PAI, OLHA PRA MIM…


Leio, na transparência linda da tua alma
que amarás aquilo que ambos comungamos
mesmo quando tu, cansado e quase sem calma,
escavas paciência no que partilhamos.

São acordos de amor, laivos de atenção
na procura de algo que não sei explicar.
Busco mil tesouros que tens no teu  coração,
os quais te devolvo num maroto olhar.

Um olhar apenas. Fico presa a ti.
Sentirás tu, Pai, o que vale pra mim
entregares-te assim à minha malandrice?

São poemas de amor que não vi... nem li.
Páginas de estórias que nunca terão fim...
Verdadeiros sonhos da minha meninice.


Data da criação deste conteúdo:
2021-02-01