ESTAS BOTAS NÃO NOS SERVEM



Alto! Não estamos em tempos
de cantar grandes vitórias,
nem de apregoar glórias.
Há que estarmos bem atentos!
O País “está de gatas”,
porque está pobre de muito!
Caíu, débil, num circuito
com regras nada sensatas.

De muito o País está pobre,
mas não está pobre de tudo.
Somos ricos, sobretudo,
de gente bastante nobre,
com coragem a valer!
Lutaremos pela paz
duma maneira eficaz:
Nunca vergar… nem torcer!

Portugal caiu num caos,
por causa de certos trutas.
Por dinheiro... geram lutas.
Para além de serem maus...
de ricos fazem figura,
enquanto outros, que tristeza...
para terem pão na mesa,
que vida enfrentam! Que dura!

Esqueçamos partidarismos.
Somos todos seres humanos
que já estão fartos de enganos,
de mentira e de conformismo.
Estamos cheios de discursos
de “gente de mente aberta”.
Cada dia, há um alerta.
que nos põe todos piurços.

Há que arregaçar as mangas?
Comecemos pelos vilões,
vigaristas, aldrabões,
que nos deram tantas tangas.
O povo deste País
afundou-se na amargura
… duma pobreza bem dura,
que nunca, por certo, quis.

Há coisas que não percebo!
Tivemos alguns famosos,
perfumados e charmosos
que nos levaram ao cebo.
Agora, para livrar-nos
dum caos tendente a aumentar
outros tais querem "salvar-nos"
para mais pobres ficarmos.

Quanto a mim, compatriotas,
era cá muito entre nós,
- só nós... e muito nós sós -
(mesmo que a comer bolotas),
que a solução para a crise
devia ser encontrada
e muito bem aplicada,
antes que mais agudize.

Reparem bem: nas ajudas
que nos querem facultar,
há exigências no ar
que mais parecem de Judas.
Ainda vamos assistir
a cenas de revoltar,
com os ricos a aumentar
e os pobres a sucumbir.

Não nos deixemos levar
por promessas ardilosas,
dessas cabeças famosas,
peritas em calcular.
A moral que neles vigora,
dá para a fome aumentar
nos milhões a "patinar",
num mundo que os ignora.

Portugueses, meus irmãos,
(excluindo os trafulhas,
vigaristas, maus e pulhas):
Apertem todos as mãos
e vamos mostrar ao mundo
o nosso exemplo de luta,
antes que essa malta... astuta,
nos leve a um poço sem fundo.


Data da criação deste conteúdo:
2011-07-10