Eu queria muito mudar o meu ser sem fé, impoluto de vis conceitos e convicções. Não consigo acreditar, não aceito… e não discuto, crenças verso contradições.
Acredito em cada homem que transforma os tristes ais em esplendorosos sorrisos. Desprezo aqueles que promovem crenças em deuses irreais. Milagres… não serão precisos!
Gostaria, sim, de mudar, criar sonhos, acreditar quando promessas sejam feitas por cada um, ao discursar. Iludir para conquistar, serão atitudes suspeitas.
Queria aceitar o Amor gerado por gente de bem, que tem em conta a justiça, que não instaura o terror, que nunca magoa alguém, e que à lei seja submissa.
Sinto ausência, merecida, de um tempo de sobressalto, em que eu fui refém da vida. Nunca me darei por vencida, mas paguei um preço tão alto, que nem sei bem qual a medida.
Mudar eu queria, ainda, por muito respeito a mim, e - porque não? - pela idade... Que do orgulho eu prescinda, e esqueça o que foi ruim, para abraçar a saudade.