ODE AO UNIVERSO


Há momentos - maus momentos!-
em que me sinto morrer,
mas há muitos mais, ainda, 
em que me sinto viver.
A minha alma está limpa
de quaisquer comedimentos.
Sinto que a vida me enlaça,
me prende e até me abraça,
como água cristalina, 
brincando com uma menina...
Nem a chuva me incomoda!
Esvazia-me a alma toda
daquilo que me faz mal,
e quedo-me, impressionada,
em profunda reflexão,
até que passe, em geral,
o que me causa impressão.
Quero pensar que é mentira
nada haver que seja são.
Na Vida, tudo venero,
nas pessoas é que não.
Enquanto a idade alonga,
eu não sinto que envelheço,
sinto boa orientação.
Que eu morra quando mereço,
mas o Universo... não!


Data da criação deste conteúdo:
2010-10-12