Quando existe uma situação de candidatura para a eleição de um novo chefe de governo, durante aquele período ando numa azáfama, na tentativa de perceber quem tem as melhores propostas de actuação. Tenho o cuidado de ouvir todas as acusações que cada candidato faz aos parceiros de campanha. Tento percepcionar bem os argumentos de cada um, contudo, geralmente acabo frustrada porque todos tentam iludir-me, e nenhum me convence. Cada um julga-se melhor do que os outros e, no geral, sinto que todos se consideram muito bem preparados para enfrentar o futuro.
É sabido que cada candidato a chefe de governo dá o melhor de si para vencer, mas normalmente sem convencer quem está de olhos bem abertos. No meu caso, e depois de reflectir cuidadosamente sobre a posição a assumir, acabo por fazer sempre o mesmo: voto no que foi eleito!
Após a eleição do escolhido pelo povo, faço sempre o mesmo: sento-me numa cadeira muito bem refestelada e espero que comece a onda de acusações ao governo anterior, à guisa de pré-justificação dos erros que, eventualmente, venha a cometer. E não tenho de me preocupar com o cenário, pois uso sempre o do ano anterior.