Maria Letra nasceu em Coimbra, a 20 de Setembro de 1938. Escreve poesia desde os 13 anos, idade em que manifestou a sua preferência por esta forma literária. Possui os cursos Comercial e Liceal, completos, tendo aperfeiçoado os seus conhecimentos das línguas Inglesa e Francesa em escolas estrangeiras. Aos 22 anos foi para Londres, onde estudou no conceituado colégio “The West London College”. Foi secretária de direcção e tradutora técnica durante 35 anos, e empresária durante 17.
Deixou Portugal para viver em Itália em 1989, por exigências de trabalho, mas três anos depois fixou residência definitiva no Reino Unido.
Lvros publicaos: “Meus Caminhos de Cristal”, em 2011, e "Meu Pequeno Grande País, em 2017.
Quando me casar contigo não serás o meu senhor. Eu sou minha e Tu és teu! Para além de meu Amigo és minha fonte de Amor, sem que eu deixe de ser EU.
A posse implica poder, não quero ser possuída. Não me vejo desse jeito. Sou feliz por te querer e por ser por ti querida, mas exijo-te respeito.
Peço-te, Amor, que medites nestes pontos que foquei. São as minhas condições! Casar implica limites... Tu sabes... e eu também sei. Respeita as limitações.
Se, de repente, acometida de um forte desejo de chafurdar, não te certificas do terreno onde vais entrar… em vez de saíres de lá satisfeita e saciada, podes sair confusa e lambuzada.
Data da criação deste conteúdo: 2024-06-06 Autor da imagem: Miguel Letra
Já nada do que fazia num tempo muito distante pouco estável, muito errante - que vivia, dia-a-dia - faz parte do meu presente. De programa organizado partia, nesse passado, e, por dias, estava ausente.
Quando tinha, reunidas, várias colecções de roupa, - Muita chique! Simples, pouca! - escolhia a mais preferida. Eu tinha de trabalhar de modo a deixar contentes vários tipos de clientes difíceis de contentar.
Na mulher simples e culta, de gostos sóbrios, simplistas, que não ousa dar nas vistas, o clássico… resulta. Mas há outras, extravagantes, que gostam de lantejoulas e, como são muito louras, são dos brilhos, muito amantes.
Com a roupa estagnada, comparo o que sou agora, com aquilo que era outrora. Eu... -“moi”-, não mudei nada! Quando a vida corre mal… procuro o que faz efeito: sigo em frente do meu jeito! Continuo tal e qual...
A meta que buscas está inacessível, mas crês esteja lá, o que não terás. Segue caminhando… Quem sabe é possível que vás encontrando outra forma mais leve de encontrares a paz.
Vento que bate, insistente, em frágeis corpos sem norte. Leva tudo à sua frente, na sua fúria de morte. Ninguém sabe o que fazer. Desistir, não são capazes. Acreditam que vencer é o prémio dos audazes. Os que preferem ponderar, estudam o mal na raiz, buscando como travar os ventos do seu país.
Ventos loucos, sem control, que sopram todos os anos, anos escuros, sem sol, que causam penas e danos. Uns esperando a calmia, vão recolhendo a folhagem; outros, mais em sintonia, lutam juntos com coragem. Procuram travar a dor. Têm esperança no bom senso e na força do amor, cujo poder é imenso.
Fartos dum presente duro, fogem de ventos e lodos. Têm esperança no futuro. Todos por um, um por todos! E, nesse esperar sem fim, sentindo a força do vento que sopra, dentro de mim, fui-me esquecendo do tempo, esse factor meu rival, que sei ser muito importante nesta luta desigual contra um mau tempo constante.
Nas grades que tu fizeste, eu me deleito. Nas grades que aqui puseste, feliz... te espreito. Tu, prisioneiro da vida, estás numa gaiola, sem veres a saída que amarra, que enrola tua alma a sofrer... porque tu não soubeste teus medos vencer.
Entre ocas focas e mil fofocas, há um mar de ricas fofoquices! Ninguém neste todo fica ileso. São grandes e perigosos venenos que lideram milhões de canalhices feitas por gente dum 'enorme peso'!
Controlam mesmo, com claro arrojo, internet, jornais, radios e televisões. Trata-se dum descaramento imundo! É um comandar que nos gera nojo, feito em prol dos muitos tubarões, eternos dominadores deste mundo.
São como víboras maléficas, tontas... camafeus de muito reles pedigree. Eles não são gente, são gentalha! Especialistas em controlar contas, aumentando aqui... e roubando ali, fazem parte integrante da maralha.
Preparem-se, se ainda vos aprouver, para assistir a um lamentável cortejo de gente pobre que fome irá passar... Perderão a casa onde estavam a viver e nem sequer, talvez, tenham o ensejo dos seus elementares direitos reclamar.
Corroída e carcomida, recorda tempos de outrora em que andava sempre à nora. Viveu seus anos de vida, numa grande roda viva. Hoje é peça de museu… mas foi aqui que jazeu.
Data da criação deste conteúdo: 2024-05-30 Autor da imagem: Miguel Letra
Desvirtuadas virtudes estão hoje muito na moda. É um misto de atitudes, uma moral que incomoda... Não consigo lidar bem com um certo amar de cobra, mal amando quem não tem o que outros têm de sobra. Um molhe de gente egoísta, com uma mente assaz sacana e muito materialista... tornou-nos a Vida insana.
Não posso crer na mudança quando a sede é de vingança.
A farsa está cada vez mais presente na nossa vida, com “artistas” participando nela de várias formas. O uso da máscara é um “must” muito comum. Algumas vão caindo por terra, mas a farsa a que me refiro hoje... continua. Participam nela:
- O expoente máximo, o chamado “Manda Chuva”, seu criador. - Os que actuam segundo ordens deste; não têm vontade própria; vivem para servir a vontade de mestres. São os chamados “Alienados”. - Os que actuam para gerar a confusão através da criação de cenários especiais; chamam-se os “Mascarados”; cada vez que lhes cai a máscara, passam à clandestinidade, mas candidatam-se outros, para os substituir. - Outros há - que também usam máscara - mas só participam nesta farsa para criar “defesas”, na esperança de não serem reconhecidos quando precisam de mudar de farsa, por conveniências extra. São conhecidos como "Oportunistas". - Há os que abandonaram esta farsa por não se identificarem com a trama que lhes foi proposta; chamam-lhes “Traidores”: vivem de esmolas, daí a sua fragilidade. - Por último - a maior parte! – são os que não entendem nada do que se passa à sua volta; são os conhecidos como “Zombies”; vivem por empurrão... ajudados por quem ainda tem coração; continuarão encarcerados na sua própria condição;
No palco deste teatro, as cortinas não são encerradas, porque há falta de quem se atreva a acabar com uma farsa que tanto interesse continua a suscitar nos seus peculiares criadores.
Por detrás dos bastidores, movem-se os chamados “Operadores Especiais”; conjecturam formas de reunir uma série de elementos capazes de acabar com tudo o que for Farsa.
A assistência é composta de pessoas que, por diversas circunstâncias, vivem sem dificuldades, consequentemente, vão-se divertindo, à sua maneira, sorrindo sarcasticamente.
Quem sou eu nesta confusão? Uma “Infiltrada”! Busco dados que possam suscitar-me uma Reflexão.
Alto! Não estamos em tempos de cantar grandes vitórias, nem de apregoar glórias. Há que estarmos bem atentos! O País “está de gatas”, porque está pobre de muito! Caíu, débil, num circuito com regras nada sensatas.
De muito o País está pobre, mas não está pobre de tudo. Somos ricos, sobretudo, de gente bastante nobre, com coragem a valer! Lutaremos pela paz duma maneira eficaz: Nunca vergar… nem torcer!
Portugal caiu num caos, por causa de certos trutas. Por dinheiro... geram lutas. Para além de serem maus... de ricos fazem figura, enquanto outros, que tristeza... para terem pão na mesa, que vida enfrentam! Que dura!
Esqueçamos partidarismos. Somos todos seres humanos que já estão fartos de enganos, de mentira e de conformismo. Estamos cheios de discursos de “gente de mente aberta”. Cada dia, há um alerta. que nos põe todos piurços.
Há que arregaçar as mangas? Comecemos pelos vilões, vigaristas, aldrabões, que nos deram tantas tangas. O povo deste País afundou-se na amargura … duma pobreza bem dura, que nunca, por certo, quis.
Há coisas que não percebo! Tivemos alguns famosos, perfumados e charmosos que nos levaram ao cebo. Agora, para livrar-nos dum caos tendente a aumentar outros tais querem "salvar-nos" para mais pobres ficarmos.
Quanto a mim, compatriotas, era cá muito entre nós, - só nós... e muito nós sós - (mesmo que a comer bolotas), que a solução para a crise devia ser encontrada e muito bem aplicada, antes que mais agudize.
Reparem bem: nas ajudas que nos querem facultar, há exigências no ar que mais parecem de Judas. Ainda vamos assistir a cenas de revoltar, com os ricos a aumentar e os pobres a sucumbir.
Não nos deixemos levar por promessas ardilosas, dessas cabeças famosas, peritas em calcular. A moral que neles vigora, dá para a fome aumentar nos milhões a "patinar", num mundo que os ignora.
Portugueses, meus irmãos, (excluindo os trafulhas, vigaristas, maus e pulhas): Apertem todos as mãos e vamos mostrar ao mundo o nosso exemplo de luta, antes que essa malta... astuta, nos leve a um poço sem fundo.
A maré hoje está cheia. Gaivotas pairam no ar. Quanto mais a maré sobe, outras mais se irão juntar. Não há barcos sobre as ondas, nem turistas pela praia. O tempo ameaça chuva, não se vê nada que atraia. Sem permissão para pesca, reina vida no cenário. Para peixes... sabe a festa, para gaivotas... calvário! Há ciclos durante a vida, que contrastam, grandemente. Uns dizem serem acasos, outros o poder da mente. Há, porém, quem contradiga, com um parecer diverso, atribuindo os acasos ao poder do Universo.
Com que moral é que nós, adultos, nos sentimos no direito de exigir dos jovens formação, educação e respeito, quando não lhes são facultados, na base, os fundamentos a que têm direito para o conseguirem?
Com que direito pretendemos que os jovens se preparem para o futuro quando o presente que milhões de adultos estão a proporcionar-lhes é deplorável?
Para que possamos pretender dos jovens uma boa formação, nas suas várias vertentes, impõe-se facultar-se-lhes, no presente, o direito às bases – também estas nas suas várias vertentes – que lhes proporcionem a possibilidade de realizarem o que nós, adultos, pretendemos deles.
Sempre me preocupei com o meu futuro, mas sabia bem que ele não dependia só das minhas escolhas. A minha grande falha residiu no facto de não ter protegido bem o chão das estradas em que caminhava e, de vez em quando, levava com cada enxurrada de água, que recorria a um barco a remos para poder seguir em frente. Hoje, que a minha idade já não perdoa erros, decidi passar a viver “ao sabor da marés”.
Em 07 de Fevereiro de 2024, o Jornal “ONU News” informou que o secretário-geral da ONU teria afirmado que o mundo tinha entrado na “ERA DO CAOS”.
https://news.un.org/pt/story/2024/02/1827417
São tantas as causas sobejamente relatadas e comentadas – e incluo aqui as conhecidas como sendo "politicamente correctas" - que, a uma pessoa tão ignorante quanto eu, sobre tanta coisa que ouve e vê, ser-lhe-á (ou não) permitido fazer conjecturas absolutamente pessoais, sobre as mesmas.
Sou de opinião que a raiz daquele caos foi gerada pela acumulação de vários factores muito importantes, intrinsecamente ligados à formação, e consequente competência, de quem tem a estoica missão de governar o seu país. Entendendo bem as afirmações feitas pelo Secretário-Geral da ONU, Senhor Eng.º António Guterres, sinto, no entanto, dever juntar-se a esse global de causas, os transtornos físicos e psicológicos que o malogrado Covid-19 e seus sucessores - travestidos de múltiplas “variantes” - têm provocado, sobretudo, a partir de 2019.
Se é verdade que defendo, de alma e coração, a necessidade de evitar que o mundo chegue a qualquer situação caótica, através duma reestruturação social bastante abrangente - sobretudo no sentido perfeito do que significa “amar o próximo como a ti mesmo” - também é verdade sentir que, devido a diferentes ideologias, nomeada e principalmente de carácteres religioso e político, essa pretensão nunca passará de verdadeiramente utópica. Tal poderia, hipoteticamente, ter sucesso... se aplicada, e muito cautelosamente gerida, em cada País onde tal pretensão fosse aceite. Todavia, nos interesses envolvidos nas relações internacionais existentes, estão implícitos objectivos que esmagam qualquer esperança numa paz permanente. Assim, na mente dos responsáveis e dos seus seguidores, prevalecerá sempre “a lei do mais forte”, numa tentativa de levar àvante as suas pretensões, as quais começam por “provocações”, passando por esporádicos ou permanentes ataques e, não resultando... surge a ameaça do recurso a armas nucleares. Instalado o terror, vem o caos, faltando apenas a concretização da grande ameaça... se nada mais surtir efeito. E passa a reinar o desespero entre a população, começando as dramáticas fugas em busca de razões para continuarem vivos.
Entretanto, enquanto a população dos países em guerra, grita por paz ou foge em busca de um porto seguro, outras populações, alheias a essa realidade e a tantas outras, continuam a tentar “brilhar” sob as luzes da ribalta, indiferentes aos que estão sofrendo duma sede incessante do Saber que lhes permitiria entender a ganância humana, pela ponta justa.
Deixo, fora de lista, aqueles que, à semelhança dum passado histórico de longuíssima data, seguem procurando “O PARAÌSO INEXISTENTE.”
Não tenho razões para sentir-me completamen- te feliz com a vida, como ela está, sobretudo neste momento. Tenho, porém, razões para acre- ditar no que possamos fazer para que ela melhore, nomeadamente alertando quem governa o país, para o caos em que temos os sectores principais que de- veriam garantir uma vida digna a cada cidadão.
Do mundo, sou cidadã. Da vida, sou sua amante. Moro onde me sinto bem. Sou, por norma, viajante. Para onde quer que vá, segue comigo, também, esta minha mente sã, quanto basta de esperança, uma mão cheia de amor, e tanta perseverança. Tenho perfeita consciência de fazer o meu melhor, ao opor-me à desistência a que os fracos dão valor.
Esse mastro sobre rochas resistentes, como eu, às tempestades da vida, marca a presença que outrora deixava rastos de amor por onde quer que passasse. Mastro de perseverança fecundada na esperança de conquistar mil batalhas. Arrojada e resiliente, cada uma que perdia gerava nova vertente. E era assim que investia pra realizar meus sonhos. Havia riscos medonhos, na luta por conseguir minhas metas atingir, mas tal como rocha dura, resisti às consequências de quem prefere arriscar, a desistir sem lutar.
A Preguiça é uma grande inimiga do progresso e da vida. Há lutas que travo que darão resposta a acontecimentos do meu dia-a-dia, sempre pensando na conquista de um futuro melhor. O meu Ter e o meu Haver são valores muito activos, virados mais para o espírito do que para a matéria. Dado que me têm dado muito mais do que aquilo que merecerei, tenho um saldo muito positivo, a despeito de alguns razoáveis desamores de quem menos esperaria.
Acredito numa Energia Universal, superior a tudo e a todos. Porém, não acredito no castigo após a morte. Acredito, sim, que seja em vida que pagamos pelo mal que praticamos. Daí eu procurar, todos os dias, corrigir os meus erros. Não sendo um exemplo de virtudes, esforço-me por melhorar todos os dias, e dar bons exemplos aos jovens que me rodeiam.
O que seria de mim se durante a minha infância me tivessem dado tudo aquilo que eu pedia? Hoje, carente de algumas coisas, não por ganância... muito sinceramente, não sei dizer o que faria.
O que seria de mim se durante a juventude tivessem ignorado a minha agitação? Seria mimada, caprichosa e bastante rude, carecendo de uma orientada correcção!
O que seria de mim se os meus pobres Pais, outrora, tivessem menosprezado o meu medo de voar? Seguramente não teria tanta força, agora, perante a minha necessidade de viajar.
Seria salutar que cada pessoa vivesse a sua vida em privado - se desejado - não sendo criticada por quem nada tem a ver com a sua preferência de como vivê-la.
A interferência na vida privada de alguém é, porém, louvável e legal, se a sua segurança e/ou bem-estar, estiverem a ser ameaçados.
Acreditar que o mundo vai mudar, enquanto viva, seria iludir-me. Contudo, preocupada com o que está a acontecer, actualmente, com uma certa camada de jovens, não desistirei de fazer o que estiver ao meu alcance para promover novos métodos de reeducação das crianças – a partir da base – afim de tentar uma mudança no cenário actual, com tanto crime hediondo a acontecer, tanto em Portugal, como noutros países.
Cabe a mim, e só a mim, aperfeiçoar-me, o que tento fazer tanto quanto possível. A única coisa que, nesse aperfeiçoar-me, não fui ainda capaz de vencer, foi o facto de não conseguir ultrapassar ofensas morais. Quem me ofende moralmente, é excluído do universo em que vivo. O resto, tenho conseguido superar.
Pior do que estar falido é não termos consciência da nossa maledicência ao julgarmos mal alguém... quando passamos a vida com a alma impedernida pelos podres que contém.
As permutas de carinho e de atenção, entre seres racionais e/ou irracionais, não dependem do género, da estatura ou mesmo da beleza e da condição dos seres em questão. São, meramente, manifestações ocasionais de ternura, geradas por empatia entre eles.
Data da criação deste conteúdo: 2024-05-06 Autor da imagem: Miguel Letra Jardin de S. Lázaro Porto
Nasci com uma missão em que actua o coração: dar vidas a este mundo banhando-as de amor profundo. Foram missões abençoadas bem cumpridas, bem louvadas. Seis filhos de mim nasceram e muito amor receberam. Todos foram desejados, muito queridos, muito amados. Criá-los... foi um caso sério, mas disso... não há mistério. Conheço bem o porquê. Só um cego é que não vê. Mas mesmo com atropelos dos pés até aos cabelos, cumpri a minha missão com amor no coração. Adorei este meu papel, banhado de mel... e fel. Eu não sou um ser qualquer. Eu... sou Mulher!r
São três meninos… coitados! Carregam, mudos... calados, um peso de fazer dó! Põe-me na garganta um nó. Quer chova, quer faça sol, nem peste de rouxinol os move dali pra fora. Nenhum se lamenta ou chora. São três esculturas em bronze, mas mesmo que fossem onze, era sempre carga a mais. Não se admite! Jamais!
Data da criação deste conteúdo: 2024-05-05 Autor da imagem: Miguel Letra Escultura de Henrique Moreira Avenida dos Aliados Porto
Vivo tranquila sempre que consigo ver-me livre, tão depressa quanto possível, dos acidentes de percurso, na estrada em que caminho. Abomino os estados de ansiedade, que combato através de travões que me imponho porque, físicamente, conheço as consequências que provocam.
Tenho sempre programas para o futuro, os quais vou actualizando sem pensar que o mundo vai acabar amanhã. Criando novos projectos evito sentir que já não tenho sonhos.
A minha alma, estouvada, adora estar sempre a cantar. Conjecturando... presumo que não saberá chorar. Gasta, mas inconformada, decidiu mudar de rumo, para me ajustar ao mundo que o Universo governa, - mas que tanto mal contém. Tem uma ambição que alterna num seu desejo profundo: que eu baile… e me sinta bem. Com esta sua alternância, que me causa desconforto, nós entramos em conflito. Coisas há que não suporto. Perante tal circunstância, fico calada… e cogito...
Não basta fazer uma fotografia. É preciso que esta envolva uma certa magia durante a partilha de mensagens trocadas entre o fotógrafo, o transmissor e quem a observa, o receptor. É nessa permuta, entre os dois, que se define - ou não - a arte implícita na sua concepção.
Data da criação deste conteúdo: 2024-05-03 Imagem de Miguel Azevedo
JOVENS DELINQUENTES NO EXÉRCITO. NUNO MELO ATACADO PELAS ASSOCIAÇÕES MILITARES (RTP Notícias – 2024-05-01)
Que o Senhor Ministro da Defesa possa defender a colocação de jovens delinquentes no Exército não me surpreende. Tenho ouvido toda uma série de afirmações inaceitáveis, as quais vou classificando com montes de um irónico “Absolutamente!”. Agora... que o Senhor Ministro da Defesa tenha "esclarecido" que o governante apenas fez uma “reflexão”, para “efeitos académicos”, provoca em mim uma grande perplexidade. Comento tal "reflexão" da mesma forma que fiz relativamente a uma outra do Senhor Presidente da República, isto é: não seria melhor reflectirem em silêncio antes de se pronunciarem seja sobre o que for?
Se o Senhor Nuno Melo nega agora a intenção de recrutar jovens delinquentes para as Forças Armadas, perdeu uma gigantesca oportunidade de estar calado. A reflexão faz-se antes de uma afirmação, e nunca o contrário, porque coloca o seu autor na posição de vítima de irreflexão e/ou de imponderação, ficando, claro está, sujeito a julgamentos que poderão não corresponder ao desejável, especialmente quando se trata de um membro do governo que assumiu um cargo de tão relevante responsabilidade como é aquele para o qual Sua Excelência foi indigitado.
Revolta-se um mar de nada que atraia. Com algas eu banho um passado que dói. Olho as crianças agitadas na praia, e lamento o tempo que tudo corrói...
Aguardo outro ano... Sei que o terei! Mas... ano, após ano, viva permanece a recordaçãp que em mim conservei dos tempos de jovem que a mente não esquece.
E vibro sonhando, teimosa, insistindo no quanto ainda aspiro poder terminar coisas que, no tempo, ousei projectar.
De Amor e de Sonhos vou chorando e rindo porque creio na alma que carrego em mim! Sou feita de esperança. Serei sempre assim.