Misturam-se na tua mente
o Passado e o Presente.
Estão cada vez mais distantes,
entre si... uns mil durantes.
Confundem-se,
não se fundem.
Fazia parte do cenário
um perigoso adversário
contracenando contigo:
era um amigo-inimigo.
Com o que vi,
nada apreendi.
Julguei, com muito cuidado,
este tema projectado
num sentido um tanto em vão,
pois carecia de acção.
Pouca trama,
muito drama.
O enredo, sem sentido,
pecava por inconclusivo.
Nada ali considerei
ensinar-me o que não sei.
Ilógico
e demagógico.
Com personagens diversas
de almas muito perversas,
não era fácil... Pois não!
Faltou-te imaginação.
Conclusão…
frustração!
Montaste palco, cenário,
respeitaste o calendário.
Contracenaste, contudo,
estavas à margem de tudo.
Ausência
de assistência.
Às críticas que te faziam,
não reagias, emudecias.
O pessoal, desiludido,
sentiu que foi iludido.
............................................
E o artista... morreu!
Que trama tão imperfeita.
Tudo o que torto nasceu...
tarde ou nunca se endireita.
Data da criação deste poema:
2015-02-27