Sinto esse teu sofrimento,
onde quer que tu estejas.
Ecoa como um lamento.
Não precisas de falar
ou dizer-me o que desejas.
Os teus ais estão diluídos
nas águas dum mar sem fim.
Soltam ecos, transmitidos
por vibrações a apelar
pelo que partir de mim.
Atenta a tudo o que sinto,
prevejo que sejas tu,
a lutar num labirinto
contra a força dum petardo
lançado 'in mode' cru.
Presa à tua tentativa
duma ajuda imediata
que seja muito assertiva...
Eu, despachada, não tardo
a responder-te, sensata.
Prendo minha mão à tua
com cheirinho a primavera,
olho, lengosa, prà lua,
que sabe muito de mim...
e o coração acelera!
Vai dormir, que estás cansado!
Amanhã estarás melhor.
Tens esse vício malvado
de ciumar. Sendo assim...
esquece-me por favor.
Data da criação deste conteúdo:
2024-10-14