ÉS A RAINHA DO MEU AMOR


Mãe, tu que me deste a Vida
para ser vivida em pleno,
tinhas a doce esperança
dum futuro assaz sereno.
Mãe, tu que me viste falhar
milhares de vezes - apesar
dos teus avisos permanentes,
sábios e tão pertinentes...
Crê, eu não te culpo de nada.
O meu falhar foi resultante
do quanto, na vida, passei.
Hoje, sinto-me arrependida.
Para sempre, recordar-te-ei
como uma Mulher de força,
uma Mãe boa, assumida,
porém, muito introvertida.
Não obstante irreverente,
sentia na tua conduta
os efeitos da tua luta.
Mãe, partiste tão de repente...
Tu travaste uma batalha
aos teus noventa e seis anos...
e eu... estava de novo ausente
e não me despedi de ti.
Foi injusto… inesperado,
e muito fora dos teus planos
… se de morte planos houvesse...
Estes, o Universo os tece.
Como eu me sinto sozinha!
Oh! Mãe, minha querida Mãe,
deixaste-me na maior dor.
Repousa, agora, em  Paz,
Meu Grande Eterno Amor.


Data da criação deste poema:
2013-05-05