AS TUAS TEIAS


Tu urdes teias com mil cuidados.
Teces teus actos, em cada fio,
bem disfarçados, camuflados 
nas tuas veias, de sangue frio!
Nesse tecer, tu não me aturdes.
É de meu jeito ver causa-efeito,
ir mais no fundo, ir mais além.
Não fantasio, enquanto urdes.

E, nesses dias, em que tu teces,
com tua mente geras suspeitas.
Por alguns dias, não apareces,
até que as teias estejam feitas.
Mas não sou presa. Sou combativa.
O teu tecer já não me engana.
Pára de urdir. Estou na ofensiva.
Da minha vida sou soberana.


Data da criação deste conteúdo:
2012-10-24