DEMOCRATICAMENTE… LETRA-SEM-TRETA


Portugal está, indiscutivelmente, com problemas graves no Sistema Nacional de Saúde, problemas esses que geraram este meu manifesto de hoje.  Antes, porém, gostaria de repetir-me afirmando que sou absolutamente apolítica, sobretudo porque, com a minha avançada idade, já vi incumprimentos de todos os lados, quer seja da esquerda, quer seja do centro ou da direita.

• Em Portugal luta-se muito na tentativa de ensinar os Portugueses a optar por uma alimentação saudável.
a) O cidadão português que vive com um salário mínimo nacional, ou com um subsídio de reinserção (?), pode comer saudavelmente, quando o dinheiro que (não) tem disponível só dá para passar fome?
b) Quanto pior se come, mais doentes são gerados! Isso acelera a ineficiência latente do serviço hospitalar, agravando, em consequência, as condições económicas da população que acabará por ter de descontar parte do que recebe, para pagar ao Estado os prejuízos que possam advir da sua deficiente actuação. Todos os aumentos que têm sido feitos podem ser considerados uma permanente anedota... Ou não?!?
c) Estou de acordo quando há dias ouvi alguém dizer, numa entrevista, que os cidadãos que possuam formação superior  - como  um curso universitário ou outro de elevado mérito - deveriam receber mais do que outros trabalhadores que têm uma formação básica, por exemplo. Isso poderá, na realidade, criar nos alunos interesse por adquirirem uma formação superior. Não estou, porém, de acordo que esteja a perder-se prestígio no que respeita a certas posições do governo português, que faculta um rendimento de reinserção, ou mesmo um ordenado mínimo nacional, repito, absolutamente vergonhosos, valores esses que dão facilmente para atirar um ser humano para o Serviço Nacional de Saúde actual, podendo mesmo acabar morrendo à porta do hospital, se não houver médicos disponíveis para socorrê-lo em tempo record.

Se nós somos aquilo que comemos e que pensamos, solicito ao Estado o favor de deixar que pensemos melhor e proporcione a quem vive mal, acesso a uma alimentação digna. Considero muito grave que não se apliquem medidas para pôr fim à miserável situação em que vivem tantas famílias em Portugal, daí o aumento dos doentes, o aumento do crime e o aumento de tantas outras situações nefastas a todos e à reputação de um País lindo como o nosso. Sente-se que a maior preocupação de quem gere a nossa economia, é dar de comer a certos políticos que tanto mal causaram ao país e que, “coitaditos!”, devem continuar a viver bem. Não será isso?


Data da criação desre conteúdo:
2023-07-06