Hoje irei dedicar ao “Dia da Alimentação” um manifesto muito particular, dada a sua importância real na vida de cada um e da sociedade em geral. Regra geral, considero que “o dia de” – seja ele do que for – alimenta interesses que nada têm a ver com o objectivo que deveria representar. Daí a minha relutância em aceitá-lo pelo lado que julgo justo.
O tipo de alimentação que cada ser humano deveria seguir dependerá de vários factores, entre eles:
a) Conhecimentos científicos – Com base na opção de cada um, cada pessoa deverá ponderar se é fiável a fonte de informação da qual adquiriu o conhecimento que possui.
b) Questão cultural – Todas as pessoas deveriam ter suficiente cultura para saber bem o que não devem comer, pormenor que determina se pretendem viver bem ou viver mal, muito embora a imunidade seja, neste caso, determinante até nos seus comportamentos.
c) Casos particulares – Existe, por exemplo, o problema das alergias, pormenor de relevante importância a dever respeitar.
d) Situação económica – Esta alínea levou-me, sobretudo, a dar especial atenção a este dia porque, considerando quem de a), b) e c) respeita – ou não – estas três alíneas, quis debruçar-me sobre as seguintes considerações:
Se uma pessoa vive sem problemas económicos e está minimamente segura de que a alínea a) lhe permite seguir os ensinamentos adquiridos, tudo bem.
Se não dá grande importância a regimes alimentares, terá de suportar as consequências do regime alimentar que escolher.
Na alínea c), diria que será de toda a conveniência uma consulta – ou mesmo três – para adquirir mais confiança na opção que considerar seu dever escolher. O que, certamente, irá tocar no problema económico que me conduziu à apreciação deste dia particularmente importante porque, mesmo considerando as três alíneas…
Se uma pessoa carecer de capacidade económica que lhe permita defender a sua saúde da melhor maneira possível, acaba por perder saúde e ganhar doença, alavancando:
- O excessivo custo de certos medicamentos. - Perturbações de natureza física e psicológica do paciente. - Sobrecarga económica para o Estado. - Aumento das listas de espera no SNS. - Redução da produtividade laboral. - Maior absentismo no trabalho e na escola. - Pressão acrescida sobre programas sociais e subsídios. - Enfraquecimento da sustentabilidade económica e social a médio prazo.