PERDÃO SEM LIMITE


Tenho uma prenda escondida
dentro do meu coração.
Não quis abrir no Natal,
não sei bem por que razão.
Talvez não fosse o momento
de dar-lhe vida terrena.
Ficou só em pensamento,
duma forma assaz serena...
Eu não me sentia em Paz
para assumi-la com garra,
nem me sentia capaz
de soltar-me de uma amarra
que há tantos anos sentia.
Estava seca de tão velha.
Era muito doentia...
O coração me aconselha
abri-la para toda a vida,
lançando ao mar o passado
e deixando, na despedida,
um pensamento gravado:
Tal como o céu, o Perdão
não tem limite, pra mim:
Eterno na duração...
tem princípio, não tem fim.


Data da criação deste conteúdo:
2014-12-31