A CAMINHO DA LUZ


Queria partir com o sol quando se põe no além;
seguir-lhe o passo lento, acolher-lhe a magia.
Fugir da noite incerta e do seu turvo vaivém,
na esperança de alongar-me a vida em cada dia.

Rejeito a luz da lua, expoente de alternância;
perturba a minha mente — tão triste, tão soturna.
Venero a luz do sol: mantém-me em vigilância,
e faz de mim mudança, enquanto taciturna.

Queria poder escrever, sentir inspiração,
e encontrar um rumo para viver sem mim.
Eu sei… não sou eterna, mas não aceito o fim.

É tempo de reflectir e de pedir perdão
por todo o embaraço que possa ter causado
a quem nunca aceitou eu tanto haver mudado.


Data da criação deste conteúdo:
2025-12-05