Tenho uma prenda escondida dentro do meu coração. Não quis abrir no Natal, não sei bem por que razão. Talvez não fosse o momento de dar-lhe vida terrena. Ficou só em pensamento, duma forma assaz serena... Eu não me sentia em Paz para assumi-la com garra, nem me sentia capaz de soltar-me de uma amarra que há tantos anos sentia. Estava seca de tão velha. Era muito doentia... O coração me aconselha abri-la para toda a vida, lançando ao mar o passado e deixando, na despedida, um pensamento gravado: Tal como o céu, o Perdão não tem limite, pra mim: Eterno na duração... tem princípio, não tem fim.