Como vivi a pandemia?
No global, o que sinto,
é que a vivi, dia-a-dia,
metida num labirinto
de coisas que não suporto.
Se discordam, não me importo!
Em tempo de frustração
por um vírus vagabundo
ter vindo para matar,
eu senti, bem no meu fundo,
asco da vil ignorância
que causa tanto mal-estar.
E... talvez pela minha idade,
uma enorme discrepância
entre a mentira e a verdade,
gerou em mim implicância.
De olhos cheios de poeira,
perdi qualquer esperança
de ser-nos dada maneira
de promover confiança.
Já ninguém crê no que contam
os grão-mestres da ciência.
Hoje dizem uma coisa,
amanhã... haja paciência!!!
Depois do que vi... e vejo,
nos meios de informação,
sei que há pessoas sem pejo
de iludir a multidão
com programas inconvenientes.
A justiça, sempre lerda,
não é posta a funcionar
contra quem defende a tese
de as audiências salvar
mesmo que o que passe lese
os interesses da criança.
Um, ou outro, programador,
fiéis a uma velha herança...
vão recorrendo a programas
com violência... no amor.
O resultado final?
As audiências... são salvas
e grita-se: Menos mal!!
MAS QUE FALTA DE PUDOR!