Quero viver comigo a liberdade de sonhar acompanhada de ninguém, sem nada que possa perturbar o meu jeito de saborear o nascer do sol depois duma linda madrugada.
Não quero dó nem tão pouco comiseração de quem outrora fingiu querer-me bem. Eu amo o meu silêncio e sinto aberração ao ruído da ribalta que este mundo tem.
Quero ser eu inteira, viver as minhas paixões sem ser contrariada ou mesmo constrangida a ter de ouvir as mais diversas opiniões, de quem ousou meter-se na minha vida.
Não quero mais trair-me. Cansei-me de fingir que iria adaptar-me a este mundo louco, onde concorrência feroz e frequente traição, exigem que semeies tanto... pra colher tão pouco.
Quero viver mais leve e mais feliz, bem ajustada ao meu dever social de convivência tolerante, para sentir em pleno a condição de libertada, que me permite ser eu de modo sempre constante.
Não quero, porém, ocasionar desconforto a alguém, com a minha preferência de estar só comigo mesma. Se alguém vier pedir-me ajuda, por não estar bem, correrei como um guepardo, não como uma lesma.
Data da criação deste conteúdo: 2022-10-27 Imagem: Eberhard Grossgasteiger