AINDA O IDOSO CARENCIADO E A SUA PROTECÇÃO


Notarão, certamente, que há três temas sobre os quais sou muito focada: A Criança – A Mulher – O Idoso. São temas muito sensíveis sobre os quais considero seja inadmissível que os governos não estejam  permanente e cuidadosamente vigilantes.

Desta vez debruço-me sobre o que se passa nos corredores das urgências dos hospitais, sempre que um idoso, ou idosa, não esteja acompanhado/a de um familiar ou pessoa amiga, sendo deixado/a sozinho/a no corredor do mesmo, à espera da sua vez para ser atendido. 

É constrangedor verificar este cenário – que considero desumano, muito embora  possa não ser culpa do pessoal que presta assistência ao doente, sobrecarregado – sobretudo nos momentos de grande 
afluência de doentes – pelo excesso de trabalho. 

É certo também que o governo se debate com graves problemas financeiros, mas a impressão que colho do que nos vão dando a conhecer, é que a solução a encontrar, para colmatar os grandes “buracos” na economia, em Portugal, está errada. Procura-se, tanto quanto me apercebo, recorrer a soluções que protegem quem já está protegido. E quem é sempre a infeliz vítima? Quem já estava mal... ficando pior ainda! Entretanto, em busca de soluções, perguntaria:

•	As excessivas despesas do governo, são controladas?
•	O nível de “protecção” que sinto ser dada aos que já usufruem de condições básicas ultra 
        magníficas, será justo?
•	Os grandes prevaricadores, que durante anos vigarizaram sorrateiramente, não continuam
        a usufruir de condições privilegiadas?
•	Etc., etc., etc.!

O que me parece ser um facto real é que há inúmeras falhas na criação de condições básicas capazes de proporcionar à população mais carente a atenção que merece, e os economistas continuam a falhar, quando procuram soluções, repito, que de uma ou de outra forma, protegem quem já está mais do que protegido. 

2022-08-01
Imagem: Glo Russo