Olho o meu futuro tranquilamente,
perspectivando um rio em maré baixa.
Flui, sem nostalgia, em minha mente
o que, em certa idade, bem se encaixa.
Não sofro de saudades do passado.
Ultrapassei há muito alguns enganos.
Devia, para meu bem, ter ponderado
os actos geradores de certos danos.
Olho o meu futuro e sinto a paz
daquilo que de bom então vivi,
redimindo todo o mal, que já esqueci.
Eu sei que a minha força, hoje fugaz,
pode trair o meu programa do futuro,
incerto, oscilante e inseguro.
Data da criação deste conteúdo:
2025-11-12