PARADEIRO INCERTO
Não sei para onde vou,
nem quem sou eu saberei.
Na estrada onde estou
busco o que nunca achei.
Vivo sem eira, nem beira,
sou cigana sem destino.
Passo minha vida inteira
num constante desatino.
Se penso ter-me encontrado
constato, com pena minha,
que estou no lugar errado.
O meu paradeiro, incerto,
não tem ninguém. Estou sozinha.
Procuro-me num deserto.
Data da criação deste conteúdo:
1954-09-20