ENQUANTO VIVA


Que o meu amor por ti não seja breve.
Quero senti-lo vivo enquanto viva.
Porque, de encantamento, sou cativa…
que ao grau de eternidade ele se eleve.

Entraste no meu mundo por acaso,
quando de mudança era carente.
Olhei-te indiferente e, por prudente,
dei-me, por precaução, um certo prazo.

Não fora essa atracção inesperada
a galgar o meu limite a ter em conta,
e tudo mudaria. Não estava pronta:
impus-me ser prudente e reservada.

O tempo foi, porém, célere na espera.
Correu a meu favor sem que eu sentisse
e, antes que, prudente, eu o gerisse,
tomou meu coração… que hoje o venera.

Que, viva, possa ter recordação
de memórias que me deixaste na partida:
serão, da minha alma, a despedida.
O teu amor por mim não foi em vão.


Data da criação deste conteúdo:
2025-12-09