Para que pudesse avaliar, pessoalmente, os programas “Big Brother” e “Desafio Final”, fiz - como já referi - o que seria espectável da minha parte: dediquei parte do tempo de que tanto preciso para trabalhar, à apreciação do conteúdo dos mesmos, no que diz respeito à má influência que possa exercer na camada mais jovem… e não só! Certa, ou errada, julguei-os com imparcialidade, focando-me nos pontos mais importantes, pela relevância que certas atitudes possam ter na educação, sobretudo, dos jovens. Este é o lado que mais me preocupa.
Se, por um lado, a opinião pública reflecte o cenário da formação de um determinado grupo de pessoas, amantes desses mesmos programas, por outro faculta a bons psicólogos e a bons entendedores, em matéria de educação, dados de comportamento que lhes permitirão fazer uma correcta avaliação do que convirá evitar nesses mesmos programas, afim de não prejudicar todos os outros de reeducação de jovens violentos que, neste momento, tanto perturbam a estabilidade emocional de quem está empenhado em levar uma panóplia de “Cartas a muitos Garcias”, espalhados pelo território português.
No que se refere à posição assumida ontem pelo Big Brother, em relação ao que se passou entre Savat e Miguel Vicente, questiono-me se é aceitável colocar esses dois “transgressores” sujeitos ao parecer do público. Para perceber qual deles deveria continuar no programa, eu pergunto:
- Será essa a forma correcta de punir um deles? - Só um deles transgrediu as regras? - O massacre psicológico não conta?
a) Que tipo de público irá votar? b) Por que foi passada ao público a “batata quente”, quando a responsabilidade é da Produção do programa?
Quer-me parecer que alguém quererá agradar a Gregos e a Troianos, pretendendo o óbvio: evitar prejudicar o nível de audiências, mantendo-se fora do julgamento sobre o que deveria ser, realmente, de sua responsabilidade.