A perfeição não existe,
mas essa é a minha meta.
De tão exigente ser
não me sinto completa.
Mesmo assim, por acabar,
tenho um coração que crê
que, de amor, estou repleta.
Aos olhos de quem me vê
por vezes sou assim mesmo:
Incompleta! O que é que falta?
O problema está dentro.
Há um senão que ressalta.
Ontem, fui boa pessoa;
anteontem… já não sei;
hoje procuro tornar-me
a mistura que convém.
Convém... a quem de mim espera
qualquer coisa... assaz diferente.
Acabo sendo um enigma
aos olhos de toda a gente
que me olha e vai dizendo:
- Esta aqui, não está completa!
Tem um parafuso a menos...
ou é doutro planeta.