HÁ NEVOEIRO A SUDOESTE


Paira um clima aziado...
Um cerrado nevoeiro
invadiu um estado inteiro.
Concentrou-se a sudoeste.
Pouco se vê da bandeira,
porque aumentou a cegueira!

Já há quem se manifeste…
É comum a toda a gente
querer limpar o ambiente
de tanta peste que abunda.
Não muda seja o que for...
cada dia está pior!

No povo... a dor afunda.
Há olhares angustiados,
em rostos muito enrugados.
Paira medo em todo o lado!
Tanto nos mais revoltados
como nos que estão calados.

Há mudança no cenário,
que parece contrastante.
O povo está hesitante
sobre a força do palácio.
onde permanece um conto…
em jeito de contra-ponto.

Deus – Pátria – Família
Lá dentro… querem que dure.
Os alicerces são fortes...
Quem os tem que os segure!
Os estadistas da Nação
reprimem com convicção.

Não há bem que sempre dure!
Nem há mal que nunca acabe.
Deixemos para quem sabe
‘limpar’ de fio... a pavio...
Basta de tanta opressão,
imposta anos a fio!

Maria Letr@
2015-05-27
(Recriação do poema que escrevi em 1973)