Adormeceram em mim vontades insaciadas
que me pediam tanto, mas gostavam de tão pouco.
Eram sedes abstractas, muito inadequadas
à minha alma imaterial, num mundo louco.
Hoje, compreendo minha luta interior.
Estava incarcerada, amando a liberdade.
Lutava, por dever, contra um imenso Amor,
entalada entre o desejo, e a saudade!
Adormecia a dor num constante rodopio.
Travei ímpetos que o dever não me consentiu,
mas não perdi a esperança, nem o amor à Vida.
Apagaram-se as luzes. É tempo de descanso!
Queria renascer, pra reviver, mas já me canso...
Há tantos compromissos de que estou arrependida.