A palavra 'velhice'... carrega na minha alma! Nunca pensei, quando jovem, sedenta de brincadeira, que a última fase da vida, que exige calma, seria tão árdua... e pesada desta maneira.
Minha mãe, um dia, disse: 'Pra lá vais!' - no jeito seu. - 'Filha, nem sempre as nossas vontades movem montanhas'. E, no tempo que correu, que vivi e ela viveu, casei, fui mãe e fui avó... Fiz mil e uma façanhas!
Dei conselhos mal seguidos. Lutei tanto... Se lutei!!! Não gosto de pensar no que passei para poder ter forma de continuar viva. A vida - eu bem sei! - tem caminhos com muitas direcções para escolher.
Sempre que numa tormenta, nós carecermos de remos, devemos reflectir e assumir, com soluções chave, a forma mais correcta e digna como resolvemos eliminar a presença dum presumível entrave.
Somos levados a fases difíceis de colmatar... se não formos dotados de força e resiliência. Nesses momentos eu escolhi, sem sequer vacilar, a estrada mais adequada: a da resistencia!
Hoje constato que minha mãe tinha muita razão. Atingi a idade em que a força desfalece e o que era premente resolver 'do pé pra mão'... posso dizer: ‘já não me aquece... nem me arrefece’!