MUDAR QUERIA EU, AINDA…



Eu queria muito mudar
o meu ser sem fé, impoluto
de vis conceitos e convicções.
Não consigo acreditar,
não aceito… e não discuto,
crenças verso contradições.

Acredito em cada homem
que transforma os tristes ais
em esplendorosos sorrisos.
Desprezo aqueles que promovem
crenças em deuses irreais.
Milagres… não serão precisos!

Gostaria, sim, de mudar,
criar sonhos, acreditar
quando promessas sejam feitas
por cada um, ao discursar.
Iludir para conquistar,
serão atitudes suspeitas.

Queria aceitar o Amor
gerado por gente de bem,
que tem em conta a justiça,
que não instaura o terror,
que nunca magoa alguém,
e que à lei seja submissa.

Sinto ausência, merecida,
de um tempo de sobressalto,
em que eu fui refém da vida.
Nunca me darei por vencida,
mas paguei um preço tão alto,
que nem sei bem qual a medida.

Mudar eu queria, ainda,
por muito respeito a mim,
e - porque não? - pela idade...
Que do orgulho eu prescinda,
e esqueça o que foi ruim,
para abraçar a saudade.



Data da criação deste conteúdo:
2014-03-28