Deixem que caminhe às cegas sem saber quando parar. Ó alma minha! Se negas a viagem continuar contigo amarrada em mim, sentenciarás meu fim.
As viagens programadas, comigo já não resultam! Acabam sempre falhadas. São muitas das quais me culpam. Preferirei ir andando sem estipular como ou quando.
A alma que hoje venero deixa-me “reinar” assim: faço aquilo que bem quero e ela olha por mim. Espero que não se arrependa, e minha mente compreenda.
Carrega o meu corpo às costas com erros que cometi. Subiu mil e uma encostas, levou-me amarrada em si. Continua a estar comigo. Será prémio, ou castigo?
O meu corpo envelheceu. Já pus a zero os quilómetros. Hoje o tempo é todo meu, não preciso de cronómetros. Amo a dimensão do sonho e o tempo de que disponho.