera a que chamamos Terra.
• O estado social dum país é o espelho da competência de quem o governa. • O número exagerado de bancos pode ser sintoma de tendência à prática de usura. Quanto maior for o número de bancos, maior poderá ser a pobreza. • A miséria, e a degradação social, denunciam a existência de jogos de interesses não a favor do povo, mas a favor duma classe dominante para a qual o significado da palavra Amor não coincide com aquela que conduz ao bem-estar de toda a humanidade, em geral.
Tipologia: Embrião, quer seja esperado, ou não. Sua condição: Gerado. Tem Vida, não tem Passado. Posto na fila de “Espera”, espera... mas não desespera! Espera alimento e conforto, senão, pode nascer torto. Na sua espera, assaz calma, não tem conflitos de alma.
Nove meses, como ser, dão-lhe a honra de nascer. Um certo aperto no espaço, fá-lo sair do embaraço. Natus Sum! Aqui começa uma reacção expressa de várias formas. A espera, - que antes de ser, já o era no ventre de sua Mãe - grita, mas não ouve... Amén!
E continua esperando sem dela ter o comando... porque “Veni, Vedi, Vici” nem sempre funciona aqui. É que a espera, essa raínha, é lenta quando caminha. Esperar... palavra assaz dura, vira doença sem cura, se quem de esperar se cansa e o que quer... não alcança!
Estado normal: Esperar! Entretanto... vimos passar o tempo que nos foi dado pra viver cá deste lado. Não sei se lá, no Além, iremos esperar também. Esperámos para nascer. Esperamos melhor viver. Esperamos tudo, afinal. Maldita praga geral!
Data da criação deste conteúdo: 2016-01-28 Imagem: David Bartus
É verdadeiramente emocionante a entrada de um barco de pesca no mar, sobretudo durante os primeiros momentos da operação de controle da posição em que o barco deverá entrar para que não suceda o pior. É louvável a comunhão de sentimentos e de responsabilidade existente entre os que se envolvem nesta tarefa.
Sente-se, em cada elemento, uma grande dose de cooperação, humanidade, altruismo e espírito de luta, permanecendo, porém, entre estes sentimentos, o orgulho bem patente entre os elementos de cada “campanha”, quando vão para o mar. Há sempre a expectativa, talvez, de quem conseguiu pescar mais e melhor, o que motiva o esforço a dedicar ao trabalho. Quando o mar está bravo, esta tarefa apresenta-se dramática, com os familiares dos pescadores arrastando-se de joelhos pela areia, em preces emocionantes, clamando protecção para quem está dentro daquele barquinho, aparentemente tão frágil. Vivi isto em pequena, quando ia para esta praia passar férias, local onde nasceu meu Pai.
Eu tinha um primo pescador, que tinha o apelido de "Ganeno", tendo ficado na minha memória, bem nítido, o timbre da voz de um seu companheiro quando, de madrugada, passava em frente à casa dele gritando, num tom arrastado e calmo... - Ó Ganeno, o mar está manso..." Parece-me ouvi-lo ainda. É uma praia de gente vocacionada para aceitar o cumprimento de um seu dever existencial, mais do que o de viver com um objectivo material, mesmo sendo esta, também, uma das pretensões de cada elemento. Contudo, o primeiro supera o segundo, na alma de cada um.
Aceitação e Resignação comandam a vida desta pessoas, depois... vem a Entrega e o Orgulho (ou não) do que conseguem atingir.
Data da criação deste conteúdo: 2022-07-03 Autos da imagem: Miguel Letra
Mulher … Você não é uma Mulher, apenas, Você é graça, é arte, é beleza. É o branco alvo de lindas açucenas, é o melhor fruto que deu a Natureza.
Mulher … Você nasceu com a grande missão de dar vidas à vida, parindo na dor, amando com garra, criando emoção, e dando lições de força e de amor.
Mulher … Você espalha luz em noites escuras, em almas sofridas, carentes de beijos, sem pena de si, passando-lhe agruras, saciando corpos, matando desejos.
Mulher … Você abre estradas e remove escombros, distribui coragem, com ar de menina, carregando a vida em cima dos ombros. Mulher … Você é Divina!
A outra que existe em mim, por vezes é muito estranha. Pinta os lábios com carmim e, com uma vida tamanha, se revolta, me magoa, se contravolta, anda à toa… quando aquilo que ela quer eu não a deixo fazer. Há dias em que é Mulher, outros … nem sei que dizer. Não me deixa sossegada. Quando noite sinto em mim, ela sente madrugada e faz um grande chinfrim dentro da minha cabeça, até que eu lhe diga: SIM! e faça o que lhe apeteça!
Quando escrevo tenho asas, o coração é meu guia. Gosto de voar sozinha, não quero ter companhia. Sobrevoo mil montanhas e mares fundos, com baleias. Vejo formas lindas, estranhas, que mais parecem sereias. Na minha imaginação deslizam cores e corais. Faço dela o meu guião e dos versos... meus canais.
Através deles comunico com aqueles a quem dedico tudo o que escrevo em poemas. Foi a forma que encontrei para, do modo que eu sei, exorcizar meus dilemas.
Criei esta página para ter um espaço onde, livremente, expresse a minha opinião, preocupação e/ou regozijo sobre assuntos de carácter geral que possam, de algum modo, interessar a quem lê o que vou escrevendo. Qualquer texto meu nesse sentido, para além de ter a função de “desabafo pessoal”, servirá de “conversa silenciosa”, durante a qual só as expressões usadas, as imagens e a pontuação do texto darão eloquência a esse silêncio. Poderão, eventualmente, mexer com a sensibilidade do leitor, mas não afectarão, seguramente, os seus ouvidos.
Os textos aqui escritos não serão portadores de mensagens pretendendo aprovação, nem servem de “pretensiosa” afirmação pessoal do que defendo. Desejaria, porém, que cada um desses textos fosse um pretexto para troca de opiniões, ou outra qualquer manifestação, desde que feita com o devido respeito pela direito de opinião a que cada cidadão tem direito. Se tal não acontecer, ver-me-ei coagida a cancelar a sua participação, pois não permitirei qualquer ofensa provocatória à minha pessoa ou a outrem.
Por vezes somos surpreendidos com notícias sobre novas curas as quais nos carregam a alma de esperança, sejamos nós portadores da doença em questão, ou não. Tais notícias, porém, para os mais cépticos, levantam de imediato uma série de perguntas quando, mais tarde, se verifica que tais notícias foram um logro. Foi o que aconteceu com um texto escrito por mim em 2018-10-12, num dos meus blogues o qual, inicialmente, dava conta de uma invenção científica que traria esperança aos pacientes de uma determinada doença, mas também a todos os curiosos da matéria. A fonte teve o cuidado de cancelar a notícia original, o que motivou a correcção que também eu fiz naquele momento, 2021-02-19, relativa à interligação que eu tinha tido o cuidado de fazer. No entanto, irei manter a continuação do texto pois duplica o motivo inicial por que foi escrito.
Saberemos nós em quem confiar e no que confiar?
Mas que mundo é este em que vivemos, supostamente acreditando que os cientistas fazem descobertas para bem da humanidade e não para encher os bolsos de gananciosos sem vergonha, nem escrúpulos?
Que mundo é este que coloca interesses materiais numa plataforma onde a moralidade não chega? Amigos, há muitos anos que coloco as "verdades" que nos contam numa prateleira, em "quarentena", durante algum tempo. Contudo, essa quarentena não deverá durar tanto tempo que acabe por conduzir a "incertezas" quanto aos resultados obtidos e à consequente perda total de confiança no produto. No campo da saúde, um dos mais importantes factores será o de termos uma segura confirmação de ser verdade as "verdades" que nos vão contando, para que possamos ter uma alternativa da ciência a que possamos recorrer sempre que a medicina natural não der ao doente outro caminho. Pessoalmente sou uma acérrima defensora da prevenção através do que é natural e, daí a minha preocupação.
Que vergonhosa realidade a deste mundo em que vivemos com milhões de pessoas de braços caídos, incapacitadas de tomar decisões correctas perante as "verdades" tristemente mentirosas que vão sendo passadas à população. Entretanto, quiçá os inventores de mais um tipo de pomada "Santa Jibóia" morrem empanturrados com tanto dinheiro que ganham à custa da confiança de quem acredita neles.
Claro que a indústria farmacêutica cria curas! Não concordo é com o abuso que se faz do uso de produtos químicos antes de serem tentadas alternativas tão naturais quanto possível ou, melhor ainda, usarmos a prevenção antes de termos de recorrer à cura. Há, porém, a necessidade absoluta de recorrermos, sempre que necessário, a um naturopata de absoluta confiança e NUNCA nos auto-prescrevermos com base no que lemos ou no que nos acconselham. Quando há situações de elevada complexidade, em que se impõe recorrer ao uso de um antibiótico, deveremos respeitar o conselho do médico em quem confiamos, mas não vejo com agrado recorrer-se, exageramente, à prática abusiva do uso do antibiótico, quando nem sequer se sabe de que mal o doente padece.
Data da criação deste conteúdo: 2022-06-29 Imagem: Nataliya Vaitkevitch
Procuro na tua mente, rica de bons elementos de informação adquirida e muito bem trabalhada... aquilo de que careço. Faço-o, tranquilamente, naqueles momentos de conversa bem contida, por mim tão apreciada. E o meu saber abasteço, como qualquer viatura, numa estação de serviço. Há muito tema oriundo de coisas já diluídas que prefiro explorar da tua enorme cultura. Procuro o que tenho omisso de algum tema assaz profundo. São essências extraídas de uma fonte a transbordar.
É tempo de fome e de guerra em muitas zonas do planeta Terra. Se ouvires gritos de inocentes, ecoando com os ruídos estridentes do detonar violento de metralhas, serás um conivente se não espalhas a denúncia da existência de opressores, déspotas, facínoras, malfeitores que, com um ódio profundo, gerem os destinos deste mundo. Escuta, irmão: tu, tal como eu, deves ajudar a levantar o véu que esconde acordos indecentes entre homens de mentes muito doentes. É tempo de reflexão, meu bom amigo. Em cada canto espreita um inimigo.
Em vez dessa escumalha interromper a vida de seres que amam viver, que busquem energúmenos defensores das suas teses erradas, de ditadores. Juntem-se a assassinos voluntários, ou mesmo experientes mercenários, e chacinem-se, entre si, sem piedade. Morram todos na sua iniquidade. Fazerem guerra como antigamente, seria muito menos abrangente. Ninguém tem o direito de impor, de qualquer jeito e seja como for, lutas em defesa de alienações que não admitem outras soluções, que não sejam as do recurso à guerra. Isso, é contra a Vida aqui na Terra.
Sou contra os dias de tudo, mas deste… não posso ser. Façamos, portanto, um estudo do que possamos fazer para acabar com a praga da malvada corrupção que prolifera no mundo. Sabemos o que sentimos! É como uma grande chaga. Actua como uma praga consumindo o mais profundo da alma de todos nós. Ela massacra, destrói, ataca em múltiplas frentes. Vive no crime, corrói porque obedece a uma voz que agita mentes doentes. Que tal esta solução: passarmos a promover princípios de protecção das crianças, ao nascer. Eduquemos os seus pais para a sua rejeição dos podres da sociedade. Começando em tenra idade, no seio familiar, gerar-se-ão promotores de uma sã moralidade, em luta contra corruptos. Pouco a pouco, os transgressores, por actos ininterruptos, perdem espaço de actuação, e gera-se outro, fecundo, como prémio da contra-acção: UM PARAÍSO NO MUNDO!
Que não te impeça o mal que estás vivendo entre gente diversa, e assaz devassa, de aceitar tranquilamente o que vais tendo esquecendo aquele "por quê" que te ultrapassa.
Procura admirar todos os pôr do sol, através de espaços que tens na tua vida. Em cada dia que nasce, há um farol, que guiará teus passos, na descida.
A tua vida faz parte de um processo que se multiplicou. Em cada episódio haverá actos de amor, azar e ódio.
Terias enfrentado muitos retrocessos, avanços, e mais aquilo que se não vê. Portanto, vive e esquece os teus: - POR QUÊ?
Não quero saber em que País está a razão! A guerra nunca foi justa, nem foi solução. Não quero saber quem ateou as acendalhas, porque acredito tenham sido vis canalhas. Não quero saber a verdade do que nos contam. Habituei-me às mil mentiras que se montam. Será que essa gentalha pensa na criança quando projecta a guerra na sua liderança? Quero saber quem irá pagar aqui na terra o ressuscitar dos mil despojos duma guerra. E quereria saber ainda, bem no meu fundo, quando se instalará a Paz aqui no mundo!
Data da criação deste conteúdo: 2022-03-11 Imagema: Dmitri Ganin
É tão pequenino o espaço onde o velhinho se move tão tristemente... e tão só... que chega a fazer-me dó. Deixa de ser peregrino na Terra, comum a todos, passando a ficar sujeito ao espaço a que tem direito. Ainda que vivo... está morto! Mas que direito tão torto!
De quem é, então, a culpa? Do culpado, ou de quem julga? Puxo aqui o tema AMBIENTE, que, ultimamente, se sente em todo o mundo, alterado. Tem sido negligenciado. Portanto, decidi acrescentar, ou direi mesmo, mudar palavras neste poema, para focar o dilema que estamos vivendo já no mundo, tal como está.
Há que tentarmos pôr fim, por todos e até por mim, no caos que está a gerar-se. Quem estiver a marimbar-se fugindo a regras impostas, a que muitos viram costas, deve sofrer um castigo. Isso é acto de inimigo. A mim também caberá, apesar de idosa... vá, fazer tudo o que puder pra mudança acontecer.
Daí eu ter decidido escrever aqui um pedido de empenhamento geral. E que ninguém leve a mal... O que é vida vira morte, (e não se trata de sorte!) se este planeta, em risco, não for protegido... Insisto: Nós deixaremos cadilhos aos netos dos nossos filhos, se mantivermos estagnada a questão de fazer... nada!
E pensei, de mim pra mim, pôr este poema assim, porque aquele, antes escrito, pecava por ser restrito, no tema aqui em questão. Ora vamos lá então... Quando o sol, luz irradia, no começo de cada dia, a Natureza implora, estarmos atentos, na hora, com rigor, e de bom jeito, à dupla: Causa-Efeito.
Muda e cega, muita gente age de forma imprudente, deixando subentender, que não quer mesmo saber do que se passa no mundo. Claro que, enfim, no fundo, não faz o que lhe compete, e o futuro compromete! Deixo a coisa neste pé: Quem avisa… amigo é!
Data da criação deste conteúdo: 2022-07-14 Imagem: Margarida Antunes Vieira
O período mais significativo na construção da minha estrutura mental e psicológica de hoje, decorreu entre 25 de Abril de 1974 e o tempo actual. Antes desta data, nada do que fiz na minha vida tem seja o que for a ver com aquilo que eu teria feito se tivesse a consciência que tenho hoje, contudo, devo salientar que as mudanças que se operaram em mim, não foram imediatas. Decorridos tantos anos, em que fui acumulando conhecimentos e experiências de vária ordem, ganhei consciência do que estava mal em mim, parcialmente em consequência de traumas que tenho procurado ultrapassar da melhor forma, e sem ajuda especializada.
Depois de um episódio a que dei o título “A minha primeira desilusão”, muitos outros semelhantes aconteceram, mas eu sou perita em desenrolar novelos que estão cheios de fios embaraçados, embora nem sempre com sucesso. Quando consigo, fico com uma profunda sensação de felicidade pela "missão cumprida". Que outra coisa melhor fiz, na minha vida? Talvez criar os meus seis filhos; acarinhar – sempre que possível - os meus catorze netos; amar as crianças em geral, incondicionalmente; olhar os lírios dos campos nos momentos mais críticos; admirar o sol que nos aquece e a água que nos refresca... Sim, porque as marcas que me ficaram dos muitos pontapés dados em pedregulhos que me foram colocando nas estradas por onde fui caminhando em busca de novos caminhos, foram tantos, que os pés que hoje mal me seguram na posição vertical, perderam muito da sua magnífica resistência.
A minha vida é uma tela a duas cores: o azul da lealdade e o branco da verdade. Tem muitos pontos negros de amargura, e lindos pontos brancos de ternura. A clara indefinição de traços é fruto da falta de abraços.
Data da criação deste conteúdo: 2009-05-31 Imagem: Tim Mossholder
Quando um ser do sexo masculino nasce, é portador de uma certeza:
a igualdade de direitos e deveres entre ele e o sexo feminino,
independentemente das diferenças biológicas que os caracterizam.
A Natureza se encarregará de neutralizá-las de forma a coexistirem
em perfeita sintonia.
Quando um ser do sexo feminino nasce, é portador de um baú de responsabilidades a cumprir. Cabe a esse ser o dever de executá-las no tempo e, à Justiça, o de protegê-lo para que o consiga.
Façamos, em conjunto, uma análise entre o que somos aconselhados a fazer e o que, na realidade, podemos fazer:
• Somos aconselhados a estar atentos a sinais físicos ou psicológicos não comuns em nós, e a consultar o médico caso eles persistam. Contudo, hoje em dia só quem for rico pode manter a saúde. Vejamos a falta de médicos de família e a confusão generalizada nos hospitais, em vários sectores. É chocante!
• Somos aconselhados a ter cuidados especiais com a alimentação, mas, começando pelo que se observa nos hospitais, não se presta a devida atenção ao que é dado aos doentes. Pergunto: Como poderemos ter uma alimentação adequada se a maioria das pessoas não tem condições económicas que lhes permitam o privilégio de escolher o mais saudável, ou mesmo o menos prejudicial? Também perguntaria por que razão não se põe o responsável pela saúde pública a ganhar o salário mínimo. Para não mencionar o valor da inserção social que o Estado paga a quem a ele recorre. Talvez assim resultasse e ele começasse a sentir na pele os resultados.
• Somos bombardeados por programas contra a violência, nomeadamente doméstica, mas ao mesmo tempo é facultada aos jovens a possibilidade de assistir a esse sacrilégio através de diversos programas de entretenimento, filmes e revistas tais como a "Telenovelas", onde são exibidas, frequentemente, imagens que revoltam qualquer ser humano mais sensível e contrário ao uso de violência.
Tenho absoluta consciência do quão complicado será alterar este estado de coisas e de muitas outras que não convém aqui referir pois tornaria este apontamento demasiado longo e poucas seriam as pessoas dispostas a lê-lo. Sei, também, que qualquer reforma a introduzir teria, necessariamente, de começar no seio familiar e teríamos de esperar algumas gerações para que surtisse efeito. Contudo, gostaria de reafirmar a minha convicção de que urge pôr um travão ao que está a acontecer. Estão a avançar movimentos perigosamente ameaçadores da tranquilidade das pessoas, e este assunto percorre um caminho onde é comum a justiça falhar sempre que não são convenientemente penalizados aqueles que praticam crimes de previsível reincidência após condenação, com redução de pena por bom comportamento. É revoltante o número de casos em que tal se verifica.
Se os julgamentos são feitos
tendo em conta só defeitos,
sem considerar virtudes...
quanto a mim, tais atitudes,
são frias, tendenciosas,
e porventura enganosas.
Há posições que tomamos
que nem sempre controlamos.
Serão, quiçá, provocadas
por pressões acumuladas.
Qualquer avaliação
duma incontrolada acção,
gera a pergunta: - Por quê?
Esse alguém fica à mercê
de quem o julga, contudo,
o acto em si, não é tudo.
Ao focarmos uma imagem,
há que fazer a filtragem
do que queremos realçar.
Sairá, então, um todo
resultante, em certo modo,
do que é feio e do que é belo.
Coexistem, em paralelo.
Há julgamentos suspeitos,
que só conhecem defeitos.
Qualquer chefe de governo que esteja “amarrado” a linhas de actuação ditadas e consagradas pelo programa do partido que representa, em vez de criar condições que convenham ao seu país, acaba por cair na sobejamente conhecida tendência para proteger uma determinada classe social, em detrimento de outras. Para que qualquer coligação funcione, em meu entender, será necessário que os candidatos à chefia de uma nação sejam pessoas de reputada formação básica, dispostas a aceitar regras que - mais do que mantê-las fiéis seguidoras de uma linha de actuação - aceitem e se adaptem a conceitos de justiça social que favoreçam todos em geral. Isso acabaria por torná-los cidadãos independentes, conscientes do que convém a todos e não apenas à classe que defendem. Portugal tem tido sucessivas provas do fracasso de certas coligações, nas quais teria havido um ou outro responsável que, mais do que servir a nação, serviu interesses pessoais.
Enquanto, à segunda-feira,
és da preguiça, uma herdeira.
Enquanto, nos outros dias,
tu tens muitas arrelias
- ou mesmo um fim de semana
com muita coisa sacana.
Enquanto tu te revoltas
por males viajando à solta.
Enquanto no teu ofício,
o trabalho virou vício
_porque a família que tens
são os teus mais puros bens.
Enquanto buscas, em vão,
um amor, uma paixão.
Enquanto, do que semeias,
colhes menos do que anseias...
outros há esperando a morte.
Isso sim, é que é “má sorte”!
Enquanto uns, desgastando
o que ainda vai sobrando
dum corpo já quase ausente
deste mundo deprimente...
há ainda os que se lamentam
de coisas que os atormentam.
E enquanto o corpo gastam
e sua alma desgastam...
há os que dariam tudo
pelo passado. Contudo,
estão velhos e a enfrentar
o que lhes resta: esperar!
És habitante com prazo.
Não deixes que aquele atraso
que tu sentes, no que esperas,
te desespere deveras.
Aceita o que tens sabendo
que, mal ou bem, tu estás vivendo!
Ó mar lindo, inspirador de poetas
a quem lavas, docemente, suas mágoas,
solta as ninfas que conservas submersas,
na profundidade dessas tuas águas.
Vives, indiferente, serpenteando
em ondas, que sempre vão… e sempre voltam.
Lembram crianças tontas, rodopiando
de tanta felicidade... quando as soltam.
Escrava dos teus encantos escolho rimas
que tornem este poema - especial -
um hino à tua imagem, em geral.
Estou-te grata, mar, porque me animas
quando te procuro. Me basta olhar-te!
Eu sei que para sempre irei amar-te!
...
Apesar do que se diz,
amarei o meu País
da forma como o entendo.
Não por aquilo que é hoje
mas sim pela sua raiz.
Admito que, crescendo,
fui talvez me apercebendo
de coisas que estavam mal,
sobretudo em Portugal.
Milagres... eu nunca vi
e, portanto, decidi
correr, para conseguir
aquilo que pretendia.
E foi essa mesma a via.
Deixei, também, de ir à igreja,
essa casa de um Jesus
que pregaram numa cruz
pra que todo o mundo veja...
Amarra-me a Portugal
tanto o que vejo estar bem,
como o que vejo estar mal.
Uma corda com nó cego,
que continua a apertar-me,
causa em mim desassossego.
Sinto um mal-estar que incomoda
por tudo o que vejo cá...
Não sei dizer: Tanto dá!!!
Meu Portugal está carente
de gente que reconheça
que precisa de lutar
pelo que quer que aconteça.
Depois, há o inconveniente
de cada vez haver mais
elementos muito maus,
de actuação condenável
que torna o país instável.
2016-02-01
Do meu livro "Meu Pequeno Grande País"
Imagem: Litografia de António Ramalho
No limiar do trajecto
que me conduz à partida
da minha confusa vida,
faço da mente objecto
de criteriosa análise,
com perguntas e respostas
que me ponho, interpostas
em "modo psicanálise"...
Gostava de concluir
se nesta minha existência,
falhei por incompetência,
ou por meu ego servir.
Atribuo "mea culpa"
a muitos maus resultados
de passos que dei, mal dados.
Não merecerei desculpa.
Voltar atrás... já não posso!
Mais vale, então, perdoar-me,
seguir em frente e amar-me,
pois com a dor... não me adoço.
Sorri! Enche os teus olhos de brilho e de ternura. Semeia esperança em cada sepultura. Tu és a vida, a luz, a alegria da lua nova que surge em cada dia. Sê forte, serena, confiante, e que o Amor seja o teu grande amante. Vive pra ele. Faz-nos sentir que em cada ser há uma razão para sorrir.
Data da criação deste conteúdo:2009-12-06 Fotografia de família Publicado em “World Art Friends”19.530 visualizações
Outrora, o meu regaço quente e fundo abraçava, apaixonado, todo o mundo. Partilhava sonhos, era outra atmosfera. Oh! Quem dera que voltasse a Primavera...
Pairava cheiro intenso a urze nas montanhas enquanto os rios geravam força nas azenhas. Brilhava felicidade por todo o lado, e os maus momentos dissolviam-se no fado.
Quisera sentir hoje, como antigamente, a magia do indiviso e, lentamente, envelhecer durante os anos que me restam.
Porém, os rios já não são livres como outrora. Parte do caudal diminuiu, e pesa agora, uma infinidade de males que molestam.
Procurava uma mulher da praia, que vestisse como antigamente, de avental e lenço na cabeça. Só essas poderão responder às mil perguntas que tenho para lhes fazer. Tenho um interesse insaciável de saber tudo o que puder sobre esta terra mágica, que nos prende a ela, inexoravelmente, para toda a vida. Só elas sabem tudo e conhecem todos... Queria falar com Mulheres da minha idade, aproximadamente, para que fossem capazes de perceber o que ansiava saber das muitas coisas que gravei na minha memória. Só elas serão capazes de falar-me dum passado que me pertence também. Mulheres com rugas, de pele morena, queimada e dura como a coragem com que enfrentaram sempre o trabalho, de sol a sol. A maioria vendia peixe, que era transportado em cima do burro que as conduzia da Praia de Vieira de Leiria à Marinha Grande. Essas não podem compreender os jovens de hoje. Falam com orgulho da sua coragem e dessa força com que procuravam vencer todos os dramas e todos os obstáculos. A alma delas parece gritar, quando relatam os tempos em que as suas Mães se arrastavam pela areia chorando e pedindo protecção aos seus santos, enquanto os maridos e/ou familiares iam para o mar pescar o peixe que elas iriam vender.
E encontrei! Falei hoje com Argentina Feteira, uma Mulher típica, marcada pela vida mas cheia de força na sua alma. E falou dos seus antepassados de tal modo entusiasmada e interessada em desvendar laços de família que eu fiquei receosa de não estar a perceber bem o que dizia. Não queria maçá-la com perguntas, mas a sua explicação ultrapassava de tal modo os meus conhecimentos, que receei continuar a conversa e terminá-la chegando à conclusão de que eu era irmã de mim mesma ou até, sei lá, sobrinha da minha Avó ou filha dela. Era um novelo tal de familiares, que a minha mente ficou toda num sarilho. E dizia-me:
- A ‘nha Mãe, que Deus haja, fez de mim uma mulher às direitas. Passámos muitas dificuldades, mas éramos muito honestos. Tá a ver aquela porta pintada de verde? Era ali que o meu home me vinha namorar todos os dias. Que tempos! Olhe, o meu home é aquele que passou agora...
Mas falava-me de uma mistura de Tomés, de Feteiras e de Letras que me deixou muito confusa. Segundo esta, nós ainda somos primas, da parte dos Tomés, mas ela também tem Letras na família, pelo que percebi. Mas será que eu teria percebido mesmo?
O que terão estas pessoas de tão particular que são capazes de prender a minha atenção durante longas conversas? Guardam na alma a mesma magia que nos prende a esta terra. Não sou a única a afirmar que a Praia de Vieira de Leiria fica para sempre no coração de quem por ali passa a sua juventude. Não direi o mesmo relativamente aos que vão apenas passar férias, que não nasceram lá, ou não são familiares de quem ali nasceu. Esses não poderão nunca compreender a intensidade do sentimento que nos leva a esta praia...
Parte de mim continuará ali quando partir. Trata-se duma localidade a que pertencerei para sempre!
… e que ninguém se convença que esta podridão não vença. Habilmente protegida por gente para quem a vida dos outros, nada lhes diz, não chegamos à raiz... Essa, está forte e segura, a avaliar pela procura de muita gente de nome que nunca passará fome - enquanto o dinheiro dura. Haja drogas com fartura e traficantes da mesma! Seu fim, tem passo de lesma. Enquanto muitos vão “dentro”, muitos outros, os do centro desta maralha de gente muito rica e indecente, vivem da morte. Que importa? Entraram por uma porta que parece sempre aberta, apesar de tanto alerta! Drogas leves ou pesadas, fumadas ou snifadas por muita, mesmo muita gente com a mente já doente... estão condenados à morte, se não fizerem um corte no consumo que os destrói. Até dói vê-los sofrer! Oh se dói! Enquanto isso, os traficantes, por seus actos revoltantes, deixam num caos bem profundo, famílias de todo o mundo
Data da criação do conteúdo: 2016-06-10 Imagem: Kindel Media
Assemelham-se a um octopode predador ondulando os seus tentáculos entre possíveis presas, com a intenção de aprisionar na suas ventosas o maior número possível de “distraídos”.
Objectivo da ondulação: Seduzirem, através da Falsa Verdade.
Objectivo da sedução: Alimentarem o seu próprio Ego usando o poder que lhes foi conferido, mesmo que, com isso, acabem por ferir o Ego dos outros.