VOLTO A UM ASSUNTO CHOCANTE SOBRE O QUAL ESCREVI JÁ UM MANIFESTO



Senhores Directores de jornais, de revistas, de televisão, de sites de comunicação, etc., etc., etc.. Volto à desagradável forma como pretendem convencer os destinatários daquilo que anunciam, a aderir de imediato ao que pretendem com a V/ publicidade. As expressões a que V. Ex.ªs recorrem todos os dias, quer seja como promotores de vendas, quer seja como promotores de conhecimento ou mesmo para aumento de audiências, não me parece sejam elegantes, a despeito do quanto possamos estar-lhes gratos pelos conhecimentos, mais ou menos úteis, que possam proporcionar-nos, Trata-se de um intercâmbio de interesses e, até aí... quem não estiver satisfeito saberá muito bem o que deverá fazer: muda de fonte de transmissão ou busca qualquer outra forma de lidar com a publicidade. Considero que há uma coisa a ponderar no Vosso trabalho: os transmissores dos variadíssimos conhecimentos que quererão sejam aceites pelo público, não devem, de forma alguma, tratar as pessoas a quem se dirijam, como se fossem peças de submissão às vossas ordens. Seria de toda a conveniência acabarem de uma vez por todas com as expressões:

Contactem JÁ! Telefonem JÁ! Encomendem JÁ! Adiram JÁ!

Enfim! É um bombardear de exclamações irritantes, que só merecem uma resposta:

É JÁ A SEGUIR!

Seria mais gentil, e até cativante, cancelarem o impasse que o uso do termo “JÁ” confere à frase, isto é, prepotência com sabor a comando... e passassem a uma forma mais de sujestão, ou de convite. Sabemos que os prazos para obtenção de vantagens deverão ser respeitados, mas mesmo assim, seria muito mais agradável usar uma forma mais suave de alertar o público para esse facto. Não devem negligenciar que as pessoas já vivem pressionadas pelo tempo todos dias da semana, e a forma como se dirigem a elas, repito, depois de um dia inteiro de pressão, torna-se verdadeiramente desagradável.


Data da criação deste conteúdo:
2023-08-19