SINTO FRIO
Um céu cinzento turva-me a razão.
Não sei quem sou. Não me conheço.
Giro como um robot, sem direcção,
num nevoeiro cerrado e espesso
que não me deixa ver pra onde vou.
Não sei quem era, nem sequer quem sou.
A minha alma confusa e perturbada
não me deixa perceber o que se passa.
Viajo perdida entre tudo... e entre nada.
Na fonte que procuro, a água é escassa.
Sou alguém que não vive, sucumbiu.
Amputaram-me as asas. Sinto frio.
Data da criação deste conteúdo:
2017-12-25