MANIFESTO DE PERPLEXIDADE E DE REVOLTA



É com profunda tristeza e inconformada revolta que, quase a completar oitenta e seis anos de idade, e depois de ter vivido trinta e seis anos de uma ditadura, mais cinquenta de uma democracia adulterada, vejo o meu querido país afundar-se numa onda de conflitos internos de toda a ordem, cuja causa reside, sobretudo, em situações como:

• má orientação do SEF que tem de gerir cerca de um milhão de imigrantes no país, nomeada e principalmente
porque se trata de gente a mais, dadas as condições económicas existentes.
Nota: Que esta referência ao problema não seja julgada como sendo uma reacção contra a imigração, mas sim
contra a má gestão de um problema tão importante, má gestão essa que está a gerar violência e desconforto
em muitos pontos do país.

• má gestão de um acumular de situações onde impera o desespero de quem carece de bases mínimas de
sobrevivência e de assistência médica e que, no desespero, perde o controle da racionalidade e gera o caos e o
medo por todo o país, através assaltos, violência de vária ordem, homicídios, etc..

• ganância indecorosa de certos irresponsáveis aos quais, pelas razões que todos conhecemos, certamente,
é-lhes dada a possibilidade de candidatarem-se a cargos superiores de elevadíssima responsabilidade sem que,
previamente, seja explorado, ‘a pente fino’, o seu passado. No tempo, acabam por revelar-se possuidores de
uma inadmissível desfaçatez, praticando actos condenáveis, e pretendendo, talvez, não serem descobertos,
e/ou considerarem-se imunes ao castigo respectivo, daí resultante.

Sobre os protagonistas desta terceira alínea, atrever-me-ia a perguntar a quem propõe a sua candidatura, ou mesmo a quem a avalia, em que base fundamentou a sua análise do candidato, ou candidata. Custa-me aceitar que uma pessoa que, durante o seu mandato, comete crimes contra a nação, nunca tivesse revelado certas características duvidosas. Será a sua ganância de enriquecimento tão cega que não receia as consequências dos seus actos? Se não conhece as leis, antes de cair em tentações deveria procurar saber em que labirintos se iria meter. Não fazendo isso, só prova a estreiteza das suas capacidades. Os actos ilícitos que praticar indiciam não só carência de inteligência mas, também, a existência de uma inaceitável astúcia que, provavelmente, teria sida confundida com uma elevada capacidade de argumentção através de convincentes discursos, onde o recurso a argumentos ‘politicamente correctos’, por vezes são muito convenientes. Os exemplos já são tantos que perguntaria ainda, sobre estas pessoas:

• sentir-se-ão superiores à máxima: “A lei é dura! Cumpra-se a lei!” ?
• seriam já useiros e vezeiros na prática do pequeno crime?
• a sua ganância atropela seja o que, e quem for, para alcançarem o que pretendem?
• ou sofrerão de doença mental?

Só posso supor que quem aprova ou sugere um candidato deste calibre, provavelmente nunca teve a mínima desconfiança que os levasse a suspeitar terem uma ávida e cega ganância de enriquecer à custa de milhões de pessoas em séria luta pela sobrevivência. Depois, através de uma hábil queda para a elaboração de discursos especiais, esses candidatos a “pessoas importantes” lançam ao povo mais ‘clubista’ e menos informado uma série de promessas “engravatadas”, povo esse que, em tempo de nomeações, optam por eleger o candidato que melhor convenceu, como se de um clube de futebol se tratasse.

Conclusão:
Face à delicada situação em que Portugal se encontra, compreendo que, actualmente, não será fácil encontrar pessoas competentes predispostas a assumir a responsabilidade de ocupar lugares de grande responsabilidade, em todos os sectores do estado ou a ele ligados.


Data da criação deste conteúdo:
2024-07-25