Minha alma... irresoluta, quando se observa ao espelho, faz sempre a mesma pergunta: - Quem foi a filha da mãe, que te pôs rugas no rosto? Não te ficam nada bem. Respondo triste e calada: - Foram dores. Deixaram traços fingindo serem abraços. Não reajo… mas eu sei: - Foi o tempo que me tirou aquilo que mais amei!
Tristonha, não me rebelo. Nem tudo na vida é belo, e um dia... partiremos belas ou não - não importa. Quando a morte bate à porta, como estivermos… iremos. Na campa, um camafeu em vez de fotografia, não mostra que seja eu naquela imagem esculpida. Repousarei, de alma fria, com tudo o que fui na vida.