Maria Letra
Posts by Maria Letra:
FALEI DE TI AO LUAR

Quando sofro conto à lua o quanto a dor me corrói, e o quanto, não sendo tua, vivo um mal-estar que dói. A lua, suave e meiga. aceita o que lhe narrar. Sendo, do que eu sinto, leiga, nunca irá me contestar. Prefiro lua, a pessoa, pois em vez de falar... escrevo. Com seu luar me abençoa; cada texto... eu subscrevo! Quando construo um poema, exorciso a minha alma... Expulsando cada dilema, fico mais leve... e mais calma.

Data da criação deste conteúdo: 2023-08-13
RECORDANDO UM MANIFESTO
Hoje achei por bem voltar a um manifesto que escrevi em 2015, baseado num texto de Natália Correia - que achei fantástico - mas que estou impossibilitada de transcrever, uma vez que o perdi. Tratava-se de uma premunição feita por esta escritora, dramaturga, poeta e deputada do Parlamento, de quem, muito sinceramente, eu sabia pouco. Portanto, passo a escrever o texto que, na altura, publiquei, inspirada no que li desta controversa autora. Não importa se tu és de esquerda ou de direita, basta que tenhas consciência das opções que assumires ao tomar uma decisão importante, decisão essa que pode vir a prejudicar fortemente a tua Nação, se não souberes escolher o Homem que gostarias de ver governá-la. Tal escolha não deve – de forma alguma – servir o teu partido, mas sim a tua Nação. Por classe social entendo várias, entre elas: • a que teve acesso à cultura e que a adaptou a bons princípios que defende; • a que teve acesso a uma cultura apenas libresca e que a adaptou a si, para tentar satisfazer as suas excessivas e egoístas ambições; • a que não teve acesso – por um ou por outro motivo – à base cultural que poderia ter-lhe dado a possibilidade de julgar por si e não pelo que os outros lhe dizem. • etc.... Não acredito em classes sociais ditas ricas e pobres. Não é o ter ou não ter dinheiro que nos coloca num dos dois patamares. São os valores que defendemos e, aí, os patamares são vários. Temos tido governos escolhidos por maiorias que votam no seu partido, e não no HOMEM que convém por provas dadas das suas grandes qualidades. Essa maioria, confia num programa que lhes apresentam e que vai de encontro à provável satisfação das suas ambições, sem respeito pelas ambições de outros. Mas, nessa maioria, encontram-se também eleitores que, ao votar, não têm consciência da responsabilidade do seu acto porque, provavelmente, foram manipulados por defensores de partidos que funcionam como “clubes” aos quais são fiéis. Esta é uma realidade, não é uma suposição. Os sacrificados, as grandes vítimas, são aqueles que estão a pagar pela predominância duma classe privilegiada e egoísta. Não estou a refirir-me a uma classe social como é, normalmente, destacada: rica, ou pobre. Estou a referir-me a uma classe de gente para quem os valores são, predominantemente, materiais. Quanta gente muito pobre os defende! Eu não seria contra a situação da classe privilegiada desde que, os outros, tivessem direito a uma base segura, que lhes garantisse emprego, um tecto, um bom serviço de saúde e de educação gratuitos e o direito inquestionável a condições que lhes permitissem uma velhice tranquila, num ambiente de Amor. O que saísse deste grupo de bens de direito, faria parte de conquistas conseguidas, desde que com lealdade, honestidade, e não prejudicando fosse quem fosse. Eis a razão acima, muito sintetizada, do que penso sobre o porquê da existência de tantos privilegiados, em deterimento do chocante número de pessoas que vive na miséria - sem receio de exagerar! – pessoas essas que estão a pagar uma pesadíssima factura por erros cometidos por devoção a partidos e não a Valores. Termino deixando a pergunta que faço muitas vezes a mim própria: Temos, em Portugal, um vasto número de pessoas cultas, idóneas, bem formadas e de elevada competência para governar o País. Mas... será que aceitariam candidatarem-se à Presidência de um governo, depois de tudo o que temos visto acontecer no País, sobretudo nos últimos trinta anos?

Ano da criação do Manifesto original: 2015 Data da readaptação deste conteúdo: 2023-08-10
A ACTUAÇÃO DE UM GOVERNO
Quando avaliamos os objectivos atingidos por um governo no final do seu mandato, há duas perguntas para as quais será necessária uma resposta com um bom conhecimento global do que se passou durante esse período: Os membros desse governo “Governaram bem”, ou “Governaram-se bem"?
Data da criação deste conteúdo: 2018-08-09
HAJA ESPERANÇA!!!
Sendo eu alguém, entre milhões de seres humanos, que ainda acredita na força do Amor como solução de conflictos, nunca fui influenciada por qualquer tipo de organizações religiosas, entre as quais incluo a do Vaticano, sobre a qual pesam acusações que nem contesto, nem defendo, porque desconheço onde termina a mentira e começa a verdade. Vou repetir parte do que escrevi no meu manifesto sobre a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, realizada em Lisboa, a qual terminou no passado domingo: Sou suficientemente "grande" para não seguir rebanhos, e demasiadamente "pequena" para julgar os males que as consomem. Consequentemente, o que vou escrever sobre a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, nada tem a ver com o Papa Francisco, nem com os milhões de euros gastos no evento. Cada um julgará, como lhe aprouver, o bloco de organizadores da mesma. Escreverei apenas algumas linhas sobre aquilo que me impressionou mais - excluindo, também, as expressões usadas pelo Papa Francisco, as quais significarão muito para o milhão e meio de pessoas de boa fé, presentes no evento - e que merecem o meu maior respeito. Caberá a cada um desses, presente - ou não - no evento, julgar a aplicação a dar às mesmas. Estaria a fugir à verdade se não afirmasse que todo o evento foi surpreendente e emocionante. Encheu-me a alma de carinho e de ternura ao ver a forma como todos aqueles jovens se comportaram uns com os outros, sobretudo porque a atmosfera foi de harmonia, de participação, fraternal e feliz. Tudo isto estava estampado nas mais elementares atitudes, tais como a mútua troca de sorrisos e manifestações de carinho evidente entre todos. Dois exemplos, ainda, de grande emoção: a vista aérea de Lisboa, tão inesperadamente coberta por o anunciado milhão e meio de gente cheia de fé - ou não, pouco importa - e o impressionante minuto de silêncio sugerido pelo Papa Francisco, ao qual todas as pessoas aderiram com elevado respeito. Isto sim, faz-me acreditar numa possível "mudança", num futuro tão desejado. Precisamos de gente capaz de motivar a população mundial a construir um verdadeiro Paraíso na Terra. Dói muito constatar que enquanto este evento decorria, havia polícia, em outras zonas do País, a apreender droga, armas, dinheiro, etc., em grupos de gente vocacionada para o tráfico de estupefacientes, gente essa que, no seu desespero, faz da morte dos outros um forma de continuarem vivos. Deixo aqui um desejo ardente que, a concretizar-se a sua realização, terá ainda um longo tempo de espera para surtir efeito: Que as JMJ-Jornadas Mundiais de Juventude, em todo o mundo, eliminem de vez com a existência de pedofilia.

Data da criação deste conteúdo: 2023-08-07
ENTRE O DEVER E O AMOR
Adormeceram em mim vontades insaciadas que me pediam tanto, mas gostavam de tão pouco. Eram sedes abstractas, muito inadequadas à minha alma imaterial, num mundo louco. Hoje, compreendo minha luta interior. Estava incarcerada, amando a liberdade. Lutava, por dever, contra um imenso Amor, entalada entre o desejo, e a saudade! Adormecia a dor num constante rodopio. Travei ímpetos que o dever não me consentiu, mas não perdi a esperança, nem o amor à Vida. Apagaram-se as luzes. É tempo de descanso! Queria renascer, pra reviver, mas já me canso... Há tantos compromissos de que estou arrependida.

Data da criação deste conteúdo: 2023-08-07
O PROBLEMA DO CONSUMO DE DROGAS, AUTÊNTICAS MÁSCARAS USADAS PARA ESCONDER OS DRAMAS DUM SER EM SOFRIMENTO
Este meu manifesto foi escrito em 2010. Regresso a ele, remodelando-o, pelo facto de ir constatando que, em treze anos, muito foi feito, mas nada resultou se considerarmos que o pouco que se possa ter conseguido foi abafado por um tremendo aumento do consumo de drogas de todo o género, sobretudo do alcool, responsável pelo desmoronar de muitas relações, de muitas famílias e, sobretudo, pelo aumento de crimes cometidos em resultado do consumo das mesmas. Da parte dos traficantes, há um objectivo demasiado evidente e, portanto, nem vou referir-me a eles. Se existem é porque são procurados como fonte de “recurso” dos desesperados e, consequentemente, é a estes que me referirei. Cresce, dia após dia, o número de jovens que consomem drogas como forma imediata de ultrapassarem certos estados de alma, cuja causa nem sempre é fácil de identificar, seja pelo próprio, seja por técnicos cuja aplicação no estudo desta matéria é já longa. Recorrem ao uso destes dois inimigos da consciência humana, pelos mais diversos motivos, sendo normalmente os indivíduos de grande sensibilidade, eventualmente mais frágeis quem, refugiando-se numa ‘atmosfera mental’ provisoriamente “à defesa”, são arrastados para uma progressiva perde de amor à vida. No início, tudo lhes parece fácil. Bebem uns copos, ou fumam umas ‘ervas’ e tentam sobrepor-se à causa que os incomoda e que lhes provoca uma angústia que, de algum modo, não querem enfrentar. O argumento para o seu uso, é-me muitas vezes dito ser o de “sentirem-se melhor”. Claro, nem duvido. E depois? Eles estão absolutamente convencidos de que não prejudica mesmo... “Até faz bem”, dizem eles muito seguros, com aquele ar de que sabem mais do que os outros, uma característica que os distingue... Sei – sem qualquer sombra de dúvida – que há jovens, (e adultos!!!), aparentemente de “mens sana in corpore sano”, que estão agarrados às delícias dessa tal “maconha” - para não referir outras - e que, portanto, passariam a odiar-me se lessem este meu texto. E se realmente, por mero acaso, o lerem, chamar-me-ão um qualquer nome que não me ocorre, pois são nomes mais usados por eles. Mas isso não me move, nem me comove. Dói-me saber que, não abandonando esses vícios, esses jovens avançam, a passos mais ou menos largos, para uma vida de sofrimento cada vez maior e, eventualmente, para uma morte prematura. Eles podem não ter a percepção de que os conflictos que começam a sentir têm a sua raiz no uso de simples enganadoras “passas de maconha” que, muito lentamente, vai-lhes alterando a personalidade... E que ninguém lhes diga que os prejudica, porque além de esconderem que as usam, contestam quem os aconselha a parar, até porque não lhes convém perceber isso e, daí, este comportamento quando alguém tenta chamá-los à razão. Atrás da “maconha” ou de qualquer outra droga das consideradas “leves”, passam a existir outras alternativas que surtam mais efeito e tudo poderá acontecer. A partir daí inicia-se um processo penoso, indubitavelmente, não só para quem o vive, física e psicologicamente, mas também para os familiares e/ou os amigos. É um abismo que se abre inexoravelmente fundo para ambas as partes, quantas vezes muito pior para os que assistem à sua progressiva decadência. Cada vez mais, bebe-se e usa-se drogas em todo o mundo. Isso deu origem a muitos outros males que viajam paralelamente, sem ver-se o fim dessa estrada.. É por isso que sinto tratar-se de um problema que necessita de ser combatido com outras armas e com a máxima urgência, através de medidas que combatam o mal pela raiz, o que se afigura muito difícil. Esta é, talvez, a maior praga entre tantas outras, pelos inúmeros crimes que daí advêm. Deveria, consequentemente, não estar limitado a um estudo do indivíduo, isolado, mas sim de uma sociedade em decadência absoluta. Esta minha convicção não exclui uma simultânea e atenta análise à forma como vive a família do jovem em risco, para serem tomadas em consideração medidas de protecção adequadas, pois é no seio familiar que, numa grande maioria dos casos, vamos encontrar a causa do seu comportamento. Não é raro ser a família a grande culpada. Certamente que não poderemos pretender formar novos cidadãos, negligenciando o importante estudo dos seus ascendentes, os quais não deveriam ser deixados à deriva, neste processo, sem uma correcta orientação. Se defendemos a reconstrução deste mundo, que não nos agrada, de forma alguma, deveremos fazê-lo através dum trabalho paralelo: escola e seio familiar, caso contrário assistiremos a um trabalho infrutífero, desnecessário. Tenho consciência, ao dizer isto que, durante a recuperação de certos valores, caminharemos, lado-a-lado, com aqueles que irão pretender fazer frente à alteração daquilo que não lhes convirá ser alterado, mas a nossa força deverá ser superior à deles. Refiro-me, por exemplo, ao “mundo obscuro da superficialidade e da ganância” e das organizações nada interessadas em que certos males acabem. Mas continuando... Terão de ser encontradas fórmulas de motivação para um maior respeito pela Natureza e pela convivência saudável entre todos, fórmulas essas que deveriam ser aplicadas a partir do nascimento, através de adequada assistência técnica de orientação especial, dada por elementos habilitados para o efeito, os quais deveriam ser, eles próprios, um exemplo daquilo que se pretende para a formação de um “novo cidadão”. Lamento que uma boa maioria de crianças seja, muitas vezes, vítima da necessária ausência dos pais, o que pode ser a mais grave causa para situações de insegurança e fragilidade, pois – como que de repente – a partir duma certa idade, é-lhes retirada aquela protecção e segurança a que as habituámos. Isso faz-me muita pena. Não será que a criança passará a sentir que pode ser culpada da razão pela qual deixa de continuar a ter essa potecção? Será que, mesmo explicando, a sua fragilidade irá aceitar a justificação, ou justificações que lhes damos? Não esqueçamos que a criança entra na pré-primária muito cedo e que a mudança faz-se de um dia para o outro. Tenho assistido a verdadeiros dramas, em que a criança sofre e chora desesperadamente, deixando-nos em sofrimento, também, sofrimento esse que ‘tentamos’ ocultar com a nossa determinação de ir em frente com o errado projecto de educação que nos é imposto pela exigente sociedade em que vivemos. Este processo deveria ser lento. Terei de ser muito bem convencida por quem saiba muito sobre esta matéria, se não será aqui que começa um processo de afirmação da personalidade na criança, “coxo” logo à partida, fragilizando-a para sempre. Se há crianças que, pelo que herdaram, geneticamente, dos pais, são fortes, outras há que - também pelo mesmo motivo, ou outros, em ambos os casos – ficam muito marcadas, psicologicamente. Sei que é muito difícil para os pais – e eu que o diga como mãe de 6 filhos e avó de 14 netos – estabelecer as doses adequadas de amor e de exigência, sendo estas marcos importantes na sua formação. E a situação torna-se – como no meu caso – incontrolável, de certo modo, quando agravada por um divórcio. Os pais deveriam ser convenientemente orientados por técnicos à altura, no dia em que decidissem ter filhos e só uma correcta formação das pessoas designadas para esse efeito, poderia levar os pais e as crianças ao reconhecimento saudável dos mais elementares deveres de cidadania, em todos os sectores, afim de ser conseguida uma progressiva melhoria da forma como vivem as pessoas, neste novo mundo que se deseja em transformação, para bem de todos. O ”desabafo” que acabo de deixar aqui não defende qualquer tipo de atitudes de prepotência ou de imposição, pois deixaria de ter o significado que se pretende: a formação duma sociedade onde cada elemento saiba respeitar os outros através duma doutrina de amor, o que só é possível se cada um tiver uma perfeita consciência dos seus deveres para consigo e para com os outros. Este meu manifesto foi escrito em 2010. Regresso a ele, remodelando-o, pelo facto de ir constatando que, em treze anos, muito foi feito, mas nada resultou se considerarmos que o pouco que se possa ter conseguido foi abafado por um tremendo aumento do consumo de drogas de todo o género, sobretudo do alcool, responsável pelo desmoronar de muitas relações, de muitas famílias e, sobretudo, pelo aumento de crimes cometidos em resultado do consumo das mesmas. Da parte dos traficantes, há um objectivo demasiado evidente e, portanto, nem vou referir-me a eles. Se existem é porque são procurados como fonte de “recurso” dos desesperados e, consequentemente, é a estes que me referirei. Cresce, dia após dia, o número de jovens que consomem drogas como forma imediata de ultrapassarem certos estados de alma, cuja causa nem sempre é fácil de identificar, seja pelo próprio, seja por técnicos cuja aplicação no estudo desta matéria é já longa. Recorrem ao uso destes dois inimigos da consciência humana, pelos mais diversos motivos, jovens e adultos, normalmente de grande sensibilidade, eventualmente mais frágeis, refugiando-se numa ‘atmosfera mental’ provisoriamente “à defesa”, mas arrastando-os para uma progressiva perda de amor à vida. No início, tudo lhes parece fácil. Bebem uns copos, ou fumam umas ‘ervas’ e tentam sobrepor-se à causa que os incomoda e que lhes provoca uma angústia que, de algum modo, não querem enfrentar. O argumento para o seu uso, é-me muitas vezes dito ser o de “sentirem-se melhor”. Claro, nem duvido. E depois? Eles estão absolutamente convencidos de que não prejudica mesmo... “Até faz bem”, dizem eles muito seguros, com aquele ar de que sabem mais do que os outros, uma característica que os distingue... Sei – sem qualquer sombra de dúvida – que há jovens, (e adultos!), aparentemente de “mens sana in corpore sano”, que estão agarrados às delícias dessa tal “maconha” - para não referir outras - e que, portanto, passariam a odiar-me se lessem este meu texto. E se realmente, por mero acaso, o lerem, chamar-me-ão um qualquer nome que não me ocorre, pois são nomes mais usados por eles. Mas isso não me move, nem me comove. Dói-me saber que, não abandonando esses vícios, esses jovens avançam, a passos mais ou menos largos, para uma vida de sofrimento cada vez maior e, eventualmente, para uma morte prematura. Eles podem não ter a percepção de que os conflictos que começam a sentir têm a sua raiz no uso de simples enganadoras “passas de maconha” que, muito lentamente, vai-lhes alterando a personalidade... E que ninguém lhes diga que os prejudica, porque além de esconderem que as usam, contestam quem os aconselha a parar, até porque não lhes convém perceber isso e, daí, este comportamento quando alguém tenta chamá-los à razão. Atrás da “maconha” ou de qualquer outra droga das consideradas “leves”, passam a existir outras alternativas que surtam mais efeito e tudo poderá acontecer. A partir daí inicia-se um processo penoso, indubitavelmente, não só para quem o vive, física e psicologicamente, mas também para os familiares e/ou os amigos. É um abismo que se abre inexoravelmente fundo para ambas as partes, quantas vezes muito pior para os que assistem à sua progressiva decadência. Cada vez mais, bebe-se e usa-se drogas em todo o mundo. Isso deu origem a muitos outros males que viajam paralelamente, sem ver-se o fim dessa estrada.. É por isso que sinto tratar-se de um problema que necessita de ser combatido com outras armas e com a máxima urgência, através de medidas que combatam o mal pela raiz, o que se afigura muito difícil. Esta é, talvez, a maior praga entre tantas outras, pelos inúmeros crimes que daí advêm. Deveria, consequentemente, não estar limitado a um estudo do indivíduo, isolado, mas sim de uma sociedade em decadência absoluta. Esta minha convicção não exclui uma simultânea e atenta análise à forma como vive a família do jovem em risco, para serem tomadas em consideração medidas de protecção adequadas, pois é no seio familiar que, numa grande maioria dos casos, vamos encontrar a causa do seu comportamento. Não é raro ser a família a grande culpada. Certamente que não poderemos pretender formar novos cidadãos, negligenciando o importante estudo dos seus ascendentes, os quais não deveriam ser deixados à deriva, neste processo, sem uma correcta orientação. Se defendemos a reconstrução deste mundo, que não nos agrada, de forma alguma, deveremos fazê-lo através dum trabalho paralelo: escola e seio familiar, caso contrário assistiremos a um trabalho infrutífero, desnecessário. Tenho consciência, ao dizer isto que, durante a recuperação de certos valores, caminharemos, lado-a-lado, com aqueles que irão pretender fazer frente à alteração daquilo que não lhes convirá ser alterado, mas a nossa força deverá ser superior à deles. Refiro-me, por exemplo, ao “mundo obscuro da superficialidade e da ganância” e das organizações nada interessadas em que certos males acabem. Mas continuando... Terão de ser encontradas fórmulas de motivação para um maior respeito pela Natureza e pela convivência saudável entre todos, fórmulas essas que deveriam ser aplicadas a partir do nascimento, através de adequada assistência técnica de orientação especial, dada por elementos habilitados para o efeito, os quais deveriam ser, eles próprios, um exemplo daquilo que se pretende para a formação de um “novo cidadão”. Lamento que uma boa maioria de crianças seja, muitas vezes, vítima da necessária ausência dos pais, o que pode ser a mais grave causa para situações de insegurança e fragilidade, pois – como que de repente – a partir duma certa idade, é-lhes retirada aquela protecção e segurança a que as habituámos. Isso faz-me muita pena. Não será que a criança passará a sentir que pode ser culpada da razão pela qual deixa de continuar a ter essa potecção? Será que, mesmo explicando, a sua fragilidade irá aceitar a justificação, ou justificações que lhes damos? Não esqueçamos que a criança entra na pré-primária muito cedo e que a mudança faz-se de um dia para o outro. Tenho assistido a verdadeiros dramas, em que a criança sofre e chora desesperadamente, deixando-nos em sofrimento, também, sofrimento esse que ‘tentamos’ ocultar com a nossa determinação de ir em frente com o errado projecto de educação que nos é imposto pela exigente sociedade em que vivemos. Este processo deveria ser lento. Terei de ser muito bem convencida por quem saiba muito sobre esta matéria, se não será aqui que começa um processo de afirmação da personalidade na criança, “coxo” logo à partida, fragilizando-a para sempre. Se há crianças que, pelo que herdaram, geneticamente, dos pais, são fortes, outras há que - também pelo mesmo motivo, ou outros, em ambos os casos – ficam muito marcadas, psicologicamente. Sei que é muito difícil para os pais – e eu que o diga como mãe de 6 filhos e avó de 14 netos – estabelecer as doses adequadas de amor e de exigência, sendo estas marcos importantes na sua formação. E a situação torna-se – como no meu caso – incontrolável, de certo modo, quando agravada por um divórcio. Os pais deveriam ser convenientemente orientados por técnicos à altura, no dia em que decidissem ter filhos e só uma correcta formação das pessoas designadas para esse efeito, poderia levar os pais e as crianças ao reconhecimento saudável dos mais elementares deveres de cidadania, em todos os sectores, afim de ser conseguida uma progressiva melhoria da forma como vivem as pessoas, neste novo mundo que se deseja em transformação, para bem de todos. O ”desabafo” que acabo de deixar aqui não defende qualquer tipo de atitudes de prepotência ou de imposição, pois deixaria de ter o significado que se pretende: a formação duma sociedade onde cada elemento saiba respeitar os outros através duma doutrina de amor, o que só é possível se cada um tiver uma perfeita consciência dos seus deveres para consigo e para com os outros.

Data da criação deste conteúdo: 2010-12-10
BALANÇO NO TEMPO
Balanço no balancear dos anos que já lá vão. Já deixei de os contar de tantos anos que são. Dei de mim até estourar. Rebentei como um balão. Espalhei-me toda no ar, só me resta o coração. É ele o que balanceia... Não sabe quando parar. Espalha Amor sem ter ideia do quanto me faz chorar. Meu corpo já não existe, não sei onde foi parar. Só o coração resiste a tanta sede de Amar.

Data da criação deste conteúdo: 2016-12-28
JMJ-JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2023 – LISBOA – PORTUGAL
Sinto-me demasiadamente "pequena" para escrever sobre a JMJ-Jornada Mundial da Juventude, a decorrer em Lisboa, neste momento. Ultrapassa a minha capacidade de equilíbrio, a ter em consideração, ao decidir escrever sobre os prós e os contra que pairam sobre um tema tremendamente delicado. A organização responsável por todo o trabalho que envolveu o programa em curso terá, essa sim, um manancial de objectivos sobre os quais os seus elementos poderão pronunciar-se. Não me sinto motivada para dissertar sobre uma matéria onde a verdade segue de braço dado com um jogo de intenções que não me entusiasma abordar. Os propósitos dos organizadores terão sido suficientemente diversificados, afim de ser atingido o objectivo principal: limpar actos de uma vergonhosa dimensão, em paralelo com a intenção de chamar à Igreja os milhões de jovens que gravitam pelo mundo, numa atmosfera confusa, ora frágil, ora determinada a vencer nos seus propósitos. Reflessiva e emocionada, olho estes milhares de jovens intervenientes num cenário assaz complexo, assaz não sei bem o quê, mas fazendo-me lembrar estrelas e flores brilhando inocentemente - ou não! - entre uma multidão espectante... incrédula para uns, e para outros... religiosos convictos, sem dúvida.
Imagem: JMJ.Lisboa.2023.PNG Vector(AI.CDR.PDF)FREE DOWNLOAD Data da criação deste conteúdo: 2013-08-03
QUANDO A EMOÇÃO TE CALA PORQUE UMA IMAGEM TE FALA
Quando a emoção te cala
porque uma imagem te fala...
Quando, no silêncio, impera
dentro de ti uma fera…
Quando, cansado da vida,
anseias a despedida.
Não deixes que te governe
o ódio, esse vil germe
capaz de corroer
o que de bom possas fazer.
Deixa que essa onda,
envergonhada, se esconda
no teu coração, que bate,
esperando que o tempo a mate.
Verás nascer novos dias
que, de cego, tu não vias.
Não esqueças que há crianças
que precisam de mudanças
feitas de paz, de querer,
para poderem crescer...
...um crescer em que o amor
encha este mundo de cor.

Data da criação deste conteúdo:
2010-12-10
FALA-ME DE VIDA, AMIGA!
Amiga, tu, como eu, foste jovem, no Passado. Hoje... estamos na descida dum tempo quase esgotado. Não penso, porém, no fim. Tenho muita Vida, ainda, em mim. Amiga, fala-me do tempo, dos teus desamores, dos teus desencantos e dos teus dissabores. Fala-me da tua má sorte... ...mas nunca me fales de Morte. Amiga, fala-me da lua, das tuas fraquezas, das tuas paixões e até das tristezas, quando foste traída... ...mas deixa que eu te fale de Vida! Recuso temer a Morte mesmo que esteja a sofrer. Antes de mim, morre a esperança! Quero ser a última a perecer. Tenho mil projectos em suspenso. Enquanto o tempo corre... é neles que penso.

Data da criação deste conteúdo: 2020-01-23
NÃO VALE A PENA!
Espero-me, paciente, há longos anos, ao ritmo com que, já velhas, vão caindo as folhas, uma a uma, em cada Outono. Perdi a conta de tantos desenganos que me foram, lentamente, consumindo o privilégio de um sonho, em cada sono. Já deixei de reagir à força sórdida, que mantém-me refém, numa apatia mórbida. Espero-me na solidão a que me agarro. Já não há voos no meu imaginário porque perdi as asas num voo louco. Vítima dum todo, assaz bizarro, vivo escondida num pérfido cenário, desencontrada de mim e com bem pouco. Se tudo quanto amei, saíu de cena, porquê esperar-me, então? Não vale a pena! Espero-me, paciente, há longos anos, ao ritmo com que, já velhas, vão caindo as folhas, uma a uma, em cada Outono. Perdi a conta de tantos desenganos que me foram, lentamente, consumindo o privilégio de um sonho, em cada sono. Já deixei de reagir à força sórdida, que mantém-me refém, numa apatia mórbida. Espero-me na solidão a que me agarro. Já não há voos no meu imaginário porque perdi as asas num voo louco. Vítima dum todo, assaz bizarro, vivo escondida num pérfido cenário, desencontrada de mim e com bem pouco. Se tudo quanto amei, saíu de cena, porquê esperar-me, então? Não vale a pena!

Data da criação deste conteúdo: 2016-03-03
MAIS UMA VEZ… DEMOCRATICAMENTE… EU MESMA!
Capa da Revista "Telenovelas" de 28 de Julho a 6 de Agosto de 2023
Num País onde o crime está a aumentar todos os dias, de uma maneira absolutamente preocupante, eu pergunto mais uma vez se não seria oportuno proibir a exibição de imagens chocantes como a que vemos na revista acima exposta, cujo maioritário propósito será o de aumentar as suas vendas, eventualmente aproveitando-se da conhecida paixão dos portugueses por telenovelas e/ou por viver cenas que envolvam drama pesado, marimbando para o respeito que deveria merecer-lhes os traumas de tantíssimas vítimas de violência, a quem magoará recordar certas imagens, e/ou mesmo para o quanto possa ser pernicioso para certos jovens, mal orientados, a quem as mesmas possam instigá-los à prática de violência como arma de descarga da sua revolta pela vida que têm, mas que não desejam. Não me cansarei de denunciar tudo aquilo que, de uma maneira, ou de outra, possa alimentar os muitos criminosos que já existem em Portugal, situação esta agravada, actualmente, pela nossa justa boa vontade em acolher migrantes que estejam a viver grandes dramas no seu país de origem, embora muitos dos quais não saibamos, tão pouco, qual a verdadeira intenção por que pedem permissão de residência no nosso País. Vivo a impressão de que o mundo está a sofrer uma pesada reviravolta, em todos os sentidos, e temo muito pelas crianças.

Data da criação deste conteúdo: 2023-07-28
A PALAVRA
Servimo-nos de ti, constantemente. És usada e abusada. Não reclamas, não contestas e, em troca, o que é que pedes? Nada! Se te pegam, docemente, tu és amada. Se te pegam, rudemente, tu és odiada. Se fores veículo de insulto, e não cederes à resposta, geras tumulto na alma de quem tu feres e sofres o que não queres: um bombardear de ofensas. O que pensarias tu se pensamento tivesses? Que o teu corpo nasceu nu… serve todos os interesses.

Data da criação deste conteúdo: 2013-07-04
OBSTÁCULOS INTRANSPONÍVEIS ENTRE O DESEJÁVEL E O REALIZÁVEL
Fala-se muito de violência doméstica mas, pessoalmente, chamar-lhe-ei apenas violência em geral, porque hoje generalizou-se de tal forma esta forma de imposição do poder de uns sobre outros, que prefiro não fazer distinções entre uma e outra. Ao longo da minha vida - que já vai longa! - nunca senti tão profundamente o que está a acontecer, no plano social da luta contra a violência. Parece-me existir uma considerável dose de hipocrisia, da parte do poder e das instituições, quando tomam certas posições, relativamente à urgente necessidade de acabar com a escabrosa violência, generalizada, entre focos da população portuguesa e obstáculos, ocultos ou não, que surgem de todos os lados, no sentido de travar as posições a assumir, travão esse que impossibilita a realização do que seria desejável. Instalou-se um absoluto caos entre as diversas fontes de comando e de actuação para solução do problema, e a população menos instruída - e talvez farta de "levar no corpo" - parece procurar na violência a sua forma de manifestar-se vítima e/ou exorcista de si mesma. Com o que expus acima, gostaria de expressar a forma como encaro as possíveis causas mínimas do que está a passar-se na nossa sociedade, causas essas muito medíocres relativamente a um manancial de muitíssimas outras. Assim sendo, e consciente de que tudo o que pudesse expor como óptica pessoal do problema poderia ser julgado como sendo anti-democrático - quando sou completamente o inverso disso mesmo - exporei apenas pontos que carecem de uma reflexão profunda, começando pelos mais importantes, indiscutivelmente. Irei repetir-me em alguns que já referi, aqui e ali, em textos anteriores, os quais pecam por antagonismos que se vão manifestando, os quais, de algum modo - mesmo que por diversificadas actuações - poderão alterar os respectivos efeitos em diferentes vertentes. 1. É inadmissível a permissão de serem transmitidos certos tipos de programas televisivos ou a edição de capas de revista de novelas exibindo imagens de uma violência macabra, expondo-as aos olhos de, por exemplo, jovens em formação, muitos dos quais são já defensores da violência durante o namoro, o que estamos a constatar acontecer em larga escala. 2. Igualmente inconveniente é, também, a permissão de serem vendidos produtos alimentares muito prejudiciais à saúde - e não só! - e, paralelamente, ser apregoada à população, pelas mais variadas fontes, a necessidade de respeitar uma alimentação saudável. “Dando uma no cravo e outra na ferradura”, não se chegará a lado algum. Sabemos da existência de muita ignorância neste país e dizer-se que as pessoas são livres de comerem, permanentemente, o que muito bem lhes aprouver, como é o caso do que acontece em milhares de famílias, estamos a incorrer numa situação desagradável no que se refere à formação de uma juventude saudável. De uma óptima alimentação se constroem homens de mente sã. Não podendo, obviamente, ser imposto o fim de uma má alimentação, haveria, no mínimo, a necessidade de realizar atraentes e permanentes campanhas de consciencialização. Infelizmente retardaria o propósito, mas valeria a pena tentar-se. Mais... ser pretendida uma boa formação dos jovens quando, de uma grande maioria deles fazem parte já auténticos heróis de sobrevivência, é uma utopia. Esta situação choca com a realidade de muitos deles serem já referenciados como sendo vítimas directas do tipo de vida que são levados a conduzir, face às suas carências. 3. É inadmissível o descalabro do aumento exagerado dos preços de produtos alimentares, quando além do miserável ordenado mínimo e do subsídio de reincerção que muitos recebem, a população está a ser altamente prejudicada pelas inúmeras desonestidades praticadas por um ou por outro elemento do governo e/ou de importantes responsáveis de instituições e de grandes empresas - desonestidades essas que empobrecem o país. Não esqueçamos que a população será sempre – de uma maneira ou de outra - quem paga os prejuizos financeiros que o governo possa sofrer. 4. De que serve o aconselhamento sobre prevenções a bem da saúde pública, quando o que é facultado a quem não tem um rendimento mínimo digno, gera milhares de doentes que, por sua vez, são expostos a situações constrangedoras ao recorrerem aos hospitais e/ou centros de saúde? Esta posição é vergonhosa! 5. A tendência hoje, em Portugal, gira neste sentido: o teu valor como pessoa é proporcional ao valor do teu património. Regra geral, só escapa desta classificação quem teve a sorte de adquirir uma boa formação moral e cultural, e uma robustez espiritual fora dos limites considerados normais. 6. Saúde e Educação são dois temas de uma importância social preciosíssima! Serem permitidas condições de trabalho absolutamente condenáveis, a profissionais de saúde e de educação, inspiram na população o quê, em boa verdade? Resiliência!!! O problema é que muitos idosos e mesmo até os mais jovens, não aguentam o peso que esse mesmo problema lhes pôe em cima. Admite-se que haja doentes a recorrer às urgências e não haja médicos de serviço para os socorrer, acabando alguns por morrer? 7. Entre os que vivem miseravelmente e os que “se vão safando”, circulam os que têm rendimentos superiores àquilo de que necessitam para viver desafogadamente e sem preocupações... já para não referir os que, em quaisquer situações, marimbam sempre para o que vai acontecendo no seu País. Sente-se, em Portugal, uma enorme falta de ESTOICISMO, da parte dos mais carenciados, o que é perfeitamente compreensível dadas as suas condições de vida. Esta falta é chocante quando confrontada com uma enorme OSTENTAÇÃO da parte de alguns dos grandes priviligiados existentes, e de uma considerável dose de INCOMPETÊNCIA da parte de outros que têm a superior responsabilidade de governar o nosso querido País.

Data da criação deste conteúdo: 2023-07-24
A IGREJA CATÓLICA E A EVENTUAL RAZÃO PELA QUAL ESTARÁ PERDENDO UM CONSIDERÁVEL NÚMERO DE FIÉIS
Chocou-me profundamente ter tido conhecimento, já com 60 anos, de incongruências existentes entre a doutrina católica e o que possa o Estado do Vaticano ter tentado encobrir sob um manto diáfano de lamentável hipocrisia. Recordo que, quando criança e quando adolescente, era o único membro da família que ia à missa ao domingo. O meu quarto – quando tinha treze anos – tinha uma mesinha carregada de santinhos e imagens. Meu Pai, que eu amava muito, era absolutamente ateu, e brincava sempre com essa minha prática semanal de ir à missa todos os domingos, tinha eu 15 anos. Quando me preparava para sair, ouvia-o sussurrar ao ouvido da minha Mãe, de forma a que eu ouvisse, e com ar entre irónico e brincalhão: - A tua filha vai à missa ao domingo para pedir perdão a Deus e poder continuar a pecar durante a semana. Claro está que o fazia brincando comigo, talvez porque acreditasse que tal prática pessoal iria passando com a idade... Não brincava, porém, quando me avisava que não ousasse confessar-me a um padre, porque aí o assunto seria mais sério... Mas eu confessei-me e fiz a comunhão em segredo, sem vestido especial ou qualquer tipo de festa, obviamente. Era um segredo que eu queria manter, porque sabia bem quanto me poderia custar se ele viesse a saber que eu havia transgredido as suas ordens. Quando eu tinha já 18 anos, estávamos à mesa a almoçar e ele olhou para mim, com ar “ameaçador”, e disse-me: - Que eu não tenha a confirmação de algo de que desconfio... porque aí, irei ter de tomar uma posição de que não irás gostar. A partir dos meus 30 anos, mais ou menos, comecei a manifestar uma certa relutância em aceitar atitudes e posições da igreja, que me chocavam muito, mas embora tivesse deixado de ir à missa, eu continuava a considerar-me católica apostólica romana. Tive, porém, um conhecimento mais profundo de certas situações, durante os anos em que fiz deslocações permanentes a Itália, por questões de trabalho. Aí, fui confrontada com o conhecimento de certas notícias lamentáveis do que se passaria no Vaticano, e que nada tinham de comum com valores de humanidade e de fraternidade que eu tanto defendia. Anos mais tarde fui viver para Torino, e foi aí que comecei a ouvir rumores da razão pela qual o Banco Ambrosiano tinha ido à falência e, então sim, comecei a duvidar dos conceitos de religião que tinha adquirido em criança e que fizeram de mim católica apostólica romana, bem contra o desejo do meu Pai. Assim sendo, fiz algumas reflexões! O Vaticano nada tinha que ver com os valores que eu defendia e, portanto, passei a perservar os que, moralmente me serviam, e servem, tendo-me desligado totalmente da igreja gerida por um grupo de entidades “religiosas” que estarão a degradar a confiança que os católicos depositavam neles. No que diz respeito à minha posição actual, perante a igreja, perante a sociedade, e perante o mundo, faço a gerência entre o que se diz e o que convém respeitar, optando por seguir uma linha de AMOR incondicional à vida, e aos outros, carregada de tudo o que a minha consciência me vai ditando.

Data da criação deste conteúdo: 2019-08-07
A AREIA DA TUA PRAIA
A areia da tua praia
guarda segredos
bem fundo
que nunca revelará
aos curiosos do mundo.
Tem sido fiel cobaia
de mil ditos e enredos.
Sem contramarcha,
tu teimas em enfiá-los
na tua abusada lida.
Na tua vida não há,
nem haverá,
o sossego que desejas,
enquanto nela faltar
“Inversão de Marcha”,
ou “Saída”…

Data da criação deste conteúdo:
2013-07-03
ADEUS 2009!
(2024! E tudo continua na mesma...)
Estás na hora da partida,
embalando os teus haveres.
Que pobreza de conteúdo!
Quando tu eras miúdo,
entraste num mundo em festa
com uma lista gigantesca
de coisas para fazermos.
Sem ideias, sem sabermos
por que lado começar,
era importante avançar!
Portugal estava abatido
pelo que tinha perdido.
Havia uns que corriam,
outros que nada faziam.
Muitos passavam o tempo
fazendo dele passatempo,
enquanto outros, honestos,
organizavam protestos
contra a gula e a luxúria
dos detentores da incúria.
Vais partir triste, deixando
muita gente meditando,
com perguntas sem resposta.
Eu faço-te uma proposta:
diz ao teu filho hoje à noite,
que reze por um milagre:
que a guerra não deflagre.
Estamos cá para ajudá-lo.
Somos muitos a apoiá-lo!

Data da criação deste conteúdo:
2009-12-31
LIBERDADE
A liberdade deixa de ser uma ilusão se nos libertarmos das amarras que nos mantêm prisioneiros de algo. Apenas pratique o que for adequado aos seus próprios interesses saudáveis. A liberdade é adquirida, não posta à disposição de quem serve interesses que provocam a falta de liberdade.

Data da criação deste conteúdo: 2019-10-17
MOVIMENTO PARA A PAZ
Se o mundo está mal, de que serve fazeres de conta que tudo corre sobre rodas, negligenciando os que sofrem mais do que tu? Se nesta vida que te deram, falhares como cidadão, serás tudo, menos um bom irmão. Nascemos com a missão de viver, não de matar. Cerrem-se as lutas! Tranquem-se as portas que conduzem a um fim indesejado. Fazes parte deste todo, envergonhado do que vês, mas será insensatez “deixar rolar”. Demos as mãos e unamo-nos firmes na luta contra a droga, a guerra e a destruição dos valores básicos para uma vida feliz. Cortemos o mal pela raiz. Dá-me a tua mão, sem hesitação. Salvemos a Terra. Sigamos a estrada que nos conduz à Paz. Digamos NÃO à Guerra!

Data da criação deste conteúdo: 2013-01-10
IDENTIDADE MINHA
À pergunta “quem sou eu”, sou directa e bem concreta: não tenho nada de Orpheu, mas dizem que sou poeta. Sou uma mistura de pouco, e o resultado de tanto, e com meu “estar” meio louco, acabo sendo eu, portanto! Envolvo a insegurança, numa certa valentia, com muita perseverança... ...“e levo a carta a Garcia.”

Data da criação deste conteúdo: 2014-06-18
COMO VIVI A PANDEMIA
Como vivi a pandemia? No global, o que sinto, é que a vivi, dia-a-dia, metida num labirinto de coisas que não suporto. Se discordam, não me importo! Em tempo de frustração por um vírus vagabundo ter vindo para matar, eu senti, bem no meu fundo, asco da vil ignorância que causa tanto mal-estar. E... talvez pela minha idade, uma enorme discrepância entre a mentira e a verdade, gerou em mim implicância. De olhos cheios de poeira, perdi qualquer esperança de ser-nos dada maneira de promover confiança. Já ninguém crê no que contam os grão-mestres da ciência. Hoje dizem uma coisa, amanhã... haja paciência!!! Depois do que vi... e vejo, nos meios de informação, sei que há pessoas sem pejo de iludir a multidão com programas inconvenientes. A justiça, sempre lerda, não é posta a funcionar contra quem defende a tese de as audiências salvar mesmo que o que passe lese os interesses da criança. Um, ou outro, programador, fiéis a uma velha herança... vão recorrendo a programas com violência... no amor. O resultado final? As audiências... são salvas e grita-se: Menos mal!! MAS QUE FALTA DE PUDOR!

Data da criação deste conteúdo: 2021-01-21
DEMOCRATICAMENTE… LETRA-SEM-TRETA
Portugal está, indiscutivelmente, com problemas graves no Sistema Nacional de Saúde, problemas esses que geraram este meu manifesto de hoje. Antes, porém, gostaria de repetir-me afirmando que sou absolutamente apolítica, sobretudo porque, com a minha avançada idade, já vi incumprimentos de todos os lados, quer seja da esquerda, quer seja do centro ou da direita. • Em Portugal luta-se muito na tentativa de ensinar os Portugueses a optar por uma alimentação saudável. a) O cidadão português que vive com um salário mínimo nacional, ou com um subsídio de reinserção (?), pode comer saudavelmente, quando o dinheiro que (não) tem disponível só dá para passar fome? b) Quanto pior se come, mais doentes são gerados! Isso acelera a ineficiência latente do serviço hospitalar, agravando, em consequência, as condições económicas da população que acabará por ter de descontar parte do que recebe, para pagar ao Estado os prejuízos que possam advir da sua deficiente actuação. Todos os aumentos que têm sido feitos podem ser considerados uma permanente anedota... Ou não?!? c) Estou de acordo quando há dias ouvi alguém dizer, numa entrevista, que os cidadãos que possuam formação superior - como um curso universitário ou outro de elevado mérito - deveriam receber mais do que outros trabalhadores que têm uma formação básica, por exemplo. Isso poderá, na realidade, criar nos alunos interesse por adquirirem uma formação superior. Não estou, porém, de acordo que esteja a perder-se prestígio no que respeita a certas posições do governo português, que faculta um rendimento de reinserção, ou mesmo um ordenado mínimo nacional, repito, absolutamente vergonhosos, valores esses que dão facilmente para atirar um ser humano para o Serviço Nacional de Saúde actual, podendo mesmo acabar morrendo à porta do hospital, se não houver médicos disponíveis para socorrê-lo em tempo record. Se nós somos aquilo que comemos e que pensamos, solicito ao Estado o favor de deixar que pensemos melhor e proporcione a quem vive mal, acesso a uma alimentação digna. Considero muito grave que não se apliquem medidas para pôr fim à miserável situação em que vivem tantas famílias em Portugal, daí o aumento dos doentes, o aumento do crime e o aumento de tantas outras situações nefastas a todos e à reputação de um País lindo como o nosso. Sente-se que a maior preocupação de quem gere a nossa economia, é dar de comer a certos políticos que tanto mal causaram ao país e que, “coitaditos!”, devem continuar a viver bem. Não será isso?

Data da criação desre conteúdo: 2023-07-06
AGARRA A VIDA
Se sentes que nos outros
tu já não crês,
porque alguém te feriu,
atraiçoando uma jura
que te fez…
Se estás a sentir que o mundo
desabou a teus pés,
porque a pessoa que amas
e a quem te confessavas
não te aceita como és.
Se sentes não seres capaz
de voltar a amar,
ferida no teu amor próprio
e sem qualquer vontade
de perdoar...
Olha o teu passo em frente.
Ele anseia prosseguir,
não importa por qual estrada
e a despeito dessa dor
que possas estar a sentir.
É no caminhar consciente
do que possas enfrentar,
que aumentarás a força
que tu não sabias ter,
nem precisar.
Não queiras olhar para trás,
para tudo o que tu deixaste.
Faz parte do teu passado,
dum tempo para esquecer.
Foi nele que te magoaste.
É no futuro que deves acreditar,
criando esperança.
Agarra a Vida com muito amor,
sentindo a força e o valor
do olhar duma criança.

Data da criação deste conteúdo:
2012-01-21
TEMPO MEU
Cada vez que penso dar tempo ao tempo que ainda tenho... acabo por perguntar a mim mesma, com pesar, se o tempo da minha vida tem tempo para esperar. É que me sinto perdida num mar de tantos pendentes, que tenho por resolver... São coisas assaz urgentes que o tempo, sempre a correr, não quer deixar-me fazer. Nem já posso perder tempo... nem tenho tempo a perder.

Data da crisção deste conteúdo: 2014-07-23
ELOS DE AMOR
Um peso enorme nos ombros, e um doce encanto que adoro, parecem saír de escombros de quando em quando… e choro por elos de tanto Amor, nascidos de muita dor. Prisioneira neste mundo em conflito, não me sinto capaz de saír do fundo dum Passado, mais que extinto. Barulhos fortes, constantes, me despertam por instantes… Meus pés doem ao puxá-los para que sigam em frente, mas já não sei libertá-los deste sofrido Presente. Sinto-os como que amarrados, teimosamente parados.

Data da criação deste conteúdo: 2012-02-21
SINTO FRIO
Um céu cinzento turva-me a razão.
Não sei quem sou. Não me conheço.
Giro como um robot, sem direcção,
num nevoeiro cerrado e espesso
que não me deixa ver pra onde vou.
Não sei quem era, nem sequer quem sou.
A minha alma confusa e perturbada
não me deixa perceber o que se passa.
Viajo perdida entre tudo... e entre nada.
Na fonte que procuro, a água é escassa.
Sou alguém que não vive, sucumbiu.
Amputaram-me as asas. Sinto frio.

Data da criação deste conteúdo:
2017-12-25
AMOR, ESSÊNCIA DA VIDA!
Amor é uma luz cheia de vida, que surge quando menos esperamos. É uma chama calma, reflectida no mais pequeno gesto que façamos. Amor, algo que nasce e fica em nós. É uma força calma, linda, dedicada… que não reclama, não fala, mas tem voz. Usa os corações como morada. Por ele se faz passar sua irmã gémea a quem foi dado o nome de Paixão. Actua sem piedade, sem ter rédea; espalha dor, não sabe o que é perdão. O Amor vive num tempo sem limite, mesmo que magoado, e em ferida. Ele é o centro dum mundo cego e tonto, mas é a melhor essência desta Vida.

Data da criação deste conteúdo: 2012-02-24
MALDITOS INTERESSES!
Um jogo vergonhoso de interesses impera... destruindo este País onde a população... está infeliz. Oh infortúnio! Poucas são as vezes em que a justiça faz pronta questão de antecipar devida punição! Fala-se de culpas e condenações, mas a espera... enfim! É muito longa! Entretanto, se alonga... se prolonga... Quando chegam, finalmente, conclusões... os culpados ter-se-ão bem prevenido, e terão um bom futuro! Garantido! Maldita seja a grande perversidade que impera neste mundo desumano onde os bons... só existem por engano! Impera a vilânia e a dupla crueldade. Salvemos as crianças desta loucura! Isto não é viver! Isto é tortura!

2018-11-12
FORAM ANOS DE MEDO DO INFERNO
Em tempos de criancinha, na minha igreja, falavam-me de inferno, com muita firmeza. Diziam ser o castigo, quando eu pecasse... Porque toda a repetição a mais, caleja, como sempre fui uma prendada, que se preza, ficava assaz estarrecida... sempre que falhasse. Fui crescendo... Muito devagar, fui entendendo, que para perceber bem o que é o inferno, teria de aprender mais... para além dele... E foi assim que, lentamenter, fui diluendo certos medos - mesmo que ‘in modo” prosternal. Que contra o meu passado eu nunca me rebele!

2023-06-24
ETERNA BUSCA
Luto por encontrar-me entre o meu ego e eu. Não sei onde estou, por onde tenho andado, nem o que me aconteceu. Sim, talvez viva algures, numa dimensão diferente. Quiçá terá sido a razão por que se gerou tanta tensão, entre um e outra, duma forma crescente. Fizemos disparates sem conta em todas as minhas presenças, e em todas as minhas ausências. Foram inúmeros os conflitos existentes entre ambos. - Quantos... Quantos!!! Perdi-lhes muitas vezes, o rumo, ao ser-me pedido para dar mais do que podia, ...simplesmente porque devia. Talvez eu já tenha sucumbido, ou vagueie neste mundo caótico, procurando-me entre os dois, num passado tortuoso, sofrido. Tive de tudo, mas nada pedi. Busco-me por toda a parte! Até mesmo nas minhas raizes, onde o meu ser foi concebido, e onde nem tudo foi alegria. Acredito ainda, que um belo dia... será dada vida à esperança de ficarmos juntos, felizes, em perfeita harmonia, e em eterna segurança.

2016-08-27
QUANDO A LAPA SE ESCONDE NAS RAÍZES
Toda a violência exercida nas raízes de alguém para quem o passado é sagrado, perpetua-lhe inapagáveis cicatrizes que serão, eternamente, um seu legado. Actos imperdoáveis, causadores de medo, como aqueles do direito de posse, e do ciúme, são comparáveis aos da lapa presa no rochedo que, como tal... de direito se julga e se presume. Urge encontrar meios para exterminar vícios nefastos, geradores de violência... embora difícil seja qualquer interferência. Contudo, se nada se fizer, irão continuar mortes macabras e todo o tipo de agressão. Tenha-se eficaz control da situação.

2023-06-10
NÃO VALES PELO QUE ÉS… MAS SIM PELO QUE TENS!
Ouço o chilrear dum pássaro, aturdido. Minha alma desperta ao som dum novo dia. A noite despediu-se escapando do ruído de seres indignados, gritando de agonia. Começa o movimento dum vaivém que cansa. O povo não se cuida, afunda na rotina... e neste afundamento pesa o da criança entregue a vigilâncias às quais se subordina. Vives esmagado por normas sociais onde impera a força de grandes aldrabões. Queimam a tua esperança e as tuas ilusões. Vives numa era de forças virtuais. Deixaste de ser livre! Tu és um seu refém! Não vales pelo que és, mas sim pelo que tens.

2019-02-19
A MISTURA DE DUAS PESTES
Duas pestes coabitam no meio da multidão. Perturbam, maçam, agitam, são um mal sem solução. A primeira, a Ignorância - crassa e até desordeira - se persiste sem “substância” arrisca a gerar cegueira. Depois, há a Petulância. latente nos sabichões. Ostentam muita arrogância. Provocam indigestões. Os dois grupos são perigosos quando reais opressores. São os dois capciosos, a que chamo... “os professores”. Urge curar este todo de gente assaz convencida. Só de ouvi-los me incomodo. São os pobres desta vida. O dinheiro não distingue graus de conhecimentos. Quanto valerás se extingue em tristes comportamentos.. Ignorantes, ou cultos, fundem-se na actuação se ambos geram tumulto, perturbando a multidão.

2015-05-22
NÃO ACEITO SER COMANDADA!
Está muito na moda comandarem-nos - quer na televisão, quer nos sites de comunicação social. Disparam-nos ordens, constantemente: - Faça isto... - Faça aquilo... - Envie isto! - Envie aquilo! - Inscreva-se já! - Telefone já! - Encomende já! - Compre já! Mas que grande prepotência!!! É um verdadeiro assédio! Mas afinal o que somos??? Robots??? Seria mais bonito sugerirem, em vez de darem ordens...

2023-06-06
ESPECTRO DO QUE ME RESTA
Reencontrei-me num mar de exclusões. Nada do que tivera, me seduzia, e o que restou está nu do que era seu. Em redor fala o silêncio. Não há recordações daquilo que não era, mas parecia, enquanto bajulavam o meu EU. Se houve quem me amasse, eu não sabia. Não foi perito na arte de se expor... ...ou sentiria remorsos se paz me desse? O futuro? Que importa? Eu já sabia que iria continuar sem ter amor, contudo, tudo fiz pra que o tivesse. Resta porém, feliz, a minha alma serena, e inexoravelmente... calma.
2021-05-06