MONÓLOGO DE ‘MARIA POVINHO’


A um chefe de governo:

Entre nós há um grande abismo
de coexistência diversa.
Eu estou ligada ao realismo,
e tu, a uma causa adversa.

Ao teu sorriso reajo mal,
fere-me fundo o coração.
Está carente do fundamental:
empatia e comiseração.

Para os milhões desses teus bens...
talvez a solução eficaz
fosse perderes o que terás...
e viveres pobre, sem nada teres.

Irás, um dia, compreender,
que na estrada por onde vais,
só há ganância do ‘tudo’ teres.
Esse teu ‘tudo’... nunca é demais.


Data da criação deste conteúdo:
2024-09-05